Algumas razões pelas quais a top não acabou com só mais um rostinho bonito
Reprodução
Era uma vez uma adolescente aspirante a modelo. Suas
características físicas a colocavam ao lado de tantas outras meninas que
tinham o mesmo sonho: loira, alta e olhos claros. Redes de televisão
escreviam seu nome errado e revistas recusavam seu rosto para capas, sem
saber que um dia implorariam por um aceno seu. Seu sucesso foi tão
astronômico que a indústria criou uma categoria para encaixá-la, não era
mais uma Top Model, e sim uma Uber Model.
O nome dela era Gisele Bündchen e, ao contrário de outras modelos,
que acreditavam que a ascensão na carreira está atrelada apenas à
beleza, Gisele entendeu que a fórmula base para o sucesso também tem
como ingredientes carisma e trabalho árduo. Na última quarta-feira (15),
a brasileira fez seu desfile final na São Paulo Fashion Week, para a
marca Colcci, e se despediu das passarelas (mas vai continuar atuando em
campanhas). O momento foi considerado para muitos o fim da era das
supermodelos e emocionou quem assistia ao evento. Uma comoção natural,
já que muitos brasileiros veem na figura de Bündchen um exemplo de
sucesso e integridade.
Natural de Horizontina, cidade com 19 mil habitantes, no interior do
Rio Grande do Sul, Gisele começou a construir sua carreira aos 14 anos.
No entanto, em seu meio, sucesso tem prazo de validade e o ego pode
sabotar profissionais promissores. Foi aí que a brasileira encontrou seu
diferencial, mais conhecido na indústria do entretenimento como Star
Quality.
Ricardo Bellino, fundador da seção brasileira da Elite Models,
agência que descobriu Gisele, destaca a perseverança e o
profissionalismo como alguns dos principais elementos para o sucesso da
top. "Assistir à despedida de Gisele das passarelas me fez realizar que
todo esforço para transformar uma ideia em sonho vale a pena.
Compartilhamos, Gisele e eu, valores como perseverança e
profissionalismo, essenciais para o sucesso nos negócios e na vida",
disse.
Segundo os analistas, a modelo desenvolveu um estilo particular de
desfilar e soube driblar as críticas. No começo, clientes a dispensavam
por causa de seu nariz. Ela nunca criou caso, demostrando
profissionalismo. Nos bastidores da moda, ela é reconhecida por tomar
decisões certeiras e encarar cada trabalho sem estrelismos e com
responsabilidade. “Quando a vi pela primeira vez, percebi que ela tinha
uma luz diferente”, afirmou o fotógrafo Mario Testino.
Bem, se na fotossíntese luz se transforma em alimento, em Gisele se
transforma em cifras. Segundo a Forbes, como modelo para marcas do naipe
da Chanel, Carolina Herrera e Louis Vuitton, ela faturou
aproximadamente 386 milhões de dólares ao longo de sua carreira. Apenas
em 2014, ela ganhou U$ 47 milhões. Com um marketing pessoal bem
trabalhado, o rosto de Gisele é capaz de vender desde joias até pacotes
de TV a cabo. Agora, longe das passarelas, ela continuará trabalhando em
sua própria marca de lingerie como designer.
Se existe uma lição que podemos extrair, após anos observando Gisele
caminhar nas passarelas, é: trabalhe duro e um dia você não precisará se
apresentar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário