sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Abilio Diniz fecha acordo com Casino e deixa o Grupo Pão de Açúcar

 
 
 
Por Adriana Mattos | Valor
 
SÃO PAULO  -  Um dos maiores empresários do país, Abilio Diniz finalizou hoje a sua etapa à frente do Grupo Pão de Açúcar (GPA), empresa fundada pelo seu pai na década de 40. Segundo apurou o Valor, Abilio fechou hoje um acordo com o controlador francês Casino em que ele deixa a companhia, na função de presidente do conselho de administração (cargo vitalício que ocupava) e perde os seus direitos jurídicos e políticos na companhia.

Abilio continuará como acionista minoritário da rede varejista. As negociações foram finalizadas hoje, com a presença de Jean-Charles Naouri, presidente do Casino, à frente desse processo final. Naouri está em São Paulo, na sede da companhia neste momento.

Pelo acordado, as ações ordinárias de Abilio na Wilkes Participações, holding controladora do GPA, serão convertidas em preferenciais,  algo que já fazia parte das negociações ocorrridas no passado para a saída de Abilio da empresa. Por meio da Wilkes, o Casino detinha 65,6% das ações com direito a voto do GPA. Abilio era acionista minoritário, com 5% de ações preferenciais do GPA e 48% das ordinárias da Wilkes, mas mantinha a posição de presidente do conselho do GPA.

O acordo encerra ainda os processos arbitrais que existem entre as partes há cerca de um ano e meio.
Dessa forma, o Casino assume o controle econômico e político da companhia, no sentido de que passa a ser sócio majoritário do GPA e, ao mesmo tempo, terá o comando do conselho de administração da companhia, que define os passos estratégicos da empresa.

Brasil é país dos BRICS mais avançado socialmente

Por Valor
 
SÃO PAULO  -  O Brasil é o mais avançado socialmente entre os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), de acordo com o Índice de Progresso Social, lançado hoje. Entre os países da América Latina, o BRasil fica na terceira colocação, atrás de Chile e Argentina.

O Índice de Progresso Social classifica 50 países por seu desempenho social e ambiental e foi desenvolvido pelo professor da Harvard Business School Michael E. Porter, e pela instituição Social Progress Imperative. Em vez de indicadores econômicos, a pesquisa leva em conta resultados sociais e ambientais para medir o progresso de um país.

Entre as 50 nações analisadas, o Brasil ficou em 18º lugar, atrás do Chile (14º) e da Argentina (15º), mas na frente de China (32º), Rússia (33º), Índia (43º), e África do Sul (39º).

O índice analisou dados de 52 fontes, agrupadas em três categorias principais (Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos de Bem-Estar e Oportunidades). Com base nesses critérios, o levantamento concluiu que os maiores desafios para o Brasil no momento são melhorar a segurança pública, quesito no qual o país está em 45º lugar na lista de 50, e os direitos femininos - o respeito à mulher ficou em 43º lugar.

O país também precisa centrar esforços no aprimoramento do acesso ao ensino superior (33º lugar) e da qualidade da saúde (31º lugar); na melhora das necessidades humanas básicas (30º lugar) e da sustentabilidade do ecossistema (21º lugar).

A Suécia é o país mais avançado socialmente, de acordo com o índice, seguida da Grã-Bretanha, Suíça, Canadá, Alemanha, Estados Unidos, Austrália e Japão.
(Valor)

Dilma diz que espionagem dos EUA afetou interesses do Brasil


Por Assis Moreira | Valor
Roberto Stuckert Filho/PR / Divulgação Governo Federal


SÃO PETERSBURGO  -  A presidente Dilma Rousseff disse ter dito ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que a espionagem americana afetou interesses econômicos do Brasil, a soberania do País, além dos direitos humanos e civis. Para a presidente, trata-se de uma atitude estarrecedora partindo de um país com a história dos Estados Unidos.

Dilma, que tem visita agendada aos Estados Unidos no próximo mês, disse que quer medidas concretas contra a espionagem americana.

No encontro bilateral que ambos tiveram na quinta-feira, Obama assumiu responsabilidade pessoal e direta para que haja condições políticas de Dilma cumprir sua agenda no país.

A presidente Dilma contou que comunicou ao presidente dos EUA que o Brasil irá a todos os foros internacionais propor iniciativas para uma governança na internet, para coibir práticas de violações de direitos e espionagens de qualquer país. 

O twitter do blog do Planalto diz que a presidente irá à Organização das Nações Unidas (ONU) propor uma nova governança contra invasão de privacidade. 

Dilma disse que, diante de seu ceticismo, não quer explicações meramente técnicas. A presidente quer saber o “rombo” da espionagem. O presidente Obama prometeu medidas concretas a serem apresentadas ao Brasil até quarta-feira da semana que vem. “Mas esse dia não será o dia D”, avisou Dilma, em entrevista à imprensa brasileira no aeroporto de São Petersburgo.

“O presidente Obama marcou reunião comigo logo após a primeira sessão do G-20”, relatou Dilma. Na ocasião, a presidente falou sobre as questões de espionagem e afirmou que demonstrou sua “indignação pessoal” e a do Brasil como um todo. 

Dilma disse ter dito para Obama que os atos de espionagem praticados por agências de inteligência americana são “incompatíveis com a convivência democrática entre países amigos”.

Ela insistiu com Obama que a questão é “um fato gravíssimo”, porque o Brasil é uma sólida democracia, vive há mais de 140 anos em harmonia e de forma pacífica com seus vizinhos.

Para a presidente, os atos de espionagem americano estão relacionados a fatores geopolíticos, estratégicos ou fatores comerciais e econômicos. 

“Acho muito complicado ficar sabendo das coisas pelos jornais”, disse Dilma, revelando que o governo soube que novas revelações sobre espionagem no Brasil serão publicadas no domingo.

Em relação à polêmica deflagrada pelo porta-voz do presidente Vladimir Putin, de que os líderes dos Brics, após ouvirem relato de Dilma, teriam comparado a espionagem americana a “terrorismo”, ela foi cuidadosa.

“Eu não escutei , mas as pessoas não estavam satisfeitas. Eu posso não ter percebido. Mas é irrelevante essa comparação”. 


O que o Brasil tem de melhor e pior, segundo Fórum Econômico




Em um ano, Brasil caiu 8 posições em ranking mundial de competitividade. De todos os dados analisados pelo Fórum Econômico Mundial, veja onde o país vai bem (e mal)



Paulo Fridman/Bloomberg 
 Transporte de contêineres no Porto de Santos
  
Transporte de contêineres no Porto de Santos: a qualidade da infraestrutura dos portos do Brasil ficou em 131º lugar

São Paulo - O Brasil tem uma penca de problemas que atrapalham sua competitividade. E em vez de melhorar, as dificuldades parecem estar só aumentando: o país caiu da 48ª para a 56ª posição no último Relatório Global de Competitividade, do Fórum Econômico Mundial. 
Mas nem tudo é ruim: a regulação da bolsa brasileira está entre as sete melhores do mundo, segundo o Fórum. Já a educação básica puxa a produtividade nacional para baixo e coloca o país entre os 20 piores do globo.
EXAME.com separou, dentre os 12 pilares analisados pelo Fórum - que somam um total de 114 itens - aqueles nos quais o Brasil está melhor posicionado, e aqueles onde a situação é calamitosa. Em alguns, como a Saúde, o país vai mal mesmo no item em que apresenta melhor desempenho.


1º Pilar – Instituições


Item (entre 21 analisados)
Posição no ranking (148 países)
Melhor
Custo do terrorismo para os negócios
22º
Pior
Peso da regulação governamental
147º

2º Pilar - Infraestrutura

Item (entre 9 analisados)
Posição no ranking (148 países)
Melhor
Disponibilidade de assentos em vôos (km/semana)
Pior
Qualidade da infraestrutura de portos
131º

3º Pilar - Ambiente Macroeconômico

Item (entre 5 analisados)
Posição no ranking (148 países)
Melhor
Nota de crédito do país
38º
Pior
Dívida pública (%PIB)
117º

4º Pilar - Saúde e Educação Primária

Item (entre 10 analisados)
Posição no ranking (148 países)
Melhor
Impacto da tuberculose nos negócios
50º
Pior
Qualidade da educação primária
129º




5º Pilar - Educação Superior e Treinamento

Item (entre 8 analisados)
Posição no ranking (148 países)
Melhor
Participação na educação secundária
20º
Pior
Qualidade do ensino de matemática e ciência
136º

6º Pilar - Eficiência do Mercado de Bens 

Item (entre 16 analisados)
Posição no ranking (148 países)
Melhor
Custos de política agrícola
23º
Pior
Importações em percentagem do PIB
148º

7º Pilar - Eficiência do Mercado de Trabalho

Item (entre 10 analisados)
Posição no ranking (148 países)
Melhores
Confiança em uma gestão profissional
38º

Capacidade de reter talentos
38º
Pior
       Efeito da tributação sobre os incentivos ao trabalho
138º

8º Pilar - Desenvolvimento do Mercado Financeiro

Item (entre 8 analisados)
Posição no ranking (148 países)
Melhor
Regulação da bolsa de valores
Pior
Índice dos direitos legais
118º


9º Pilar - Disponibilidade Tecnológica

Item (entre 7 analisados)
Posição no ranking (148 países)
Melhor
investimento estrangeiro direto e transferência de tecnologia
25º
Pior
Indivíduos que utilizam Internet
65º


10º Pilar - Tamanho de Mercado

Item (entre 4 analisados)
Posição no ranking (148 países)
Melhores
Índice do tamanho do mercado interno

PIB
Pior
Exportações em percentagem do PIB
145º

11º Pilar - Sofisticação dos Negócios

Item (entre 9 analisados)
Posição no ranking (148 países)
Melhor
Quantidade de fornecedores locais
16º
Pior
Natureza da vantagem competitiva
108º

12º Pilar - Inovação

Item (entre 7 analisados)
Posição no ranking (148 países)
Melhor
Capacidade de inovação
36º
Pior
Disponibilidade de cientistas e engenheiros
112º



O que falta para Brasil ser um país tão justo quanto Suécia


Ranking de progresso social mostra distância que o Brasil vai ter que percorrer para alcançar a Suécia, o país mais justo do mundo. Maior dificuldade: ser um país seguro

OGX obriga Eike a cumprir acordo e injetar US$ 1 bilhão


Desembolso será feito em parcelas; inicialmente, a empresa receberá 100 milhões de dólares

Fernando Lemos/EXAME
Eike Batista
Eike Batista: empresário foi chamado pela OGX a cumprir o acordo de US$ 1 bilhão

São Paulo – Com o caixa curto, a OGX decidiu obrigar Eike Batista, seu controlador, a cumprir um acordo firmado em março de 2012 e injetar 1 bilhão de dólares na companhia. O dinheiro, contudo, chegará em parcelas. A primeira, imediata, será de 100 milhões de dólares.

De acordo com comunicado da empresa, o saldo de 900 milhões de dólares será desembolsado gradualmente, “diante da necessidade de caixa adicional” da petrolífera fundada por Eike Batista.

Tecnicamente, a operação é um exercício de “put”, termo que indica um contrato em que uma parte, no caso Eike, é obrigado a comprar as ações de uma empresa, no caso a OGX, por um determinado preço, queira Eike ou não. O preço estabelecido no acordo é de 6,3 reais por papel, bem acima dos 41 centavos de real com que as ações ordinárias fecharam ontem o pregão da Bovespa.

De acordo com o comunicado da OGX, a direção da empresa vai propor uma reunião extraordinária do conselho de administração, com o objetivo de aprovar uma assembleia geral de acionistas para formalizar o aumento imediato do capital social da companhia no valor de 100 milhões de dólares.

O novo Hotel Glória que Eike não tirou do papel, em 20 fotos

Revitalização do primeiro hotel cinco estrelas do Brasil foi interrompida após problemas das empresas X

Divulgação
O Hotel Glória foi comprado pelo grupo EBX em 2008 .

São Paulo – Eike Batista bem que tentou, mas não conseguiu concluir a revitalização do Hotel Glória Palace, no Rio de Janeiro.

A reforma do hotel foi interrompida há pelo menos três meses e o grupo EBX, agora, negocia a venda do primeiro hotel brasileiro a ganhar o título de cinco estrelas do país.

Rumores indicam que o fundo suíço Acron já assinou um contrato de exclusividade para comprar o empreendimento por 225 milhões de reais. A operação ainda não foi confirmada ao mercado.

Em 2008, o Glória Palace foi comprado pela REX, braço imobiliário da EBX, por 80 milhões de reais. Veja como seria o hotel com a reforma proposta por Eike, mas que não saiu do papel.

"Faltam bons líderes no Brasil", diz James Hunter


Autor de "O monge e executivo", que já vendeu 3 milhões de obras no Brasil, se prepara para lançar 3º livro - veja o que ele revelou a EXAME.com