quarta-feira, 12 de março de 2014

Risco de racionamento de energia é de 100%, diz Brasil Plural


Por Renato Rostás | Valor
MorgueFile

SÃO PAULO  -  Os níveis atuais dos reservatórios e as perspectivas para este ano tornam um racionamento de energia em 2014 inevitável, informou o banco Brasil Plural em relatório enviado a clientes. Para a instituição, o risco desse cenário ocorrer é de 100% — o que o texto chama de “elefante político que não pode ser ignorado”.

Os analistas Francisco Navarrete, Tatiane Shibata e Arthur Pereira basearam essa visão em estudo feio pela consultoria PSR, que previa aumento da chance de racionamento, de 18,5% para 24%, em apenas um mês. O problema, diz o Brasil Plural, é que os cálculos foram feitos sobre estimativas oficiais do governo.

O risco se baseou na perspectiva dos órgãos regulatórios de que as chuvas vão se intensificar em março. “Mas o regulador fez essas projeções extrapolando os níveis vistos na primeira semana, que foi forte em termos de precipitação, para o resto do mês”, critica o banco.

Essa conta estaria errada na opinião de especialistas, que esperam, na verdade, que o mês de março decepcione em termos de chuva, lembra o relatório — a diferença seria da ordem de 78% para 73%. Usando essas previsões mais pessimistas, a chance de racionamento subiria para 77%.

Mesmo assim, o Brasil Plural comenta que há, ainda, três pontos não considerados que aumentariam esse risco. Primeiro, a instituição não acredita que as usinas térmicas poderão operar, por tanto tempo, a 100% de sua capacidade para impedir o racionamento. Além disso, o banco estima que os níveis dos reservatórios chegarão a 10% em novembro neste ritmo — um patamar muito perigoso.

Por fim, o relatório indica que pode haver problemas também na geração por meio do bagaço da cana-de-açúcar. A safra atual está, em parte, ameaçada e pode faltar matéria-prima para que essas usinas de biomassa operem. Segundo o banco, a redução na geração pode chegar a 3,4 mil megawatts na segunda metade do ano. 

62% dos brasileiros têm desconfiança dos demais, diz enquete


Entre os brasileiros, 62% têm pouca ou nenhuma confiança das pessoas em geral, segundo um estudo divulgado pelo Ibope

Wilson Dias/ABr
População brasileira: pessoas atravessam rua em faixa de pedestres
População brasileira: na opinião de 82% dos entrevistados, a maioria das pessoas só quer seu próprio benefício

Rio de Janeiro - Entre os brasileiros, 62% têm pouca ou nenhuma confiança das pessoas em geral, enquanto 73% confiam muito em seus familiares, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Ibope e que consultou 2.002 pessoas em 143 municípios de todo o país.

A enquete, batizada como "Retratos da Sociedade Brasileira: Padrão de Vida" e encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI, patronal) concluiu que, além da família, os brasileiros confiam pouco nos demais.

Apenas 6% dos consultados disseram ter muita confiança em pessoas de fora da família e só 32% admitiram que confiam nelas, contra 62% que disseram que desconfiam.

De acordo com a pesquisa, somente 18% confiam muito nos amigos, 11% nos vizinhos e 9% nos companheiros de trabalho ou de estudos.

Na opinião de 82% dos entrevistados, a maioria das pessoas só quer seu próprio benefício, sem se preocupar com os demais.

Esta percepção é mais elevada no Nordeste do país, com 89%, e menor nas regiões Norte e Centro-Oeste, com 71%.

Segundo o gerente executivo de pesquisa e competitividade da CNI, Renato da Fonseca, "o objetivo da enquete é conhecer melhor o consumidor", já que "quando desconfia, isso afeta sua decisão no consumo".

Segundo os pesquisadores, o nível de desconfiança não varia em função do sexo, mas sim da idade.

Enquanto 67% das pessoas com entre 16 e 24 anos dizem ter pouca confiança ou nenhuma nas demais, esse porcentagem se reduz até 57% para os maiores de 50 anos, segundo o estudo que a patronal dos industriais disse ter encomendado para conhecer melhor os consumidores brasileiros. 

Embraer apresenta nova versão do jato E175


Por Stella Fontes | Valor
Divulgação

SÃO PAULO  -  A fabricante de aeronaves Embraer apresentou hoje uma nova versão do jato E175, o primeiro da série com melhorias aerodinâmicas para redução de consumo de combustível. Em relação ao modelo original, o novo jato proporciona até 6,4% de economia de combustível, acima do índice de 5% anunciado anteriormente, e a primeira entrega está prevista para as próximas semanas.

“Entregamos no cronograma um avião sem similar no mercado. Com a cabine de passageiros mais confortável da categoria de 70 a 90 assentos, o jato E175 é o avião de menor custo operacional na sua classe”, diz em nota o presidente da Embraer Aviação Comercial, Paulo Cesar Silva.

Em 2013, o jato E175 foi o mais vendido em sua categoria, com 177 pedidos firmes, além de 60 podendo ser reconfirmados e 277 opções de quatro companhias aéreas americanas: Republic Airways, United Airlines, SkyWest e American Airlines.

terça-feira, 11 de março de 2014

Gisele Bündchen passa de anjo a rival da Victoria’s Secret


A modelo brasileira pretende inaugurar sua primeira loja de lingeries em maio em São Paulo, em parceria com a Hope

Christiana Sciaudone, da
Divulgação
Gisele Bündchen, em campanha da Hope
Hope: a loja se chamará Gisele Bündchen Intimates, o mesmo nome da linha já produzida em parceria com a Hope desde 2010

São Paulo - A Victoria's Secret enfrentará um de seus mais famosos anjos, a supermodelo Gisele Bündchen, quando abrir sua primeira loja no Brasil neste ano.

A modelo brasileira pretende inaugurar sua primeira loja de lingeries em maio em São Paulo, em parceria com a Hope, diz o director de expansão da Hope, Fábio Figueiredo. A loja se chamará Gisele Bündchen Intimates, o mesmo nome da linha já produzida em parceria com a Hope desde 2010.

Gisele, uma das mais famosas “angels” da marca de lingeries americana, e a Hope abrirão ainda lojas em Londres, Nova York e Los Angeles, diz Figueiredo. A Hope quer elevar para 40, ou mais do que dobrar, o número de países consumidores de seus produtos este ano.

“Gisele é nossa melhor marca hoje”, diz Figueiredo, em entrevista em São Paulo no dia 6 de março. “A gente tem capacidade de crescer muito ainda no Brasil. Temos que pensar estrategicamente onde distribuir. Nós pretendemos ser uma marca mundial”.

Também em maio, a Victoria’s Secret começa a vender peças íntimas no Brasil. A marca será operada pela Dufry AG da Suiça, segundo a assessoria de imprensa do aeroporto de Guarulhos, onde a primeira loja ficará instalada.

A loja será aberta juntamente com instalações das marcas Salvatore Ferragamo, Tory Burch e Empório Armani no novo terminal de Guarulhos, onde os turistas que deixam o aeroporto são recebidos por cartazes da supermodelo brasileira vestindo a lingerie que leva seu nome ao longo da estrada a caminho de São Paulo.

A dona da marca americana, L Brands Inc, com sede em Columbus, Ohio, não retornou telefonemas e e-mails pedindo comentarios. Dufry e a porta-voz de Gisele no Brasil, Patrícia Bündchen, sua irmã gêmea e empresária, não quiseram comentar.

A Hope tem motivos para ficar esperançosa: a parceria de Gisele com a Grendene SA, com sede em Sobral, Brasil, ajudou na venda de R$ 2,71 bilhões em sandálias, incluindo a marca Ipanema, que teve a modelo como garota-propaganda.

Novo banco no Brasil



AVENIDA FARIA LIMA, SP: novo banco de investimento na região

Começa a operar nesta semana a filial brasileira do banco de investimentos americano Moelis & Company. Os dois executivos responsáveis pelo banco estão vindo da butique de investimentos BR Partners: Otávio Guazelli e Jório Salgado Gama. 

Nos Estados Unidos, onde o Moelis foi fundado em 2007, uma das principais atividades do banco é a reestruturação de empresas. No escritório da instituição, que deve ficar na avenida Brigadeiro Faria Lima, trabalharão também o diretor Eric Alberti e cerca de 15 bankers. O escritório no Brasil será o décimo quinto do Moelis no mundo.

Saraiva adere ao Vale-Cultura e espera atender 20 mil pessoas por mês

 
 
Por Beth Koike | Valor
Marcelo Camargo/ABr

SÃO PAULO  -  A Saraiva, editora e rede de livrarias, aderiu ao programa federal Vale-Cultura. As 112 livrarias da rede passam a aceitar o cartão benefício, que pode ser usado na compra de livros, ingressos de cinema, teatros, museus, entre outras atividades culturais.

A varejista estima que 20 mil pessoas usem o cartão por mês em suas livrarias. O valor do benefício é de R$ 50 por mês. 

A Saraiva também está oferecendo o Vale-Cultura a seus funcionários que recebem até cinco salários mínimos. A companhia tem no total 6 mil empregados, mas não informou quantos estão alocados nessa faixa salarial. 

A adesão ao Vale-Cultura foi anunciada nesta terça-feira em evento, em São Paulo, que teve a participação da ministra da Cultura, Marta Suplicy. “O brasileiro gasta R$ 35 [por mês] com cultura. Então, R$ 50 serão muito representativos”, disse a ministra.

Segundo o Ministério da Cultura, até o momento, 1.540 empresas e cerca de 368 mil funcionários já receberam o cartão. As empresas que concederem o benefício têm abatimento no Imposto de Renda devido até 2016.

Fiscalização do TCU reduz em R$ 550 milhões custo de obras da Copa

BRASÍLIA  -  As fiscalizações feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) resultaram na economia de R$ 550 milhões para as obras da Copa do Mundo, segundo Raffael Jardim Cavalcante, assessor do gabinete da Relatoria das Obras da Copa do Mundo. Ele lembra que esse valor atualizado não está restrito a recursos públicos, pois boa parte das obras – em aeroportos e estádios – tem participação da iniciativa privada.

“Adotamos a estratégia de fiscalizar os empreendimentos todos ainda no embrião das contratações, que é a fase de projeto. Assim foram corrigidos problemas ainda na fase do edital. Com isso, R$ 550 bilhões foram economizados, fruto dessa estratégia de fiscalização feita nas obras da Copa do Mundo”, destacou o assessor durante audiência pública no senado.

De acordo com o TCU, as economias decorrentes da análise de editais de licitação reduziram em R$ 97 milhões o orçamento de reforma do Maracanã, e em R$ 65 milhões os custos com a Arena Amazonas. O representante do tribunal explicou também que todo o recurso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberado para a construção dos estádios já foi fiscalizado, e que “não há irregularidade identificada”.

Dos 12 estádios que sediarão o Mundial, três pertencem à iniciativa privada: o de São Paulo, de Porto Alegre e o de Curitiba. “Nesses casos, coube ao TCU investigar o adequado repasse de recursos do BNDES. As análises foram concentradas nas garantias para evitar que a União – por meio do banco – fosse prejudicada”, disse Cavalcante. Os valores financiados para esses estádios foram R$ 400 milhões, R$275,1 milhões e R$ 196,8 milhões, respectivamente.

O único estádio que não recebeu financiamento do BNDES foi o de Brasília, construído com recursos do governo do Distrito Federal. Por isso, não foi fiscalizado pelo TCU – o que foi motivo de crítica pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR). “Todos sabemos que boa parte dos recursos de Brasília tem origem federal. Por isso, vamos apresentar projeto para que caiba ao TCU a fiscalização de grandes eventos realizados no Brasil”, disse o senador.

Diretor do Portal Copa 2014 – feito pelo Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) –, Rodrigo Prada disse que o custo por assento dos estádios brasileiros destinados ao Mundial é mais alto do que os dos países que sediaram as duas últimas Copas do Mundo. “Enquanto na África do Sul o valor ficou em R$ 5,53 mil por assento e na Alemanha R$ 5,49 mil, o custo no Brasil ficou em R$ 11,8 mil por assento.”

Já a economia decorrente da análise dos editais de licitação dos aeroportos resultou em uma economia de R$ 218,4 milhões. Só o aeroporto de Confins reduziu sua previsão de custos em R$ 97 milhões. Em Manaus, a redução foi R$ 73,1 milhões. O aeroporto de Fortaleza teve sua obra reduzida em R$ 15 milhões e o do Galeão (RJ), em R$ 15,2 milhões. Ainda segundo o TCU, as reduções da previsão de gastos com os aeroportos de Cuiabá (MT) e Porto Alegre (RS) foram R$ 11,5 milhões e R$ 6.6 milhões, respectivamente.

De acordo com o TCU, dos R$ 25,57 bilhões em investimentos previstos para as obras incluídas na matriz da Copa, R$ 8,3 bilhões têm como origem financiamento federal e R$ 5,7 bilhões serão investimentos do governo federal; R$7,8 bilhões têm como origem os governos locais; e R$ 3,75 vêm da iniciativa privada.
(Agência Brasil)