SÃO PAULO - A
Ympactus Comercial, também conhecida como TelexFree, entrou ontem com
um pedido de recuperação judicial. A empresa vende um software para
ligações pela internet (VoIP) e é suspeita de operar um esquema de
pirâmide financeira.
A TelexFree rebate a acusação e diz que opera no modelo de marketing
multinível. No modelo da companhia, as pessoas pagam uma quantia para
atuar como divulgadores do produto e ganham comissões sobre os
investimentos feitos por outras pessoas que consegue recrutar para fazer
o mesmo trabalho.
A informação sobre o pedido de recuperação judicial foi divulgada
pela própria TelexFree em seu per fil no Facebook hoje. De acordo com a
companhia, a medida foi tomada para proteger seus divulgadores. O valor
das dívidas não foi revelado pela companhia, que promete dar mais
informações sobre o processo amanhã.
Em vídeo publicado pela TelexFree, Carlos Costa, diretor de marketing
da empresa, diz que a medida foi tomada por dois motivos. O primeiro
seria a ação da Justiça Federal do Acre que suspendeu o cadastro de
novos participantes e o pagamento de comissões. A medida está em vigor
há três meses.
Outro problema seria o que ele diz se tratar de uma “distorção” sobre
a condição dos divulgadores da companhia. De acordo com ele, as pessoas
já foram chamadas de consumidores, investidores, criminosos,
funcionários e bandidos. “Isso prova a grande confusão que isso está se
tornando”, disse no vídeo.
No processo de recuperação judicial, a companhia passa a funcionar
com um administrador apontado pela justiça. A empresa tem um prazo de 60
dias para apresentar seu plano de recuperação. Segundo Costa, a
companhia fará isso em um prazo mais curto. “Não vamos usar o tempo que a
justiça nos dá. Vamos abreviar isso”.
Conforme Costa, se o processo de recuperação for aprovado, todos os
divulgadores da companhia receberão suas comissões pendentes de acordo
com o que for aprovado.
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