terça-feira, 29 de outubro de 2013

Saques e incêndios na Fernão Dias deixam 90 detidos


Manifestantes protestavam pela morte de um adolescente de 17 anos por um policial militar

Paulo Victor Chagas, da
Claudio Rossi/EXAME
Caminhão na rodovia Fernão Dias, trecho com asfalto novo

Caminhão na rodovia Fernão Dias: manifestantes bloquearam a rodovia que liga São Paulo a Belo Horizonte

Brasília – Cerca de 90 pessoas que protestaram pela morte de um adolescente de 17 anos por um policial militar foram detidas pela Polícia Militar (PM) de São Paulo.

Eles bloquearam a Rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte. Um dos sentidos continua interrompido por caminhões e ônibus que foram incendiados na pista.

Segundo a PM, durante os protestos ocorreram saques a lojas, sendo que em um deles uma pessoa foi baleada por assaltantes. A vítima foi encaminhada ao Hospital Municipal São Luiz Gonzaga. 

Cinco ônibus e três caminhões foram incendiados pelos manifestantes. Os detidos foram encaminhados à 73ª Delegacia de Polícia, em Jaçanã.

Após uma hora e meia de bloqueio, o sentido Sul (São Paulo) da Rodovia Fernão Dias foi liberado para o tráfego de veículos. O sentido norte (São Paulo) continua interditado. 

A manifestação ocorreu devido à morte de um adolescente por um policial militar, ontem (27) na Vila Medeiros, na zona norte de São Paulo. O bloqueio em protesto, que resultou em ônibus e caminhões incendiados, dura quase cinco horas.

Investimento em inovação cai entre empresas brasileiras


Segundo especialistas, moeda fraca e cultura de "inovação reativa" podem ser causa de queda em gastos com projeto e desenvolvimento no Brasil

AGENCIA VALE/Divulgação
Jazida de ferro na mina da Vale, no terminal de Ponta da Madeira
Vale: na 95ª posição no ranking mundial, mineradora foi a empresa brasileira que mais investiu em projeto e desenvolvimento entre 2012 e 2013

São Paulo - A desvalorização do Real e a tradicional forma reativa de se investir em inovação no Brasil podem ser as causas de o país ter perdido posições no ranking das empresas que mais gastam com projeto e desenvolvimento no mundo, segundo especialistas.

Conforme um estudo divulgado na última semana pela Booz & Company, enquanto os gastos com projeto e desenvolvimento (P&D) entre 2012 e 2013 atingiram um volume recorde no mundo todo - um total de 638 bilhões de dólares - no Brasil, na contramão, a parcela investida caiu 18,3% no mesmo mesmo período - de 3,7 para 3 bilhões de dólares.

"De certa forma, essa queda está ligada a uma questão de métrica. O estudo é feito em dólar e, como o real está desvalorizado, o investimento feito no Brasil apresenta um número menor na moeda estrangeira. Em reais, os valores gastos caíram 4,8%, mas em dólares 18,3%", explica Fernando Fernandes, sócio da Booz & Company. "Talvez [a queda] seja um reflexo da crise de 2008. Enquanto o resto do mundo já retomou seus investimentos, nós estamos sofrendo um efeito tardio, ainda que em menor grau que outros países", completa.

O levantamento da Booz & Company é realizado anualmente e lista as mil companhias de capital aberto que mais investem em P&D. Nesta edição, o Brasil perdeu uma posição: a Companhia Paranaense de Energia (Copel), que estava no ranking desde 2011, não foi incluída. As brasileiras presentes são Vale, Petrobras, Gerdau, Totvs, CPFL e Embraer. Veja a tabela:

Posição Empresa Investimento em 2013 Investimento em 2012
95 Vale US$ 1,49 mi US$ 1,71 mi
119 Petrobras US$ 1,15 mi US$ 1,46 mi
714 Gerdau US$ 123 mi US$ 126 mi
902 Totvs US$ 90 mi US$ 105 mi
937 CPFL Energia US$ 85 mi US$ 128 mi
985 Embraer US$ 78 mi US$ 86 mi  
 
Para o coordenador do núcleo de inovação da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda, um dos motivos de as empresas brasileiras investirem menos em projeto e desenvolvimento é a cultura de inovar apenas para sustentar a capacidade competitiva. "É o que eu chamo de 'inovação de retrovisor', que olha para o passado e acontece em resposta a uma exigência de mercado ou entrada de um novo competidor", diz o professor. "Por isso, o investimento em P&D, que geralmente está associado ao futuro (desenvolvimento de novas tecnologias, novos equipamentos e de nacionalização de algum produto) é menor", completa. 
Segundo o professor, essa tendência é confirmada pela pesquisa Sondagem de Inovação realizada pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) a cada três meses, junto a 300 empresas. No levantamento feito no primeiro trimestre deste ano, por exemplo, 66,4% das empresas disseram que a busca por maior participação no mercado era um fator de alta importância na hora de decidir sobre investir em inovação. 
Para Fernando Fernandes, o problema também está relacionado à "qualificação da economia brasileira". "Aqui, as empresas ainda estão mais preocupadas em dar conta de atender as demandas mais básicas, relacionadas à infraestrutura e ocupação do mercado, do que em investir em sofisticação. Temos grandes redes de varejo, por exemplo, mas companhias desse setor investem em abrir novas lojas, não em inovação". 


As que mais investem


No topo do ranking da empresas que mais investem está a Volksvagen, seguida de gigantes como Samsung, Roche Holding, Intel e Microsoft. Veja os números: 

Posição Empresa Investimento em 2013 Variação em relação a 2012 Parcela da receita investida
1 Volksvagen US$ 11,4 bi 22,40% 4,60%
2 Samsung US$ 10,4 bi 15,60% 5,80%
3 Roche Holding US$ 10,2 bi 14,70% 21,00%
4 Intel US$ 10,1 bi 21,50% 19,00%
5 Microsoft US$ 9,8 bi 8,50% 13,30%


Apple é novamente eleita a empresa mais inovadora do mundo

Estudo da Booz & Company revela que as empresas que mais investem em pesquisa e desenvolvimento não são necessariamente as que mais inovam. Veja ranking

Apple é a companhia mais inovadora do mundo, mas não é a que mais investe em pesquisa e desenvolvimento
 
Dreamstime.com

São Paulo -  As companhias mais inovadoras do mundo não são necessariamente as que mais investem em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Investir recursos em novas ideias, apesar de muito importante, não garante resultados, caso outras medidas não forem tomadas. É o que revela uma pesquisa divulgada recentemente pela Booz & Company. A Apple, que conquistou o topo da lista de inovação, ocupa somente a 43ª posição no ranking de volume de recursos gastos. 

Para o estudo, a consultoria levantou quais foram as mil empresas de capital aberto que mais investiram em pesquisa e desenvolvimento durante o último ano fiscal, até 30 de junho de 2013, e compararam esse ranking com a opinião de especialistas. Cerca de 400 executivos seniores e profissionais de P&D de mais de 350 corporações de todo o mundo foram consultados e apontaram quais empresas eles consideravam as mais inovadoras.  

Em um questionário online, eles disseram como suas companhias usam ferramentas digitais em cada estado do processo de inovação, a eficácia desses instrumentos, quanto eles gastaram, os fatores que os levaram ao êxito e a sua percepção da performance financeira da empresa. "Além disso, foi levado em conta se a empresa tem um projeto de inovação estruturado ou não, se há metas pré-determinadas para ele, se há metas fixadas para ele, se há pessoal dedicado para isso e se é parte do modelo de negócios", explica Fernando Fernandes, sócio da Booz  & Company. Veja o ranking das dez mais inovadoras:

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Brasileiro que faz MBA fora do país quer retornar logo ao Brasil, diz pesquisa


28/10/2013 - 16h12
| DE SÃO PAULO

Segundo pesquisa da empresa de recrutamento GNext, 93% dos brasileiros que fazem MBA na Europa e nos Estados Unidos querem voltar ao país logo após o término do curso --em 2011/2012, esse número era de 77%.


Olly/Shutterstock
93% dos brasileiros que fazem MBA na Europa e nos EUA querem voltar ao país logo após o término do curso, diz pesquisa
93% dos brasileiros que fazem MBA na Europa e nos EUA querem voltar ao país logo o término do curso, diz pesquisa

O estudo ouviu 89 alunos brasileiros graduandos de 2012 e 2013, de 16 escolas: 55% dos entrevistados são provenientes de escolas nos Estados Unidos e 45% de escolas na Europa. 

Segundo o levantamento, a maioria dos estudantes (45%) deseja voltar ao Brasil pela maior quantidade de oportunidades. Além disso, aparecem como motivos a economia (27%) e a família (26%). 

A pesquisa também indicou mudanças na faixa etária dos alunos. A parcela de entrevistados que tem de 28 a 32 anos sofreu aumento de 53% para 78%. 

Já os mais novos, de 25 a 27 anos, tiveram uma queda acentuada: eles representam 9% em 2013, em comparação com 34% em 2011/12 e 24% em 2010. 

Os alunos acima dos 30 anos tiveram uma participação maior, de 58% ante os 39% em 2011/12.
Em 2011/12, a faixa de 25 a 27 anos liderava com 34% dos respondentes. Neste ano, a liderança ficou com a faixa de 30 a 32 anos, com 45%.

Petrobras quer reajustes automáticos e periódicos no preço dos combustíveis


Do UOL, em São Paulo
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Conheça a história da Petrobras38 fotos

Primeiro logo da Petrobras, de 1953; conheça e relembre os principais momentos da história da petrolífera brasileira Banco de Imagens Petrobras
 
A Petrobras (PETR3 e PETR4) submeteu ao seu Conselho de Administração uma nova política de preços, que prevê reajustes automáticos e periódicos de combustíveis, conforme a necessidade de alinhamento com os valores praticados no mercado internacional.

A metodologia está sob análise do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e demais membros do conselho da estatal, e deverá ser aprovada ou rejeitada até 22 de novembro, quando está prevista a próxima reunião dos conselheiros.

Atualmente, a estatal importa combustível mais caro do que vende, o que tem causado um rombo em suas contas. Um aumento no preço da gasolina e do diesel vem sendo discutido com o governo, mas ainda não há previsão de quando irá ocorrer.

Se for aprovada, a metodologia permitirá reajustes automáticos conforme as periodicidade determinada pela nova fórmula e a variação de preços de petróleo e derivados no mercado internacional. Os reajustes, dessa forma, não vão demandar aprovação de diretoria para serem realizados, disse a Petrobras.

Na semana passada, após o leilão do pré-sal, a presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que a estatal tem recursos em caixa para pagar a sua parte no bônus de assinatura da reserva de Libra sem a necessidade de reajuste de combustíveis e sem aporte do Tesouro.

Interesse estrangeiro pelo BB amplia limite e mostra confiança da economia brasileira



 
 
O aumento do interesse por ações do Banco do Brasil, decorrente do bom desempenho da economia brasileira, motivou a ampliação do limite de participação de capital estrangeiro na instituição, através de decreto presidencial, de 20% para 30% do capital ordinário da empresa.Segundo o vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores do Banco do Brasil, Ivan Monteiro (foto), o limite anterior (20%) havia sido autorizado pelo governo em setembro 2009. De acordo com Monteiro, atualmente, a participação já estava próxima desse limite. Em maio deste ano, chegou a 19,97%, e em junho, foi a 19,4%. 
 
“Há uma tendência de crescimento. Vai ultrapassar os 20%”, disse.“O objetivo [ao ampliar a participação estrangeira] é aumentar a liquidez das ações do banco. Quanto mais liquidez, mais valorizadas são”, disse Monteiro, lembrando que há uma discussão sobre mudança na metologia de cálculo do Ibovespa, índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa). Segundo ele, há a discussão de incluir no índice tanto a liquidez quanto o valor da companhia. As ações do Banco do Brasil correspondem a cerca de 3,8% do Ibovespa.Monteiro acrescentou que haverá ganho relativo em relação à situação atual, ao se aumentar a liquidez das ações. 
 
De acordo com Monteiro, se o banco ganhar maior presença no índice, os fundos que acompanham o Ibovespa terão que comprar mais ações da instituição financeira. De acordo com o executivo, em junho deste ano, o governo tinha cerca de 58% do capital do banco e a Previ (previdência privada dos funcionários do Banco do Brasil), 10,4%. Outros 30,2% são de livre movimentação, com participação de brasileiros e estrangeiros.

Fonte: Banco do Brasil

Pague menos IOF em compras no exterior com o cartão pré-pago



 
 
O cartão pré-pago pode ser usados nas compras em sites estrangeiros, com uma vantagem adicional: ao contrário das operações feitas com cartões de crédito, que estão sujeitas a um Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6,38%, os pré-pagos estão sujeitos a um imposto menor, de 0,38%.

As lojas virtuais focam a solução, desde que perceberam que os brasileiros estão fazendo menos compras com cartão de crédito no exterior. De acordo com dados do Banco Central (BC), em setembro, a  participação do cartão de crédito nos gastos das viagens internacionais ficou em 44,4%.  
 
Em março de 2011, quando o governo aumentou a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente nas compras com cartão de crédito para 6,38%, essa participação estava em 65%. No final de 2011 caiu para 60%, e no fim do ano passado passou para 53%.Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, os brasileiros estão contornando a incidência do IOF ao reduzir as compras com cartão de crédito. Além disso, com as oscilações da cotação do dólar, os brasileiros evitam comprar no cartão para não ter surpresas com a fatura. Isso porque pode haver diferença entre a cotação no dia da compra e a cobrada na fatura.

Apesar do menor uso do cartão de crédito, os gastos de brasileiros no exterior continuam a crescer. Em setembro, essas despesas (incluídas as operações com cartão de crédito) totalizaram US$ 2,168 bilhões, resultado recorde para o mês.Segundo Maciel, havia expectativa de que pudesse haver “alguma moderação no segundo semestre deste ano” nas despesas com viagens internacionais por causa da alta do dólar. Mas isso não ocorreu. Para ele, o aumento da renda dos brasileiro e as oportunidades oferecidas por países na Europa e pelos Estados Unidos, principalmente, estimulam as viagens. De acordo com Maciel, como as economias desses países ainda estão em recuperação lenta, há estímulos ao turismo.

Fonte: redação, com BC e Agência Brasil

Apple inicia pelo Rio expansão do varejo do grupo para América do Sul


 
 
A primeira Apple Store do Brasil, situada no Rio de Janeiro, será inaugurada entre fevereiro e março do ano que vem. Atrasos devido a problemas na construção e na contratação de funcionários são possíveis, segundo fonte da empresa. A Apple confirmou há quase um ano a Apple Store carioca, mas não deu detalhes como data ou endereço.

O estabelecimento funcionará dentro do shopping VillageMall, situado na Barra da Tijuca (zona sul), como mostra o registro feito pela Apple no dia 9 de abril na Junta Comercial de São Paulo, no qual a companhia descreve a abertura de uma filial no mesmo endereço do centro comercial (Av. das Américas, 3.900).

Segundo o site 9to5Mac, a expansão do varejo na América do Sul é questão de "prioridade alta" para a Apple, e a empresa transferiria ao menos temporariamente alguns funcionários de lojas dos EUA para treinar os que trabalharão na unidade da capital fluminense. A ideia era abrir em julho, segundo o site, mas a dificuldade para contratar um gerente causou o adiamento da inauguração.  Fonte: Site 9to5Mac