sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Suécia dá lição de moral sobre airbag ao Brasil

”Nenhuma perda de vida é aceitável” é o lema de programa sueco - levado a sério - que quer baixar a zero mortes envolvendo veículos. No Brasil, governo pode atrasar airbag e ABS

Dudalina é vendida para fundos de investimentos americanos


Advent e Warbug Pincus adquiriram parte da camisaria brasileira. A informação de que a Dudalina estava à venda foi antecipada pela revista EXAME

Daniela Toviansky
Sônia Hess de Souza, da Dudalina

Sônia Hess, da Dudalina: camisaria pode ter vendido controle da empresa para dois fundos americanos

São Paulo – A Dudalina, empresa brasileira famosa por fabricar e comercializar camisas sociais, vendeu uma parcela de seus negócios para dois fundos de investimentos americanos. Em agosto, a revista EXAME, edição 1021, já havia informado que a companhia estava à venda. Até o momento, o valor da operação não foi divulgado.

De acordo com fato relevante, as companhias globais de private equity, Advent International e Warburg Pincus, assumirão parte do controle fabricante catarinense. Porém, a fundadora da grife, Sônia Hess, continuará no comando da companhia.

Em entrevista recente à EXAME.com, Sônia informou que pretende dobrar a companhia até 2016 e passar o bastão da empresa, de modo que pudesse ficar apenas como diretora no conselho.
Atualmente, a camisaria, que fatura cerca de 515 milhões de reais anualmente, conta com 93 lojas e 3.500 pontos de venda.

Matéria atualizada às 17h48.

França financiará trem entre Cumbica e o centro de SP


A Agência Francesa para o Desenvolvimento concederá um financiamento de € €300 milhões para a linha

Beatriz Bulla, do
Wikimedia Commons
Trem da Linha 7-Rubi, da CPTM
Trem da Linha 7-Rubi, da CPTM: a obra será iniciada na próxima semana e deve durar 18 meses

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o presidente da França, François Hollande, anunciaram nesta sexta-feira, 13, que a Agência Francesa para o Desenvolvimento concederá um financiamento de € 300 milhões para a linha de trem que fará a conexão entre o aeroporto de Guarulhos (SP) e o centro da capital paulista.

Alckmin recebeu Hollande no Palácio dos Bandeirantes. Foram assinados dois convênios, um entre o governo do Estado e a França, que compreende, entre outros pontos, o financiamento à linha 13 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A obra será iniciada na próxima semana e deve durar 18 meses.

A linha sai da zona leste e passa dentro do aeroporto de Guarulhos. "Justamente porque vim do aeroporto até o centro ontem (nesta quinta-feira, 12,) à noite é que acho que devemos acelerar" o projeto, disse o presidente da França, no discurso.

O segundo convênio foi firmado com o presidente da região de Ilê-de-France, Jean Paul Huchon, na área de desenvolvimento urbano sustentável.

As iniciativas incluem troca de conhecimentos e tecnologias sobre despoluição de rios para contribuir com o programa para o Tietê. Também haverá troca de tecnologia para operar as estações de tratamento de esgoto. A previsão para a despoluição total de esgoto do Rio Tietê no Estado, segundo o governador de São Paulo, é de 2019.

Hollande destacou que muitas dificuldades das regiões de São Paulo e Paris, por exemplo, "se não são sempre comparáveis, muitas vezes são comuns".

"Com a assinatura desses dois acordos, iniciaremos um novo capítulo, centrado em metas ousadas que trarão resultado concreto à nossa população", disse Alckmin, que convidou o presidente francês a voltar ao Estado para a abertura da Copa do Mundo de 2014.
Atualizado às 15h50.

Lei que modifica o Ecad e a gestão de direitos autorais no Brasil entra em vigor hoje



DE SÃO PAULO

A lei que modifica o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) e a gestão de direitos autorais no Brasil entra em vigor nesta sexta-feira (13). 

A própria entidade e as associações que a integram postulam a suspensão da entrada em vigor da lei, mas o pedido ainda não foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal. 

A nova norma estabelece, dentre outras mudanças, o aumento do repasse de recursos aos autores de músicas, além da fiscalização ao Ecad por parte do governo. 

O texto estabelece que 85% da arrecadação será destinado aos titulares dos direitos, como compositores e intérpretes. Atualmente, os titulares recebem 75% da arrecadação. 

O aumento estabelecido não será imediato. No primeiro ano da lei em vigor, os titulares dos direitos terão que receber no mínimo 77,5%. Esse valor aumentará gradativamente, para atingir 85% em quatro anos. 


Editoria de Arte/Folhapress
REFORMA NA GESTÃO DOS DIREITOS AUTORAIS O que deve mudar no Ecad

Ainda falta, porém, uma regulamentação da norma. A lei afirma que uma comissão será criada para "aperfeiçoar" a gestão coletiva. O Ministério da Cultura ainda não publicou detalhes sobre esse novo grupo.
Em nota, o Ecad e as associações que o integram disseram haver se organizado e se estruturado ao longo do segundo semestre de 2013 para "fazer cumprir todas as determinações previstas na nova lei". 

"No entanto, alguns dispositivos da nova lei (...) não puderam ser implementados pelas associações de música e pelo Ecad, pois aguardam regulamentação pelo poder público", diz o texto. 

Os editores de música associados à União Brasileira de Editoras de Música, uma das associações ligadas ao Ecad, disseram, em documento enviado ao Supremo, estar "extremamente preocupados com o esbulho de direitos que sofrerão". 

Outro documento, este de autoria do Ecad e as associações, diz que a entrada em vigor na lei resultará "na completa desestruturação do sistema de gestão coletiva de direitos autoriais sobre obras musicais que vigora no Brasil há 40 anos, causando total insegurança jurídica quanto às formas de licenciamento, remuneração dos direitos autorais e obrigatoriedade de fornecimento de informações, prejudicando, a uma só penada, titulares de direitos e usuários". 

"Os prejuízos sofridos por titulares seriam, aliás, especialmente graves nesse período de festas de final de ano, eventos pré-carnavalescos, carnaval, quando a execução de obras musicais é uma --feliz-- característica da sociedade brasileira", diz o documento. 

O ministro Luiz Fux, relator da ação de autoria do Ecad, pediu informações sobre a lei à Advocacia-Geral da União, ao Congresso Nacional e à Procuradoria-Geral da República. Apenas a Procuradoria Geral da República ainda não se manifestou. 


ARTISTAS

 
Na terça-feira (10), Ivan Lins, Frejat, Fernanda Abreu, Tim Rescala e Carlos Mills se reuniram com ministros do Supremo Tribunal Federal para discutir o Ecad. Os músicos, que estavam acompanhados da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), conversaram com os ministros Teorí Zavascki, Marco Aurélio de Mello e Luiz Fux. 

Os músicos são contrários, assim como a deputada, à ação interpelada pelo Ecad e as associações no Supremo. 

Alguns deles estiveram presentes no Senado na época da votação que aprovou a lei, em julho deste ano. Representantes do Procure Saber também estiveram em Brasília para pedir a aprovação da lei. Essa foi a primeira pauta do grupo, que mais tarde ficou em evidência por causa do debate em torno das biografias não autorizadas. 

Caetano Veloso, Erasmo Carlos e Roberto Carlos (que na época ainda pertencia ao grupo) estiveram no plenário. Roberto ficou 20 minutos a sós com Dilma no Palácio do Planalto. 

À Folha, em outubro, Paula Lavigne, presidente do Procure Saber, afirmou que os músicos iriam acompanhar "bem de perto" a gestão coletiva de direitos autorais. "Os autores não podem se afastar nunca mais, precisam ficar sempre atentos. Vamos querer saber o que é resolvido em nossos nomes", disse.

Ogilvy deve usar aquisições para manter expansão


Segundo fontes de mercado, a candidata mais forte no Rio é a NBS e, em São Paulo, um dos alvos poderia ser a nova/sb

Fernando Scheller, do
Reprodução
Frame da capanha Retratos da Real Beleza, da Dove
Frame da capanha vencedora de Cannes, Retratos da Real Beleza, da Dove, feita pela Ogilvy: do ponto de vista da criação, o êxito em Cannes 2013 também representa um desafio

São Paulo - Após ganhar 35 Leões e ficar com o título de agência do ano no Cannes Lions - Festival Internacional de Criatividade de 2013, a Ogilvy Brasil foi acionada para criar campanhas globais para gigantes como Unilever e Coca-Cola.

Isso levou a filial brasileira a um crescimento de 15% em 2013, ano em que o mercado de publicidade local ficará próximo do zero a zero. Para manter o ritmo em 2014, a empresa deve partir para uma estratégia de aquisições.

A compra de rivais será necessária, diz o presidente do grupo Ogilvy Brasil, Sérgio Amado, para superar um prognóstico econômico pouco otimista. A empresa planeja duas aquisições - que podem ser fechadas no primeiro trimestre de 2014 - para "garantir" que a expansão não se desacelere.

Ao longo dos últimos seis anos, desde que a Ogilvy Brasil promoveu uma mudança geral do quadro de profissionais de criação, o grupo tem crescido entre 15% e 20% ao ano, segundo o executivo.

Os alvos da Ogilvy são os mercados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Ao incorporar novas marcas, o grupo quer ampliar suas possibilidades de captação de clientes. Isso porque a Ogilvy hoje não consegue atrair mais contas por causa de conflitos de interesse. "Foi por essa razão que criamos a agência David", explica Amado.

O executivo não revela quais agências estão na mira da Ogilvy, mas fontes de mercado afirmam que a candidata mais forte no Rio de Janeiro é a NBS, dona de contas como Suvinil, CCAA, Shopping Iguatemi e Bob’s. Trata-se de uma das poucas agências independentes de porte relevante ainda disponíveis no mercado.

Outra fonte diz que, em São Paulo, um dos alvos poderia ser a nova/sb, de Bob Vieira da Costa e Silvana Tinelli. "Sei que eles já conversaram com as duas", diz um publicitário, que pediu anonimato.
Copa do Mundo


Para Amado, ainda não está claro se a Copa do Mundo vai levar o mercado publicitário a alguma reação em relação ao desempenho deste ano. "Em 2013, estamos com um crescimento de 4% a 5%, mas que deve ficar negativo quando descontada a inflação", compara. Ele diz que, como o desempenho da economia não deve mudar muito em 2014, a empresa mantém expectativas conservadoras.

Para evitar que os eventos esportivos acabem vistos de maneira negativa pela população - como ocorreu durante as manifestações populares que se espalharam pelo País em junho -, o legado que o mundial de futebol e os Jogos Olímpicos deixarão ao Brasil precisa ser definido mais claramente.

"Não basta construir um estádio ou uma estrada", diz Amado. "É necessário um plano como o de Barcelona, que usou as Olimpíadas como plataformas para se tornar um importante destino turístico na Europa."


Criatividade


Do ponto de vista da criação, o êxito em Cannes 2013 também representa um desafio. A campanha Retratos da Beleza Real, para a marca de cosméticos Dove, da Unilever, mostrava um artista de retratos falados desenhando mulheres segundo suas próprias descrições e sob a ótica de outra pessoa.

O resultado mostrou que elas são bastante duras consigo mesmas quando o assunto é beleza e levou o Grand Prix em Titanium, considerada a principal categoria de Cannes Lions.

Para Luiz Fernando Musa, presidente da agência Ogilvy Brasil, à medida que o trabalho da agência brasileira com a marca da Unilever continua, o desafio é buscar uma outra forma de exprimir o mesmo conceito. "Não queremos fazer uma sequência." 

Para ele, a eficácia de uma campanha pode ser medida por sua repercussão fora do meio publicitário. "Quero sair dessa esfera da publicidade." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Presidente da Coca-Cola nas Américas deixa o cargo


Steve Cahillane, que era cotado para substituir Muhtar Kent, saiu da companhia para "buscar novas oportunidades"

Divulgação
Steve Cahillane, ex-presidente da Coca-Cola nas Américas
Steve Cahillane, ex-presidente da Coca-Cola nas Américas: executivo deixou a companhia para buscar novas oportunidades
São Paulo - Steve Cahillane não é mais o presidente da Coca-Cola nas Américas. O anúncio, feito na última quinta-feira, alegou que a saída do executivo está ligada a motivos pessoais.

"Cahillane decidiu nos deixar para buscar outras oportunidades", disse a Coca-Cola, em comunicado. O ex-CEO era um dos possíveis sucessores de Muhtar Kent, presidente global do grupo de bebidas.

Além do desligamento do executivo, que cuidava das operações da companhia na América do Norte e América Latina,  a Coca anunciou também mudanças na sua estrutura de liderança

J. Alexander M. Douglas foi escolhido para comandar as operações da Coca-Cola na América do Norte. Paul Mulligan vai tocar as operações de engarrafamento na mesma região. Na América Latina, Brian Smith será responsável pelos negócios da companhia.

"Esses anúncios representam o próximo passo na evolução da estratégia anunciada no ano passado. Organizamos o negócio para intensificar o foco em mercados-chave, agilizar  as linhas e fornecer flexibilidade para ajustar nossa operação", disse Kent, em nota.

IBC-Br avança 0,77% em outubro sobre setembro


Analistas esperavam alta mensal de 0,50 por cento em outubro

Dado Galdieri/Bloomberg
Dinheiro: nota de 50 reais
Economia brasileira: IBC-BR é considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto

São Paulo - A atividade econômica brasileira iniciou o quarto trimestre com recuperação mais forte do que o esperado, com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrando alta de 0,77 por cento em outubro sobre setembro, segundo dados dessazonalizados divulgados nesta sexta-feira.

O indicador, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou forte aceleração ante a variação positiva mensal de 0,01 por cento em setembro, em dado revisado após a divulgação anterior de variação negativa de 0,01 por cento.

O resultado foi melhor até do que a projeção mais alta em pesquisa da Reuters, cuja mediana de 20 projeções apontava expansão mensal de 0,50 por cento em outubro, variando de queda de 0,30 por cento a alta de 0,70 por cento.

Na comparação com outubro de 2012, o IBC-Br avançou 2,82 por cento e acumula alta de 2,59 por cento em 12 meses, ainda segundo dados dessazonalizados do BC.

O avanço em outubro é resultado de dados positivos tanto da indústria quanto de vendas no varejo no mês, ainda que não sejam fortes o suficiente para imprimir uma recuperação econômica mais robusta.

A produção industrial surpreendeu em outubro ao crescer 0,6 por cento sobre o mês anterior, mantendo-se pelo terceiro mês seguido em território positivo. Já as vendas varejistas cresceram 0,2 por cento, marcando o oitavo mês de alta, porém voltaram a mostrar desaceleração.

A expectativa é que a economia melhore no quarto trimestre depois de ter encolhido 0,5 por cento entre julho e setembro quando comparado com os três meses anteriores, no pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2009.

Pesquisa Focus do BC mostra que a expectativa do mercado para a expansão do PIB neste ano é de 2,35 por cento, dado revisado para baixo após a divulgação do número do terceiro trimestre.

Atualizado às 9h10