Entidade civil vai propor restrições a compras de imóveis como especulação por estrangeiros, a fim de conter escalada de preços no Reino Unido
Vista de Londres: 85% das compras de imóveis de alto padrão em 2012 foram feitas por estrangeiros, diz entidade
São Paulo – Uma organização da sociedade civil britânica publicará, na
próxima segunda-feira, um documento com uma proposta para dificultar a
compra de imóveis no Reino Unido por pessoas que residam fora da União Europeia. A informação é do jornal britânico The Guardian.
Segundo o jornal, a organização Civitas defenderá, em documento, um
esquema restritivo à compra de imóveis por estrangeiros, similar ao da
Austrália.
A entidade acredita que o governo tem permitido a estrangeiros endinheirados enriquecer ainda mais à custa de um boom imobiliário no Reino Unido, diz o jornal.
Isso tem feito com que milhões de cidadãos britânicos não consigam comprar casas para morar, em razão dos altos preços, continua a publicação.
Segundo o Guardian, na Austrália os não residentes e pessoas com vistos de curta duração que quiserem comprar imóveis devem comprovar que seus investimentos no mercado imobiliário do país aumentarão o estoque de imóveis local.
A proposta da organização Civitas, diz o jornal, é que nenhum imóvel pronto possa ser vendido a alguém residente fora da União Europeia, e que imóveis novos só possam ser adquiridos por esses investidores se o investimento levar à construção de mais imóveis.
Ainda de acordo com o Guardian, a proposta da entidade mira nos oligarcas russos e nos investidores endinheirados de países como China, Malásia e Singapura.
Estrangeiros detêm os melhores imóveis
O Guardian chama atenção para as estatísticas presentes no documento, intitulado “Finding Shelter” (“Encontrando abrigo”, em uma tradução livre).
Os números mostram que 85% das compras de imóveis de alto padrão de Londres em 2012 foram feitas com dinheiro estrangeiro, diz o jornal.
A publicação acrescenta ainda que quase sete bilhões de libras em dinheiro vindo do exterior foram gastas em residências de alto padrão em Londres, enquanto apenas 20% desse valor foi gasto por cidadãos britânicos.
“Dois terços das casas compradas por pessoas de fora do país não foram adquiridas para a ocupação do proprietário, mas como investimentos”, diz o texto.
O documento da organização Civitas, diz o Guardian, defende que o problema não diz respeito apenas às propriedades de luxo, mas também a imóveis novos e mais baratos.
De acordo com a entidade, apenas 27% dos imóveis novos na área central de Londres teriam sido comprados por cidadãos britânicos, enquanto que mais da metade foi vendida para investidores de Singapura, Hong Kong, China, Malásia e Rússia.
O documento acrescenta, segundo o jornal, que esse tipo de investimento estrangeiro também está distorcendo as prioridades do mercado de construção civil, uma vez que as construtoras se sentem atraídas pelos empreendimentos de alto padrão, deixando de lado o déficit de imóveis em faixas de preço mais baixas.
A entidade acredita que o governo tem permitido a estrangeiros endinheirados enriquecer ainda mais à custa de um boom imobiliário no Reino Unido, diz o jornal.
Isso tem feito com que milhões de cidadãos britânicos não consigam comprar casas para morar, em razão dos altos preços, continua a publicação.
Segundo o Guardian, na Austrália os não residentes e pessoas com vistos de curta duração que quiserem comprar imóveis devem comprovar que seus investimentos no mercado imobiliário do país aumentarão o estoque de imóveis local.
A proposta da organização Civitas, diz o jornal, é que nenhum imóvel pronto possa ser vendido a alguém residente fora da União Europeia, e que imóveis novos só possam ser adquiridos por esses investidores se o investimento levar à construção de mais imóveis.
Ainda de acordo com o Guardian, a proposta da entidade mira nos oligarcas russos e nos investidores endinheirados de países como China, Malásia e Singapura.
Estrangeiros detêm os melhores imóveis
O Guardian chama atenção para as estatísticas presentes no documento, intitulado “Finding Shelter” (“Encontrando abrigo”, em uma tradução livre).
Os números mostram que 85% das compras de imóveis de alto padrão de Londres em 2012 foram feitas com dinheiro estrangeiro, diz o jornal.
A publicação acrescenta ainda que quase sete bilhões de libras em dinheiro vindo do exterior foram gastas em residências de alto padrão em Londres, enquanto apenas 20% desse valor foi gasto por cidadãos britânicos.
“Dois terços das casas compradas por pessoas de fora do país não foram adquiridas para a ocupação do proprietário, mas como investimentos”, diz o texto.
O documento da organização Civitas, diz o Guardian, defende que o problema não diz respeito apenas às propriedades de luxo, mas também a imóveis novos e mais baratos.
De acordo com a entidade, apenas 27% dos imóveis novos na área central de Londres teriam sido comprados por cidadãos britânicos, enquanto que mais da metade foi vendida para investidores de Singapura, Hong Kong, China, Malásia e Rússia.
O documento acrescenta, segundo o jornal, que esse tipo de investimento estrangeiro também está distorcendo as prioridades do mercado de construção civil, uma vez que as construtoras se sentem atraídas pelos empreendimentos de alto padrão, deixando de lado o déficit de imóveis em faixas de preço mais baixas.