domingo, 13 de abril de 2014

Assassinato no Japão é quase zero. Já violência doméstica...


Relatório da ONU mostra que Japão, país com uma das menores taxas de homicídio do mundo, luta para superar violência doméstica e diminuir morte de mulheres por companheiros

Getty Images
Japonesa fazendo compras em Tóquio
Mulheres japonesas caminham em Tóquio: apesar de estar entre os países menos violentos do mundo, Japão não conseguiu superar violência doméstica

São Paulo - O Japão tem uma das menores taxas de homicídio do mundo. Em 2012, último dado disponível, foi registrada 0,3 morte a cada 100 mil habitantes. No Brasil, esse índice é de 25,2. Mas enquanto no mundo os homens são as grandes vítimas da violência, no Japão este papel é ocupado pelas mulheres. Elas representam mais de 50% dos casos.

De acordo com o "Estudo Global sobre Homicídio 2013", divulgado nesta quinta-feira pelo Escritório sobre Drogas e Crime das Nações Unidas (UNODC, na sigla em inglês), 80% das pessoas assassinadas em 2012 em todo o mundo eram homens.

Segundo a ONUos dados sugerem que em países com taxas de homicídio muito baixas, caso do Japão, as vítimas do sexo feminino constituem uma parte crescente das vítimas. 
Isso porque, nesses lugares, ganha peso a violência cometida por parceiros.

Na Ásia, 20,5% dos casos de homicídio foram cometidos por pessoas próximas à vítima.
O percentual é muito maior do que o registrado nas Américas (8,6%) e na África (13,7%). Regiões que, inclusive, têm taxas de homícidio muito maiores que a dos países asiáticos.

Globalmente, 47% das mulheres morrem vítimas de membros da família ou de parceiros íntimos (maridos e namorados). No caso dos homens, apenas 1 em cada 20 casos envolve relações íntimas. 


Japão


O Japão introduziu sua primeira lei de violência doméstica em 2002, quando uma pesquisa realizada a cada três anos pelo governo japonês revelou que 4,4% das mulheres respondeu que a violência sexual sofrida por elas foi forte o bastante para fazê-las temerem por suas vidas. 

Em 2005 e 2008, quando a "Pesquisa sobre a violência entre homens e mulheres" foi refeita, mais de 10% das mulheres casadas disseram ter sofrido "agressão física", "assédio moral ou ameaças assustadoras" ou "coerção sexual" por seu parceiro em "muitas ocasiões."

Além disso, na época, uma em cada 5 mulheres casadas disseram ter sofrido violência doméstica em "uma ou duas ocasiões". Isso faz com que quase um terço das mulheres casadas japonesas tenha sofrido algum tipo de violência dentro de casa. 

Em resposta aos números alarmantes - que contrastam com a baixíssima taxa de homicídios do país -, em 2011 o governo japonês criou diversas leis destinadas a proteger as mulheres.

As melhorias foram principalmente no sistema de notificação e investigação de casos de violência doméstica. O resultado veio rápido: o número de casos reportados cresceu vertiginosamente.

De acordo com o jornal Japan Times, o número de casos relatados cresceu 46% naquele ano. 
Além disso, unidades policiais especiais para casos de violência doméstica foram melhor preparadas para lidar com estes casos, os acompanhando do relatório inicial até o veredito final

As estatísitcas registradas, no entanto, mostram que a situação das mulheres continua preocupante: 26% delas relataram terem levado socos, chutes e empurrões de seus parceiros, outros 14% afirmaram terem sido obrigadas a fazer sexo, e 18% sofreram abusos psicológicos.

Segundo a ONU, o caso japonês mostra que em um contexto de níveis muito baixos de violência, ainda podem ser necessários esforços adicionais para lidar com a violência doméstica.

Inflação é o que mais preocupa investidores, diz jornal


No Brasil, 60% dos investidores consultados demonstraram preocupação com a inflação

Aline Bronzati, do
Stock.xchng
Inflação
Além da inflação, outras questões preocupantes para os investidores incluem erro na tomada de decisões

São Paulo - A inflação é a principal preocupação dos investidores no mundo, principalmente no Brasil e na China, segundo estudo global da gestora de recursos americana Legg Mason publicada pelo jornal britânico Financial Times em sua página na internet. O aumento dos preços foi, na opinião de quase a metade dos 4.320 entrevistados, a principal ameaça para o progresso dos seus investimentos, ocupando o posto de "maior medo" da enquete.

No Brasil, 60% dos investidores consultados demonstraram preocupação com a inflação, seguido por 58% no México, 56% na China, 53% em Cingapura e 51% em Taiwan. Na outra ponta, os menos preocupados estavam na França (11%), Suécia (14%) e Suíça (18%).

"Embora haja uma série de ameaças por aí, é claro que a inflação, especialmente para investidores da América Latina e da Ásia, é a maior preocupação", disse Matt Schiffman, diretor de marketing global da Legg Mason, segundo o Financial Times.

Além da inflação, outras questões preocupantes para os investidores incluem erro na tomada de decisões, para 37% dos entrevistados, aumento da carga tributária, para 31%, o baixo crescimento global, para 30%, juros baixos, para 29%, e redução de estímulo econômico nos Estados Unidos, para 24%.

Excesso de documentos é principal entrave para exportar


Os executivos também reclamaram da falta de comunicação entre os órgãos

Mariana Branco, da
Paulo Fridman/Bloomberg
Contêiner para exportação sendo carregado em um navio
O número médio de órgãos pelos quais o processo para exportação deve passar é 4,3

São Paulo - Para os empresários brasileiros, a quantidade de documentos exigida pelos órgãos de controle alfandegário é excessiva. Além disso, a agilidade dos serviços deixa a desejar. O quadro foi revelado por pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, o excesso de documentos foi considerado o principal entrave para exportar por 53,27% dos participantes. Em segundo lugar, ficou a baixa agilidade para análise da documentação, mencionada em 41,89% das respostas. Em terceiro, a demora na vistoria e inspeção, mencionada por 37,77%.

Os executivos também reclamaram da falta de comunicação entre os órgãos, apontada como um problema em 25,42% das respostas. Uma das consequências dessa falha é que muitos solicitam dados e documentação repetidos, fator indicado como problemático em 12,83% das respostas.

O número médio de órgãos pelos quais o processo para exportação deve passar é 4,3, e a grande maioria das empresas (94,5%) contrata os serviços de despachantes para lidar com a burocracia. O órgão mais citado como tendo impacto negativo nas exportações foi a Receita Federal, em 46,11% das vezes, seguido pelo Ministério de Minas e Energia, com 40% das menções, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), citada em 38,3% das respostas.

“Pesquisas frequentemente colocam o Brasil como um dos países mais custosos para lidar com informações tributárias e outros tipos de burocracia”, disse o economista Marcelo Azevedo, especialista em Políticas de Indústria da CNI. Segundo ele, em alguns setores da economia, a quantidade de órgãos pelos quais o produto deve passar a fim de ser liberado para exportação chega a seis. “Já tem excesso [de documentos solicitados] individualmente. Você ainda soma vários órgãos e fica pior”, comenta.

Segundo ele, a solicitação de informações e documentos repetidos também é um desestímulo significativo. “[O empresário] preenche o mesmo dado para órgãos diferentes. Tem formulários em que você preenche o CNPJ dezenas de vezes. A comunicação entre os órgãos seria importantíssima. Mas se cada órgão simplificar e reduzir a exigência, já melhora”, comenta. A pesquisa da CNI, divulgada este ano, ouviu 640 empresários entre 2012 e 2013.

Começou a briga para aparecer na Copa do Mundo

A disputa para fazer barulho em torno da Copa já foi iniciada — tanto entre as patrocinadoras como para empresas que correm por fora. Nessa briga, vale quase tudo para ofuscar os concorrentes

Germano Lüders/EXAME
Fábrica da Hyundai
Hyundai: prometeu ampliar a garantia dos veículos para seis anos se o Brasil ganhar a Copa e lançou a campanha Hexagarantia Hyundai

São Paulo - Além de recordes menos lisonjeiros, como atraso nas obras e estouro no orçamento, a próxima Copa do Mundo somará a maior arrecadação de patrocínio da história da Fifa. Um time de 22 empresas investiu 1,4 bilhão de dólares para apoiar o evento — valor 10% maior do que o da edição anterior.

O salto é ainda maior no caso dos patrocinadores da seleção brasileira. Neste ano, 14 empresas arrecadaram 300 milhões de reais para apoiar oficialmente a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) — 67% mais em relação à última edição do evento. Nessa disputa para vincular o evento à própria marca, as empresas não medem esforços para ofuscar os rivais.

Uma mostra da temperatura do confronto surgiu em março, quando a montadora coreana Hyundai, patrocinadora da Fifa, criou a “hexagarantia”, para ampliar a garantia de seus veículos de cinco para seis anos se o Brasil vencesse, numa alusão ao hexacampeonato almejado pela seleção.

A campanha durou apenas dez dias no ar, até que a concorrente Volkswagen, que pagou 9 milhões de reais para ser a única montadora a ter direitos sobre atividades promocionais ligadas ao futebol brasileiro, pressionou a Confederação Brasileira de Futebol a notificar a concorrente. Procuradas, as montadoras não deram entrevista.

A Hyundai não foi a única a receber uma advertência da CBF. Desde 2013, a entidade notificou 33 anunciantes que usaram de forma indevida a imagem da seleção. É o dobro das ocorrências registradas na Copa da África do Sul, em 2010.

Em geral, o alerta consiste num pedido para tirar a campanha do ar e inclui a negociação extrajudicial de uma multa que pode chegar a até 600 000 reais. “Já esperávamos mais casos neste ano, com a realização da Copa no país”, diz Carlos Eugênio Lopes, diretor jurídico da CBF.

O embate se tornou especialmente aguerrido entre as companhias aéreas. Nesse setor, a única que tem os direitos de fazer referência explícita ao evento é a Gol, que em maio de 2013 comprou uma cota de valor estimado em 17 milhões de reais para ter exclusividade no deslocamento da delegação brasileira entre as 12 cidades-sede da Copa.

Mas, neste ano, antes que a empresa começasse a alardear o fato, uma rival se antecipou. No fim de março, a TAM veiculou um comercial com atletas brasileiros que jogam em times europeus, como os zagueiros Thiago Silva e David Luiz, pegando um avião da companhia para vir ao Brasil.

O filme enfatiza que a TAM é a única brasileira a voar para destinos como Londres e Paris. Até o fim desta edição, a CBF preparava a notificação da TAM, e a campanha continuava no ar. “A escalação oficial nem foi anunciada e não mencionamos a Copa”, afirma Eduardo Costa, diretor de marketing da TAM. 

Outra concorrente, a Azul, também entrou no páreo ao pintar dois aviões com as cores da bandeira nacional, o mesmo que a Gol fez na Copa das Confederações, em 2013. “Neste ano, não há como não falar de futebol”, diz Gianfranco Panda, diretor de marca da Azul. Até agora, a empresa não recebeu advertências.


Emboscada


Tentar chamar a atenção pagando menos do que as patrocinadores oficiais é um artifício frequente em eventos esportivos dessa magnitude. Na Copa do Mundo de 2010, em Johannesburgo, a pequena cervejaria holandesa Bavaria, dona das marcas regionais Bavaria Holland e 86, usou a artimanha — conhecida como “emboscada” — ao levar 26 belas loiras vestidas com a cor do país portando bandeirolas com o logotipo da marca nas arquibancadas do estádio Soccer City.

Como a patrocinadora oficial do evento era a Budweiser, da cervejaria AB InBev, a ação foi reprimida por seguranças da Fifa. As mulheres foram retiradas do estádio, e o público descobriu que se tratava de uma jogada de marketing. Proibida, é verdade. Mas que gerou centenas de comentários na internet.

No mesmo torneio, a fabricante de artigos esportivos Nike, patrocinadora das seleções de Brasil, Holanda e Portugal, contornou a proibição de estampar sua marca nas arenas ao instalar um painel de 44 metros no alto de um prédio da capital da África do Sul com imagens de jogadores como o português Cristiano Ronaldo, visível do estádio.

A rival Adidas, apoiadora da Fifa, reclamou — mas não conseguiu enquadrar a artimanha como uma infração. Neste ano, as empresas trocaram os papéis. Desta vez, a incomodada é a Nike, que comunicou sua insatisfação à CBF com a camisa amarela que a Adidas criou para os torcedores do Palmeiras usarem em dias de jogos da seleção. Procuradas, as empresas não deram entrevista.

Alguns casos indicam que é possível chamar a atenção sem passar dos limites. A fabricante de roupas Lupo, que contratou o jogador Neymar há três anos, lançou neste ano a campanha “Cueca da Sorte” com o atacante. Por enquanto, manteve-se longe de polêmicas, sem fazer alusão ao evento.

O banco Bradesco também conseguiu criar uma campanha sem ferir os direitos de seu principal concorrente, o Itaú Unibanco, que pagou cerca de 300 milhões de reais para ser patrocinador tanto da seleção quanto da Copa. A estratégia do Bradesco foi comprar, há dois anos, o patrocínio da Olimpíada de 2016.

Desde então, mantém a campanha “Torcida BRA”, em alusão ao nome do banco e do país, intensificada neste ano. “Queremos nos aproximar dos esportes”, diz Jorge Nasser, diretor de marketing do Bradesco.

Dados mostram que quem corre por fora nem sempre se dá melhor. De acordo com uma pesquisa da consultoria Nielsen, realizada em dezembro, Itaú e Nestlé — as duas únicas que compraram cotas tanto da Fifa quanto da CBF — estão entre as dez empresas que os brasileiros mais relacionam ao evento.

Todas da lista são patrocinadoras. A primeira colocada é a Coca-Cola, apoiadora da Copa do Mundo desde 1978. “Essas empresas aproveitam todas as possibilidades que o evento oferece”, afirma Clarisse Setyon, professora de marketing esportivo da ESPM. Elas só não estão livres do ataque-surpresa das rivais.

ONU pede uma revolução energética contra o aquecimento


Esta revolução energética requer o abandono de combustíveis fósseis poluentes e a utilização de fontes mais limpas para evitar o efeito estufa

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Emissões de gases efeito estufa
Em 2011 as emissões de gases do efeito estufa foram de 430 ppm (partículas de CO2 por milhão), uma concentração considerada muito elevada

O mundo pode alcançar o objetivo de limitar a 2º celsius o aquecimento antes de 2050 se reduzir entre 40% e 70% suas emissões de gases de efeito estufa, especialmente no setor energético, afirmou neste domingo um grupo de especialistas das Nações Unidas.

Esta revolução energética requer o abandono de combustíveis fósseis poluentes e a utilização de fontes mais limpas para evitar o efeito estufa, que poderá provocar um aumento da temperatura do planeta entre 3,7ºC e 4,8ºC antes de 2100, um nível catastrófico, segundo os cientistas.

"Há uma clara mensagem da ciência: para evitar uma interferência perigosa com o sistema climático, temos que deixar de continuar operando igual", explicou Ottmae Edenhofer, copresidente do Painel Intergovernamental de Especialistas sobre Mudança Climática (IPCC) da ONU, que elaborou o documento.

"Reduzir o consumo de energia nos daria mais flexibilidade para escolher entre as tecnologias com pouca emissão de carbono, agora e no futuro", indica o cientista Ramón Pichs-Madruga, um dos três copresidentes do grupo.

Para chegar ao objetivo de limitar o aquecimento a 2ºC antes de 2050 "existem muitos caminhos", mas "todos requerem investimentos substanciais", explicaram os especialistas no relatório.

Centenas de cientistas trabalharam no projeto da ONU. O IPCC publicou seu primeiro relatório em 2007, provocando um grande debate mundial.

Em 2011 as emissões de gases do efeito estufa foram de 430 ppm (partículas de CO2 por milhão), uma concentração considerada muito elevada.

Para manter esse número em até 450 ppm, seria preciso reduzir entre 40% e 70% as emissões atuais entre 2010 e 2050, até zerá-las em 2100.

Mas, mesmo com esse nível, a probabilidade de limitar a 2ºC o aumento da temperatura seria de 66%. É necessário, além de diminuir as emissões, "triplicar ou quase quadruplicar" o uso de fontes energéticas limpas ou nucleares.
Mudança em grande escala


Todas essas medidas supõem uma "mudança mundial em grande escala no setor de abastecimento energético", e implicariam diminuir em 0,06% o consumo energético global.

A queda no consumo e na emissão de gases ainda teria consequências positivas para a saúde e para o impacto humano na natureza.

Entretanto, se os níveis de CO2 ficarem em 550 ppm em 2100, a possibilidade de chegar ao objetivo de reduzir o aumento na temperatura seria inferior a 50%.

Além disso, se a temperatura subir entre 0,3ºC e 4,8ºC, o nível do mar poderia aumentar entre 26 e 82 centímetros, afetando diretamente a vida nas áreas costeiras.

O informe não apresenta recomendações, mas sim uma lista de opção possíveis, e recorda que na última década as emissões de gases do efeito estufa aumentaram em 1 bilhão de toneladas a cada ano, por causa do crescimento econômico.

"Todos os esforços realizados até agora (...) não reduziram realmente as emissões", explicou Youba Sokona, o terceiro copresidente do IPCC.

"Os desafios são grandes, mas ainda não é tarde demais para agir", acrescentou.
A comunidade internacional fracassou em 2009, em uma reunião em Copenhague, em fixar objetivos de autorregulação.


Reação internacional


Em uma primeira reação ao documento, a comissária europeia para o Clima, Connie Hedegaard, pediu para que os Estados Unidos e a China, os países mais poluentes do mundo, se comprometam com a contra o aquecimento global.

"O informe do IPCC é claro, não há plano B. Só há o plano A, o da ação coletiva para reduzir as emissões imediatamente", afirmou Hedegaard em um comunicado.

Ao anunciar que a União Europeia adotará esse ano um ambicioso programa de redução de suas emissões até 2030, questionou, em referência aos EUA e a China: "quando vocês, os grandes emissores, vão fazer o mesmo? Quanto mais tarde, pior, mais difícil será fazê-lo".

Já o secretário de Estado americano, John Kerry, reagiu ao documento declarando que o combate ao aquecimento é uma questão de vontade, e não de capacidade.

"O informe diz muito claramente estamos frente a uma questão de vontade mundial, e não de capacidade", ressaltou Kery em um comunicado, destacando que as já existem as tecnologias necessárias para proporcionar uma mudança e pedindo por mais investimentos no setor.

O relatório tem 2.000 páginas, e o resumo divulgado neste domingo foi aprovado depois de ser analisado e revisado por representantes governamentais e científicos reunidos em Berlim.

Energisa conclui compra do Grupo Rede


A empresa informou que iniciará o pagamento a credores na segunda-feira, dia 14

Divulgação
Energisa (PB)
Energisa: com a aquisição do Grupo Rede, a Energisa passa a atender 6 milhões de clientes

São Paulo - A Energisa informou nesta sexta-feira que concluiu a compra do controle do Grupo Rede Energia e iniciará o pagamento a credores na segunda-feira, dia 14.

Com a conclusão do negócio, a Energisa iniciou nesta sexta-feira o processo de escolha de diretores para as distribuidoras do grupo, assumindo a gestão dessas concessionárias que estavam sob intervenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) até meados desta semana.

Em fato relevante, a Energisa informou que "não realizará oferta pública para aquisição de ações de acionistas minoritários face a desnecessidade em razão do valor imaterial pago em contrapartida à aquisição de ações representativas do controle direto e indireto das sociedades do Grupo Rede". A Energisa adquiriu o controle do Grupo Rede Energia pelo valor simbólico de 1 real.

A Aneel havia aprovado na terça-feira o fim da intervenção nas distribuidoras do grupo.
Com a formalização da transferência ocorrida nesta sexta-feira, as distribuidoras Enersul (MS), Companhia Força e Luz do Oeste (PR), Caiuá (SP), Bragantina (SP), Vale Paranapanema (SP),Nacional (SP), Cemat (MT) e Celtins (TO) passam totalmente a ser geridas pela Energisa.

O presidente da Energisa, Ricardo Botelho, disse nesta sexta-feira que o plano de recuperação judicial do Grupo Rede ainda precisa ser homologado nos Estados Unidos, para que os detentores de bônus comecem a receber os créditos. "Esperamos para bem breve (a homologação), os advogados do Rede que estão cuidando do assunto colocaram que isso seria nos próximos dias", disse.

Com a aquisição do Grupo Rede, a Energisa passa a atender 6 milhões de clientes em 788 municípios de nove estados, em todas as regiões do país.

A Energisa fará um aporte de 1,2 bilhão de reais nas distribuidoras adquiridas para correção das transgressões e a melhoria da situação econômica e financeira das concessionárias. 

Este montante é adicional aos compromissos do Rede assumidos pela Energisa no âmbito do plano de recuperação judicial, que totalizam 1,95 bilhão de reais a serem desembolsados aos credores. Deste montante, a parcela à vista de cerca 500 milhões de reais será paga de imediato aos credores.

Sem IPOs, ano de 2014 será de fusões


Aquisições devem continuar em ritmo forte entre as companhias de ensino superior

Dayanne Sousa, do
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Sala de aula
Sala de aula: empresas de educação ainda veem grande espaço para consolidação do setor

São Paulo - Com a Bolsa em baixa este ano, as aquisições devem continuar em ritmo forte entre as companhias de ensino superior. As empresas ainda veem grande espaço para consolidação do setor e há pelo menos cinco companhias dispostas - e com dinheiro - para ir às compras.

Uma das empresas que têm buscado aquisições é a Cruzeiro do Sul Educacional, grupo com uma participação do fundo Actis. A empresa era candidata a uma abertura de capital este ano, mas adiou os planos por causa das condições desfavoráveis do mercado. "A empresa está pronta, mas vamos aguardar um momento melhor", diz o diretor de desenvolvimento, Fábio Figueiredo.

Com 85 mil alunos, a Cruzeiro do Sul tem ao menos seis negociações em andamento para aquisição de empresas e olha companhias com cerca de 5 mil alunos. O interesse é por redes instaladas em regiões próximas de onde a companhia atua, como Distrito Federal e São Paulo, mas Figueiredo diz que é possível a entrada em novas regiões com a compra de uma grande instituição.

Além da Anima, que captou R$ 460 milhões em sua oferta inicial de ações no fim do ano passado, a nordestina Ser Educacional também tem dinheiro em caixa para novas aquisições. A empresa captou R$ 260 milhões na Bolsa para comprar instituições no Norte e Nordeste.

Ainda se espera que a Laureate, empresa norte-americana que é dona da Anhembi Morumbi, volte ao mercado depois de ter anunciado a compra da FMU em agosto do ano passado. As duas gigantes Kroton e Anhanguera devem voltar ao mercado depois que a fusão anunciada em 2013 seja concluída.

A Estácio, por sua vez, espera manter aquisições de pequeno e médio porte enquanto aguarda a decisão do Conselho Administrativo e de Defesa Econômica (Cade) sobre a maior compra de sua história, a da UniSeb. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.