Dilma reconheceu que a melhoria da infraestrutura não acompanhou o ritmo do crescimento da demanda e que o setor aeroportuário está defasado
Brasília - A presidente Dilma Rousseff voltou a afirmar hoje (7) que o setor aeroportuário
precisa se modernizar para acompanhar o crescimento econômico e as
mudanças sociais dos últimos anos, ao participar nessa manhã da
assinatura do contrato de concessão do Aeroporto Internacional Tancredo
Neves – Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte.
“Quando elevamos cerca de 40 milhões de pessoas para a classe média e
tiramos da pobreza extrema em torno de 36 milhões de brasileiros,
criamos um mercado que demanda serviços e que cria também todo um
processo de necessidades novas. As pessoas que não viajavam nesse país
dez anos atrás, hoje viajam”, comparou, durante discurso. “É urgente
atender à qualidade e à melhoria dos serviços”, acrescentou.
Dilma reconheceu que a melhoria da infraestrutura não acompanhou o
ritmo do crescimento da demanda e que o setor aeroportuário está
defasado. “O processo de distribuição de renda foi mais rápido do que o
processo de melhoria da infraestrutura. Agora estamos criando condições
para que isso ocorra o mais rapidamente possível. Nos interessa ter
acesso ao que há de melhor na gestão aeroportuária, as pessoas querem
cada vez mais, querem melhores serviços”, acrescentou.
O Aeroporto de Confins foi concedido à empresa BH Airport, consórcio
formado pelo Grupo CCR, pelas operadoras Flughafen München e Flughafen
Zürich AG e pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
(Infraero). O grupo venceu o leilão com uma oferta de R$ 1,82 bilhão. O
contrato de concessão prevê melhorias no aeroporto, entre elas a
construção de um novo terminal de passageiros e a ampliação do pátio de
aeronaves. O aeroporto mineiro é o quinto maior do país e movimenta
cerca de 10 milhões de passageiros por ano.
Segundo Dilma, a modernização do terminal vai beneficiar toda a
economia do estado. “[A concessão] cria aqui todas as condições para se
ter um parque, uma retaguarda que vai beneficiar as indústrias e os
serviços da economia mineira, além de permitir uma qualidade que está à
altura do que exige a sociedade deste estado. Será uma âncora para
atrair investimentos, para atrair toda a sorte de serviços”, avaliou.
Durante o discurso, a presidente ainda defendeu a modernização da
Infraero, estatal responsável pela administração dos aeroportos antes
das concessões, que agora deverá atuar em parceria com o setor privado.
“O nosso propósito é que a Infraero se expanda. E que se expanda no
sentido qualitativo da palavra: queremos ela como protagonista desse
processo de modernização”.
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