domingo, 2 de fevereiro de 2014

Britânicos querem impedir estrangeiros de comprar imóveis


Entidade civil vai propor restrições a compras de imóveis como especulação por estrangeiros, a fim de conter escalada de preços no Reino Unido


Getty Images
Vista de Londres
Vista de Londres: 85% das compras de imóveis de alto padrão em 2012 foram feitas por estrangeiros, diz entidade
São Paulo – Uma organização da sociedade civil britânica publicará, na próxima segunda-feira, um documento com uma proposta para dificultar a compra de imóveis no Reino Unido por pessoas que residam fora da União Europeia. A informação é do jornal britânico The Guardian.

Segundo o jornal, a organização Civitas defenderá, em documento, um esquema restritivo à compra de imóveis por estrangeiros, similar ao da Austrália.

A entidade acredita que o governo tem permitido a estrangeiros endinheirados enriquecer ainda mais à custa de um boom imobiliário no Reino Unido, diz o jornal.

Isso tem feito com que milhões de cidadãos britânicos não consigam comprar casas para morar, em razão dos altos preços, continua a publicação.

Segundo o Guardian, na Austrália os não residentes e pessoas com vistos de curta duração que quiserem comprar imóveis devem comprovar que seus investimentos no mercado imobiliário do país aumentarão o estoque de imóveis local.

A proposta da organização Civitas, diz o jornal, é que nenhum imóvel pronto possa ser vendido a alguém residente fora da União Europeia, e que imóveis novos só possam ser adquiridos por esses investidores se o investimento levar à construção de mais imóveis.

Ainda de acordo com o Guardian, a proposta da entidade mira nos oligarcas russos e nos investidores endinheirados de países como China, Malásia e Singapura.


Estrangeiros detêm os melhores imóveis


O Guardian chama atenção para as estatísticas presentes no documento, intitulado “Finding Shelter” (“Encontrando abrigo”, em uma tradução livre).

Os números mostram que 85% das compras de imóveis de alto padrão de Londres em 2012 foram feitas com dinheiro estrangeiro, diz o jornal.

A publicação acrescenta ainda que quase sete bilhões de libras em dinheiro vindo do exterior foram gastas em residências de alto padrão em Londres, enquanto apenas 20% desse valor foi gasto por cidadãos britânicos.

“Dois terços das casas compradas por pessoas de fora do país não foram adquiridas para a ocupação do proprietário, mas como investimentos”, diz o texto.

O documento da organização Civitas, diz o Guardian, defende que o problema não diz respeito apenas às propriedades de luxo, mas também a imóveis novos e mais baratos.

De acordo com a entidade, apenas 27% dos imóveis novos na área central de Londres teriam sido comprados por cidadãos britânicos, enquanto que mais da metade foi vendida para investidores de Singapura, Hong Kong, China, Malásia e Rússia.

O documento acrescenta, segundo o jornal, que esse tipo de investimento estrangeiro também está distorcendo as prioridades do mercado de construção civil, uma vez que as construtoras se sentem atraídas pelos empreendimentos de alto padrão, deixando de lado o déficit de imóveis em faixas de preço mais baixas.

Governo vê país fora da crise dos emergentes

Por Claudia Safatle
 
O real teve, ontem, a segunda melhor performance entre as moedas de economias emergentes, atrás apenas do rand sul-africano. O dólar fechou em queda de 0,90% a R$ 2,4150. No fluxo positivo de US$ 2,7 bilhões (ingresso de recursos externos) da semana passada havia não só operações comerciais, mas também "real money" de grandes investidores estrangeiros. Esses são dois indicadores que, embora pontuais, animaram os gestores da política econômica nos últimos dias. Há pelo menos três dias o Brasil está fora do centro da crise que pune os emergentes, salientam os economistas oficiais.

O governo brasileiro está empenhado em tomar cuidados para não dar um "tiro no pé" nesse momento de turbulências externas. Exemplo de "tiro no pé" seria anunciar uma meta fiscal frouxa agora ou, ainda, comemorar uma taxa de inflação de 6% ao ano. Tenta, também, lançar âncoras para o futuro - indicando expansão dos investimentos e foco no aumento da produtividade - para descongelar 2014.

Esse será um ano difícil, seja por causa das eleições que acabam gerando volatilidades, seja pelas turbulências causadas pela mudança nas condições monetárias globais após cinco anos de grande liquidez. Uma forma de contornar essas dificuldades é acenar com um futuro promissor.


Indicadores recentes animam gestores da política econômica


Não há uma crise nas economias emergentes, na avaliação do governo brasileiro. Nem a situação dada pelo cenário internacional é de fim de festa para esses países, pois lá é que estão as oportunidades de crescimento no médio prazo. O que há é uma transição comandada por mudança de preços relativos.

"É hora do vamos ver e é preciso muita perícia para mostrar nossas qualidades e diferenças", disse uma autoridade. Para manejar essa transição com o menor custo possível será necessária a ajuda de uma política fiscal sólida, crível, que pode afastar o risco de um rebaixamento do grau de investimento do país pelas agências de rating.

A meta de superávit primário para este ano será anunciada até o dia 20 de fevereiro, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O que se discute é o tamanho exato do compromisso fiscal - 2% do PIB ou, talvez, algo um pouquinho menor. Sobre isso Mantega não quis falar. Para a gestão da política monetária, quanto maior for a contribuição das contas públicas, melhor.

Não basta, no entanto, anunciar a meta. O Ministério da Fazenda vai ter que explicá-la de forma convincente e sem tergiversações. É aconselhável, também, evitar tomar medidas com sinais ruins, como foi a elevação do IOF sobre gastos em viagens internacionais no fim de 2013.

O governo está preocupado não só em dar a direção da política fiscal, mas em como anunciá-la e defende-la para que não caia rapidamente em descrédito.

Após falar pela primeira vez para a elite das finanças do mundo, em Davos (Suíça), na semana passada, a avaliação que se faz no Palácio do Planalto é de que o discurso da presidente Dilma Rousseff naquele fórum foi positivo. Esse foi o retorno que autoridades brasileiras tiveram do presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, esta semana.

Não é confortável, no entanto, estar entre os "cinco frágeis" mais uma vez listados na edição de ontem da "The Economist", ao lado da Turquia, África do Sul, Índia e Indonésia.

Uma boa meta fiscal é fundamental para o país navegar sem grandes sobressaltos, mas não é suficiente para funcionar como "bala de prata", sobretudo nos momentos de estresse nos mercados internacionais. A Noruega, por exemplo, tem dívida líquida negativa como proporção do PIB, não tem qualquer problema fiscal, mas a coroa norueguesa está perdendo valor frente ao dólar de forma rápida, citou ontem uma fonte. Há outras questões em jogo e, no caso da Noruega, a desvalorização está muito provavelmente ligada ao petróleo. Ontem a moeda teve desvalorização de 1,32%.

Para os momentos de estresse, o que conta mais é o poder de fogo das reservas cambiais.
O governo parece agora convencido, porém, de que o rigor fiscal é um sinal importante para readquirir credibilidade junto aos agentes econômicos, melhorar as expectativas e desafogar a política monetária.

O conceito que rege a questão fiscal e que inspirou o discurso da presidente em Davos é o da "contração fiscal expansionista", ou seja: uma meta de superávit primário contracionista, capaz de reduzir a dívida pública líquida como proporção do PIB, agora, pode melhorar tanto o humor dos agentes econômicos internos e externos e restabelecer a confiança que, ao final das contas, ela representará expansão da demanda e do crescimento econômico no futuro próximo.

O real teve uma desvalorização nominal de mais de 55% de julho de 2011 até agora. A expectativa do governo é que neste ano os efeitos do câmbio associado a um maior crescimento das economias avançadas se materializem num reforço das contas do balanço de pagamentos. Conta, para isso, com a expectativa de crescimento do comércio mundial de 2,7% em 2013 para 4,5% estimados para 2014. Com uma meta fiscal sólida e um déficit em conta corrente do balanço de pagamentos estável, o governo acredita que atravessará essa transição que, ao final, será positiva, porque representa a normalização das economias avançadas após uma crise de longa duração.

A inflação caiu cerca de um ponto percentual do pico de 6,7% em junho de 2013 para cá e o Banco Central elevou os juros em 325 pontos-base desde abril. Para este ano, não há uma meta informal explícita do BC, como havia no ano passado, quando a autoridade monetária se comprometeu com um IPCA menor do que os 5,84% de 2012 mas não conseguiu entrega-la. O IPCA de 2013 foi de 5,91%. Há, para 2014, apenas a meta formal de 4,5%.

Crescimento mais ou menos igual ao do ano passado, de pouco mais de 2%; uma inflação que indique convergência para a meta ainda que não este ano; e o auxílio da política fiscal à política monetária para dosar o aumento dos juros são três elementos que vão orientar a política econômica do último ano do mandato de Dilma Rousseff.

Claudia Safatle é diretora adjunta de Redação e escreve às sextas-feiras
E-mail: claudia.safatle@valor.com.br

Bolívia é condenada a pagar US$ 41 milhões a empresa por expropriação


Por Thais Folego | Valor
 
Divulgação | ABI

SÃO PAULO  -  A Bolívia terá que pagar compensação de US$ 41 milhões para a empresa de energia inglesa Rurelec pela expropriação de seus ativos no país em maio de 2010. De acordo com o comunicado da empresa, um tribunal arbitral internacional com assento legal em Haia concluiu que a expropriação foi ilegal.

O tribunal determinou que o país pague indenização de US$ 35,5 milhões (equivalente a 21,6 milhões de libras), mais juros diários de 5,6% até o dia do pagamento. Além disso, serão pagos mais US$ 5,5 milhões na forma de dividendos declarados, mas que não foram pagos, antes da nacionalização da usina Guaracachi, na qual a Rurelec tinha 50,01% de participação.

No comunicado, a companhia destaca que o valor de indenização estipulado é maior que os 20,5 milhões de libras pagos para adquirir o controle acionário da Guaracachi. O jornal britânico “Financial Times” lembra, porém, que o pedido feito pela companhia ao tribunal em 2012 era de cerca de US$ 142 milhões.

A ordem judicial expedida neste sábado pela corte internacional dá esperança a outras empresas que também buscam pagamentos do governo andino. O país enfrenta custos de até US$ 1,87 bilhão em disputas sobre investimentos, incluindo a Rurelec, de acordo com informações da assessoria do procurador-geral da Bolívia, informa o FT.

Esta é a primeira sentença concedida por um tribunal arbitral internacional contra a Bolívia, segundo a Rurelec. A nacionalização de ativos foi uma constante depois que Evo Morales chegou ao poder do país, em janeiro de 2006, levando à mão do Estado uma série de indústrias em sua busca pela redistribuição de riquezas.

Com fuga de dólar, países emergentes sofrem para não perder investidores



Após uma década de expansão do consumo financiada pelo capital externo e de experimentalismo na política econômica, a "conta" chegou para os emergentes. 

Eles estão sendo obrigados a adotar o receituário tradicional – corte de gastos e alta de juros– para ganhar a confiança do mercado e deter a saída de capitais. 

Nas últimas semanas, a turbulência acentuou a perda de valor do peso na Argentina e provocou alta de juros na Turquia, na Índia e na África do Sul. O Brasil já vinha subindo a taxa.

Os emergentes estão vendo o fim de ao menos uma década de dinheiro farto, iniciada com o aumento da demanda da China por commodities em 2003 e que continuou com as políticas dos países ricos para sair da recessão, despejando trilhões de dólares no mercado a partir de 2008. 

"Esse dinheiro saiu pelo mundo em busca de risco e remuneração. Só que o excesso de capitais levou alguns governos a relaxar na qualidade de sua política econômica", disse Armando Castellar, coordenador do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). 

A senha para o retorno dos investidores aos países ricos foi a recuperação da economia americana, que levou o banco central dos EUA a diminuir a compra de títulos. 


Editoria de Arte/Folhapress

O presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, chegou a qualificar o aumento das taxas de juros nos países desenvolvidos como um "aspirador de pó" que suga dinheiro dos países emergentes. 

Vários países emergentes hoje gastam mais do que arrecadam (deficit fiscal), dependem de capital externo para fechar suas contas (deficit em conta-corrente), têm inflação acima da meta e baixo crescimento. A proximidade de eleições e/ou crises políticas agravam os problemas. 

O Brasil também sofre com a deterioração de seus indicadores e corre o risco de ter sua nota rebaixada pelas agências de risco, mas ainda tem reservas significativas e mantém superavit fiscal. 

Para Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Unicamp e um dos economistas mais ouvidos pela presidente Dilma Rousseff, o Brasil deveria anunciar um superavit primário de 3% do PIB em 2014. 

"Com uma política fiscal mais rígida, surpreenderíamos o mercado e não ficaríamos tão dependentes de alta de juros", diz. No longo prazo, o crescimento dos EUA e o rebalanceamento da economia global são boas notícias até para os emergentes, que poderão aumentar suas exportações para os países ricos. O problema é resistir até lá.

Etihad Airways está perto comprar fatia na Alitalia


As duas companhias e seus consultores irão determinar uma estratégia comum que atenda aos objetivos de ambas as partes nos próximos 30 dias

World Youth Day via Getty Images
Avião da Alitalia decolando

Avião da Alitalia decolando: due diligence resultar em um investimento da companhia aérea de Abu Dhabi na italiana

DUBAI - A Etihad Airways e a Alitalia estão na fase final de um processo de due diligence (investigação e auditoria nas informações de empresas) que pode resultar em um investimento da companhia aérea de Abu Dhabi na italiana, afirmaram as empresas em comunicado conjunto neste domingo.

A Alitalia e a Etihad mantêm negociações há semanas sobre um possível investimento, que, segundo fontes próximas do tema, podem envolver a compra de uma fatia de 40 por cento na Alitalia por até 300 milhões de euros (404,6 milhões de dólares).

As duas companhias e seus consultores irão determinar uma estratégia comum que atenda aos objetivos de ambas as partes nos próximos 30 dias, diz o comunicado.

"Quaisquer assuntos que possam evitar o estabelecimento de um plano de negócios apropriado terão que ser resolvidos para garantir que ele possa ser implementado e levar a Alitalia a ter lucratividade sustentável", disse o comunicado.

O anúncio é feito durante visita de dois dias do primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, aos Emirados Árabes para fortalecer laços bilaterais entre os dois países.

Saldo da Previdência urbana piora pela 1ª vez em oito anos

Por Dinheiro Público & Cia
 
 
O saldo da Previdência Social dos trabalhadores urbanos caiu no ano passado, na primeira piora do resultado em oito anos.

Os dados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começaram a separar as clientelas urbana e rural no governo Lula, para demonstrar que a primeira pagaria o suficiente para sua aposentadoria, enquanto a segunda recebe, na prática, uma assistência social.

De fato, depois de 2005 as contas da Previdência urbana iniciaram uma trajetória de rápida melhora. Naquele ano, as despesas superavam as receitas em R$ 13,6 bilhões; em 2012, as receitas já eram superiores em R$ 24,5 bilhões.

No ano passado, o superavit caiu em pouco mais de R$ 200 milhões. O número não chega a ser expressivo: o que chama a atenção é a interrupção -ou possível reversão- da tendência positiva.

O governo contava que a clientela urbana continuasse puxando para baixo o deficit total da Previdência, que deveria cair dos R$ 40,8 bilhões de 2012 para R$ 33,2 bilhões. No entanto, o buraco aumentou para R$ 49,9 bilhões.

O reajuste do salário mínimo e dos demais benefícios era previsível e não foi especialmente elevado, mas as despesas superaram as projeções oficiais em R$ 7,8 bilhões e chegaram a R$ 357 bilhões.

Já as receitas ficaram R$ 8,9 bilhões abaixo do previsto, somando R$ 307,1 bilhões. Aparentemente, o governo subestimou o impacto dos pacotes de desoneração tributária da folha de pagamento em setores selecionados.

Na área rural, onde são concedidas aposentadorias sem necessidade de contribuição, o deficit se mantém em expansão contínua e ficou em R$ 74,2 bilhões -algo como o triplo dos gastos do Bolsa Família.

Evidentemente, nenhuma medida impopular será adotada neste ano eleitoral, mas uma nova piora dos resultados recolocará em pauta propostas de reforma da Previdência.

Petrobras terceiriza parte das refinarias


A estratégia salvará alguns bilhões de investimento no curto prazo, mas também representará menos receita futura, segundo fontes que acompanham o projeto

Sabrina Valle, do
Pedro Lobo/Bloomberg News
Tanques da Petrobras na refinaria da companhia em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro

Tanques para armazenar petróleo da Petrobras na refinaria da companhia em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro

Rio - A saída da Petrobras para tornar economicamente viáveis os projetos das duas refinarias Premium no Nordeste, orçadas inicialmente em mais de US$ 30 bilhões, foi terceirizar parte da infraestrutura associada às duas unidades, antes a cargo da estatal. A estratégia salvará alguns bilhões de investimento no curto prazo, mas também representará menos receita futura, segundo fontes que acompanham o projeto. A decisão de abrir mão de ganhos futuros em troca de menos gastos no presente vem sendo repetida num cenário em que a Petrobras, por um lado, tem o caixa espremido pelo controle de preços de combustíveis e, por outro, sofre pressão para elevar investimentos.

A confirmação de construção das refinarias é aguardada com ansiedade pelos governos de Maranhão (Premium 1) e Ceará (Premium 2), por seus investimentos bilionários. As obras foram anunciadas durante a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, e chegaram a ter cerimônia de lançamento.

Mas, em 2012, a Petrobras, sob gestão de Graça Foster, colocou os projetos na geladeira para revisão, por estarem caros demais. A petroleira contratou no ano passado uma consultoria americana, Mustang, e conseguiu transformar de negativo para positivo os cálculos de rentabilidade medidos por valor presente líquido.

A estratégia, porém, não foi apenas tornar o projeto mais compacto espacialmente, reduzindo dutos e áreas de tancagem, como informou a Petrobras - mas especialmente terceirizar serviços e infraestrutura. O plano foi apresentado a potenciais parceiros, entre eles a chinesa Sinopec, com quem Petrobrás negocia sociedade. Para parte dos produtos produzidos, a infraestrutura de recolhimento também passará ao cliente que comprar o derivado.

O governador do Ceará, Cid Gomes, disse a jornalistas de seu Estado que a Petrobras decidiu "delegar a outros sujeitos boa parte do que antes estava previsto como responsabilidade sua na refinaria". Seu governo, por exemplo, absorveu a preparação da infraestrutura de tratamento de água, numa parceria público-privada de R$ 2 bilhões com uma empresa espanhola projetada para servir também ao complexo industrial de Pecém. "Para não dar aquele investimento muito elevado de US$ 11 bilhões, eles tomaram a decisão de abrir para fornecedores de serviços", disse à imprensa local durante um evento há duas semanas. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.