Vendas da nova safra atingiram ao final de março no máximo 17 por cento da produção esperada
Grãos de café são selecionados perto de Varginha, Minas Gerais: vendas
avançaram pouco em meio a incertezas sobre as perdas decorrentes do
tempo quente e seco
São Paulo - As vendas da nova safra de café (2014/15)
do Brasil avançaram pouco no mercado físico desde fevereiro, atingindo
ao final de março no máximo 17 por cento da produção esperada, em meio a
incertezas sobre as perdas decorrentes do tempo quente e seco nos
primeiros meses do ano, segundo avaliação da consultoria Safras &
Mercado.
"Desde fevereiro as vendas de café novo não avançaram muito", disse o analista associado da Safras,
Gil Barabach, explicando que as dúvidas sobre o tamanho da safra que
começa a ser colhida em mais algumas semanas deixam os agentes retraídos
nos negócios.
O percentual estimado é com base em uma safra hipotética de 49 milhões
de sacas de 60 kg, o que indica que cerca de 9 milhões de sacas já
teriam sido negociadas, segundo Barabach.
O índice de comercialização da safra nova, segundo o analista, está dentro da média prevista para esta época.
A propósito da colheita deste ano, o analista disse que os trabalhos
ainda são muito incipientes, mesmo no café da variedade robusta, que
tradicionalmente começa a colheita antes do arábica. Os volumes colhidos
ainda não são significativos o suficiente para se determinar um
percentual, acrescentou.
"Tem um pouco mais de café conilon (robusta). No arábica, há uma
expectativa de que depois do feriado de Páscoa (20 de abril) tenha
colheita. No último terço de abril, começam a retirar café do pé",
afirmou o analista.
Ele observou que este ano as elevadas temperaturas aceleraram o ciclo
do café, o que deve antecipar a colheita em algumas semanas em relação
ao período normal.
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