terça-feira, 28 de abril de 2015

Sucesso: chamar-se Gisele Bündchen e não precisar mais soletrar seu nome


Algumas razões pelas quais a top não acabou com só mais um rostinho bonito

 
Reprodução
 
 
 
Era uma vez uma adolescente aspirante a modelo. Suas características físicas a colocavam ao lado de tantas outras meninas que tinham o mesmo sonho: loira, alta e olhos claros. Redes de televisão escreviam seu nome errado e revistas recusavam seu rosto para capas, sem saber que um dia implorariam por um aceno seu. Seu sucesso foi tão astronômico que a indústria criou uma categoria para encaixá-la, não era mais uma Top Model, e sim uma Uber Model. 

O nome dela era Gisele Bündchen e, ao contrário de outras modelos, que acreditavam que a ascensão na carreira está atrelada apenas à beleza, Gisele entendeu que a fórmula base para o sucesso também tem como ingredientes carisma e trabalho árduo. Na última quarta-feira (15), a brasileira fez seu desfile final na São Paulo Fashion Week, para a marca Colcci, e se despediu das passarelas (mas vai continuar atuando em campanhas). O momento foi considerado para muitos o fim da era das supermodelos e emocionou quem assistia ao evento. Uma comoção natural, já que muitos brasileiros veem na figura de Bündchen um exemplo de sucesso e integridade.

Natural de Horizontina, cidade com 19 mil habitantes, no interior do Rio Grande do Sul, Gisele começou a construir sua carreira aos 14 anos. No entanto, em seu meio, sucesso tem prazo de validade e o ego pode sabotar profissionais promissores. Foi aí que a brasileira encontrou seu diferencial, mais conhecido na indústria do entretenimento como Star Quality.

Ricardo Bellino, fundador da seção brasileira da Elite Models, agência que descobriu Gisele, destaca a perseverança e o profissionalismo como alguns dos principais elementos para o sucesso da top. "Assistir à despedida de Gisele das passarelas me fez realizar que todo esforço para transformar uma ideia em sonho vale a pena. Compartilhamos, Gisele e eu, valores como perseverança e profissionalismo, essenciais para o sucesso nos negócios e na vida", disse.

Segundo os analistas, a modelo desenvolveu um estilo particular de desfilar e soube driblar as críticas. No começo, clientes a dispensavam por causa de seu nariz. Ela nunca criou caso, demostrando profissionalismo. Nos bastidores da moda, ela é reconhecida por tomar decisões certeiras e encarar cada trabalho sem estrelismos e com responsabilidade. “Quando a vi pela primeira vez, percebi que ela tinha uma luz diferente”, afirmou o fotógrafo Mario Testino.

Bem, se na fotossíntese luz se transforma em alimento, em Gisele se transforma em cifras. Segundo a Forbes, como modelo para marcas do naipe da Chanel, Carolina Herrera e Louis Vuitton, ela faturou aproximadamente 386 milhões de dólares ao longo de sua carreira. Apenas em 2014, ela ganhou U$ 47 milhões. Com um marketing pessoal bem trabalhado, o rosto de Gisele é capaz de vender desde joias até pacotes de TV a cabo. Agora, longe das passarelas, ela continuará trabalhando em sua própria marca de lingerie como designer.

Se existe uma lição que podemos extrair, após anos observando Gisele caminhar nas passarelas, é: trabalhe duro e um dia você não precisará se apresentar.

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