Entenda como a tecnologia pode ajudar a promover o uso sustentável dos recursos naturais, um dos principais desafios dessa geração
Da administração pública aos consumidores, a
necessidade de otimizar o uso e fornecimento de recursos escassos como
água e energia é indiscutível. Nesse contexto, as tecnologias limpas
tomam um importante papel na sociedade.
Tecnologia limpa pode ser definida como um conjunto de
soluções que possibilitem novas formas de pensar e utilizar os recursos
naturais, com o objetivo de reduzir a zero o desperdício. Entre os
assuntos que fazem parte desta ideia estão os biocombustíveis, a
diminuição da emissão de carbono e as fontes alternativas de energia,
por exemplo.
Um dos principais conceitos da tecnologia limpa é a rede
inteligente (“smartgrid”, em inglês), que prevê o uso da infraestrutura e
da tecnologia da informação na criação de sistemas que promovam a
eficiência na geração, distribuição e consumo dos recursos naturais.
Existem vários exemplos práticos para a utilização do
conceito de smartgrid. No caso da energia elétrica, por exemplo, é
possível otimizar a distribuição a partir da análise do consumo,
prevendo picos de demanda e evitando sobrecarga do sistema. Do lado do
consumo, a possibilidade está em passar à população informações precisas
e em tempo real sobre o seu gasto energético, permitindo que economias
sejam feitas antes mesmo da conta chegar.
Tecnologia limpa, portanto, não é nenhuma inovação
tecnológica: é a capacidade de usar o que já foi desenvolvido para
melhorar o que já temos, criando novas ferramentas para interpretar a
infinidade de informações disponíveis na sociedade sobre produção e
consumo dos recursos naturais.
A bola da vez
O desenvolvimento de soluções com tecnologias limpas está
sendo considerada por muitos especialistas a grande inovação desta
geração. Bilhões de dólares são investidos todos os anos por empresas do
setor privado e público em pesquisas e iniciativas que buscam descobrir
formas mais eficientes de administras recursos que são escassos.
A IBM tem investido seu conhecimento em tecnologia para
apresentar soluções que colaboram para a criação de um planeta mais
sustentável, colaborando em mais de 60% dos grandes projetos de
smartgrid pelo mundo. No entanto, como ressalta o especialista Drew
Clark, é preciso haver um esforço conjunto para que mudanças efetivas
sejam realizadas. Governo, empresas privadas e a população devem estar
alinhados na criação de um ecossistema que promova a sustentabilidade (
ouça a entrevista, em inglês
).
Muitos países pelo mundo já estão tomando atitudes nesse
sentido. A Alemanha, por exemplo, é a líder mundial em produção de
energia solar, produzindo mais de 30% do total mundial, como aponta o
estudo realizado em 2012 pela BP, uma das principais empresas do setor
energético. O Brasil está bem atrás nesta lista: o estado de São Paulo
só inaugurou sua primeira usina de energia solar no fim do ano passado,
localizada na cidade de Campinas e com capacidade para abastecer quase
600 casas.
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