Antonio Cruz/Agência Brasil/Fotos Públicas
Dilma: a desaprovação a ações contra a inflação cresceu de 69%, em dezembro, para 84%
Brasília - As ações do governo Dilma Rousseff
na área econômica foram o principal componente para o aumento da
desaprovação à gestão da petista, segundo a Confederação Nacional da
Indústria (CNI).
Levantamento contratado pela entidade ao Ibope mostrou que o nível de
confiança em Dilma estava em 24% em março, o mais baixo para um primeiro
ano de mandato de um presidente desde 1999.
"O que estamos percebendo é insatisfação da população com a área
econômica", afirmou o gerente-executivo de pesquisa e competitividade da
entidade, Renato da Fonseca.
Segundo ele, o descontentamento com a inflação começa a superar o de áreas como segurança, educação e saúde.
Fonseca disse que há uma "homogeneidade" na opinião da sociedade em relação ao governo, independente da classe social.
A desaprovação à gestão Dilma cresceu tanto entre eleitores do
candidato derrotado do PSDB, senador Aécio Neves (MG), como entre
eleitores da presidente.
E entre os mais jovens, há uma rejeição maior. A pesquisa mostrou que
apenas 12% dos brasileiros consideram o governo Dilma 'bom ou ótimo'.
As ações do governo para combater a inflação são aprovadas por apenas
13% dos brasileiros. Em dezembro, a aprovação era de 27%.
A desaprovação a ações contra a inflação cresceu de 69%, em dezembro,
para 84%. Outros 3% não souberam ou não quiseram responder.
A aprovação a ações de combate ao desemprego caiu de 42% para 19%,
enquanto a desaprovação saiu de 54%, em dezembro, para 79% em março.
A aprovação ao combate à pobreza também piorou, de 54% para 33%, na
comparação entre os resultados de dezembro e março. A desaprovação nesta
área atingiu 64% em março.
O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 142 cidades entre 21 e 25 de março. A
margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais e o nível de
confiança de 95%.
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