Livro desvenda comportamentos e características de 120 ricaços
Existe algo em comum entre pessoas que se tornaram bilionárias por meio
do seu próprio esforço? John Sviokla, sócio e líder de inovação da
consultoria PwC, e Mitchell Cohen, vice-presidente da empresa, decidiram
investigar o trabalho e a vida de 120 “self-made” bilionários em busca
da resposta para esse pergunta. Por "self-made" entende-se pessoas que
não eram herdeiros e construíram suas fortunas a partir de seu próprio
esforço. A pesquisa de dois anos sobre esses executivos além das
entrevistas com 16 deles estão no livro The Self-Made Billionaire Effect.
Os autores dizem que, sim, há características comuns a todos esses
bilionários. E sorte não é uma delas. Além do comportamento em relação
ao trabalho (que iremos listar logo a seguir), algo que esse pessoal
partilha é ter, segundo Cohen e Sviokla, um pensamento de “produtores”. O
que eles querem dizer é que esses bilionários conseguem se dar bem
mesmo cercados de incertezas. Eles conseguem combinar um julgamento
sólido sobre as coisas com uma visão imaginativa. Assim, são capazes de
pensar em novos produtos, serviços e modelos de negócios.
É o caso de Howard Schultz, criador da rede Starbucks, e Sara Blakely,
fundadora da Spanx, uma marca de lingerie que fatura mais de US$ 250
milhões por ano. O livro observa ainda que 80% desses 120 riquíssimos
homens construíram suas fortunas atuando em setores consolidados e
altamente competitivos. Ou seja, conseguiram se destacar e inovar dentro
de áreas óbvias, mas nem por isso mais fáceis de navegar.
A seguir, as cinco características que, segundo os autores, fizeram com
que esses homens e mulheres se tornassem bilionários. Como você vai
logo perceber, são características que combinam dualidades –
comportamentos que, a princípio, parecem díspares mas acabam se
complementando:
Imaginação empática
A expressão pomposa pode ser facilmente traduzida: significa a
capacidade de compreender profundamente as necessidades e anseios dos
clientes e combinar isso com uma boa dose de imaginação que permita
explorar ideias jamais testadas. É a partir desse casamento que nascem
produtos ou serviços bilionários.
Paciência urgente
Como assim, combinar paciência com senso de urgência? Pois é justamente
o que bilionários são capazes de fazer. Eles são pessoas que se
preparam para a chegada de oportunidades mas também conseguem esperar
pacientemente essa oportunidade surgir para, daí, entrarem em ação. Eles
não se antecipam e nem perdem o passo.
Execução inventiva
Bilionários são pessoas que entenderam que, tão importante quanto ter
uma ideia, é colocá-la em prática. Eles valorizam a execução tanto
quanto a geração de uma nova ideia. Eles também quase sempre atuam em
mercados consolidados, o que exige que repensem os fundamentos de um
produto ou um negócio.
Visão relativa do risco
Esses ricos não são grandes tomadores de risco. O que os incomoda, na
verdade, não é perder dinheiro, mas sim perder o bonde e não fazer parte
do futuro dos negócios. A lição que fica é: os bilionários não se
incomodam de arriscar algum dinheiro, o que eles não querem é arriscar
perder uma boa oportunidade.
Parceria na liderança
Bilionários não são lobos solitários. Eles só conseguem chegar a
resultados exuberantes porque sabem construir e trabalhar com equipes. E
sabem da importância de dividir tarefas e de contar com um grupo de
profissionais que possa ajudá-los a colocar suas ideias mirabolantes em
prática.
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