terça-feira, 28 de abril de 2015

EMPRESAS FAMILIARES: COMO REDUZIR DESPERDÍCIOS ADMINISTRATIVOS, COMERCIAIS E OPERACIONAIS?

João Mariano de Almeida




Desperdícios são os recursos gastos além do necessário, aumentando os custos normais dos produtos, serviços, comercialização, sem trazer benefícios e reduzindo seu lucro. Os exemplos e soluções sugeridas são ilustrativos,  mas baseadas na vivência do autor em mais de 100 projetos de melhorias de resultados, de T&D gerencial, de produtividade ou organizacionais, nos últimos 20 anos.


Onde Localizar Alguns Desperdícios ?
1.Ao Produzir Algum Produto

a) erros na especificação da matéria-prima
  • especificação superior ao necessário gera investimentos adicionais inúteis. Ex: usar uma chapa mais grossa ou ferro com bitola maior que o necessário. Como exemplo de adequação, cito as cervejas em lata, que na época do lançamento, tinham espessura superior às atuais, hoje adequadas para congelamento, embora não resistam a quedas e choques porque não foram especificadas para isso.
  • especificação inferior ao necessário, geram problemas na qualidade, com risco de perder os produtos ou exigir reparos. Exemplo : tinta de baixa qualidade, manchando os móveis pintados nas fábricas.
  • Solução :  adequar especificações às necessidades reais de uso dos produtos. Exemplo : imprimir rascunho em papel couchê (muito mais caro que um papel de rascunho). É rascunho, use papel mais barato.


b) erros a maior ou menor na quantidade produzida, acarretando estoques excessivos ou insuficientes.
  • Solução: adequar os estoques às vendas, planejando a produção aos volumes históricos e metas planejadas no período.

c) uso inadequado da mão-de-obra, porque a subutilização mostra capacidade ociosa e aumenta os custos, enquanto a superutilização poderá provocar stress e ocasionar erros que podem exigir reparos nos produtos ou perdas de matéria prima e tempos produtivos.  

Quanto à capacitação das pessoas, sua falta vai exigir treinamentos adicionais, risco de não cumprir metas produtivas e mais tempo gasto nos acompanhamentos das atividades.
  • Solução: adequar o quadro funcional (quantidade de pessoas), ao balanceamento das linhas produtivas e gestão administrativa, deslocando ou não as pessoas, conforme necessidade.

O excesso de capacitação vai mostrar alocação inadequada da pessoa à função ou subaproveitamento de potencial, provocando reflexos motivacionais negativos.
  • Solução : criar o mapa de flexibilidade funcional e capacitar as pessoas nas atividades não dominadas, formando “coringas”, com domínio global das atividades da função.


d)Alterar Inadequadamente Métodos e Processos Produtivos

A sofisticação excessiva poderá gerar maiores gastos na implantação, manutenção e treinamento operacional.

Métodos e processos simplificados demasiadamente, podem afetar a qualidade final dos produtos. Exemplo: juntar etapas eliminando inspeções e passar problemas de acabamento.  Por outro lado, o excesso de etapas também geram custos adicionais.  É preciso mapear os processos, eliminar fases inúteis e melhorar o que agrega valor aos produtos.
  • Solução: adequar os processos ao ciclo dos produtos, treinando as pessoas em cada etapa, na produção e inspeção simultânea da qualidade.


e) Desperdícios com Máquinas e Equipamentos

A falta de manutenção preditiva e preventiva, ou fazer manutenção em ciclos inadequados,podem ocasionar paradas adicionais durante o processo produtivo, refletindo na quantidade produzida, tempos gastos, danificação de produtos e custos extras.
  • Solução: criar processos de manutenção preditiva e preventiva, usando estudos sobre o tempo previsto para desgaste dos componentes, com objetivo de reduzir a corretiva e seus reflexos negativos.

A utilização imprecisa das máquinas e equipamentos podem gerar acidentes, aumentar o consumo de energia, danificar produtos.
  • Solução: treinar e capacitar adequadamente os operadores, em programas formais, sem “QG” (quebra-galho).

A obsolescência ou sucateamento de máquinas e equipamentos, vai gerar perda de capacidade produtiva, paralisar a produção, afetando a própria competitividade do negócio.
  • Solução: adequar depreciação contábil e gerencial para repor máquinas e equipamentos no tempo adequado.

A quantidade excessiva de equipamentos na linha produtiva, vai exigir mais espaços físicos, afetando o layout, refletindo nos fluxos de entrada e saída com perda de tempo, atrasos na produção, excesso de investimentos no imobilizado.
  • Solução: equipamentos excessivos, evitando “guardar para um dia ser usado”..., reduzindo custos dos espaços físicos (m2 de layout), capital de giro parado em equipamentos inativos, máquinas com baixa utilização, espaços juntando lixo...

A falta de equipamentos vai sobrecarregar os disponíveis, acelerando seu sucateamento, ao gerar custos extras de manutenção, energia, horas extras.
  • Solução: substituir os equipamentos faltantes, buscando recursos financeiros (BNDS, Bancos, Proger, outros), ou criando dispositivos  mais em conta para manter o ciclo produtivo.



2. Na Operação (Logística Externa, Transportes e Movimentação Interna, Quebras por Quedas ou Choques, Danificações, Tempos Excessivos, Excesso ou Falta de Mão-de-Obra).

a) embalagens inadequadas, dificultando a logística (Exemplo : móveis e sofás inteiros, aparelhos de ginástica não desmontáveis).
  • Solução: adequar embalagens para reduzir ciclo até vendas. Exemplo: refrigerantes são paletizados já na expedição das fábricas e vão direto para áreas de vendas dos supermercados.  Quase todas as embalagens coletivas dos produtos são abertas diretamente nas gôndolas pelos repositores.  As embalagens são montadas em kits para varejo, com 3 ou 6 unidades cada, ou atacado, com 12 ou mais unidades, como ocorre com detergentes, papel higiênico e centenas de outros produtos.


b) quebras e danificação de produtos, através de choques com outros ou quedas, como amassar um eletrodoméstico, geladeira ou fogão, ou descascar laterais de móveis, danificar pequenas partes ao bater nas paredes.  
  • Solução: treinamento de manuseio e responsabilizar as pessoas envolvidas.


c) tempos excessivos na retirada dos produtos dos depósitos e ao carregar e descarregar caminhões devido problemas com documentação ou mão-de-obra.
  • Solução:automatizar processos de entradas/saídas/movimentações internas dos estoques, como já ocorre nos CD´s automatizados das grandes redes varejistas.


3.Na Comercialização dos Produtos e Serviços

a) erros na formação dos preços, gerando tabelas com falhas, devido apuração errada dos custos, fichas técnicas não atualizadas (faltando itens, quantidades erradas, preços não atualizados, cálculos mal feitos).
  • Solução: rever os custos e preços e criar um ciclo de atualização, que poderá ser quinzenal, mensal ou período definido pela gestão do negócio.


b) não cumprir prazos de entregas prometidos aos clientes, perdendo credibilidade e clientes e falta de planejamento das visitas aos “prospects” ou clientes potenciais, perdendo tempo, combustíveis e vendas.
  • Solução:criar o plano anual de marketing e vendas, clareando atividades, responsabilidades e autonomias nas funções.  Cobrar metas de cada pessoa, envolvida (ações tomadas, cumprimento de prazos, resultados obtidos).



4.Desperdícios na Administração


a) pagar juros adicionais nas duplicatas, porque alguém esqueceu a data de vencimento e não fez provisão de caixa, por falta de capital de giro, ao fazer compras sem planejar vencimentos. Exemplo: acumular vencimentos com fornecedores nas mesmas datas das folhas de pagamentos aos funcionários.
  • Solução: planejar as compras e seus prazos de pagamentos, com os recursos financeiros  os compromissos de folhas de pagamentos aos funcionários.

b) receber com atrasos excessivos sem cobrar juros, onerando o custo do capital de giro, necessário para fazer o negócio deslanchar.
  • Solução:manter os contatos formais  e no verso dos pedidos, a opção para cobrar legalmente os juros dos atrasos. Assinou, concordou.

c)excesso de reuniões, reduzindo o tempo dos gestores na atividade fim e o volume de ações em prol das metas e resultados planejados.
  • Solução: realizar no máximo, uma reunião por dia, no início do expediente, para direcionar ações imediatas a serem tomadas, ou no final, para rever resultados e redirecionar o planejamento do dia e semana.


d) não compartilhar informações entre gestores,  ao criar feudos, sonegar dados, alegar não saber dos fatos. Ou imprimir relatórios em demasia, para gestores de outros setores, sem relação direta com as decisões
  • Solução: cortar cópias adicionais dos relatórios, usando também a versão informatizada, “on line”,que poderá ser acessada para consultas através de senhas disponibilizadas entre gestores, mantendo também bancos de dados nos sistemas.



Autor: Prof.João Mariano de Almeida, pós em Rh, mestrando em Gestão de Negócios, atuando desde 1981 em PMR-Projetos de Melhorias de Resultados (Produtividade/Qualidade/Processos, RH/Avaliação Desempenho/Política Salarial/Plano de Carreira/PPR-Participação nos Resultados /  Reduzir Custos/Desperdícios, Marketing/Vendas/Gerar Novos Negócios, Formar e Reciclar Lideranças e Programas Motivacionais), em negócios familiares.

Sucesso: chamar-se Gisele Bündchen e não precisar mais soletrar seu nome


Algumas razões pelas quais a top não acabou com só mais um rostinho bonito

 
Reprodução
 
 
 
Era uma vez uma adolescente aspirante a modelo. Suas características físicas a colocavam ao lado de tantas outras meninas que tinham o mesmo sonho: loira, alta e olhos claros. Redes de televisão escreviam seu nome errado e revistas recusavam seu rosto para capas, sem saber que um dia implorariam por um aceno seu. Seu sucesso foi tão astronômico que a indústria criou uma categoria para encaixá-la, não era mais uma Top Model, e sim uma Uber Model. 

O nome dela era Gisele Bündchen e, ao contrário de outras modelos, que acreditavam que a ascensão na carreira está atrelada apenas à beleza, Gisele entendeu que a fórmula base para o sucesso também tem como ingredientes carisma e trabalho árduo. Na última quarta-feira (15), a brasileira fez seu desfile final na São Paulo Fashion Week, para a marca Colcci, e se despediu das passarelas (mas vai continuar atuando em campanhas). O momento foi considerado para muitos o fim da era das supermodelos e emocionou quem assistia ao evento. Uma comoção natural, já que muitos brasileiros veem na figura de Bündchen um exemplo de sucesso e integridade.

Natural de Horizontina, cidade com 19 mil habitantes, no interior do Rio Grande do Sul, Gisele começou a construir sua carreira aos 14 anos. No entanto, em seu meio, sucesso tem prazo de validade e o ego pode sabotar profissionais promissores. Foi aí que a brasileira encontrou seu diferencial, mais conhecido na indústria do entretenimento como Star Quality.

Ricardo Bellino, fundador da seção brasileira da Elite Models, agência que descobriu Gisele, destaca a perseverança e o profissionalismo como alguns dos principais elementos para o sucesso da top. "Assistir à despedida de Gisele das passarelas me fez realizar que todo esforço para transformar uma ideia em sonho vale a pena. Compartilhamos, Gisele e eu, valores como perseverança e profissionalismo, essenciais para o sucesso nos negócios e na vida", disse.

Segundo os analistas, a modelo desenvolveu um estilo particular de desfilar e soube driblar as críticas. No começo, clientes a dispensavam por causa de seu nariz. Ela nunca criou caso, demostrando profissionalismo. Nos bastidores da moda, ela é reconhecida por tomar decisões certeiras e encarar cada trabalho sem estrelismos e com responsabilidade. “Quando a vi pela primeira vez, percebi que ela tinha uma luz diferente”, afirmou o fotógrafo Mario Testino.

Bem, se na fotossíntese luz se transforma em alimento, em Gisele se transforma em cifras. Segundo a Forbes, como modelo para marcas do naipe da Chanel, Carolina Herrera e Louis Vuitton, ela faturou aproximadamente 386 milhões de dólares ao longo de sua carreira. Apenas em 2014, ela ganhou U$ 47 milhões. Com um marketing pessoal bem trabalhado, o rosto de Gisele é capaz de vender desde joias até pacotes de TV a cabo. Agora, longe das passarelas, ela continuará trabalhando em sua própria marca de lingerie como designer.

Se existe uma lição que podemos extrair, após anos observando Gisele caminhar nas passarelas, é: trabalhe duro e um dia você não precisará se apresentar.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Como uma fusão ou aquisição pode mudar a sua vida?


Thinkstock/yuriyzhuravov
 
executivo-preocupado


São Paulo - Na cabeça de muitos profissionais, o anúncio de uma fusão ou aquisição costuma dar vazão a elucubrações dignas de filme de terror.

O pesadelo começa assim: ao chegar ao escritório na segunda-feira, você nota que o nome e o logo da empresa mudaram. Ao longo do dia, você descobre que há um novo chefe, os antigos benefícios foram extintos e dezenas de colegas foram demitidos. Será que o próximo a ir para a rua não é você?

De acordo com André Rapoport, diretor geral da Right Management no Brasil, essas ideias assombram muitos processos de fusão ou aquisição, sobretudo os menos transparentes.
O único remédio contra o mal-estar, diz ele, é tentar descobrir o maior número possível de informações sobre o negócio - sobretudo qual é o objetivo por trás dele.

A finalidade é a sinergia entre as empresas? Ou é apenas uma forma de aproveitar uma marca para fortalecer a outra? "Isso é o que permite dizer o que vai acontecer com os profissionais de ambos os lados”, diz Rapoport.

Se o propósito do negócio for ganhar eficiência - aproveitando áreas, equipamentos e, claro, profissionais em comum - é provável que haja enxugamentos e demissões.

No entanto, se não houver sobreposição de atividades e os portfólios das empresas forem complementares, é provável que o impacto seja menor.

De uma forma ou de outra, as mudanças serão substanciais mesmo para quem permanecer empregado. “Em geral a empresa compradora impõe sua cultura, que pode ser mais austera, com menos benefícios e uma política salarial mais dura, por exemplo”, afirma Rapoport.

Para quem fica, o enxugamento das estruturas e a busca por eficiência também trazem um impacto grande para a rotina: o aumento na carga de trabalho. 


E se der certo?
 

Segundo o especialista, os dois primeiros anos após uma fusão ou aquisição costumam ser os mais turbulentos. O nível de tensão chega ao pico nesse período, mas tende a diminuir gradativamente.

“Existe um tempo de acomodação, que precisa ser respeitado”, explica ele. “É bobagem se assustar e se precipitar, pedindo demissão”.

Isso porque, se bem conduzido, o negócio pode gerar resultados positivos para todas as partes envolvidas.
 
A recém-anunciada fusão da Heinz com a Kraft Foods, por exemplo, criará uma gigante de alimentos. Combinadas, as duas marcas serão a 5ª maior empresa do segmento no mundo, com faturamento anual de aproximadamente 28 bilhões de dólares.

Se o seu empregador se tornar maior e mais competitivo no mercado, os ganhos para a sua carreira podem ser imensos, diz o diretor da Right Management.

Em longo prazo, podem acontecer movimentações internas, abertura de novos postos e, caso a outra empresa seja uma multinacional, até mesmo oportunidades internacionais.

Sejam as novidades boas ou más, o ideal é estar aberto a elas. “Quanto antes você aceitar a mudança, melhor, porque ela certamente virá”, diz Rapoport.

Brasil tem 75 fusões e aquisições em março, diz PwC


Germano Lüders/EXAME.com
Sede da Totvs, em São Paulo
Totvs: em março, empresa teve 5,16% do capital social comprado pela Genesis Asset Managers, LLP


São Paulo - Durante o mês de março, 75 fusões e aquisições de empresas foram feitas no Brasil, segundo balanço da PwC. O número é 19% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado (63). No trimestre, foram contabilizados 189 negócios.

O levantamento não considera acordos, joint-ventures e pactos entre multinacionais.

De acordo com a consultoria, o aumento das transações pode ter ocorrido por conta do fim das festividades de Carnaval e também da valorização significativa do dólar americano, que atingiu seu ápice em março.

Historicamente, o Sudeste concentra o maior número de negociações. Em março, 73,3% das fusões e aquisições anunciadas no país foram fechadas na região. O estado de São Paulo, sozinho, consolidou 61,3% do total de operações.

A região Sul vem em segundo lugar, com 16% das transações. Outras 5,3% foram realizadas no exterior.


Investidores


Os investidores financeiros tiveram papel em 36% (28) das fusões e aquisições realizadas em março. Delas, 54% foram feitas por fundos estrangeiros.

Há 15 meses na liderança, o setor de TI correspondeu a 21% (40) do total de operações fechadas no mês. Uma delas foi a compra de uma participação de 5,16% da Totvs por parte da Genesis Asset Managers, LLP.

Em seguida, apareceram os segmentos de Serviços Auxiliares, com 11%, e Financeiro, com 8%.

Fusões e aquisições devem aumentar em todo o mundo em 2015


Getty Images
Fábrica da Nokia em Bochum, na Alemanha
Nokia: confirmada na semana passada, a aquisição da Alcatel-Lucent pela empresa foi uma das grandes já feitas em 2015


São Paulo - Apesar dos desafios financeiros globais esperados para 2015, o mercado de fusões e aquisições de empresas deve ser aquecido este ano. É o que aponta uma pesquisa feita pela Grant Thornton junto a 5.000 companhias de 35 países.

De acordo com o estudo, em 2014, 33% dos líderes globais ouvidos afirmaram considerar a estratégia no plano de crescimento para o negócio nos próximos três anos. Em 2013, essa fatia havia sido de 31% e no anterior, de 28%.

No Brasil, em 2014, 31% dos executivos disseram cogitar fusões e aquisições para o mesmo período de tempo. Em 2013, eles eram 25% e em 2012, 26%.
 

Por região


A América do Norte é onde se concentra a maior parcela de empresas que pretendem realizar fusões e aquisições nos próximos três anos (45%), seguida pela América Latina (38%) e Europa (32%).

A proporção de companhias que planejam mudanças na propriedade dentro desse período também cresceu de 11% em 2013 para 14% no ano passado, encabeçada pelas economias mais desenvolvidas da Europa e América do Norte, segundo o levantamento.

"A corrida por mercados ainda carentes de oferta explica a perspectiva otimista para as fusões e aquisições, e esse casamento de objetivos”, explica Daniel Maranhão, sócio da Grant Thornton Brasil, em nota.


Brasil


Entre os executivos que estudam consolidar fusões e aquisições no Brasil nos próximos três anos, a maioria (59%) enxerga nos fundos de private equity o caminho mais viável para essas transações.

Deles, 27% veem a possibilidade de fechar até três aquisições no período e 5% indicaram que podem concretizar até seis.

O motivo mais citado para a busca de crescimento via aquisições foi a construção de novos talentos e áreas de negócios (mencionado por 50% dos respondentes), seguido pelo ingresso em novos mercados e lugares (48%) e o acesso a custos operacionais mais baixos (44%).
 

Setores


Globalmente, os setores que mais confirmaram a intenção de expandir os negócios por meio de aquisições foram os de eletricidade, gás e água (com 19% de variação positiva entre 2012 e 2014), mineração (15%) e alimentação e bebidas (também com 15%).

Na lanterna aparecem os segmentos de tecnologia, saúde e serviços profissionais, com variação negativa de 5%, 3% e 10% no período, respectivamente.

O TRIUNFO DA BUROCRACIA


AGU confirma que estrangeiro não cumpriu requisitos para obter visto permanente.
 

A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou, na Justiça, que turista português não apresentou a documentação necessária para obter visto permanente de investidor estrangeiro no Brasil.

No caso, o europeu veio ao país com o objetivo de adquirir uma drogaria. Ele pretendia transformar o visto de turista em de investidor. Contudo, ao formalizar o pedido de alteração, este foi negado pela Coordenação de Imigração, órgão do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) responsável pela regulação de concessão de visto temporário ou permanente.

Para garantir sua permanência no país por 90 dias, o estrangeiro impetrou mandado de segurança contra o órgão do MTE. Ele pedia, além da prorrogação da estadia no Brasil, o desarquivamento do processo administrativo que negou o pedido, a abertura de novo prazo para atender aos requisitos para a obtenção do visto e autorização para se ausentar do país para tratar de assuntos familiares sem obstrução ao seu retorno.

Em defesa do Conselho de Imigração, a Procuradoria-Regional da União da 1ª Região (PRU1) informou que, de acordo com o órgão, o visto foi negado porque a documentação exigida não foi apresentada. A unidade da AGU demonstrou que uma das exigências para a concessão do documento, o contrato social do empreendimento que comprove o investimento de um valor mínimo de R$ 150 mil, não foi apresentado.

Os advogados públicos também destacaram que as regras estão na Resolução Normativa n° 84/2009 do Conselho de Imigração, norma que disciplina a concessão de visto permanente para investidor estrangeiro. Eles ressaltaram, ainda, que a concessão ou não da autorização é atividade discricionária da administração pública.

Acolhendo os argumentos apresentados pela AGU, a 14ª Vara Federal negou o mandado de segurança. A decisão reconheceu que o português não encaminhou à Coordenação Geral de Imigração do MTE a documentação necessária para concessão do visto.

A PRU1 é unidade da Procuradoria Geral da União, órgão da AGU.

Ref.: Mandado de Segurança nº 0033413-67.2013.4.01.3400 – 14ª Vara Federal do DF.

EDP Energias do Brasil vende fatia de 45% na EDP Renováveis


Divulgação
Sede da EDP Energias do Brasil, em São Paulo
Sede da EDP: a conclusão está sujeita à aprovação do Cade
Marcelle Gutierrez, do Estadão Conteúdo

São Paulo - Conforme o memorando de entendimento firmado no dia 27 de novembro de 2015, a EDP Energias do Brasil vendeu 45% de sua participação no capital total e votante da EDP Renováveis Brasil para a EDP Renováveis. 

O preço total da transação é de até R$ 190 milhões, sendo R$ 176 milhões na conclusão do negócio, previsto para o segundo semestre de 2015, e até R$ 14 milhões em pagamentos de earn-out.

A conclusão está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo e Defesa Econômica (Cade), além de outras medidas de natureza societária e contratual necessárias para a eficácia da transferência do capital social, previsto para ocorrer até o final do ano.

Segundo o comunicado divulgado em novembro de 2014o, a EDP Renováveis Brasil é uma empresa voltada para o desenvolvimento de parques eólicos no Brasil, atualmente operando 84 MW de energia eólica e 236 MW de projetos eólicos em construção com contratos (PPAs) de longo prazo concedidos em leilões nos anos de 2011 e 2013.