quinta-feira, 26 de março de 2015

Ser Educacional assina contrato para compra do Centro Bennet




Fengyuan Chang/Thinkstock
 
Sala de aula
Sala de aula: com o contrato, novos cursos de graduação, tecnológicos e de licenciaturas na cidade do Rio de Janeiro poderão ser lançados
 
Marcelle Gutierrez, do Estadão Conteúdo


São Paulo - Por meio de sua subsidiária União de Ensino Superior do Pará (Unespa), a Ser Educacional assinou nesta quinta-feira, 26, contrato para a compra da mantença do Centro Universitário Bennet, no Rio de Janeiro. 

O contrato prevê o pagamento total de R$ 10 milhões à Metodista Bennet.

"A companhia acredita que a aquisição do Centro Universitário na cidade do Rio de Janeiro é um passo importante para que o Grupo continue seu processo de expansão na região sudeste do Brasil, iniciado com a aquisição da Universidade Guarulhos - UnG", informou a Ser Educacional, em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O pagamento será feito em duas parcelas, sendo a primeira de R$ 1 milhão, a ser depositada em uma conta vinculada da própria Unespa em até 15 dias após a assinatura do contrato; e o valor remanescente no fechamento da operação.

Segundo o fato relevante da empresa, o Centro Universitário está credenciado pelo Ministério da Educação (MEC) e possui Índice Geral de Cursos (IGC) igual a 3. 

A Ser Educacional também comunica que, por se tratar de um centro universitário detentor de autonomia universitária, novos cursos de graduação, tecnológicos e de licenciaturas na cidade do Rio de Janeiro poderão ser lançados, sem necessidade de autorização prévia por parte do MEC. 

"Tal característica poderá trazer maior flexibilidade e velocidade de crescimento na captação de alunos na cidade", informou a companhia.

O fechamento da operação e efetiva cessão da mantença à Unespa dependem de aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do MEC. 

A Ser Educacional informou ainda que pelo fato de ter sido realizada por meio de subsidiária, não haverá aos acionistas direito de recesso em decorrência da operação.

Bilfinger admite ter pago suborno de 1 mi de euros na Copa



Getty Images
Suborno
Suborno: companhia informou que está cooperando de perto com autoridades brasileiras
 
 
Frankfurt - A empresa alemã de engenharia e serviços Bilfinger reconheceu nesta quinta-feira que pode ter pago até 1 milhão de euros em subornos para ganhar contratos no Brasil relacionados à Copa do Mundo de 2014.

A Bilfinger informou no domingo que estava investigando se funcionários de uma subsidiária no Brasil subornaram autoridades públicas no país em contratos para equipar centros de segurança em diversas grandes cidades brasileiras para o Mundial.

Em nota nesta quinta-feira, a empresa afirmou: "Após investigar todas as operações contábeis dos últimos anos, informações atuais indicam a existência de pagamentos potencialmente impróprios de até 1 milhão de euros no total".

Um porta-voz da empresa disse que a investigação englobou transações de até oito anos atrás.

A companhia informou ainda que está cooperando de perto com autoridades brasileiras e vai fornecer à Controladoria-Geral da União (CGU) os resultados de suas investigações.

A Bilfinger contratou as auditorias Ernst & Young e Deloitte e um escritório de direito no Brasil para ajudar na investigação, segundo a empresa.

O Ministério da Justiça determinou no domingo a instauração de análise interna "imediata" de licitações envolvendo subsidiária da empresa alemã no Brasil.

Economist compara campanha de Dilma a estelionato eleitoral


REUTERS/Ueslei Marcelino
 
Dilma Roussef
Dilma: "não é difícil ver por que os eleitores estão com raiva", afirma a publicação", disse
Fernando Nakagawa, do Estadão Conteúdo


Londres - A revista britânica The Economist publica um novo editorial sobre o Brasil na edição que chega às bancas neste fim de semana. Com o título "Lidando com Dilma", a publicação diz reconhecer os motivos que deixam brasileiros "fartos" da presidente Dilma Rousseff

Para a Economist, Dilma mentiu na campanha e os eleitores estão percebendo que foram vítimas de um "estelionato eleitoral". "Mas um impeachment seria uma má ideia", diz a revista.

"Não é difícil ver por que os eleitores estão com raiva", afirma a publicação ao comentar recente pesquisa que revelou que 60% dos brasileiros apoiam eventual impeachment da presidente. 

"Ela presidiu o conselho da Petrobras entre 2003 e 2010, quando os promotores acreditam que mais de US$ 800 milhões foram roubados em propinas e canalizados para os políticos do PT e aliados", diz o editorial.

Além disso, a revista alega que Dilma venceu as eleições presidenciais de outubro "vendendo uma mentira". "De fato, como muitos eleitores estão percebendo agora, Dilma vendeu uma mentira", diz o texto. 

A The Economist argumenta que erros cometidos no primeiro mandato de Dilma é que teriam levado o Brasil à situação atual que exige corte de gastos públicos e aumento de impostos e juros.

"Some-se a isso o fato de que a campanha de reeleição pode ter sido parcialmente financiada pelo dinheiro roubado da Petrobras. Os brasileiros têm todos os motivos para sentirem que eles foram vítimas de um equivalente político do estelionato", diz o texto.

Apesar das palavras duras, o editorial da The Economist afirma que o impeachment pode ser "um exagero emocional". 

"A legislação brasileira considera que presidentes podem ser acusados apenas por atos cometidos durante o atual mandato", diz o texto.

"E, ainda que muitos políticos brasileiros achem que a presidente é dogmática ou incompetente, ninguém acredita seriamente que ela enriqueceu. Contraste com Fernando Collor que embolsou o dinheiro".

O editorial também reconhece que as instituições estão trabalhando para punir os criminosos.

"Um impeachment iria se transformar em uma caça às bruxas que enfraqueceria as instituições, que ficariam politizadas", diz o texto, que pede que Dilma e o PT assumam as responsabilidades "pela confusão que ela fez no primeiro mandato, em vez de se tornarem mártires do impeachment". 

"Ter Dilma no gabinete fará com que os brasileiros estejam mais propensos a entender que as velhas políticas é que são as culpadas, não as novas".

Combate à corrupção requer mudança cultural, diz filósofo




Guilherme Dearo/Exame.com
O professor e filósofo Michael Sandel
Sandel: “O combate à corrupção não é só uma questão de leis. É de atitude”
 
 
 

São Paulo - O curso ministrado pelo filósofo Michael Sandel na Universidade Harvard, que tem o sugestivo nome de “Jus­tiça”, é um dos mais populares de toda a história da instituição. Cerca de 15 000 alunos o frequentaram nas últimas duas décadas. Disponível na internet, foi visto por mais de 5 milhões de pessoas.

São números como esses que já fizeram Sandel virar uma estrela no meio acadêmico americano. No meio editorial, seu sucesso é igualmente impressionante. Em 2009, ­publicou Justiça. Três anos depois foi a vez de O Que o Dinheiro Não Compra. Juntos, os dois livros venderam quase 3 milhões de cópias em todo o mundo. Antes de embarcar para o Brasil, onde vai falar sobre ética em um fórum organizado pela empresa HSM, em São Paulo, Sandel concedeu a seguinte ­entrevista a EXAME.

Revista EXAME - De que forma a corrupção costuma se espalhar por uma sociedade?
Michael Sandel - Em alguns países, a corrupção se faz presente em todas as esferas do governo e nas empresas. Quando esse é o caso, é comum que a corrupção também esteja presente na vida cotidiana de muitas pessoas. Para combater a roubalheira, o papel da polícia e do sistema judiciário é central.

É dessa forma que se encontram e se punem os poderosos. Por isso, juízes competentes e incorruptíveis são fundamentais. Leis que impeçam partidos políticos de tomar dinheiro público em benefício próprio também são imprescindíveis. Vimos isso acontecer no Brasil há alguns anos no caso do mensalão e agora estamos vendo nas investigações sobre irregularidades na Petrobras.

Revista EXAME - De que forma a filosofia pode nos ajudar a entender a lógica da corrupção?
Michael Sandel - John Locke, filósofo britânico que viveu no século 17, dizia que, antes de a sociedade ser criada, vivia-se no que ele chama de “Estado de natureza”. Ou seja, uma terra sem leis nem direitos. Cada um decide o que é certo e o que é errado. Em situações como essa, segundo Locke, as pessoas vão sempre superestimar quanto precisam para viver. Hoje em dia é comum ouvir as seguintes perguntas: “Por que fulano roubou tanto?” “Por que não para de roubar?” Acho que Locke oferece uma boa explicação.

Revista EXAME - Algumas pessoas defendem a tese da corrupção nobre. Um partido político qualquer apodera-se de dinheiro público para financiar sua campanha, chegar ao poder e adotar políticas que, supostamente, são em favor dos mais pobres. Existe uma corrupção nobre?

Michael Sandel - Em termos filosóficos, não podemos descartar essa possibilidade. O exemplo clássico não envolve a política, mas pais miseráveis que roubam um pão para dar de comer aos filhos famintos. A desonestidade é algo muito ruim, precisa ser combatida, mas é possível que haja casos que a justifiquem.

Entretanto, vale lembrar que o conceito de corrupção nobre traz um enorme risco. Se essa visão de mundo se torna endêmica, as normas de toda uma sociedade começam a sofrer um forte processo de erosão. Da obediência às leis à obrigação moral de sermos honestos, tudo passa a ser negociável.

Cada cidadão passa a ser o juiz do próprio caso. Cada um começa a se sentir com poder para julgar quando a corrupção pode ou não ser justificada. Tudo, claro, em nome de uma suposta causa nobre. Esse fenômeno é o que faz um país mergulhar na corrupção. É também o que acaba enfraquecendo a confiança nos governos e até no ­processo democrático.

Revista EXAME - É um exagero dizer que altos índices de corrupção, como os que existem no Brasil, são um sinal de deficiência moral de toda uma sociedade?
Michael Sandel - Quando a corrupção é praticada em larga escala, quando toma conta dos partidos políticos, do mundo dos negócios e da vida cotidiana, é, sim, um sinal de falência moral. É uma incapacidade generalizada de reconhecer e respeitar o direito das outras pessoas com quem dividimos um país.

Revista EXAME - Por que eleitores que se dizem enojados com a corrupção acabam votando em políticos com longos históricos de falcatruas?
Michael Sandel - De alguma forma, esse fenômeno tem a ver com a origem da corrupção — o sujeito roubando para sua família, seu grupo, sua comunidade. Uma das possíveis explicações para o fato de muitas pessoas votarem em políticos notoriamente corruptos é a ideia de que eles beneficiarão quem faz parte de seu grupo de eleitores. As pessoas querem políticos corretos e, ao mesmo tempo, querem políticos que se importem com elas. Às vezes, esses desejos entram em conflito.

Revista EXAME - O que a filosofia pode nos ensinar sobre como combater a corrupção?
Michael Sandel - O que Locke e muitos outros filósofos defendem é a necessidade de criarmos um contrato social. Nesse contrato, concordamos que todos temos de obedecer às leis e que certas instituições terão o poder de fazer a lei valer para todos, de forma justa e impessoal. O contrato cria um sistema de leis, mas vários filósofos também defendem que é preciso ir além disso.
Imagine um país com uma força policial altamente eficiente e um sistema legal implacável. Mesmo esse lugar imaginário precisaria de outro componente: cidadãos dispostos a fazer a coisa certa sem precisar ser forçados pelas autoridades. É por isso que digo que as virtudes cívicas devem ser cultivadas.

Revista EXAME - O que o senhor quer dizer quando fala em virtudes cívicas?
Michael Sandel - São cidadãos com atitudes e hábitos que tenham como meta o bem comum. Mesmo quando estamos dentro do carro, tremendamente atrasados e vemos que não há câmeras vigiando no semáforo, obedecemos ao sinal vermelho. Mesmo quando o poder de fiscalização do Fisco é falho, pagamos todos os impostos. Mesmo quando parece não haver alternativa, nos recusamos a dar ou a receber propinas.

Em resumo, não negociamos o valor da honestidade e do respeito mútuo. Por quê? Porque esses valores são parte constitutiva do que somos. É nosso caráter. É nossa visão de democracia.

O combate à corrupção envolve a aplicação das leis e também uma transformação cultural. A ideia de que sempre se deve tirar vantagem do sistema precisa ser fortemente combatida. A corrupção não é apenas um caso de lei. É de atitude diária.

Revista EXAME - Quando as pessoas não aprendem esses valores com a família, como um país pode cultivá-los?
Michael Sandel - As escolas têm um papel importante. O mesmo vale para as empresas. Empresários e executivos têm se dedicado a estabelecer regras claras e códigos de conduta para seus funcionários. Isso é positivo, mas não suficiente. Mais importante é cuidar da cultura da empresa. Muita gente ainda diz que o importante são os resultados, não o caráter dos funcionários.

As companhias devem ser ponto de referência em ética nos contatos com outras instituições e também internamente. O local de trabalho é um espaço fundamental para que as pessoas sejam incentivadas a fazer a coisa certa. Cultivar as virtudes cívicas também implica dar mais atenção à esfera pública. A resposta à corrupção exige um amplo debate sobre a ética.

Nas últimas décadas, os assuntos relacionados aos governos ficaram muito centrados nas questões de gestão. Temas como justiça, bem comum e ética ficaram de lado. E me parece urgente mudar isso. Tudo o que estou dizendo faz sentido no caso brasileiro?

Programas de compliance devem ser adaptados à realidade do país

Diante da evidência do segmento, advogados destacam importância de se adotar práticas rigorosas de controle coorporativo.





Entre diversos outros fatores, a lei anticorrupção (12.846/13) colocou em evidência o segmento de compliance e deu destaque à importância de se adotar práticas de controle coorporativo amplo e rigoroso dentro das empresas.

Destacando o protagonismo dos programas de integridade, especialistas pontuam em entrevista à TV Migalhas como as empresas podem adequar as melhores práticas à realidade brasileira.



Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=eh_FNKf45GE

 
De acordo com a advogada Maíra Beauchamp Salomi, do escritório Márcio Thomaz Bastos Advogados, as empresas têm, atualmente, adotado programas que já existem fora do Brasil. "Essa cultura de compliance vem muito de fora, o Brasil não tem muito isso."

Neste contexto, segundo Leonardo Ruiz Machado, da banca Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados, é preciso compreender como trazer as melhores práticas dos programas de integridade desenvolvidos no exterior e adequá-las à realidade brasileira. 

"O povo brasileiro tem a informalidade como característica e acho que temos que usar o elemento da comunicação, que é outro elemento importante de um programa de compliance, para fazer com que essa mensagem chegue da maneira correta."

Como exemplo, o vice-presidente jurídico do Grupo Abril, Arnaldo Figueiredo Tibyriçá, cita que é preciso que a alta administração tenha um discurso crível de que o canal não vai gerar consequências negativas para os empregados, sendo utilizado de maneira correta.

O advogado Rafael Mendes Gomes (Chediak, Lopes da Costa, Cristofaro, Menezes Côrtes, Rennó, Aragão – Advogados), por sua vez, elenca algumas diretrizes internacionais sobre os programas de compliance e sobre que é preciso ter para torná-lo efetivo.

A importância da Governança Corporativa


A governança Corporativa como instrumento de criação de valor

Maria Angélica Lencione Pedretti, da FIA (Publieditorial),
 
Publieditorial


A boa e frequente comunicação com o mercado é o caminho da criação de valor, na medida em que os analistas entenderão o potencial de geração de caixa das estratégias das companhias e saberão avaliar seus resultados com mais exatidão. Neste sentido, a transparência, muito pregada pela Governança Corporativa, é um elemento crucial para a avaliação adequada das empresas.

Mas Governança Corporativa não é apenas transparência de informações. Ela é o conjunto de mecanismos que surgiram para mitigar três tipos de problemas: o conflito de agentes, diferenças entre vieses cognitivos e limitações técnicas.

Conflitos de agentes são as diferenças de interesses que entram em jogo, no relacionamento entre acionistas majoritários, profissionais contratados para trabalharem em suas empresas, acionistas minoritários e credores. Cada qual tem sua demanda e espera certa reciprocidade da empresa. Muitas vezes, tais demandas são conflitantes, dificultando a tomada da melhor decisão gerencial.

De acordo com esta linha de pensamento dentro da Governança Corporativa, ao focar suas energias sobre a maximização da riqueza dos acionistas, indiretamente, o administrador já estará maximizando o valor para todos os demais stakeholders, uma vez que a companhia produzirá os melhores produtos aos menores custos, beneficiando os clientes, gerará empregos, beneficiando os funcionários e fornecedores, até chegar nos interesses dos acionistas, que são residuais, tendo, então atendido a todos os demais interesses. Claro, desde que busque isso com ética.

Outra corrente de pensamento prega que a empresa tem o objetivo de maximizar os interesses de todos os stakeholders, e neste momento, ela enfrenta o primeiro problema, que é saber quais são tais interesses, e quais serão prioridades e ainda como medir se atendeu ou não satisfatoriamente tais interesses. Mesmo assim, dependendo da corrente de pensamento escolhida por um país, ela norteará as regras ou as melhores práticas de governança. Isto, explica, em parte, as extraordinárias diferenças entre as práticas de Governança Corporativa de um país para outro.

Pesquisas atestam que o mercado de capitais será mais desenvolvido em países que tenham maior proteção aos investidores, uma vez que se incentivam maior quantidade de companhias abertas, maior número de IPOs, maiores múltiplos (valor) de mercado, mais dividendos, mais crédito às companhias, que podem investir em mais projetos, gerando mais empregos, renda e mais retorno para toda a sociedade.

No Brasil, ainda temos um longo caminho a percorrer: alguns discursos de governança ainda são vazios, não condizentes com as práticas, e o mercado não se engana por muito tempo, como mostraram os exemplos de inúmeras empresas celebradas por seus padrões de governança que viram, posteriormente, os valores de suas ações despencarem por frustrarem as expectativas criadas no mercado naquele momento de euforia, de 2004 a 2007: aprendemos que colocar um grande volume de informação a disposição dos investidor não será suficiente para acalmar os ânimos do mercado quando as promessas dos retornos não se concretizarem.

Para o desenvolvimento do mercado, é necessária uma nova perspectiva dos profissionais: aliando, tanto uma perspectiva econômica de criação de valor, mas também alinhando uma visão sistêmica do mercado e da empresa.

O LABFIN da FIA, ligado nessa tendência, inclui na grade do MBA Finanças (um dos mais tradicionais e premiados MBAs do país), conteúdos sobre Governança Corporativa e processos de criação de valor.

Maria Angélica Lencione Pedretti é professora do Laboratório de Finanças da Fundação Instituto de Administração (LabFin/FIA), considerada referência no Brasil em educação executiva voltada às finanças corporativas e aos mercados financeiros. Saiba mais sobre o curso de MBA Finanças, clique aqui.

Brasileiros podem entrar em mais de 60 países sem visto; saiba quais são



Com o acordo entre o Brasil e a Geórgia, agora são 66 países que permitem a entrada de brasileiros sem a necessidade dessa autorização

Redação, Administradores.com,
Istock


No último dia 11 de março, o Brasil e a Geórgia realizaram um acordo bilateral para liberar a entrada de turistas de ambos os países sem a necessidade do visto, permissão legal de entrada em qualquer local estrangeiro.

Com isso, agora são 66 países que permitem a entrada de brasileiros sem a necessidade dessa autorização, o que é uma boa notícia para quem gosta de viajar e costuma encarar a velha e péssima burocracia no momento de solicitar o visto.

Abaixo você pode conferir - por ordem alfabética - a lista completa dos países que não exigem visto de brasileiros, segundo o Itamaraty:

  • África do Sul
  • Alemanha
  • Andorra
  • Antilhas Francesas
  • Argentina
  • Áustria
  • Bahamas
  • Barbados
  • Bélgica
  • Bolívia
  • Bósnia Guiana
  • Bulgária
  • Chile
  • Colômbia
  • Coréia do Sul
  • Costa Rica
  • Croácia
  • Dinamarca
  • Equador
  • Eslováquia
  • Eslovênia
  • Espanha
  • Filipinas
  • Finlândia
  • França 
  • Geórgia
  • Grécia
  • Guatemala
  • Honduras
  • Holanda
  • Hong Kong
  • Hungria
  • Irlanda
  • Islândia
  • Israel
  • Itália
  • Liechtenstein
  • Luxemburgo
  • Malásia
  • Marrocos
  • México
  • Mônaco
  • Namíbia
  • Noruega
  • Nova Zelândia
  • Panamá
  • Paraguai
  • Peru
  • Polônia
  • Portugal
  • Reino Unido
  • República Tcheca
  • Romênia
  • Rússia
  • San Marino
  • Sérvia
  • Suécia
  • Suíça
  • Suriname
  • Tailândia
  • Trinidad e Tobago
  • Tunísia
  • Turquia
  • Ucrânia
  • Uruguai
  • Vaticano
  • Venezuela
É importante lembrar, porém, que mesmo sem a exigência de visto, o porte do passaporte é obrigatório, exceto nos países do Mercosul, onde brasileiros podem entrar apenas com documento de identidade. A não exigência de visto também não significa burocracia zero.

Alguns países podem exigir a apresentação de certas garantias, como confirmação de hospedagem, passagem de volta e comprovante de que possui dinheiro suficiente para se sustentar no país durante a permanência.

Lembre-se também de que a não exigência de visto é válida para viajantes com previsão de estada temporária (geralmente, o prazo para permanência sem visto é de três meses, mas isso varia de país a país). Entradas para estudo, trabalho ou residência definitiva exigem vistos específicos.