quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Sueca Ikea pode abrir loja no Brasil


Maior empresa de móveis do mundo estuda entrar no varejo brasileiro


Johannes Cleris/AFP
Cartaz anuncia as almôndegas da Ikea em Malma, 25 de fevereiro, 2013
Ikea: varejista estuda o mercado brasileiro e pode abrir lojas por aqui

São Paulo - Mais uma varejista estrangeira faz planos para o Brasil. Dessa vez a sueca Ikea, maior empresa de móveis do mundo, estuda abrir lojas no mercado brasileiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, desta quarta-feira. 

De acordo com a reportagem, ainda não existe prazo definido para a abertura da primeira unidade, mas um escritório com cerca de 20 funcionários já está funcionando em Curitiba, no Paraná, há mais de um ano.

"O grupo Ikea considera o Brasil um potencial mercado futuro e executará estudos preliminares sobre a possibilidade de entrada neste mercado, que não será imediata", disse a companhia ao Estadão.

Presente em 40 países, a companhia tem focado seus esforços no mercados emergentes. Recentemente, anunciou seu plano de abrir 25 lojas na Índia e investir 2 bilhões de dólares no país.

Vale vende fatia na VLI por R$2,7 bi; negocia participação

Mitsui pagará R$1,509 bilhão por 20 por cento da VLI, enquanto o fundo do FGTS desembolsará R$1,2 bilhão por 15,9% da companhia de logística

Denis Balibouse/Reuters
Logo da Vale do lado de fora do escritório comercial central em Sain-Prex, perto de Genebra
Logo da Vale: mineradora informou que está em negociações exclusivas com um consórcio liderado pela canadense Brookfield para venda de cerca de 26 por cento da VLI

Brasília - A mineradora Vale anunciou nesta quarta-feira a venda de 35,9 por cento de sua empresa de logística VLI para a japonesa Mitsui e o fundo de investimentos do FGTS, administrado pela Caixa Econômica Federal, por 2,7 bilhões de reais, e está em negociações para se desfazer de uma fatia adicional.

Segundo fato relevante, a Mitsui pagará 1,509 bilhão de reais por 20 por cento da VLI, enquanto o fundo do FGTS desembolsará 1,2 bilhão de reais por 15,9 por cento da companhia de logística.

A mineradora também informou que está em negociações exclusivas com um consórcio liderado pela canadense Brookfield para venda de cerca de 26 por cento da VLI, com termos e condições ainda em discussão.

Na eventualidade de a transação com a Brookfield ser concluída, a participação da Vale na VLI poderá ser reduzida para menos de 40 por cento, acrescentou a mineradora em nota.

"A Vale vai ter uma participação minoritária quando os três acionistas tiverem todo o conteúdo. No futuro nós até enxergamos um processo de IPO, de oferta pública, para que o público brasileiro e internacional também possa ser acionista", afirmou o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, após reunião com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília.

Ao comentar sobre o aguardado acordo, o executivo projetou que a empresa de cargas gerais da Vale --que não inclui o principal produto da companhia, o minério de ferro-- trará muito valor para "esses acionistas que ingressam nesse estágio da empresa".

"A alienação de participação no capital da VLI é consistente com a estratégia da Vale de reduzir sua exposição a ativos considerados non-core...", disse a Vale.

Do valor total envolvido na negociação, uma parcela de 2 bilhões de reais será destinada ao aporte de capital na VLI, que emitirá novas ações que serão subscritas e integralizadas pela Mitsui e pelo FI-FGTS.

Os valores aportados na VLI serão utilizados para o financiamento de parte do seu plano de investimentos.

O restante dos recursos envolvidos nas operações, no valor de 709 milhões de reais, será pago pela Mitsui para a Vale em troca de ações da VLI detidas pela Vale, segundo fato relevante.

A mineradora ressaltou que, tendo em vista as oportunidades oferecidas pelo mercado de logística no Brasil, a VLI possui plano de investimentos de 9 bilhões de reais ao longo do período 2013-2017, a ser financiado pelo aporte de capital de 2 bilhões de reais, geração de caixa operacional e endividamento.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O direito à Justiça e o combate à corrupção


O julgamento do mensalão por Joaquim Barbosa (esq.) e Ricardo Lewandowski já representou um avanço no cerco a empresas e a seus dirigentes que praticam atos ilícitos (Por Denize Bacoccina)

por Denize Bacoccina

O placar de cinco votos a cinco, na sessão da quinta-feira 12, deixou nas mãos do ministro Celso de Mello, o decano do Supremo Tribunal Federal, a decisão sobre a aceitação ou não dos embargos infringentes no julgamento da Ação Penal 470, mais conhecida como o caso do mensalão. Se Mello acatar os embargos na sessão desta quarta-feira 18, fica aberto o caminho para a revisão das penas de vários réus, entre eles o mais famoso, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que se tornou símbolo do caso. 
 
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E, embora boa parte da opinião pública considere que a possibilidade de reforma da pena de Dirceu e de outros petistas condenados por desvio de recursos públicos seja o equivalente ao que os pizzaiolos fazem em seu trabalho, é importante preservar o amplo direito de defesa como parte essencial do Estado de Direito pelo qual devemos sempre lutar – seja ele favorável ou não aos nossos desejos no momento. Homens públicos eleitos devem sempre agir de acordo com o desejo das ruas. Afinal, eles estão lá apenas para representar a vontade do eleitor e deveriam sempre agir em seu nome. Mas o que se espera de juízes é que ajam em conformidade com as leis. No caso do STF, como instância última da Justiça, a responsabilidade é ainda maior. 
 
Ministros da Suprema Corte do País não devem, portanto, tentar atender ao desejo circunstancial da sociedade, nem usar determinados réus como exemplos de severidade na aplicação das leis. Elas devem ser sempre severas, mas, se todos são iguais perante a lei, réus específicos não podem ser usados como exemplo. Em entrevista após o término da sessão, na quinta-feira, o ministro Celso de Mello deu a entender que vai aceitar os embargos e, com isso, ampliar a possibilidade de defesa de alguns condenados. Se isso acontecer, não haverá um novo julgamento. Mas pontos específicos podem ser revistos, como formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. 
 
Se inocentados desses crimes, além de Dirceu, podem ter a pena reduzida o deputado federal (PT-SP) José Genoino, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, os empresários Marcos Valério e Cristiano Paz e a ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello. Com ou sem o acolhimento dos embargos infringentes e a possível redução da pena de alguns réus, o julgamento do mensalão já representou um avanço no cerco a empresas e a seus dirigentes que praticam atos ilícitos. Uma das teses aceitas pelos ministros do STF é a teoria do domínio do fato. O instrumento foi utilizado para mostrar que Dirceu sabia – ou deveria saber – que membros do governo estavam comprando votos de parlamentares no Congresso. 
 
Da mesma maneira, Kátia Rabello foi condenada porque “deveria saber” que seu banco estava sendo usado para lavagem de dinheiro. A teoria do domínio do fato ainda não começou a ser utilizada em outros julgamentos. Mas especialistas acreditam que, junto com a nova lei anticorrupção, que entra em vigor em janeiro e penaliza empresas que pagam propina, e com a nova lei contra lavagem de dinheiro, já em vigor, a teoria do domínio do fato deve levar a um movimento de maior seriedade no trato dos recursos públicos. Afinal, não existe corrupto sem corruptor. E em vez de discutir se a empresa oferece dinheiro a integrantes do governo para ter vantagem ou é extorquida para não ficar fora do jogo, a melhor alternativa é punir os dois lados. E buscar um jogo mais limpo.

É hora de expandir


Saiba por que marcas Premium como Swarovski, Ornare e Pandora escolheram o modelo de franquias para crescer e aumentar sua rede de lojas inclusive fora do País

Por Fabiano MAZZEI

Quando você compra um sapato Prada ou um Porsche, importa saber se a loja é de operação própria ou uma franquia? Pois é, se a qualidade do produto, do atendimento e do serviço for o esperado de uma grife de luxo como essas, que diferença faz? Essa questão tem sido respondida cada vez mais pelos brasileiros graças à adesão do segmento premium ao sistema de franquias, como estratégia de expansão dos negócios em território nacional e fora dele. Marcas como a suíça Swarovski, a dinamarquesa Pandora e as brasileiras Ornare e A Lot Of querem levar a novas praças regionais seus produtos diferenciados e, para isso, necessitam de novos parceiros.
 
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Global: fachada da loja da Swarovski em Tóquio, no Japão.
Layout será replicado nas franquias brasileiras
 
Com 22 lojas no País, a Swarovski precisaria dobrar de tamanho para atingir os mercados menos maduros de consumo, nas regiões Nordeste e Sul. A conta ficaria salgada. No final de 2012, o board da companhia sediada em Zurique autorizou o plano de expansão. “Percebemos que o modelo de franquias é mais adequado à realidade brasileira”, disse Carla Assumpção, diretora-geral da empresa no Brasil. Desde então, foram abertas cinco unidades nesse formato, três delas em centros regionais com poder aquisitivo em ascensão: Santos e Jundiaí, em São Paulo, e Niterói, no Rio de Janeiro. O custo para ser franqueado Swarovski é de cerca de R$ 700 mil, com taxa de retorno do investimento em três anos. 
 
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Tributos: para Rachel Maia, da Pandora, diminuição de carga
tributária é vantajosa para as franquias
 
As lojas precisam estar dentro de shoppings centers e ter, no mínimo, 40 m². Todas seguirão um conceito visual globalizado, chamado de Crystal Forest, desenvolvido no Japão. “Queremos chegar a 60 lojas até 2016 e elevar o faturamento no Brasil em 200%”, afirma Carla. Os dinamarqueses da joalheria Pandora tiveram a mesma percepção: com nove lojas em três anos de Brasil, era hora de crescer. “Vimos que existe um mercado pouco explorado em um país com 200 milhões de pessoas”, disse Rachel Maia, diretora da marca no País. A primeira franquia foi aberta em São Paulo. A segunda será no Recife e, até o final do ano, uma terceira será aberta em Fortaleza, negociada junto ao Grupo Jereissati. 
 
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Gestão: comando compartilhado é o trunfo do sistema para Murillo Schattan,
da Ornare
 
“Já usamos essa estratégia em outros lugares do mundo e fomos bem-sucedidos”, afirma Rachel. “Na Inglaterra, por exemplo, temos 99 lojas, 80 delas franqueadas.” Uma franquia da Pandora sai entre R$ 650 mil e R$ 850 mil, com cerca de 40% do valor revertido em joias. O payback é de até três anos e a expectativa da diretoria é ter sete novas franquias em 2014. “Ganhamos na margem sobre o uso da marca e economizamos nos custos de logística e operação que teríamos se fossem lojas próprias”, afirma Rachel. Se depender do apetite do empreendedor brasileiro com esse modelo de investimento, o futuro dessas marcas é promissor. 
 
Dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) apontam para um aumento de 15% no número de lojas para este ano, chegando a 115 mil pontos de venda. O faturamento deve bater os R$ 120 bilhões. Há, ainda, outro atrativo em franquear uma marca: a drástica diminuição na carga tributária. Como loja ou distribuidor próprio, o empresário que trabalha com itens importados tem sobre seus ombros uma alíquota de quase 40%, somando-se ICMS, PIS, Cofins e IPI. Ao franqueado, operando na categoria de Simples, a taxação não ultrapassa o teto em torno de 11%. “Para uma marca como a Pandora, com faturamento médio nos dois primeiros anos na casa dos R$ 3 milhões, isso faz muita diferença”, diz Rachel. 
 
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Impulso: Carla Assumpção, da Swarovski, acredita que o novo modelo
de negócio faça sua rede de lojas no País saltar de 22 para 60 até 2016
 
Nem todos concordam. Murillo Schattan, da Ornare, avalia que há pouca vantagem nesse sentido. “Não é uma questão tributária. O tributo é alto de qualquer maneira”, afirma. Para ele, a gestão de uma rede de lojas nesse sistema é mais fácil de operar, por incluir cada franqueado como um “sócio” da marca. “Ele veste a camisa e zela pela qualidade do seu produto”, diz. A Ornare volta ao modelo de franquias após 11 anos e com ambições internacionais. Schattan pretende aumentar a cadeia de distribuidores nos Estados Unidos (mais dez) e América Central (outros cinco). Outra grife de decoração que aderiu às franquias é a A Lot Of, do arquiteto Pedro Paulo Franco, em São Paulo. Ele acaba de abrir uma unidade no Rio e aposta no atendimento local como trunfo para o sucesso das franquias. 
 
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Cautela: Pedro Franco, da A Lot Of, acredita que o atendimento
local seja vital para uma boa performance nas vendas
 
“O Brasil é quase um continente, tem localidades e culturas completamente diferentes”, diz Pedro. “A forma de comprar do paulistano é totalmente diferente do cearense”, completa. Há, porém, um temor comum em processos de expansão como esses: garantir a qualidade do que se entrega e proteger a imagem da empresa. Para tanto, Pandora e Swarovski empregarão o mesmo sistema de defesa. O mistery shopper, um comprador anônimo contratado por uma auditoria internacional que consumirá nas lojas da rede sem aviso prévio. “Nem eu saberei quando ele aparecerá”, diz Carla. “Mas seus relatórios serão vitais para se preservar a identidade da marca”, conclui Rachel.
 
 
Colaborou: Bruna Borelli

Audi quer dobrar concessionárias no Brasil até 2020


Montadora pretende dobrar o número de 30 concessionárias no país e aumentar, significativamente, o lucro de cada uma delas

Divulgação
Carros da Audi estacionados nos Estados Unidos
Carros da Audi estacionados: montadora irá investir no país e deseja dobrar número de concessionárias

São Paulo – A montadora alemã Audi deseja dobrar o número de concessionárias no Brasil até 2020. Segundo informações publicadas no Valor Econômico, o presidente da empresa, Jörg Hofmann, afirmou que além de ampliar o número, ele pretende aumentar a lucratividade delas.

O anúncio ocorreu durante um evento promovido pela Audi nesta terça-feira, em Brasília. Além disso, Hoffman comunicou a retomada da produção no país.

Já o presidente da Audi AG, Rupert Stadler, enfatizou o interesse da montadora no país e que fará o investimento após reunião com a presidente Dilma Rousseff.

A entrega de carros cresceu 40% no Brasil, resultando no número de sete mil unidades. Em 2013, a meta provisória estabelecida pela companhia já foi atingida. Já para 2020, o objetivo do grupo é alcançar a entrega global de dois milhões de unidades.

Além disso, marca das quatro argolas também aproveitou o evento para anunciar o lançamento do novo A3 em outubro. 
 


Michael Klein pode comprar empresa de táxi aéreo de Eike


Segundo reportagem do Valor Econômico, Klein está tentando diversificar negócios da família

Arquivo
Samuel e Michael Klein
Michael Klein: empresário pode dar uma forcinha a Eike

São Paulo - Até Michael Klein, filho de Samuel Klein, fundador da Casas Bahia, pode ajudar Eike Batista a sair do sufoco. Segundo reportagem do Valor Econômico, desta terça-feira, o empresário estaria interessado em comprar a empresa de táxi aéreo de Eike, a AVX.

O contrato ainda não foi assinado, mas o interesse de Klein na operação poderia fazer sentido, já que o empresário está reorganizando e diversificando os negócios da família.

A AVX tem autorização para operar até o fim do próximo ano, segundo dados da Anac.

Pré-sal já tem 3,4 bilhões de barris em reservas provadas, aponta ANP

 
 
Por Marta Nogueira | Valor
 
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RIO  -  O pré-sal já acumula, em reservas provadas, de 3,4 bilhões de barris de petróleo e 174 bilhões de metros cúbicos de gás natural, afirmou a superintendente de definição de blocos da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Eliane Petersohn, durante seminários Técnico-Ambiental e Jurídico-Fiscal da Primeira Rodada do Pré-sal, da ANP.  

Atualmente, as áreas do pré-sal produzem cerca de 300 mil barris de petróleo e 10,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Incluindo as áreas que não são pré-sal, o país produz cerca de 2 milhões de barris de petróleo diários. A ANP realiza, em 21 de outubro, o primeiro leilão do pré-sal sob regime de partilha de produção, onde colocará em concorrência o prospecto de Libra, na Bacia de Santos.

Libra já tem um poço perfurado com descoberta de petróleo. A expectativa da agência reguladora é que haja de 8 bilhões a 12 bilhões de barris de petróleo neste prospecto, de volumes recuperáveis. 

O seminário realizado nesta terça-feira tem como objetivo apresentar informações técnicas e aspectos ambientais sobre a área de Libra e o jurídico-fiscal abordará a legislação e os instrumentos licitatórios (edital e contrato de partilha de produção), além de apresentar aspectos gerais sobre qualificação e habilitação de empresas; participações governamentais; pesquisa, desenvolvimento e inovação; e conteúdo local.