sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Advogado é custo e engenheiro é produtividade” – Nota pública da OAB

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A respeito da manifestação da presidenta Dilma Rousseff na data de ontem, 25/9, em Nova Iorque/EUA, segundo a qual “advogado é custo e engenheiro é produtividade”, a Ordem dos Advogados do Brasil vem a público se manifestar.
A Ordem dos Advogados do Brasil tem a convicção da sua importância na construção de uma sociedade plural e democrática, exercendo papel relevante na história do Brasil nas lutas pelas liberdades e pelo Estado de Direito. Longe de representar um custo para qualquer governo, a advocacia significa um investimento, pois é através dos advogados que a sociedade se faz ouvir e exige o cumprimento dos compromissos constitucionais.
A Constituição Cidadã, que completará vinte e cinco anos em outubro próximo, valorizou a importância da advocacia, reconhecendo-a como imprescindível para a entrega da justiça, além de outorgar à Ordem legitimidade universal para provocar o controle de constitucionalidade.
O atual Governo não se descuidou da importância da advocacia, inclusive convidando a OAB para elaborar conjuntamente com membros do Ministério da Educação um marco regulatório para o ensino jurídico no Brasil. Trata-se de uma conquista histórica dos advogados, que irá colaborar para o aperfeiçoamento de todas as carreiras jurídicas, e não apenas da advocacia. Na recente crise representativa, dos movimentos de junho de 2013, a própria presidenta Dilma Rousseff convidou a OAB para discutir soluções para as reivindicações populares.
O controle mais rígido na abertura de novas vagas do curso de Direito se deveu ao atendimento de antigo pleito da advocacia em razão da baixa qualidade do ensino jurídico. Até bem pouco tempo, os governos ignoravam os pareceres da OAB recomendando o fechamento de cursos de péssima qualidade. Agora, os advogados são ouvidos.
Diante desse cenário, acredita a Ordem dos Advogados do Brasil não ter passado de um equívoco a manifestação de Sua Excelência, a presidenta Dilma Rousseff, inclusive em tom descontraído, pois sabemos todos, na sociedade, a importância e a imprescindibilidade da advocacia para a manutenção do Estado de Direito, a solidificação da Democracia e a consequente conquista de uma sociedade livre e mais justa. Advogado respeitado, cidadão valorizado.
Diretoria do Conselho Federal da OAB
Fonte: OAB

O peso da burocracia brasileira


Falta de gestão eficiente e o excesso de burocracia representam entraves que reduzem a capacidade de competição do Brasil


Nos últimos anos, segundo especialistas, o País perdeu a capacidade de executar investimentos em infraestrutura. Os motivos são o excesso de burocracia e a dificuldade que a administração pública enfrenta na área de gestão de projetos, temas debatidos em mais um evento da série Fóruns Estadão Brasil Competitivo, promovido pelo Grupo Estado com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Esta edição especial traz, além dos principais temas debatidos, reportagens sobre a importância da gestão e o preço que os brasileiros pagam pela falta de eficiência do poder público.

Enquanto o governo tenta sem sucesso destravar o ambiente de negócios, o País perde espaço nos rankings internacionais de competitividade. Entre 2012 e 2013, o Brasil caiu da 48.ª para a 56.ª posição no Relatório Global de Competitividade do Fórum Econômico Mundial. 


O livro de papel parece ter mais futuro hoje do que ontem


Com o surgimento dos livros digitais, as edições impressas pareciam condenadas à morte. Mas, após a explosão inicial, a venda de e-books começa a desacelerar

Flávia Furlan e Fabiane Stefano, de
Wikimedia Commons
Livraria El Ateneo
El Ateneo, em Buenos Aires: as livrarias não devem morrer

São Paulo - Em tese, a pequena livraria da americana Keebe Fitch, a McIntyre’s Books, em Pittsboro, na Carolina do Norte, já deveria ter fechado as portas. Keebe viu o avanço das grandes redes, como Barnes & Noble, nos anos 90. Testemunhou também a explosão das vendas pela internet, sobretudo o fenômeno varejista Amazon, nos anos 2000.

E, mais recentemente, foi a vez de os e-books mudarem novamente o mercado livreiro nos Estados Unidos. Mas a loja de Keebe, herdada de seus pais e há 25 anos no mercado, vai muito bem: a expectativa é faturar 10% mais em 2013. E a McIntyre’s Books é tudo, menos um caso isolado. 

As vendas das chamadas livrarias alternativas nos Estados Unidos aumentaram 8% em 2012. O número de lojas também voltou a crescer. “Oferecemos uma série de serviços que enriquecem a experiência do cliente na livraria. Caso contrário, ele compraria online”, diz Keebe.

Em seu cardápio estão encontros com escritores e discussões entre leitores com interesses comuns. O curioso é que, até há pouco tempo, a morte do livro em papel era dada como certa — e, consequentemente, das livrarias. Sim, vendem-se menos livros em papel hoje do que em 2007 nos Estados Unidos, ano do lançamento do Kindle, o leitor eletrônico da Amazon. O futuro, porém, não parece ser de uma onipresença eletrônica. 

Depois de um início espetacular, o crescimento da venda de e-books nos Estados Unidos, mercado considerado um laboratório das experiências digitais, perdeu fôlego. De acordo com a consultoria PricewaterhouseCoopers, as vendas de e-books devem crescer 36% em 2013, mas apenas 9% em 2017 — embora sobre uma base obviamente maior.

“Não há mais fôlego para o e-book crescer como antes”, diz o consultor Mike Shatzkin, um dos maiores especialistas em mercado editorial digital.  Não é que o consumidor vá perder o interesse, pelo contrário.

No mundo, a venda de e-books deverá movimentar 23 bilhões de dólares em quatro anos. Ainda assim, de cada dez livros vendidos em 2017, apenas dois serão eletrônicos, segundo as previsões mais respeitadas. 

Não faz muito tempo, acreditava-se que a indústria do livro sofreria o mesmo destino da indústria fonográfica. O surgimento do MP3 abalou o mercado de CDs e, consequentemente, as grandes lojas de discos. O mercado de livros, no entanto, tem se comportado de maneira diferente.

Quase metade dos livros é comercializada pela internet nos Estados Unidos. Mas apenas 23% dos americanos leem livros eletrônicos. Ou seja, a experiência da leitura digital não acompanhou na mesma velocidade o hábito de comprar livros pela internet. 

Um levantamento do instituto de pesquisas Pew Research com 3 000 leitores mostra que o livro digital leva vantagem frente ao papel em algumas situações. No caso de viagens, a maioria prefere os e-books. Quando se trata de leitura para crianças, 80% preferem as edições físicas.

Essas evidências frustraram quem contava com um futuro 100% digital. A rede de livrarias americana Barnes & Noble apostou suas fichas no Nook, leitor eletrônico lançado em 2011. A venda do aparelho e de títulos digitais, porém, tem sido uma decepção. As sucessivas quedas de venda custaram o emprego de William Lynch, que até julho presidia a empresa. Especula-se que a Microsoft esteja negociando a compra do Nook.

A previsão mais aceita atualmente é de que haverá uma convivência entre e-books e papel. “A participação do livro digital deve alcançar no máximo 40% do total de vendas”, diz Wayne White, vice-presidente da canadense Kobo, fabricante de leitores eletrônicos, com 14 milhões de usuários no mundo.

Hoje, nos Estados Unidos, a fatia dos e-books na receita do setor é de 22% — no Brasil, é de 1,6%. “O livro digital será parte do negócio, não todo ele”, diz Sergio Herz, dono da Livraria Cultura, na qual os e-books representam 3,7% das vendas. É provável que não tenhamos de explicar a nossos netos o que são livros de papel — nem o prazer que temos ao lê-los.

Coca-Cola lança vídeo com “verdade” sobre rato em garrafa


Marca abre as portas de uma de suas fábricas e diz que qualquer um pode visitar

Carlos Merigo, de
Reprodução
Trecho de vídeo da Coca-cola com a "verdade"
Vídeo da Coca-cola com a "verdade": produção gera interesse pela tentativa de controle de danos da empresa
São Paulo - A internet é terreno fértil e ideal para a criação de lendas urbanas. Produtos de megacorporações, aliás, são alvos preferidos das mentes “criativas” do apocalipse.

Depois da polêmica do rato encontrado na garrafa, e que, como todo hoax, se espalhou feito fogo, a Coca-Cola respondeu com um sugestivo vídeo intitulado “Conheça a verdade…”.
É um vídeo corporativo coxinha, que não faz menção ao suposto rato, é claro, mas que gera interesse pela tentativa de controle de danos da empresa.

 http://www.youtube.com/watch?v=RAfcv3CW_Jo


Recuo da desigualdade em 2012 foi o mais fraco em oito anos



Por Alessandra Saraiva e Diogo Martins | Valor

RIO  -  (Atualizada às 10h32) O recuo na desigualdade de renda no país registrou, em 2012, o ritmo mais fraco dos últimos oito anos – e permaneceu praticamente estacionado no ano passado. É o que mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento abrange amostra de 147 mil domicílios no país. 

O instituto apurou que o índice de Gini, que mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita - sendo que, quanto mais próximo de zero, menos concentrada é a distribuição dos rendimentos -, praticamente parou de cair, e passou de 0,501 para 0,500 entre 2011 e 2012. Esse foi o menor movimento de desaceleração no indicador, usado como termômetro para apurar a redução de desigualdade no país, desde 2004, quando estava em 0,535. Desde então, caiu para 0,532 em 2005; recuou de 0,528 para 0,521 entre 2006 e 2007; e conseguiu desacelerar de forma mais intensa até mesmo durante a crise global, passando de 0,513 para 0,509 na passagem de 2008 para 2009.


Mais desigual



O quadro desfavorável na redução da desigualdade de renda pode ser percebido em algumas regiões – que chegaram até a apresentar aumento no patamar do indicador, entre 2011 e 2012. É o caso das regiões Nordeste (de 0,511 para 0,513) e Sudeste (de 0,478 para 0,480). No Sul, o indicador permaneceu praticamente parado (de 0,454 para 0,455) no período. Houve, porém, queda nos índices de Gini das regiões Norte (de 0,499 para 0,477) e Centro-Oeste (de 0,521 para 0,513), no mesmo período.

No caso específico da renda originada do trabalho, o ritmo da queda do indicador também enfraqueceu. O índice de Gini nesse segmento diminuiu de 0,501 para 0,498 entre 2011 e 2012. Esse nível de recuo foi equivalente ao observado no período da crise global, quando o indicador caiu de 0,521 para 0,518, de 2008 para 2009; e o mais fraco em seis anos.

O quadro desfavorável índice de Gini para a renda do trabalho em 2012 — ano em que o salário mínimo teve reajuste real de 7,5% —, em relação ao ano anterior, é perceptível na evolução da renda média mensal real de todos os trabalhos das pessoas entre os 10% com renda mais baixa, que subiu 6,4% de 2011 para 2012, para R$ 215.

A diferença entre os extremos na renda do trabalho também permaneceu praticamente inalterada no período, assim como ocorreu no índice de Gini. No ano passado, os 10% de população ocupada no mercado de trabalho com a renda mais elevada concentraram 41,2% do total da renda do trabalho – enquanto os 10% com os ganhos do trabalho mais baixos detiveram 1,4% do total das remunerações daquele ano. Em 2011, esses valores eram praticamente idênticos, respectivamente 41,4% e 1,4%.

No entanto, a renda total do brasileiro mostrou expansão entre 2011 e 2012. O rendimento médio mensal real de todas as fontes de renda dos brasileiros acima de 15 anos ou mais de idade, incluindo renda do trabalho, subiu 5,6% de 2011 para 2012, atingindo R$ 1.437,00 no ano passado. Ao se detalhar a evolução dos ganhos das famílias, o instituto informou que a renda média mensal real dos domicílios permanentes particulares avançou 6,5% em 2012 ante ano anterior, para R$ 2.721,00.  Somente o rendimento originado do trabalho cresceu 5,8% entre 2011 e 2012, atingindo R$ 1.507,00 no ano passado.


Trabalho infantil


O trabalho infantil manteve tendência de queda em 2012. É o que mostram os dados apurados pela Pnad. Segundo o levantamento, no ano passado o Brasil registrava 3,5 milhões de trabalhadores de cinco a 17 anos – 156 mil a menos do apurado em 2011. Isso, na prática, representou um recuo de 2,7% no total dos trabalhadores infantis no Brasil entre 2011 e 2012.

Entretanto, mesmo com a queda, ao considerar os residentes no Brasil em 2012, de 196,9 milhões de pessoas, é possível perceber que os trabalhadores infantis ainda representam 1,7% da população brasileira. As crianças e jovens também abrangiam 3,6% do total da população ocupada no mercado de trabalho em 2012 (94,7 milhões).

Ao detalhar os resultados, o instituto informou que, entre os trabalhadores infantis, 81 mil eram crianças entre cinco e nove anos; e 473 mil eram jovens de dez a 13 anos.

Mas a grande maioria se concentrou entre adolescentes de 14 a 17 anos: três milhões se concentram nessa faixa etária.

O instituto, no entanto, destacou que a diminuição no volume de trabalhadores infantis reduziu o avanço da população ocupada entre cinco e 17 anos no mercado de trabalho. O IBGE detalhou que o nível de ocupação nessa faixa etária foi de 8,3% em 2012, contra 8,6% em 2011. Em 2009, essa parcela era ainda maior, de 9,8%, acrescentou o instituto – o que comprova tendência de queda no trabalho infantil no país.

Mais de um terço (35,6%) dos trabalhadores infantis em 2012 se concentravam na atividade agrícola – sendo que, no caso dos jovens entre 5 e 13 anos, 60,2% dessa faixa etária, especificamente, se encontrava no campo.

A carga horária dos trabalhadores infantis de cinco a 17 anos atingiu em média 27,5 horas por semana em 2012. O rendimento médio mensal dos trabalhadores nessa faixa etária foi de R$ 512, no mesmo ano.  Do total de trabalhadores infantis em 2012, mais da metade (2,2 milhões) eram homens.


Valor de mercado da Petrobras não é justo, diz Foster


Por Marta Nogueira e Rodrigo Polito | Valor
 
Dado Galdieri/Bloomberg


RIO  -  A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou há pouco que o valor de mercado da companhia hoje não é “justo”. Segundo ela, ao se observar todos os ativos e investimentos em andamento pela companhia, o valor da ação hoje “não fecha”.

“Tenho certeza que com a produção crescente e esse volume de refino, e com a disciplina que temos, vamos entregar aquilo que analistas e investidores querem ver”, afirmou Graça, em entrevista coletiva, na sede da companhia, no Rio de Janeiro.


Alavancagem


A executiva afirmou ainda que a alavancagem da companhia "está batendo no teto". Entretanto, frisou que a petroleira tem projetos nas mãos para desenvolver a empresa e gerar caixa. A presidente explicou que até o fim deste ano, não há necessidade de captação.

"Temos recursos para chegar ao fim do ano sem necessidade de captação", disse Graça Foster.
Para o próximo ano, a executiva destacou que a principal fonte de recursos será a geração de caixa. Entretanto, ponderou que a petroleira estará atenta a possíveis oportunidades de captação.


Ativos


Foster reiterou que a venda de ativos, prevista no plano de desinvestimentos da companhia para este ano, de US$ 9,9 bilhões, já chegou ao fim. Até o momento, segundo ela, a companhia atingiu cerca de 50% da venda dos ativos programados.

“Aqui no Brasil não tem nada mais [para vender], a não ser que tenha uma boa oportunidade”, disse.
(Marta Nogueira e Rodrigo Polito | Valor)

Governo tem superávit primário de R$ 87 milhões em agosto




Por Leandra Peres e Lucas Marchesini | Valor
 
BRASÍLIA  -  (Atualizada às 16h05) O governo central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, registrou superávit primário – economia para pagamento de juros da dívida pública –de R$ 87 milhões em agosto, ante resultado positivo de R$ 1,607 bilhão no mesmo mês do ano passado. O superávit de agosto de 2013 é o pior para o mês desde o início da série histórica, em 1997.
 
No acumulado do ano, o superávit primário do governo central foi de R$ 38,473 bilhões, equivalente a 1,23% do Produto Interno Bruto (PIB), contra R$ 53,580 bilhões ou 1,86% do PIB em igual período do ano passado.
 
Segundo números do Tesouro Nacional, divulgados nesta quinta-feira, 27, o resultado de agosto é reflexo de um superávit do Tesouro Nacional de R$ 5,797 bilhões, déficit da Previdência Social de R$ 5,733 bilhões e resultado positivo do Banco Central R$ 22,8 milhões.
 
Este foi o pior resultado para o período desde 2010, quando o saldo ficou positivo em R$ 29,681 bilhões.
 
 
Desempenho em queda
 
 
O desempenho das contas do governo central no acumulado de 2013 representa uma queda de 28,2% em relação a igual período de 2012, quando o superávit acumulado foi de R$ 53,6 bilhões.
 
Desde 2011, o indicador fiscal vem apresentando seguidos recuos nos primeiros oito meses na comparação com o ano anterior. O superávit primário registrado de janeiro a agosto de 2011 foi de R$ 69,9 bilhões.
 
O resultado primário do governo central até agora foi puxado pelo primeiro mês do ano. Em janeiro, o superávit foi de R$ 26,2 bilhões. Fevereiro teve déficit nas contas públicas, com saldo negativo de R$ 6,6 bilhões. 
 
Os últimos cinco meses voltaram a registrar superávit: R$ 276 milhões, em março; R$ 7,2 bilhões, em abril; R$ 6 bilhões, em maio; R$ 1,3 bilhões, em junho; R$ 3,7 bilhões em julho e os R$ 87 milhões de agosto, divulgados hoje.
 
 
Meta
 
 
Em 2013, o governo central tem de entregar um superávit de R$ 108 bilhões. A meta fixada para setor público consolidado é de R$ 155,9 bilhões.
 
O governo já informou, no entanto, que contará com o abatimento de até R$ 45 bilhões de investimentos referentes ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e desonerações, entregando superávit equivalente a 2,3% do PIB.
 
 
Investimentos
 
 
Os investimentos totais do governo federal somaram R$ 42,1 bilhões no ano até agosto de 2013. A cifra é 0,8% menor do que os R$ 42,5 bilhões apurados no mesmo período do ano passado. Os valores incluem os dispêndios com o programa Minha Casa Minha Vida.
 
Só no programa habitacional, os desembolsos entre janeiro e agosto foram de R$ 10,1 bilhões — resultado R$ 623,3 milhões inferior ao de igual período de 2012.
 
Olhando apenas as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), até agosto, os desembolsos foram de R$ 29 bilhões no ano, contra R$ 27,3 bilhões registrados nos oito primeiros meses de 2012. Um avanço de 6,2%.
 
Na comparação de janeiro a julho de 2013 com os mesmos meses de 2012 é verificada uma alta de 0,1% no investimento.
 
 
Augustin
 
 
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, acredita que a queda do investimento verificada em agosto vai se recuperar a partir de setembro. “Há uma tendência de recuperar o investimento. Mantemos previsão de que vai avançar bastante nos próximos meses”, avaliou Augustin.
 
Ainda, de acordo com o secretário, esse número negativo apurado em agosto foi influenciado por “sazonalidades”, como a greve dos servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (DNIT).
 
Questionado, o secretário disse que espera que, ao fim do ano, o crescimento do investimento seja semelhante ao apurado nos gastos de custeio.
 
(Leandra Peres e Lucas Marchesini | Valor)