terça-feira, 8 de abril de 2014

Como o futuro incerto de Dilma gerou R$ 70 bi às estatais



Petrobras viu seu valor de mercado disparar, de 159,8 bilhões de reais para 210,1 bilhões de reais, uma alta de 31%


REUTERS/Ueslei Marcelino
A presidente Dilma Rousseff

Última pesquisa do DataFolha aponta que a presidente seria reeleita

São Paulo - Desde início das pesquisas eleitorais para presidente da República, as estatais tiveram valorização de 32% na Bolsa. Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil, juntos, foram dos 220 bilhões de reais para 291 bilhões em valor de mercado.

Desde o dia 17 de março, quando começaram os rumores com os resultados da pesquisa de intenção de voto realizado pelo Ibope, os papéis da Eletrobras foram os que mais se valorizaram. O mercado financeiro parece ter deixado de lado o fato de que a companhia pediu ao governo uma ajuda de 12 bilhões de reais para tentar sair do sufoco. A estatal apresentou o segundo maior prejuízo no ano passado, de 6,2 bilhões de reais, perdendo apenas para a OGX.

Mesmo diante deste cenário, as ações da Eletrobras valorizaram 43% desde meados de março - quando a expectativa era que a intenção de voto na presidente Dilma Rousseff teria caído pela primeira vez e o valor de mercado da Eletrobras era de 7,8 bilhões de reais.

Em um segundo estudo apresentado pela CNI no dia 27 de março, que apontava que a popularidade da presidente Dilma Rousseff recuou de 43% para 36%, o valor de mercado da Eletrobras atingiu os 9,7 bilhões, ou seja, uma valorização de 24%, na comparação com 10 dias atrás.

Na última pesquisa, realizada pelo Datafolha e divulgada no sábado, a presidente manteve a intenção de 47% dos votos, o mesmo percentual divulgado no final de novembro pelo instituto. Se neste caso o percentual se manteve, os papéis da Eletrobras se valorizaram ainda mais. Na última segunda-feira, o valor de mercado da empresa era de 11,2 bilhões.

 

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