Aquisições devem continuar em ritmo forte entre as companhias de ensino superior
São Paulo - Com a Bolsa em baixa este ano, as aquisições devem continuar em ritmo forte entre as companhias de ensino superior.
As empresas ainda veem grande espaço para consolidação do setor e há
pelo menos cinco companhias dispostas - e com dinheiro - para ir às
compras.
Uma das empresas que têm buscado aquisições é a Cruzeiro do Sul
Educacional, grupo com uma participação do fundo Actis. A empresa era
candidata a uma abertura de capital este ano, mas adiou os planos por
causa das condições desfavoráveis do mercado. "A empresa está pronta,
mas vamos aguardar um momento melhor", diz o diretor de desenvolvimento,
Fábio Figueiredo.
Com 85 mil alunos, a Cruzeiro do Sul tem ao menos seis negociações em
andamento para aquisição de empresas e olha companhias com cerca de 5
mil alunos. O interesse é por redes instaladas em regiões próximas de
onde a companhia atua, como Distrito Federal e São Paulo, mas Figueiredo
diz que é possível a entrada em novas regiões com a compra de uma
grande instituição.
Além da Anima, que captou R$ 460 milhões em sua oferta inicial de ações
no fim do ano passado, a nordestina Ser Educacional também tem dinheiro
em caixa para novas aquisições. A empresa captou R$ 260 milhões na
Bolsa para comprar instituições no Norte e Nordeste.
Ainda se espera que a Laureate, empresa norte-americana que é dona da
Anhembi Morumbi, volte ao mercado depois de ter anunciado a compra da
FMU em agosto do ano passado. As duas gigantes Kroton e Anhanguera devem
voltar ao mercado depois que a fusão anunciada em 2013 seja concluída.
A Estácio, por sua vez, espera manter aquisições de pequeno e médio
porte enquanto aguarda a decisão do Conselho Administrativo e de Defesa
Econômica (Cade) sobre a maior compra de sua história, a da UniSeb. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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