segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Comercial sobre casamento quebra tabus na Índia

Campanha de marca de joias gerou polêmica ao falar de direitos das mulheres e questões raciais

Divulgação
Frame do comercial da marca Tanishq na Índia
Frame do comercial da marca Tanishq na Índia: divórcio e cor da pele naturalizados em vídeo "que rompe tabus"

São Paulo - Uma noiva radiante num comercial em tons pasteis para promover uma marca de jóis não parece nenhuma novidade. Mas esse vídeo da anunciante Tanishq atingiu os consumidores na Índia como uma pequena revolução.

Para os ocidentais pode até passar despercebido, mas o fato da noiva em questão já ter uma filha de um casamento anterior calou fundo junto ao público-alvo, para o qual culturamente mulheres viúvas ou divorciadas podem ser enxergadas como exiladas sociais.

A estreia do vídeo de um minuto e trinta provocou uma reação em cadeia positiva nas redes sociais. Alguns usuários comemoraram a escolha de uma modelo de pele morena, ao contrário da tendência de “clarificação” típica de Bollywood e da tv indiana, como mostra matéria do jornal britânico The Guardian.]

Para culminar, o comercial termina com a filha perguntando se ela pode chamar o seu novo padrasto de "papai". Sobre a entrada do vídeo em terrenos antes considerados como tabus, até mesmo políticos comemoraram em posts na internet. O membro do parlamento indiano Naveen Jindal celebrou a “quebra de estereótipos” no Twitter.
 

Assista ao video completo, assinado pela agência Lowe Lintas India:

 http://www.youtube.com/watch?v=adDkbucQUfg

Minerva diz que ciclo de aquisições no país acabou


Segundo o diretor presidente da empresa, o ciclo foi encerrado por acordo celebrado entre a companhia, seu acionista controlador VDQ e a BRF

Rodrigo Petry, do
Divulgação
Caminhões da Minerva

Caminhões da Minerva: a empresa seguirá agora com o foco, em termos de aquisições, no Uruguai e no Paraguai

São Paulo - O diretor presidente da Minerva Foods, Fernando Galletti de Queiroz, reafirmou, nesta segunda-feira, 4, na abertura de teleconferência com analistas, que o ciclo de aquisições no Brasil da companhia se encerrou com o acordo celebrado entre a companhia, seu acionista controlador VDQ e a BRF.

"Isso encerra o ciclo de M&A (fusões e aquisições) no Brasil. Achamos que esse foi um passo que consolidou o Minerva no território brasileiro", afirmou.

Segundo ele, a empresa seguirá agora com o foco, em termos de aquisições, na América do Sul, citando especificamente o Uruguai e o Paraguai. 

O executivo evitou dar prazos para que estas negociações ocorram e enfatizou que a empresa buscará negociações que tragam efeitos neutros nos níveis de alavancagem. "No momento, nosso foco é a integração dos ativos (da BRF)", afirmou.

Queiroz ressaltou que o acordo será encaminhado esta semana para o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) e prevê que o tramite deve durar cerca de 30 dias.

"Filha da Zara" vira a mais rica da Espanha após herança


Sandra Ortega Mera recebeu mais de 90 por cento da fortuna de Rosalía Mera, depois da morte de sua mãe em agosto

Tom Metcalf e Manuel Baigorri, da
REUTERS/Sergio Perez
Loja de roupas Zara em Madri, na Espanha
Loja de roupas Zara em Madri, na Espanha: Sandra Ortega Mera é filha do confundador da Inditex SA, Amancio Ortega
Madri - A filha do confundador da Inditex SA, Amancio Ortega, tornou-se a mulher mais rica da Espanha após herdar a participação da sua mãe na maior varejista de indumentária do mundo.

Sandra Ortega Mera recebeu mais de 90 por cento da fortuna de Rosalía Mera, incluindo a companhia matriz Rosp Corunna Participaciones Empresariales SL, depois da morte de sua mãe em agosto, conforme uma fonte do setor que solicitou o anonimato pelo caráter privado do assunto. Ambas controlavam a entidade juntas antes do falecimento de Mera.

A Rosp Corunna controla 5,1 por cento da Inditex, sediada em Arteixo, Espanha. Ortega Mera, de 45 anos, possui uma fortuna pessoal de US$ 7,3 bilhões, conforme o Índice de Bilionários da Bloomberg, e é a 182° pessoa mais rica do mundo. Ela é a segunda maior acionista da companhia.

“A herança da Rosp Corunna recebida por Sandra Ortega a eleva até a esfera mais alta de riqueza na Espanha”, afirmou Nicholas Moody, o editor sediado em Londres da Campden Wealth, uma comunidade de redes para as empresas familiares mais ricas do mundo. “Será interessante ver se ela se envolve mais com a Inditex e assume um papel mais ativo na companhia”.

A herança transforma Ortega Mera na bilionária europeia mais jovem no ranking da Bloomberg. Seu pai é a terceira pessoa mais rica da Terra, com uma participação de 59 pro cento na Inditex e uma fortuna pessoal de US$ 65,9 bilhões.


Zara, Bershka


A Inditex, entre cujas marcas figuram a Zara, a Pull Bear e a Bershka, opera mais de 6 mil lojas no mundo. Sua renda líquida elevou-se pelo menos 10 por cento em cada um dos últimos três anos, levando o preço das suas ações a dobrar e incrementando o valor da participação da Rosp Corunna para US$ 5,2 bilhões.

 A Inditex é uma varejista de indumentária excepcional”, escreveu o analista da BNP Paribas sediado em Londres Ben Spruntulis, em uma nota publicada em setembro de 2013. “Apresenta alta qualidade, formatos de sucesso comprovado, consistência na execução, um crescimento global estruturado, um modelo operativo sustentável e altas barreiras à entrada”.

Quando Mera ainda vivia, ela controlava 86 por cento da Rosp Corunna, sediada em A Coruña, Espanha, e sua filha controlava o restante. Ortega Mega foi revelada como bilionária pela primeira vez em outubro de 2012, quando se confirmou sua participação de 14 por cento na matriz.

A Rosp Corunna também controla uma participação de 5 por cento na companhia farmacêutica espanhola de capital aberto Zeltia SA, cujo valor é de US$ 39 milhões, e investimentos em private equity, com valor de US$ 100 milhões, segundo dados compilados pela Bloomberg.


Sem comentários


José Leyte, porta-voz de Ortega Mera, não quis fazer comentários sobre a fortuna líquida da família.
O irmão mais novo da bilionária, Marcos, recebeu cerca de 8 por cento do patrimônio da sua mãe, e o balanço foi para a irmã. Ortega Mera também é vice-presidente da Fundación Paideia Galiza, fundação que ela criou com sua mãe para ajudar os membros vulneráveis da sociedade, incluindo pessoas com deficiência, a encontrarem empregos e desenvolverem maior autonomia.

Rosalía Mera fundou a Inditex junto com Amancio Ortega em 1963 e abriu a primeira loja da Zara 12 anos depois. Eles se divorciaram em 1997, quatro anos antes da abertura de capital da Inditex. Mera morreu por uma hemorragia cerebral em 14 de agosto enquanto passava férias com sua filha na ilha de Menorca.

Hypermarcas tem lucro líquido de R$ 80,2 milhões no terceiro trimestre




Crescimento dos ganhos da companhia foi de 17,3% no período

Por Luiz Gustavo PACETE

Em balanço de resultados divulgado na última sexta-feira 1, a Hypermarcas reportou lucro líquido de R$ 80,2 milhões no terceiro trimestre, crescimento de 17,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A receita líquida da companhia foi de R$ 1,1 bilhão, crescimento de 12% em relação ao terceiro trimestre de 2012. O crescimento da receita está dividido em 15,65 na divisão Farma e 7,95 no segmento de Consumo. 
 
Nos nove primeiros meses do ano, o aumento da receita líquida da companhia foi de 10,3%.  "Esse desempenho é consequência de melhorias na execução comercial da companhia, tais como melhoria na cobertura da distribuição de seus produtos e marcas, melhoria na exposição e gestão de categorias nos pontos de venda, assim como ganhos de produtividade de suas diversas equipes de campo", disse a empresa em comunicado.

Governo brasileiro espionou diplomatas estrangeiros

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a Abin seguiu funcionários das embaixadas da Rússia, Irã e Iraque para "proteger segredos de interesse do Estado brasileiro"

REUTERS/Pawel Kopczynski
Espionagem digital: lupa destaca a palavra "senha"

Espionagem: entre 2003 e 2004, o governo brasileiro espionou diplomatas da Rússia, Irã e Iraque no Brasil

São Paulo - Um documento obtido pelo jornal Folha de S. Paulo mostra que o Brasil recorreu à espionagem de diplomatas estrangeiros no país, apesar das críticas à espionagem americana feitas pela presidente Dilma Rousseff.

A reportagem afirma que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), principal braço de espionagem do governo, monitorou pessoas do corpo diplomático da Rússia, Irã e Iraque nas embaixadas em Brasília e em residências oficiais.

O relatório obtido pela Folha oferece detalhes sobre dez operações secretas entre 2003 e 2004.
Na operação "Miucha", de 2003, os agentes da Abin acompanharam a rotina - seguindo e fotografando - de três diplomatas russos e representantes da Rosoboronexport, a agência russa de exportação de armas.
A Abin desconfiava que eles estivessem envolvidos com atividades de espionagem no Brasil.

Funcionários da embaixada do Irã também foram vigiados. Os agentes seguiram os diplomatas a pé e de carro para registrar suas atividades na embaixadas e em suas casas. 

Ainda segundo o relatório, após a invasão do Iraque pelos EUA, em 2003, o governo brasileiro espionou a embaixada do país no Brasil. Na época, muitos diplomatas buscavam refúgio no Brasil. 

Segundo o governo, as ações de espionagem tinham o objetivo de proteger segredos de interesse do Estado brasileiro. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, disse à Folha reconhecer que as operações foram executadas e afirmou que todas foram feitas de acordo com a legislação brasileira.

Venezuela confisca duas plataformas de petróleo


Governo assumiu controle de plataformas da Superior Energy Services depois de a companhia fechá-las porque a estatal está meses atrasada em seus pagamentos

Derick E. Hingle/Bloomberg
Plataforma de petróleo

Plataforma de petróleo: estatal justificou a expropriação dos equipamentos dizendo que eles são essenciais para o desenvolvimento e o bem-estar social do país

Caracas - A Venezuela assumiu o controle de duas plataformas de petróleo pertencentes a uma unidade da norte-americana Superior Energy Services depois de a companhia fechá-las porque a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) está meses atrasada em seus pagamentos.

O confisco ocorreu na quinta-feira, após um juiz do estado de Anzoátegui, acompanhado de quatro integrantes da polícia local e da guarda nacional, entrar em uma área da Superior e ordenar que a empresa cedesse o controle de duas plataformas especializadas para uma subsidiária da PDVSA.

A estatal justificou a expropriação dos equipamentos dizendo que eles são essenciais para o desenvolvimento e o bem-estar social do país sul-americano, de acordo com a ordem judicial vista pela Associated Press. Funcionários da companhia foram instruídos a deixar as plataformas e entrar em caminhões para serem levados a "poços importantes" em outras regiões, de acordo com o documento.

"Foi como um ladrão entrando na nossa casa, pedindo as chaves do cofre e esperando que você o ajudasse a levá-lo embora", afirmou Jesus Centeno, gerente das operações locais da Superior na cidade de Anaco. "O argumento deles era de que nós estávamos praticamente sabotando a produção nacional", disse.

Nem o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nem qualquer autoridade do governo comentou publicamente o confisco das duas plataformas. Um porta-voz da PDVSA em Caracas não quis se pronunciar e disse que não estava ciente do caso.

As empresas de petróleo estão receosas em trabalhar com a PDVSA, que vem acumulando grandes dívidas com prestadores de serviços dos quais depende para desenvolver as maiores reservas provadas de petróleo do mundo. A Superior é uma empresa de serviços de petróleo com mais de 14 mil funcionários em todo o mundo e US$ 4,5 bilhões em receita anual. Fonte: Associated Press.

Petrobras fechará 38 empresas no exterior até 2015

Em 2012, a estatal tinha operação em 23 países; hoje, o portfólio foi reduzido para 17, número que deve ser reduzido com a saída das seis unidades africanas

Sabrina Valle, do
REUTERS/Ueslei Marcelino
A presidente da Petrobras, Graça Foster

A presidente da Petrobras, Graça Foster: parte das empresas existe apenas no papel; outras têm apenas escritório montado, sem operação de fato

Rio - Sob comando direto da presidente Graça Foster, a Petrobras tem reduzido sua atuação na área internacional e fechado representações no exterior.

Em Portugal, Austrália, Irã, Nova Zelândia, Turquia e Líbia as atividades estão sendo encerradas. Todas as seis representações da companhia na África passarão ao guarda-chuva de uma joint venture criada junto com o BTG, deixando o balanço da estatal mais leve.

Quando Graça assumiu em 2012, a Petrobras tinha operação em 23 países. Hoje, o portfólio foi reduzido para 17. Deve enxugar ainda mais quando forem incluídas as seis unidades africanas que sairão do balanço da companhia: Nigéria, Angola, Gabão, Benin, Namíbia e Tanzânia.

Ainda há atividades operacionais na Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Peru, Venezuela, México, Estados Unidos e Japão.

“Fizemos muitas aquisições na área internacional antes do pré-sal, quando o planejamento estratégico era crescer no exterior. E quando se faz aquisição, traz-se junto algumas empresas que, isoladamente, não se compraria” , disse Graça, em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.

Parte das empresas existe apenas no papel; outras têm apenas escritório montado, sem operação de fato. Ao todo, 15 empresas já foram extintas e outras 38 serão encerradas até dezembro de 2015.

Graça cita como exemplo a aquisição da argentina Perez Companc, em 2002, por US$ 1 bilhão, que trouxe à companhia um pacote de exploração em três países (Peru, Equador e Venezuela), além de hidrelétricas que não seriam compradas isoladamente. “Entraram várias empresas que a gente certamente não compraria, empresas de geração de energia elétrica, hidrelétricas enormes, de 600 megawatts.”

Segundo fontes da companhia, houve também uma decisão de Graça de manter maior controle sobre a área, alvo de investigações de autoridades por suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas, a exemplo da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Pouco após ser indicada à presidência, Graça assumiu pessoalmente a direção da área internacional e mudou os gerentes executivos desse departamento, colocando gente de sua confiança. “(Essa área) está comigo, até segunda ordem. Estou aqui aprendendo um monte de coisas”, brinca a executiva.
Paraísos fiscais


Além dos 17 países em que ainda tem representação operacional, a Petrobras também detém empresas em uma dezena de países sem atividades operacionais desde 2012 ou que desempenham outros papéis para o sistema. Entre eles, há alguns paraísos fiscais: Bahamas, Curaçau, Equador, Espanha, Holanda, Ilhas Cayman, Ilhas Virgens, Inglaterra, Trinidad e Tobago.

Parte é necessária, por exemplo, para operações de compra e venda de petróleo no mercado internacional. Outras, no entanto, são uma incógnita e seus balanços financeiros não podem ser acessados.

A Petrobras alega que, por terem sede no exterior, essas empresas não respondem às leis de informações brasileiras. É o caso da Petrobras Américas, a unidade americana, ou a PRSI, da Refinaria de Pasadena.

Hoje, ainda existem 120 empresas sob gestão da área internacional, contando a holding controlada Petrobras International Braspetro B.V. (PIB BV) que formará uma joint venture (50% cada) com o banco BTG, do banqueiro André Esteves, para exploração e produção de óleo e gás na África.

A estatal continuará no continente por meio da joint venture. O negócio, de US$ 1,5 bilhão, foi anunciado em junho deste ano e ainda está em curso. “Aí junta-se tudo, elas saem (do balanço) e fecham”, disse Graça.
Pré-sal


A Petrobras vem diminuindo gradativamente sua atuação internacional desde que descobriu o pré-sal. Além de investir menos, a companhia tem vendido ativos no exterior para concentrar esforços no Brasil. No ano passado, o plano quinquenal da estatal previa desinvestimentos de US$ 14,8 bilhões, incluindo algumas operações financeiras. Neste ano, o plano de negócios 2013-2017 prevê vendas de US$ 9,9 bilhões.

Até outubro, foram vendidos US$ 4,3 bilhões em ativos, a maioria no exterior, segundo informou em evento no mês passado a coordenadora de relacionamento externo da área de Exploração e Produção corporativo da Petrobras, Rafaela Monteiro.

Em abril, a companhia vendeu uma participação de 20% em seis blocos no Golfo do México, nos Estados Unidos, recebendo US$ 110 milhões, mais participação em um outro bloco no País.

Em maio, foi vendida a participação de 12% em um bloco na Tanzânia para a Statoil, com volume não divulgado.

A venda de 100% das ações da Petrobras Colômbia para a Perenco rendeu US$ 380 milhões à estatal brasileira em setembro passado, incluindo participações em 11 blocos e oleodutos.

Em outubro, foi vendida participação de dois blocos no Uruguai à Shell por US$ 17 milhões. 

Colaboraram Irany Teresa e Wellington Bahnemann