sexta-feira, 14 de março de 2014

Roche é farmacêutica que mais gera valor para seus públicos


Empresa ficou em primeiro lugar em ranking elaborado pela consultoria DOM Strategy Partners e conseguiu uma nota de 7,93

Bloomberg
Roche

Roche: farmacêutica ficou em primeiro lugar no ranking das empresas que mais produzem valor para seus públicos no seu setor, elaborado pela consultoria DOM Strategy Partners

São Paulo - A Roche é a empresa farmacêutica que mais gera valor para os seus públicos no Brasil, segundo ranking elaborado pela consultoria DOM Strategy Partners. 

Em seguida aparecem na lista a Pfizer, Bayer, Sanofi e Novartis, nessa ordem.
O ranking Mais Valor Produzido (MVP) é elaborado através da percepção e avaliação dos públicos de contato das companhias. São levados em conta critérios como resultados, reputação, competitividade e riscos. 

As avaliações passam por uma metodologia que define que o valor produzido pelas empresas, seja tangível é intangível, é agregado (ou destruído) e materializado em função da percepção de seus públicos (clientes, fornecedores, acionistas).

Ao final, a partir das avaliações, é gerado uma nota, que pode variar de 0 a 10. As notas de todas as empresas listadas não ultrapassam 8 e apresentam pequena variação entre si. Confira o resultado na tabela:

Empresa Nota
Roche 7,93
Pfizer 7,85
Bayer 7,82
Sanofi 7,71
Novartis 7,7

Os 10 melhores (ou menos piores) fundos imobiliários de 2013


Apenas nove fundos tiveram desempenho positivo em 2013; melhores fundos do ano foram aqueles que não sofrem com a alta da Selic


Divulgação/Grand Plaza Shopping
Grand Plaza Shopping
Grand Plaza Shopping: fundo que administra o shopping ganhou com o aluguel da expansão na qual investiu

São Paulo – Após um ano brilhante em 2012, os fundos imobiliários amargaram um mau desempenho em 2013, passando de vedetes dos investimentos para “micos”. O processo de alta da taxa básica de juros, a Selic, caiu como uma bomba sobre a maioria deles, tornando-os menos atrativos que a renda fixa.

Segundo um levantamento da Economatica, que considera o desempenho dos fundos entre 20 de fevereiro de 2013 e 20 de fevereiro de 2014, apenas nove fundos tiveram desempenho positivo no período.

O levantamento leva em conta o conceito de Retorno Total, que considera o reinvestimento dos rendimentos na compra de novas cotas. Segundo essa metodologia, o desempenho dos fundos imobiliários no período foi uma queda de 21,56%, enquanto o Ibovespa caiu 15,82%.

Considerando apenas o desempenho das cotas nos anos fechados de 2012 e 2013, os fundos imobiliários tiveram alta de 35,04% em média em 2012, amargando uma perda de 12,63% no ano passado.

Segundo o agente autônomo Arthur Vieira de Moraes, especialista em fundos imobiliários, esse mau desempenho se deve à alta da Selic vista ao longo de 2013.

“Os fundos que distribuem rendimentos de aluguéis, que são os mais conhecidos, são de certa forma comparáveis à renda fixa. Considerada a intensidade da alta da Selic, os fundos responderam inversamente, como era de se esperar”, explica Moraes.

Dessa forma, quando a renda fixa tradicional fica mais rentável, com o aumento da taxa básica de juros, os fundos imobiliários, que são mais arriscados, tornam-se menos atrativos. O que se vê é uma migração dos investidores do investimento mais arriscado para o mais conservador.

Em geral, os fundos de renda, que são os mais comuns na bolsa brasileira, podem ter sua rentabilidade comparada à da NTN-B, título do Tesouro que paga juros acima da inflação. A alta da Selic fez com que comprar NTN-Bs se tornasse muito interessante, pois elas passaram a oferecer 7% acima do IPCA.

Assim, os fundos que foram melhor nos anos anteriores caíram para o meio do ranking de investimentos. No topo, ficaram aqueles fundos menos impactados pela alta da Selic.

Entre eles, os fundos de desenvolvimento, que investem na construção de imóveis, para lucrar com a posterior venda. Os que se deram melhor foram aqueles que ganharam com a venda de empreendimentos prontos e que amortizaram cotas, isto é, devolveram dinheiro aos cotistas.

Outro tipo de fundo que ganhou em 2013 foram os fundos de recebíveis imobiliários, que na prática investem em papéis de renda fixa com lastro em créditos imobiliários, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

Por terem características de renda fixa, esses fundos conseguem se dar bem mesmo quando a Selic tem alta.
Veja a seguir a lista dos dez melhores (ou “menos piores”) fundos imobiliários de 2013, segundo levantamento da Economatica. Arthur Vieira de Moraes ajudou a comentar sobre o desempenho dos fundos.
1 RB Capital Desenvolvimento Residencial II (Rbresid2)
Código: RBDS11
Retorno em 12 meses: +38,81%
Segmento: desenvolvimento residencial

Descrição: Fundo com 126 milhões de reais de captação para investimento em projetos de incorporação residencial de diversos incorporadores de primeira linha, com atuação em todo o país, e direcionados a todas as faixas de renda, com foco nos segmentos de baixa e média renda.

Por que foi bem: Não é um fundo de renda, mas sim focado no desenvolvimento de imóveis residenciais para lucrar com sua posterior venda.

Em função disso, seus rendimentos são inconstantes e não ocorrem sequer todos os meses. Por isso, o fundo não sofre com o impacto da alta na taxa Selic. Alguns empreendimentos já foram concluídos e começaram a ser vendidos. O fundo começou a distribuir rendimentos em 2013.

2 RB Capital Prime Realty II (Rbprime2)
Código: RBPD11
Retorno em 12 meses: +17,02%
Segmento: desenvolvimento residencial

Descrição: destinado a investir indiretamente em uma carteira diversificada de empreendimentos imobiliários e comerciais localizados em diferentes regiões do Brasil.

Por que foi bem: Também não é um fundo de renda, mas sim focado no desenvolvimento e posterior venda de empreendimentos, principalmente residenciais.

Assim, seus rendimentos são inconstantes e podem não ocorrer todos os meses, não havendo impacto direto da alta da Selic. Em 2013, houve um bom retorno não só pelos rendimentos, como também pelo aumento das amortizações, com a conclusão de alguns empreendimentos.


3 Grand Plaza Shopping (Abc Imob)
Código: ABCP11
Retorno em 12 meses: +7,16%
Segmento: desenvolvimento de shopping e renda

Descrição: O fundo é fruto de uma cisão do fundo imobiliário ABC Plaza Shopping e do fundo imobiliário JK, sendo atualmente proprietário do edifício comercial Grand Plaza, do Grand Plaza Shopping e do antigo JK Shopping, todos localizados em Santo André (SP).

O fundo distribui rendimentos provenientes do aluguel de seu espaço e também investiu na construção da expansão do shopping Grand Plaza.

Por que foi bem: apesar de ser um fundo de renda, o fato de também ser um fundo de desenvolvimento beneficiou este fundo em 2013. A conclusão da expansão do Grand Plaza em outubro de 2012, como ampliação da Área Bruta Locável, fez com que a receita do fundo aumentasse, com consequente aumento dos rendimentos distribuídos.

4 RB Capital Prime Realty I (Rbprime1) 
Código: RBPR11
Retorno em 12 meses: +4,88%
Segmento: desenvolvimento residencial 

Descrição: destinado a investir indiretamente em uma carteira diversificada de empreendimentos imobiliários e comerciais localizados em diferentes regiões do Brasil. Com início de negociação no fim de dezembro de 2010, o fundo tem prazo determinado de 42 meses. 

Por que foi bem: Também não é um fundo de renda, mas sim focado no desenvolvimento e posterior venda de empreendimentos, principalmente residenciais.

Assim, seus rendimentos são inconstantes e podem não ocorrer todos os meses, não havendo impacto direto da alta da Selic. Em 2013, houve um bom retorno não só pelos rendimentos, como também pelo aumento das amortizações, com a conclusão de alguns empreendimentos.
5 BB Renda de Papéis PAP CI (BB R Pap)
Código: RNDP11
Retorno em 12 meses: + 4,77%
Segmento: Recebíveis

Descrição: O fundo investe em recebíveis imobiliários, isto é, em papéis de renda fixa com lastro em operações de crédito no mercado imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letras Hipotecárias (LH) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

Por que foi bem: como o fundo investe em papéis de renda fixa, os rendimentos podem se beneficiar da alta da Selic. Esse tipo de fundo não se expõe a certos riscos do mercado imobiliário, como o de vacância.

6 Rio Bravo Crédito Imobiliário II (Riobcri2)
Código: RBVO11
Retorno em 12 meses: + 2,68%
Segmento: Recebíveis
 
Descrição: O fundo investe em recebíveis imobiliários, isto é, em papéis de renda fixa com lastro em operações de crédito no mercado imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letras Hipotecárias (LH) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Também pode investir em cotas de outros fundos imobiliários.

Por que foi bem: como o fundo investe em papéis de renda fixa, os rendimentos podem se beneficiar da alta da Selic. Esse tipo de fundo não se expõe a certos riscos do mercado imobiliário, como o de vacância.
Além disso, esse fundo em particular teve início no fim de 2012. Ao longo de 2013, foi alocando os recursos, e os rendimentos foram crescendo.
7 XP Gaia Lote I (Xp Gaia)

Código: XPGA11
Retorno em 12 meses: + 2,53%
Segmento: Recebíveis

Descrição: O fundo investe em recebíveis imobiliários, isto é, em papéis de renda fixa com lastro em operações de crédito no mercado imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letras Hipotecárias (LH) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

Por que foi bem: como o fundo investe em papéis de renda fixa, os rendimentos podem se beneficiar da alta da Selic. Esse tipo de fundo não se expõe a certos riscos do mercado imobiliário, como o de vacância.
Além disso, o fundo fez uma nova emissão de cotas na segunda metade de 2012, e foi alocando seus novos recursos ao longo de 2013, gerando mais rendimentos.


8 GWI Condomínios Logísticos (Gwi Log)
Código: GWIC11
Retorno em 12 meses: + 2,35%
Segmento: Galpões logísticos

Descrição: O objetivo do fundo é investir em galpões e condomínios logísticos, e seu primeiro investimento foi o Galpão Cumbica, localizado próximo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Por que foi bem: o fundo vinha sofrendo com inadimplência de alguns locatários, mas o problema foi sanado com a troca de inquilinos, o que impactou positivamente a distribuição de rendimentos ao longo de 2013.


9 Fator Verità (Fator Ve)
Código: VRTA11
Retorno em 12 meses: + 0,26%
Segmento: Recebíveis

Descrição: O fundo investe em recebíveis imobiliários, isto é, em papéis de renda fixa com lastro em operações de crédito no mercado imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letras Hipotecárias (LH) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Além disso, pode investir em cotas de outros fundos imobiliários, de fundos de renda fixa, de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) e em debêntures (títulos de dívidas de empresas).

Por que foi bem: como o fundo investe em papéis de renda fixa, os rendimentos podem se beneficiar da alta da Selic. Esse tipo de fundo não se expõe a certos riscos do mercado imobiliário, como o de vacância.
Além disso, o fundo fez uma nova emissão de cotas em dezembro de 2012, e foi realizando a alocação dos novos recursos captados ao longo de 2013, o que impactou positivamente nos rendimentos distribuídos.


10 Kinea Rendimentos Imobiliários (Kinea Ri)
Código: KNCR11
Retorno em 12 meses: -3,80%
Segmento: Recebíveis

Descrição: O fundo investe em recebíveis imobiliários, isto é, em papéis de renda fixa com lastro em operações de crédito no mercado imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

Por que foi relativamente bem: como o fundo investe em papéis de renda fixa, os rendimentos podem se beneficiar da alta da Selic. Esse tipo de fundo não se expõe a certos riscos do mercado imobiliário, como o de vacância.

O fundo foi “o melhor dentre os piores”, ficando em décimo lugar no ranking. Em 2013, fez uma nova emissão de cotas, realizando a alocação dos novos recursos captados, o que impactou positivamente os rendimentos distribuídos.

Fifa não consegue ser educada com Brasil - este vídeo prova


Vídeos institucionais costumam ser usados para exaltar qualidades de quem paga por eles. Mas o da Fifa vira espaço de críticas ao Brasil na voz de Jérôme Valcke


Paulo Whitaker/Reuters
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em visita ao Itaquerão

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em visita ao Itaquerão: inauguração de Arena da Amazônia não é tão boa notícia assim, salienta em vídeo

São Paulo – Era para ser um vídeo feliz – ou ao menos é assim que se convencionou encarar as gravações institucionais, que mostram sempre o lado positivo de quem decide pagar por elas – mas o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, teve dificuldades para manter a diplomacia comum neste tipo de material e o recheou de críticas ao Brasil.

Postado no YouTube da entidade ontem, o vídeo começa de forma previsível: música animada, imagens de Valcke chutando uma bola e, para coroar, uma pergunta feliz, daquelas com potencial para ser respondida no mesmo tom.

“Quão importante foi a boa notícia da inauguração do estádio em Manaus em relação aos preparativos da Copa do Mundo?”, é a indagação feita no material oficial.

Mas Valcke não se segura.
“A boa notícia teria sido, para ser muito honesto, ter os estádios (prontos) em dezembro de 2013, e não março de 2014”, é a primeira frase do secretário-geral.

Entre outras informações mais amenas, ele diz ainda que a inauguração é “boa notícia para lembrar aos outros três (estádios) que faltam que eles devem ficar prontos”.

Sobre as obras pendentes, Valcke demonstra especial preocupação com a ausência de pavimento ao redor do Beira-Rio, em Porto Alegre.

“Isso demora pelo menos de 2 a 3 meses (para ficar pronto), e estamos a três meses de distância da Copa”, afirma.

Assim, um vídeo que era para primar mais pela propaganda que pelo debate, vira espaço para alfinetadas à organização do evento.

No fim, ele rebate a acusação de que o Brasil não terá um legado com o mundial.

“O custo da Copa para a Fifa é de 1,3 bilhão de dólares. A Fifa não está pedindo nenhum suporte financeiro das autoridades brasileiras. O que for gasto pelas cidades vai ficar dentro do país, é infraestrutura, coisas que serão usadas pelo país e que não serão levadas pela Fifa quando sairmos, no dia 14 de julho”.


Farpas


As relações de amor e ódio entre Fifa e Brasil têm sido uma constante nos últimos meses. É comum que nomes da entidade, como o presidente Joseph Blatter, revelem preocupação à imprensa internacional, mas baixem o tom quando chegam por aqui.

Embora, como dito, a veiculação de críticas em um material institucional cause algum estranhamento, as falas nem de perto se aproximam do "chute no traseiro" que Valcke mencionou que o Brasil mereceria, em 2012. 

Bombeiros controlam fogo em prédios do Ceagesp


Foram incendiados parcialmente o prédio do Departamento de Entrepostos e o prédio do setor de fiscalização, após atos de vandalismo em meio às manifestações

Elaine Patricia Cruz e Bruno Bocchini, da
Eduardo Casalini
Placa da Ceagesp
Ceagesp: De acordo com a assessoria de imprensa da companhia, seguranças particulares atiraram com arma de fogo para cima, “como uma medida extrema para conter o tumulto”

São Paulo - O Corpo de Bombeiros faz neste momento uma vistoria nos prédios da Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) atingidos por atos de vandalismo no final da manhã de hoje (14). Estão no local 12 viaturas e 35 homens da corporação.

Foram incendiados parcialmente o prédio do Departamento de Entrepostos e o prédio do setor de fiscalização. O fogo foi controlado. Neste momento, os bombeiros também combatem o fogo em contêineres de lixo no Portão 13.

Dois pelotões da Tropa de Choque da Polícia Militar do estado de São Paulo, entraram pouco depois das 12h30 na Ceagesp e controlaram vandalismo em meio às manifestações de protesto contra a cobrança de estacionamento no local.

De acordo com a assessoria de imprensa da companhia, seguranças particulares atiraram com arma de fogo para cima, “como uma medida extrema para conter o tumulto”. Quatro seguranças foram feridos por pedradas.

Além de quebrar as cabines do estacionamento, os manifestantes atearam fogo a prédios, caixas de frutas e outros objetos; queimaram e destruíram um caminhão e um carro.

IR diminui desigualdade; impostos indiretos aumentam


De acordo com estudo do Banco Mundial, impostos diretos e programas de transferência de renda ajudam a diminuir desigualdade no Brasil


Alex Webb/Magnum Photos/Latinstock
Altamira, no Pará
Cena de Altamira, no Pará: a pobreza e a desigualdade vem caindo na América Latina

São Paulo - Um relatório recente do Banco Mundial aponta que o imposto de renda e programas de transfêrencia como o Bolsa família ajudam a diminuir a desigualdade no Brasil.

Já os impostos indiretos, como o ICMS, tem o efeito contrário, mas não a ponto de anular os ganhos.
A desigualdade é medida pelo índice Gini, que vai de 0 a 1. Quanto menor o índice, menor a desigualdade.
Levando em conta apenas a renda de mercado, o índice do Brasil é de 0,579. 

Com a atuação do governo através dos impostos diretos, ele cai para 0,565. Levando em conta tanto os impostos diretos quanto os programas de transferência de renda, a desigualdade cai para 0,544. 

Já com os efeitos dos impostos indiretos, ela volta a subir levemente, para 0,546.

Isso acontece porque o imposto de renda é "progressivo" - quem ganha mais, paga mais. Já os impostos indiretos são "regressivos" - como tem o mesmo peso para todo mundo, acabam afetando de forma desproporcional o bolso dos mais pobres.


Pobreza


A extrema pobreza na América Latina caiu pela metade desde o início do milênio: de 25% para 12,3%. O ganho foi concentrado na América do Sul e nas áreas urbanas.
68% da redução da pobreza entre 2003 e 2012 foi resultado do crescimento econômico, e os restantes 32% vieram através do declínio da desigualdade. 

Isso significa que, de forma geral, a renda dos 40% mais pobres cresceu mais rápido do que a renda média e que os ganhos do trabalho foram os principais responsáveis, mais do que os programas de transferência e as pensões.

Ainda assim, o Brasil foi um dos três países latino-americanos que conseguiram produzir um impacto maior na diminuição da desigualdade através da política fiscal, junto com México e Uruguai.
Perspectivas


A curva de queda da desigualdade está estacionada desde 2010, e um dos culpados é o crescimento mais baixo.

Isso indica que daqui para a frente, vai ficar cada vez mais difícil continuar aumentando a renda e diminuindo a desigualdade fazendo apenas mais do mesmo.

O próximo desafio é o de equalizar o acesso a oportunidades desde os primeiros anos de vida. Um estudo citado pelo Banco Mundial mostra que entre um terço e um quinto da desigualdade no Brasil e em países como a Colômbia e o Peru é explicada pela diferença de oportunidades na infância.

E essa diferença não é só no acesso à educação de qualidade, mas também ao saneamento básico, informação e infraestrutura.

Mark Zuckerberg ligou para Obama para dizer que está chateado



Chefe do Facebook ficou 'confuso' após saber que NSA 'clonava' servidor do Facebook e instalava malware nas máquinas de usuários


Por Murilo Roncolato



SÃO PAULO – Irritado com o vazamento de uma informação que apontava que a Agência de Inteligência americana (NSA), com ajuda da agência britânica, se fazia passar pelo Facebook para instalar malwares nas máquinas de seus usuários, Mark Zuckerberg desabafou logo com o presidente Barack Obama. Mais do que mexer com a privacidade dos usuários, dessa vez a NSA mexeu em algo que afeta os negócios da rede social.
Publicação do ex-Guardian Gleen Greenwald afirma que a NSA criava um servidor “pirata” do Facebook e contaminava computadores, ou fazia o mesmo por meio de spam, sendo possível ter acesso ao microfone e à webcam das vítimas.

Em um post na sua rede social, Mark Zuckerberg afirma ter ligado para Obama para expressar a sua “frustração sobre os danos que o governo está causando para o nosso futuro. Infelizmente, parece que se levará ainda muito tempo para uma reforma real [da NSA e de suas políticas de espionagem]“.

Leia na íntegra:

“Conforme o mundo se torna mais complexo e governos brigam em todos os lugares, a confiança na internet se torna mais importante do que nunca.

A internet é o nosso espaço compartilhado. Ela nos ajuda a estarmos conectados. Espalha oportunidades. Permite-nos aprender. Nos dá voz e nos torna mais fortes e seguros juntos.

Para manter a internet forte, precisamos mantê-la protegida. É por isso que no Facebook gastamos muita da nossa energia tornando nossos serviços e toda a internet mais segura.

Encriptamos comunicações, usamos protocolos seguros para tráfego de dados, encorajamos as pessoas a usar múltiplos fatores de autenticação e paramos às vezes o que estamos fazendo para ajudar as pessoas a resolverem problemas de seus serviços.

A internet funciona porque a maioria das pessoas e empresas fazem o mesmo. Trabalhamos juntos para criar um ambiente seguro e tornar o nosso espaço compartilhado ainda melhor para o mundo.

É por isso que eu tenho ficado tão confuso e frustrado com as repetidas notícias sobre o comportamento do governo americano. Quando nossos engenheiros trabalham incansavelmente para melhorar a segurança, imaginamos que é para proteger você dos criminosos, não do nosso próprio governo.

O governo americano deveria ser o defensor da internet, não uma ameaça. Eles precisam ser mais transparentes sobre o que está acontecendo, se não as pessoas só vão esperar o pior.

Liguei para o presidente Obama para expressar a minha frustração sobre os danos que o governo está causando para o nosso futuro. Infelizmente, parece que se levará ainda muito tempo para uma reforma real.

Então está por nossa conta – de todos nós – de construir a internet que queremos. Juntos, podemos construir um espaço mais amplo e um lugar mais importante no mundo do que qualquer coisa que temos hoje, mas também seguro e protegido. Me comprometo a ver isso acontecer, e você pode contar com o Facebook que faremos nossa parte.”


Dilma degrada a diplomacia


O Estado de S.Paulo
 
 
A presidente Dilma Rousseff definitivamente rebaixou o Brasil à condição de cúmplice de regimes autoritários na América Latina. Não bastasse a reverência (e o vasto financiamento) à ditadura cubana, Dilma agora manobra para que os atos criminosos do governo de Nicolás Maduro contra seus opositores na Venezuela ganhem verniz de legitimidade política.

Em vez de honrar as tradições do Itamaraty e cobrar do regime chavista respeito aos direitos humanos e às instituições democráticas, a presidente desidratou a única iniciativa capaz de denunciar, em um importante fórum internacional, a sangrenta repressão na Venezuela, que já matou duas dezenas de pessoas. Mandou o representante do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA) votar contra o envio de uma missão de observadores à Venezuela e impediu que a entidade reunisse seus chanceleres para discutir a crise.

Como todos os líderes populistas da região, Dilma considera que a OEA é quintal dos Estados Unidos. O falecido caudilho Hugo Chávez costumava referir-se à organização como "instrumento do imperialismo", entre outros nomes menos simpáticos. Para o governo petista, contaminado pelos ares bolivarianos, uma decisão da OEA sobre a Venezuela poderia ser considerada inoportuna e com potencial para acirrar as tensões. Assim, a título de não melindrar Maduro, premiam-se a brutalidade e a indisposição para o verdadeiro diálogo democrático.

Manietada pelo Brasil e por seus parceiros bolivarianos, a OEA limitou-se a emitir uma nota cuja anodinia mal disfarça a tentação de apoiar Maduro. O comunicado manifesta "solidariedade" ao presidente e dá "pleno respaldo (...) às iniciativas e aos esforços do governo democraticamente eleito da Venezuela" no "processo de diálogo nacional" - como se fosse autêntica a pantomima a que os chavistas chamam de "Conferência de Paz". Estados Unidos, Canadá e Panamá votaram contra essa nota, pela razão óbvia de ela não refletir os compromissos da OEA com a democracia e os direitos humanos.

O passo seguinte da manobra, este ainda mais escandaloso, foi convocar uma reunião de chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para acertar o envio de um grupo de "mediadores" para a Venezuela. A Unasul, como se sabe, é instrumento dos governos bolivarianos - desimportante, ela hoje só existe para dar reconhecimento a governos claramente antidemocráticos, em nome de uma certa "integração latino-americana".

Assim, os tais "mediadores" da Unasul não farão nada além do que deles se espera, isto é, fazer vista grossa às ações violentas de Maduro. Ao anunciar a iniciativa, Dilma explicou, em seu linguajar peculiar, que a ideia é "fazer a interlocução pela construção de um ambiente de acordo, consenso, estabilidade, lá na Venezuela". Ora, que "diálogo" é possível quando não se pretende exercer a necessária pressão diplomática sobre Maduro, que reprime manifestantes usando gangues criminosas e encarcera dissidentes sem o devido processo legal?

Portanto, a constituição de uma comissão na Unasul para a Venezuela tem o único objetivo de deixar Maduro à vontade, sem ser constrangido a recuar e a ouvir as reivindicações da oposição - que basicamente protesta contra a destruição da Venezuela pelo "socialismo do século 21".

Percebendo o truque, os oposicionistas venezuelanos trataram de enviar uma carta à Unasul em que pedem aos países-membros que observem os acontecimentos no país "com objetividade" e que a entidade "não seja usada como um instrumento de propaganda". Mas é justamente disso que se trata: se tudo ocorrer conforme o script bolivariano, a Unasul vai respaldar o governo Maduro, revestindo-o de legitimidade - o que, por conseguinte, transforma a oposição em golpista.

Ao tratar de forma leviana este grave momento, em respeito a interesses que nada têm a ver com a preservação da ordem democrática na região, o Brasil torna-se corresponsável pela consolidação de um regime delinquente.