Dilma é vista pela maior parte do eleitorado (42%) como a principal representante dos interesses do setor financeiro na corrida eleitoral, segundo o Ibope
São Paulo - Empenhada em associar Marina Silva (PSB) aos bancos, a presidente Dilma Rousseff
é vista pela maior parte do eleitorado (42%) como a principal
representante dos interesses do setor financeiro na corrida eleitoral.
Além de medir as intenções de voto e a avaliação de governo, o Ibope
apresentou aos entrevistados uma lista de segmentos econômicos e sociais
e perguntou qual dos candidatos representa melhor cada um deles.
No caso do setor financeiro, Marina ficou em terceiro lugar, com 20%,
atrás de Aécio Neves (PSDB), com 25% - uma mostra de que a ofensiva de
Dilma e de seu marqueteiro, João Santana, teve efeitos limitados, ao
menos até o momento.
A campanha de Dilma exibiu na TV um vídeo de 30 segundos no qual afirma
que a proposta de Marina de dar autonomia ao Banco Central vai entregar
aos banqueiros "um poder que é do presidente e do Congresso, eleitos
pelo povo". Marina contra-atacou e acusou a presidente de ter criado o
"bolsa banqueiro".
Na segmentação do eleitorado por classes sociais, Dilma é vista como a
principal representante dos interesses dos pobres por 44% dos
brasileiros. A seguir vem Marina (29%) e Aécio (11%).
Em relação aos ricos, há uma divisão maior: 36% acham que é a petista
quem mais os defende, e 34% apontam o candidato do PSDB nessa posição.
A candidata do PSB, cuja atuação no Ministério do Meio Ambiente a
colocou em situação de confronto com o agronegócio, é vista por 31% como
a melhor defensora dos interesses da agricultura. Os índices de Dilma e
Aécio são 36% e 17%, respectivamente.
Dilma é considerada pela maior parcela do eleitorado como a principal
defensora dos trabalhadores (45%), dos aposentados (43%), dos jovens
(38%), dos funcionários públicos (40%), da indústria (42%) e do comércio
(42%).
Marina se destaca no quesito meio ambiente (50%). O Ibope perguntou aos
entrevistados se eles tomaram conhecimento das novas denúncias de
corrupção envolvendo a Petrobras: 65% responderam que sim, e 32%, que
não. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.