sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Contém 1g passa corretivo para conquistar mercado externo




Divulgação/Facebook oficia
Loja da Contém 1g
 
 
 
São Paulo - Depois de alguns tropeços e uma renovada na imagem, a Contém 1g traçou novamente uma estratégia para conquistar o mercado externo e aumentar as vendas pela internet.

Agora, passou um corretivo em toda a operação. Mais próxima dos franqueados, com novos produtos e novos parceiros, a companhia acredita estar madura para retomar os projetos e o crescimento.

Há cerca de 15 anos, a empresa de beleza começou a se expandir para fora do Brasil. Ela chegou a ter unidades no México, Espanha, Portugal e até na galeria Lafayette, em Paris.

No entanto, a Contém 1g era bem diferente na época. No Brasil, era focada em perfumaria, que correspondia a 85% do faturamento. A linha de maquiagens era limitada, restrita a alguns itens para adolescentes e voltada para as classes B e C.

No exterior, porém, o maior sucesso era justamente na linha de maquiagem, responsável por 90% das vendas. “O mercado externo aceitava maquiagem brasileira, mas não a perfumaria”, disse o presidente.

Por isso, as vendas não eram suficientes para arcar com os custos com manutenção das lojas, aluguel e mão de obra. As unidades internacionais fecharam.
 

Novo make


Depois de mudanças no negócio, a companhia está pronta para o desafio de conquistar os estrangeiros, acredita Rogério Rubini, presidente da Contém 1g. 

Em 2007, a empresa passou por uma grande mudança com linhas de maquiagens para as classes A e B. Começou a lançar coleções com mais valor agregado, em embalagens mais bonitas, mais adequadas para o mercado internacional.

“Agora, estamos bastante confiantes que é possível partir para essa nova empreitada”, disse ele. Além disso, “a desvalorização do real fez surgir uma nova oportunidade, bastante promissora para empresas brasileiras”, diz ele.

A expansão no mercado externo será feita por meio de franquias e a companhia hoje busca parceiros interessados para empreender fora do país, mas ainda não tem mercados definidos.

A expectativa é que as primeiras unidades sejam inauguradas no segundo semestre de 2016.

 

Na internet


Além de se voltar para fora, a companhia também quer entrar em novos mercados brasileiros a partir de vendas online. “Ninguém mais pode se dar ao luxo de não estar na internet”, afirma Rubini.

A Contém 1g já havia tentado partir para o comércio eletrônico em 2012. Naquela época, “a relação entre as receitas e despesas não estava adequada”, segundo ele.

A empresa havia criado um departamento específico para as vendas online dentro da empresa. No entanto, os salários da equipe eram maiores que as receitas e o projeto foi encerrado.

“Lição aprendida", diz Rubini, "busquei um parceiro que irá realizar todas as etapas de venda e entrega e receberá proporcionalmente". 
 

Rivais importadas


Desde a última reestruturação da Contém 1g, em 2007, diversas marcas novas chegaram ao mercado, como as estrangeiras MAC, Sephora, NYX e a brasileira Quem disse, Berenice?. Muitas delas já operam inclusive com comércio eletrônico.

Há cerca de 4 anos, a Contém 1g crescia 35% a 40% ao ano. Depois da entrada das concorrentes, o crescimento caiu para apenas um dígito ao ano.

A empresa acredita que as duas novas empreitadas ajudarão a retomar o crescimento. Para a Contém 1g, a quantidade de pontos de venda é uma vantagem – são 190 unidades.

O valor alto do câmbio ajuda a empresa a enfrentar as concorrentes importadas, com produtos mais caros, acredita Rubini.

Lá fora, no entanto, as marcas concorrentes estão mais consolidadas e operam com preços mais reduzidos. Um desafio que a Contém 1g ainda precisará superar.

Lemann, que encantou Buffet, está dando nova forma ao mundo




Sergio Lima/FolhaPress/Veja
Jorge Paulo Lemann
Jorge Paulo Lemann é um artista das aquisições que adora marcas famosas e odeia empresas com custos desnecessários
 
Noah Buhayar e Blake Schmidt, da Bloomberg


O negociador brasileiro que está dando nova forma à indústria mundial de alimentos e bebidas não tem muito a dizer sobre si, pelo menos em público.
 
Jorge Paulo Lemann orquestrou a fusão de US$ 46,7 bilhões da H. J. Heinz com a Kraft Foods Group, realizada em julho, transformou um Burger King em dificuldades em uma aposta lucrativa para os acionistas e formou a maior empresa cervejeira do mundo, a Anheuser-Busch InBev, tudo isso sem conceder nenhuma entrevista coletiva em pessoa sobre esses negócios.

Ele valoriza tanto sua privacidade que pede que seus associados guardem silêncio sobre ele. Contudo, um famoso investidor está ansioso para falar.

“Eu esperava que fosse Jorge Paulo em vez de você quando o telefone tocou”, brincou Warren Buffett, no final de agosto, quando consultado sobre Lemann e sua empresa de investimentos, a 3G Capital, formada em 2004.

“Eles já estão fazendo grandes negócios, mas farão coisas ainda maiores. Eles estabelecem padrões extremamente altos para si e depois os superam”.

Lemann não está demorando em atender a essas expectativas. A AB InBev, que ele controla junto com outros bilionários brasileiros e com ricas famílias belgas, disse no dia 16 de setembro que planeja apresentar uma oferta pela SABMiller, empresa dona de marcas como Peroni e Grolsch.

O negócio uniria as duas principais cervejeiras do mundo e criaria uma empresa que geraria cerca de metade dos lucros do setor.

Apoiado por mais de US$ 20 bilhões da Berkshire Hathaway, de Buffett, Lemann, um grisalho ex-jogador profissional de tênis, colocou seu selo em seções inteiras da economia no caminho para se tornar a pessoa mais rica do Brasil -- com um patrimônio líquido de US$ 24,5 bilhões em 8 de setembro, segundo o Bloomberg Billionaires Index.

Ele é um artista das aquisições que adora marcas famosas e odeia empresas com custos desnecessários -- inclusive pessoas.
 

Aumentar os lucros


Lemann, 76, forjou uma cultura corporativa baseada no mérito e recrutou gerentes agressivos para colocar suas ideias em prática.

Sua equipe de executivos tem sido tão efetiva para aumentar os lucros que os concorrentes se sentem compelidos a mudarem a forma de fazer negócios - para não correrem o risco de se tornarem o próximo alvo de Lemann.

Lemann não fica tímido ao exibir suas ambições a portas fechadas. Poucos meses depois de formar a Anheuser-Busch InBev, em novembro de 2008, Lemann e os demais bilionários cofundadores da 3G, Carlos Sicupira e Marcel Telles, se reuniram com funcionários do escritório da empresa de investimento no centro de Manhattan.

Em um almoço servido pelo restaurante Cipriani, alguém perguntou a Lemann qual aquisição seria seu sonho.

“Nós adoraríamos dar uma olhada na Coca-Cola”, respondeu ele.

Na visão de Lemann, segundo uma pessoa que participou da reunião e pediu anonimato, a fabricante de refrigerante estava pronta para ter custos eliminados por novos gestores -- inclusive boa parte de seus quase 100.000 funcionários.

“Poderíamos administrá-la com 200 pessoas”, disse Lemann, em tom de brincadeira. Ele e a 3G preferiram não fazer comentários para essa reportagem, assim como um porta-voz da Coca-Cola.
 

Hambúrgueres e rosquinhas


O comentário de Lemann foi um presságio da sequência de aquisições chamativas -- e do debate que se seguiu sobre suas táticas --. No ano seguinte, a 3G pagou US$ 3,3 bilhões para comprar o Burger King de investidores como Goldman Sachs, TPG Capital e Bain Capital.

A equipe de Lemann vendeu praticamente todas as 52 lanchonetes da empresa a franqueados, desafiando a sabedoria convencional de que as redes de fast-food precisavam ser donas de seus próprios restaurantes para entender os clientes.

Quando o Burger King anunciou a aquisição da rede canadense de rosquinhas Tim Hortons, em agosto de 2014, o crescimento das vendas comparadas nas lanchonetes que são o lar do Whopper estava superando o do McDonald’s.

“A reviravolta no Burger King foi brilhante”, diz Luiz Cezar Fernandes, que fundou o Banco de Investimentos Garantia com Lemann nos anos 1970. “Acho que Buffett estava observando com atenção”.
 

Nada de queijo gratuito


E estava mesmo. Buffett, 85, diz que passou a se envolver com o Burger King por causa de seu passado instável. Em 2013, Lemann orquestrou a aquisição da fabricante de ketchup Heinz por US$ 23 bilhões.

Desta vez, Buffett estava pronto para entrar no barco. Ele comprou a metade das ações ordinárias por US$ 4,25 bilhões e ações preferenciais por US$ 8 bilhões.

A 3G imediatamente instalou seus próprios gerentes. Eles cortaram 7.000 empregos, fecharam cinco fábricas e fizeram com que os departamentos justificassem as despesas do zero a cada ano. As margens sobre os lucros ajustados subiram de 18 por cento para 26 por cento nos primeiros 18 meses, abrindo o caminho para que a Heinz assumisse o controle da Kraft.

Agora, a Kraft planeja eliminar 2.500 postos de trabalho para ajudar a coletar US$ 1,5 bilhão em economia anual por volta de 2018.

Até mesmo as pequenas regalias acabaram: a empresa cortou as geladeiras abastecidas com palitos de queijo gratuitos e outros lanches depois que o negócio foi fechado. Buffett obteve ganhos generosos.

Quando a Kraft Heinz começou a ter suas ações negociadas, em julho, o mercado avaliou a participação da Berkshire em US$ 24 bilhões, mais que o dobro do que a Berkshire tinha pagado pelas ações ordinárias e por um dividendo especial para os acionistas da Kraft.

Os que criticam Lemann dizem que sua abordagem é áspera e que ele e seus sócios se beneficiam enquanto outros perdem.

A recém-formada Kraft Heinz está empurrando 15.000 aposentados para uma determinada modalidade de plano de saúde privado em vigor nos EUA que permite a redução de custos.

Sob administração da 3G, a presença da Heinz em Pittsburgh está diminuindo juntamente com sua folha de pagamento local -- uma reclamação que se repete de Madison, em Wisconsin, nos EUA, a Leamington, Ontario, no Canadá.
 

Cortar excessos


“Eles estão cortando os excessos”, diz Audrey Guskey, professor de marketing da Universidade Duquesne, de Pittsburgh. “E os cidadãos de Pittsburgh tendem a ser parte desse excesso”.

Alguns analistas questionam os limites do corte de custos de Lemann. A McKinsey Co. estimou em fevereiro que a participação de mercado da AB InBev nos EUA havia caído 2,4 pontos porcentuais de 2009 a 2014 porque os clientes adotaram as cervejas artesanais.

A participação da Heinz caiu em 65 por cento de seus produtos, como as refeições congeladas. “Você não pode fazer do corte de custos o seu caminho para a prosperidade”, diz Brian Yarbrough, analista da Edward Jones.

Os defensores de Lemann dizem que é preciso tempo para que as reduções de custos abram caminho para o crescimento das vendas. Mas ele não está de braços cruzados.

Lemann enfrenta uma “pressão enorme” para abrir espaço para os talentos que está cultivando, diz Fernandes, o cofundador do Banco Garantia.

Os investidores -- Buffett, por exemplo -- apostam que ele está longe de parar de comprar empresas. 
Em junho, uma revista brasileira informou que Lemann estava interessado na gigante do setor de bebidas alcoólicas Diageo, com sede em Londres.

Os recibos de depósitos americanos da empresa subiram 8 por cento com a especulação. As ações da SABMiller chegaram a subir 24 por cento no dia 16 de setembro em meio às notícias sobre o interesse da AB InBev.
 

"Verdadeira raridade"


Quanto à Coca-Cola, Buffett descarta uma aquisição pela 3G. “Isso seria bastante improvável”, diz ele. “Eu não acho que a Coca esteja procurando um negócio”.

A Berkshire é a maior acionista da fabricante de refrigerantes, por isso seria difícil imaginar uma compra sem a bênção de Buffett.

Contudo, você pode ter certeza de que quando Jorge Paulo telefonar, seu amigo Warren Buffett atenderá ao telefone. “Eu adoro a ideia de sócios que vão fazer grandes negócios”, diz Buffett. 

“Encontrar oportunidades com pessoas mais que cumpridoras e mais que justas é uma verdadeira raridade”.

Japão aciona OMC contra incentivos fiscais do Brasil




Paulo Fridman/Bloomberg
Funcionários trabalham na linha de montagem da Kombi na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo
Japão à OMC: O principal foco da queixa é o Inovar Auto, mecanismo que garantiu uma redução de impostos para o setor automotivo com fábricas instaladas no país
 
Jamil Chade, do Estadão Conteúdo
correspondente, do Estadão Conteúdo


Genebra - Insatisfeito com a resposta do Brasil, o governo do Japão abre uma disputa na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra Brasília, alegando que a política de incentivos fiscais aos setores de telecomunicações, automóveis e tecnologia é ilegal e afeta empresas estrangeiras de forma "injusta".

O principal foco da queixa é o Inovar Auto, mecanismo que garantiu uma redução de impostos para o setor automotivo com fábricas instaladas no país. Outros quatro problemas também foram atacados.

Em julho, Tóquio já havia apresentado a queixa. Mas, pelas regras, teria de dar uma chance para uma negociação diplomática. No início da semana, o encontro entre os dois governos ocorreu. Mas sem uma solução. Nesta sexta-feira, o Japão formalizou o pedido para uma intervenção dos juízes da OMC.

O caso será lidado pela OMC no dia 28, mas o processo deve se prolongar até 2016.

Tóquio questiona a forma pela qual Brasília isenta setores de impostos, sempre que garantam produção em território brasileiro. Para o Japão, as regras discriminam empresas estrangeiras e são "barreiras protecionistas" contra produtos importados.

Na avaliação da diplomacia japonesa, o Brasil comete três ilegalidades: a existência de um regime de impostos mais pesado para bens importados que para bens nacionais, incentivos fiscais quem produz no Brasil e subsídios para empresas que exportam.

Um dos ataques é dirigido contra o Inovar Auto, considerado como ilegal pelo Japão ao reduzir o IPI para certos modelos produzidos com um determinado número de peças nacionais.

Se condenado, o Brasil terá de modificar o programa e os incentivos dados a montadoras.

O ataque também visa os incentivos fiscais a exportadores que se beneficiam do Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras, ou "RECAP".

O programa reduz o custo de produção a quem vai exportar. Para os japoneses, isso seria uma forma de subsídio.

O argumento é também de que o setor de informática e tecnologia é outro alvo de protecionismo no Brasil.

Tóquio questiona a Lei de Informática, o Programa de Inclusão Digital, o Programa de Incentivos ao Setor de Semicondutores, e o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital.

Para o governo asiático, todos esses programas criam reservas de mercado e dificultam as importações.

No passado, Tóquio já havia atacado as exigências do edital de licitação da faixa de frequência de 2,5 GHz - destinada ao serviço de quarta geração da telefonia móvel (4G).

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estipulou uma exigência de conteúdo nacional mínimo de 60% para quem quisesse participar de licitações, incluindo equipamentos e sistemas.

Para o governo de Tóquio, algumas das medidas brasileiras já existem há algum tempo. "Mas foram fortalecidas nos últimos anos", indicou.
 

Reforço


Um ataque similar já havia sido apresentada pela UE contra o Brasil e o sistema de solução de controvérsias da OMC foi acionado. Bruxelas argumentou que, ao dar isenção de IPI a diversos setores sob certas condições, o Brasil estava violando as regras internacionais do comércio.

Em setembro de 2011, o governo estabeleceu uma isenção de IPI para carros de montadoras que se comprometam a investir no País e comprem peças locais.
Em 2012, o plano foi renovado por mais cinco anos, o que deixou os países ricos irritados. Incentivos fiscais também foram dados a computadores, smartphones e semicondutores.

O governo brasileiro sempre alegou que as medidas beneficiavam montadoras europeias e japonesas, justamente contra a concorrência chinesa.

Mas, segundo a União Europeia, as medidas adotadas por Dilma têm afetado as exportações do bloco. Em 2011, 857 mil carros foram exportados ao mercado brasileiro.

Em 2013, esse número caiu para 581 mil até outubro. Consultas entre as duas diplomacias ocorreram em Genebra em fevereiro.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Brasil entra para grupo das economias menos livres do mundo



País sempre ocupou o penúltimo nível no levantamento, mas caiu mais um no resultado divulgado neste ano

Redação, www.administradores.com,  
Reprodução (Fraser Institute)/ Editoria de Arte Administradores.com 


Anualmente, desde 1996, o Fraser Institute divulga o estudo Economic Freedom of the World (Liberdade Econômica do Mundo), que aponta o nível de liberalismo de quase todos os países do planeta (ficam de fora apenas os que não tornam públicos dados de suas economias). O instituto acaba de divulgar o relatório de 2015, referente a análises colhidas até 2013, que pela primeira vez traz o Brasil no grupo dos “menos livres”. Ao todo, 157 países integram o ranking.

Pelos critérios do estudo – que utiliza 42 métricas para chegar aos resultados – as economias mais livres do mundo, nesta ordem, são: Hong Kong, Nova Zelândia, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Maurícia, Jordânia, Irlanda, Canadá, Reino Unido e Chile. Na ponta oposta estão: Angola (148º), República Centro-Africana (149º), Zimbábue (150º), Algéria (151º), Argentina (151º), Síria (153º), Chade (154º), Líbia (155º), Congo (156º) e Venezuela (157º).

O Brasil é o 118º colocado no ranking de 2015. O país caiu 15 posições na comparação com a edição de 2014, que utiliza dados econômicos de até 2012.

De 1995 até 2011, a taxa de liberdade econômica do Brasil cresceu, mas num ritmo menor que o de outros países. Em 2012 e 2013 o país registrou uma tendência de queda:

 

O estudo


O Fraser Institute organiza o ranking com base no desempenho dos países analisados em cinco grandes áreas: 1 - tamanho do governo (despesas, impostos cobrados, quantidade de empresas públicas no país); 2 - estrutura legal e segurança dos direitos de propriedade; 3 – acesso de indivíduos e empresas a dinheiro menos volátil; 4 – liberdade para negociar internacionalmente; 5 - regulação de crédito, trabalho e negócios.

Para ver o estudo completo, clique aqui.

Airbnb compra grupo que organiza viagens pela web



Martin Bureau/AFP
Logo do Airbnb é vista em computador, em Paris
Logo do Airbnb é vista em computador, em Paris
 
Da AFP

San Francisco - O site de buscas de hospedagem on-line Airbnb comprou a Vamo, uma companhia emergente que organiza viagens pela internet, informaram as duas empresas nesta sexta-feira.

"Estamos entusiasmados com a ideia de que as duas equipes construam o futuro em uma viagem conjunta", afirmou um porta-voz da Airbnb, que confirmou que essa empresa dará o seu nome à equipe da Vamo.

A Airbnb, lançada em 2008 informa ter mais de 40 milhões de usuários no mundo e a possibilidade de oferecer hospedagem em mais de 34.000 cidades de 190 países.
O fundador da Vamo, Ari Steinberg, anunciou a notícia no site da empresa. Foi informado que a Vamo já não aceita usuários e que vai deixar de funcionar a partir de 1º de outubro.

A aquisição fortalece a Airbnb, considerada uma das empresas emergentes de maior destaque na internet e candidata a entrar na Bolsa, com um valor de 25,5 bilhões de dólares em junho. Seu rápido crescimento gerou a hostilidade do setor hoteleiro, que considera que a companhia pratica concorrência desleal.

A Airbnb, que não tem nenhum hotel, vale mais do que grupos hoteleiros tradicionais, como o Marriott (20,9 bilhões de dólares), o Starwood (14 bilhões) e o Wyndham (10 bilhões).

No início de julho, fundos de investimentos americanos e chineses participaram de uma operação que entregou recursos por 1,5 bilhão de dólares ao Airbnb para financiar o desenvolvimento do grupo na Ásia.

Altice se expande nos EUA com aquisição da Cablevision




Fred Dufour/AFP
O grupo Altice pertence ao milionário franco-israelense Patrick Drahi
Bilionário franco-israelense Patrick Drahi: ele entrou nos EUA em maio com a compra do pequeno grupo regional de cabo Suddenlink por 9,1 bilhões de dólares
 
Da REUTERS

Paris - O grupo europeu de telecomunicações Altice vai se tornar uma grande força no mercado norte-americano com a compra da quarta maior operadora dos Estados Unidos, Cablevision, em um acordo em dinheiro e ações avaliado em 17,7 bilhões de dólares incluindo dívida.

A transação é a mais recente aquisição em uma série promovida pelo bilionário franco-israelense e fundador da Altice, Patrick Drahi, que construiu um grupo de telecomunicações e TV a cabo por meio de compras alavancadas na França, Portugal e Israel. No começo deste ano, a Altice acertou a compra de ativos da Portugal Telecom detidos pela brasileira Oi.

Drahi entrou nos EUA em maio com a compra do pequeno grupo regional de cabo Suddenlink por 9,1 bilhões de dólares e declarou que faria mais aquisições para que a Altice consiga obter metade de sua receita no país.
Em negociações iniciadas em junho, Drahi conseguiu convencer Charles Dolan, patriarca da família irlandesa-americana que controla a Cablevision, a vender o ativo que há muito tempo afirmava que não venderia.

A Altice vai pagar 34,90 dólares em dinheiro por ação, um ágio de 22 por cento sobre o preço de fechamento do papel da Cablevision na quarta-feira. Uma pessoa próxima do assunto afirmou ainda que a companhia vai financiar o acordo com 3 bilhões de dólares gerados com uma venda de ações e 7 bilhões de dólares em dívida.

A Cablevision tem 3,1 milhões de clientes na região de Nova York, Connecticut e Nova Jersey.


Vista Equity compra empresa Solera por US$3,75 bi





Getty Images
Homem e mulher de negócios apertam as mãos
Acordo: o preço da oferta de 55,85 dólares por ação representa um prêmio de 13 por cento sobre o preço da ação na sexta-feira, quando as ações fecharam com alta de 3,9 por cento
 
Da REUTERS


Nova York - A Solera Holdings, que provê serviços de tecnologia para companhias de seguro, disse que concordou em ser adquirida por uma companhia afiliada da gestora de private equity Vista Equity Partners por 3,74 bilhões de dólares em dinheiro.

A Vista espera que a transação melhore sua posição como compradora de companhias de dados e negócios de aplicação de softwares. O acordo é o maior na história da Vista, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto.

O preço da oferta de 55,85 dólares por ação representa um prêmio de 13 por cento sobre o preço da ação na sexta-feira, quando as ações fecharam com alta de 3,9 por cento.
O valor do acordo é baseado no preço das ações da Solera no mercado em 25 de agosto. Incluindo dívidas, o acordo é avaliado em cerca de 6,5 bilhões de dólares, disse a Solera.

O acordo, que não depende de condições de financiamento, será financiado através da combinação das contribuições das ações ordinárias e preferenciais por fundos de investimentos afiliados com a Vista, Koch Equity Development, e uma afiliada da Goldman Sachs, disse a Solera em comunicado.

O acordo deve ser fechado no primeiro trimestre de 2016, disse a companhia.