quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Facebook expande reações, as alternativas ao curtir


Divulgação/Facebook
Reações do Facebook
Reações: novas opções além do curtir chegarão ao Facebook em breve
 
 
 
 
São Paulo – O Facebook anunciou hoje (24) a expansão das reações, que serão as novas formas de interação com publicações na rede social. Com isso, o curtir deixará de ser a única forma de expressar uma emoção com apenas um clique.

Em breve, todos os usuários do Facebook poderão marcar algo com as reações acima. Será possivel dizer que você amou, riu, ficou surpreso ou triste ou ainda se você se enfureceu com a publicação. Os novos recursos estavam em fase de testes desde o final do ano passado.

O Facebook deixará de mostrar somente o número que reflete a quantidade de vezes que as pessoas curtiram um conteúdo. Em vez disso, a rede social terá um contador total de reações e os ícones das mais populares aparecerão em destaque.
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O funcionamento das reações não tem caráter ofensivo, segundo o Facebook. A ideia é dar novas opções para demostrar empatia em momentos que não são felizes, expressar rapidamente se você está contente ou surpreso com o que acabou de ver. 

Ainda não há um botão não curtir, mas os usuários do Facebook poderão se mostrar nervosos com a publicação de um amigo – e, talvez, o efeito seja o mesmo de um chamado não curtir.

As novas reações devem chegar em breve aos usuários do Facebook, mas a dispobinilização das novidades deve ser gradual e pode levar algumas semanas para chegar a todos. 

Moody's retira grau de investimento do Brasil



Agência completou o trio das grandes a retirar o selo de bom pagador do país. A perspectiva do rating é negativa


Por Agência Brasil
Moody's retira grau de investimento do Brasil


A agência de classificação de risco Moody's retirou nesta quarta-feira (24) o grau de investimento do Brasil, o que funciona como garantia de que o país não dará calote na dívida pública. Ela rebaixou o Brasil para Ba2, a segunda nota do grau especulativo. Entre as três maiores agências de classificação de risco, a Moody's era a única que ainda não tinha tirado o selo de bom pagador, que estava em Baa3, último nível do grau de investimento.

Além do rebaixamento, a agência colocou o país em perspectiva negativa, o que significa que pode reduzir ainda mais a classificação do país nos próximos meses. Segundo a Moodys, um dos motivos que levou ao rebaixamento foi a perspectiva de maior deterioração dos indicadores de dívida do Brasil, em um ambiente de baixo crescimento, com a dívida do governo provavelmente superior a 80% do Produto Interno Bruto (PIB), em três anos.

A agência também citou as dinâmicas políticas desafiadoras, que devem continuar dificultando esforços de consolidação fiscal e atrasando reformas estruturais. De acordo com a agência, a perspectiva negativa contempla os riscos de deterioração adicional para o perfil de crédito do Brasil que emanando de choques macroeconômicos e de disfunção política mais profunda.

No último dia 17, a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) voltou a rebaixar o país, cinco meses após retirar o selo de bom pagador do Brasil. A nota foi reduzida de BB+ para BB. 

A agência concedeu ainda perspectiva negativa. A S&P tinha sido a primeira a retirar o grau de investimento em setembro do ano passado. Em dezembro, a Fitch seguiu a decisão.

A retirada do grau de investimento do Brasil pela Moody's não altera o “comprometimento com o ajuste fiscal necessário para a estabilização da trajetória da dívida pública e da perspectiva de recuperação da economia brasileira no médio prazo”, informou em nota o Ministério da Fazenda. Para a pasta, a medida é temporária. "Com sua reversão tão logo se materializem os resultados das medidas em discussão, o que trará o reequilíbrio fiscal e a recuperação do crescimento”, acrescenta o texto.

O rebaixamento “altera pouco a situação do crédito” no país, segundo avaliou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, que apresentou dados de empréstimos dos bancos, referentes a janeiro. Para ele, o impacto no crédito oferecido pelos bancos é “indireto e difuso”. “Tende a ser marginal tendo em visto que impactos dessa natureza já foram absorvidos por reclassificações anteriores [pelas agências Standard&Poors e Fitch]. Não é isso que vai alterar o mercado de crédito no Brasil”, enfatizou. 

Após o anúncio da Moody's, as ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) caem, enquanto a cotação do dólar sobe. O Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo, caia 2,79%, aos 41.633 pontos, às 12h45. O dólar comercial era vendido a R$ 3,9915, alta de 0,8%, às 12h30.

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Moody's retira grau de investimento do Brasil

Agência completou o trio das grandes a retirar o selo de bom pagador do país. A perspectiva do rating é negativa

Por Agência Brasil

Moody's retira grau de investimento do Brasil
A agência de classificação de risco Moody's retirou nesta quarta-feira (24) o grau de investimento do Brasil, o que funciona como garantia de que o país não dará calote na dívida pública. Ela rebaixou o Brasil para Ba2, a segunda nota do grau especulativo. Entre as três maiores agências de classificação de risco, a Moody's era a única que ainda não tinha tirado o selo de bom pagador, que estava em Baa3, último nível do grau de investimento.
Além do rebaixamento, a agência colocou o país em perspectiva negativa, o que significa que pode reduzir ainda mais a classificação do país nos próximos meses. Segundo a Moodys, um dos motivos que levou ao rebaixamento foi a perspectiva de maior deterioração dos indicadores de dívida do Brasil, em um ambiente de baixo crescimento, com a dívida do governo provavelmente superior a 80% do Produto Interno Bruto (PIB), em três anos.
A agência também citou as dinâmicas políticas desafiadoras, que devem continuar dificultando esforços de consolidação fiscal e atrasando reformas estruturais. De acordo com a agência, a perspectiva negativa contempla os riscos de deterioração adicional para o perfil de crédito do Brasil que emanando de choques macroeconômicos e de disfunção política mais profunda.
No último dia 17, a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) voltou a rebaixar o país, cinco meses após retirar o selo de bom pagador do Brasil. A nota foi reduzida de BB+ para BB. A agência concedeu ainda perspectiva negativa. A S&P tinha sido a primeira a retirar o grau de investimento em setembro do ano passado. Em dezembro, a Fitch seguiu a decisão.
A retirada do grau de investimento do Brasil pela Moody's não altera o “comprometimento com o ajuste fiscal necessário para a estabilização da trajetória da dívida pública e da perspectiva de recuperação da economia brasileira no médio prazo”, informou em nota o Ministério da Fazenda. Para a pasta, a medida é temporária. "Com sua reversão tão logo se materializem os resultados das medidas em discussão, o que trará o reequilíbrio fiscal e a recuperação do crescimento”, acrescenta o texto.
O rebaixamento “altera pouco a situação do crédito” no país, segundo avaliou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, que apresentou dados de empréstimos dos bancos, referentes a janeiro. Para ele, o impacto no crédito oferecido pelos bancos é “indireto e difuso”. “Tende a ser marginal tendo em visto que impactos dessa natureza já foram absorvidos por reclassificações anteriores [pelas agências Standard&Poors e Fitch]. Não é isso que vai alterar o mercado de crédito no Brasil”, enfatizou. 
Após o anúncio da Moody's, as ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) caem, enquanto a cotação do dólar sobe. O Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo, caia 2,79%, aos 41.633 pontos, às 12h45. O dólar comercial era vendido a R$ 3,9915, alta de 0,8%, às 12h30.

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Banco recomenda comprar ações da Cetip após oferta da Bolsa


Cetip
Logotipo da Cetip; central depositária recebe nova oferta da Bolsa 
São Paulo - O banco Credit Suisse viu com bons olhos a nova oferta apresentada pela BM&FBovespa (BVMF3) para aquisição da central depositária de títulos Cetip (CTIP3), no valor de R$ 41 por ação.
Em relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (22), os analistas do Credit Suisse foram categóricos: "nós aceitaríamos". No ano passado, a operadora da Bolsa já havia apresentado uma primeira oferta de compra para a Cetip, de R$ 39 por ação.
Segundo o banco, é preciso considerar, porém, que o preço oferecido pela BM&FBovespa aos papéis da Cetip está acima do valor que tem sido negociada a ação da empresa.
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Assim, com o ajuste dessa diferença, a oferta efetiva seria de R$ 40 por papel. Esse valor representaria, de qualquer forma, "um retorno decente aos acionistas" da Cetip, segundo o Credit Suisse.
A equipe do banco elevou a recomendação aos papéis da central depositária de neutra para "outperform" ---desempenho acima da média do mercado---, o equivalente a compra.
Já para a ação da BM&FBovespa, o banco continua com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 10,50. Os analistas disseram que o negócio poderia ajudar a ampliar a eficiência do mercado. 
"Mesmo com a forte performance recente da ação da Cetip" e "os riscos de aumentar a competição entre ambas as empresas no caso de a operação não se materializar (...), nós acreditamos que a Bovespa e a Cetip poderão em breve somar forças", afirmou o banco.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

BRF, uma ação para "esquecer" até a aposentadoria


Companhia pode se beneficiar com tendências de longo prazo


Por Infomoney
BRF, uma ação para "esquecer" até a aposentadoria


Os últimos anos não têm sido fáceis para o brasileiro que procura o mercado de capitais para investir. 

Mesmo assim, aplicar na bolsa pode ser uma estratégia interessante para quem busca uma aposentadoria tranquila. Warren Buffett, que é o maior investidor da atualidade, é um famoso defensor do “buy and hold”, que consiste em comprar algumas ações de boas empresas e mantê-las em carteira por décadas, fugindo de flutuações temporárias e captando uma tendência de forte alta no longo prazo. No entanto, quais seriam, no Brasil, as ações mais indicadas para deixar na carteira e esquecê-las até o momento de largar o batente? Flávio Conde, analista da consultoria de investimentos WhatsCall, lista três ações que se encaixam nesse perfil.

A primeira delas é o papel da catarinense Brasil Foods (foto). O especialista atesta que a BRF ainda não é tão internacionalizada quanto outras empresas e que tem uma estrada de penetração em mercados bastante importante. Isso traz, também, uma enorme perspectiva de crescimento. “Com as pessoas saindo da linha da pobreza, principalmente na China e no continente africano, e se mudando do campo para a cidade, uma das primeiras coisas a melhorar é a alimentação e, então, a companhia tem muito espaço para crescer”, diagnostica Conde. Além disso, o preço do papel está muito convidativo atualmente.


Itaú e Ambev
 

Outra ação indicada por Conde é a do Itaú Unibanco. A companhia é elogiada pelo analista em vários aspectos: o primeiro deles é o setor e seu posicionamento de forte rentabilidade na área bancária, que já é bastante rentável por si. Conde ainda comenta que a gestão da companhia passa bastante segurança para o investidor. “O foco do Itaú na estratégia on-line é estratégico. Faz muito mais sentido investir com força nisso do que em mais agências bancárias para uma rede que já é bastante consolidada”, relata o analista. Outro ponto positivo apontado por Conde é que o papel do banco se encontra com um P/L [Preço sobre Lucro] bastante atrativo hoje.

Outra recomendação de Conde é a Ambev. Ele explica que, no longo prazo, a fabricante de bebidas se tornará a maior empresa de cerveja do mundo. Além disso, a companhia comercializa um produto que é mais resistente a qualquer tipo de crise. “A maioria das pessoas não param de tomar cerveja quando estão com menos dinheiro”, revela o analista. Outro ponto positivo é a diversificação de marcas, produtos e países. Isso permite que a empresa tenha uma lucratividade maior em diferentes cenários. Em relação ao valuation do papel, Conde relata que não é uma ação que esteja “barata” no momento, mas, mesmo assim, compensa tê-la em carteira.


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BRF, uma ação para "esquecer" até a aposentadoria

Companhia pode se beneficiar com tendências de longo prazo

Por Infomoney

BRF, uma ação para "esquecer" até a aposentadoria
Os últimos anos não têm sido fáceis para o brasileiro que procura o mercado de capitais para investir. Mesmo assim, aplicar na bolsa pode ser uma estratégia interessante para quem busca uma aposentadoria tranquila. Warren Buffett, que é o maior investidor da atualidade, é um famoso defensor do “buy and hold”, que consiste em comprar algumas ações de boas empresas e mantê-las em carteira por décadas, fugindo de flutuações temporárias e captando uma tendência de forte alta no longo prazo. No entanto, quais seriam, no Brasil, as ações mais indicadas para deixar na carteira e esquecê-las até o momento de largar o batente? Flávio Conde, analista da consultoria de investimentos WhatsCall, lista três ações que se encaixam nesse perfil.
A primeira delas é o papel da catarinense Brasil Foods (foto). O especialista atesta que a BRF ainda não é tão internacionalizada quanto outras empresas e que tem uma estrada de penetração em mercados bastante importante. Isso traz, também, uma enorme perspectiva de crescimento. “Com as pessoas saindo da linha da pobreza, principalmente na China e no continente africano, e se mudando do campo para a cidade, uma das primeiras coisas a melhorar é a alimentação e, então, a companhia tem muito espaço para crescer”, diagnostica Conde. Além disso, o preço do papel está muito convidativo atualmente.
Itaú e Ambev
Outra ação indicada por Conde é a do Itaú Unibanco. A companhia é elogiada pelo analista em vários aspectos: o primeiro deles é o setor e seu posicionamento de forte rentabilidade na área bancária, que já é bastante rentável por si. Conde ainda comenta que a gestão da companhia passa bastante segurança para o investidor. “O foco do Itaú na estratégia on-line é estratégico. Faz muito mais sentido investir com força nisso do que em mais agências bancárias para uma rede que já é bastante consolidada”, relata o analista. Outro ponto positivo apontado por Conde é que o papel do banco se encontra com um P/L [Preço sobre Lucro] bastante atrativo hoje.
Outra recomendação de Conde é a Ambev. Ele explica que, no longo prazo, a fabricante de bebidas se tornará a maior empresa de cerveja do mundo. Além disso, a companhia comercializa um produto que é mais resistente a qualquer tipo de crise. “A maioria das pessoas não param de tomar cerveja quando estão com menos dinheiro”, revela o analista. Outro ponto positivo é a diversificação de marcas, produtos e países. Isso permite que a empresa tenha uma lucratividade maior em diferentes cenários. Em relação ao valuation do papel, Conde relata que não é uma ação que esteja “barata” no momento, mas, mesmo assim, compensa tê-la em carteira.
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Oracle compra companhia israelense de computação em nuvem


Stephen Lam/Reuters
Oracle
Logo da Oracle: a Oracle disse que todos os empregados da Ravello se juntarão à Oracle como parte do Oracle Public Cloud
 
Da REUTERS


Tel Aviv - A produtora de software empresarial Oracle acertou os termos da compra da companhia israelense de computação em nuvem Ravello Systems, anunciaram as empresas nesta terça-feira.

Embora o tamanho do acordo não tenha sido revelado, a mídia israelense noticiou que ficou entre 400 milhões a 450 milhões de dólares. Executivos das duas companhias se recusaram a comentar o assunto.

A Ravello, fundada em 2011 e que emprega cerca de 60 pessoas, levantou 54 milhões de dólares, com Norwest Venture Partners, Sequoia Capital e Bessemer Venture Partnersseus como seus maiores acionistas.
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A Oracle disse que todos os empregados da Ravello se juntarão à Oracle como parte do Oracle Public Cloud.

A Ravello vai acelerar a capacidade da Oracle de ajudar clientes a transferirem processos complexos de negócios para a tecnologia de computação em nuvem, disse o presidente-executivo da Ravello, Rami Tamir.

Ex-diretor da Sadia é o primeiro condenado no Brasil por insider trading

Informação privilegiada
Pela primeira vez, um executivo foi condenado no Brasil pelo crime de uso indevido de informação privilegiada, ou insider trading. A 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade de votos, manteve a pena de 2 anos, 6 meses e 10 dias de reclusão, além de pagamento de multa de R$ 349,7 mil, a um ex-diretor de Finanças e Relações com Investidores da Sadia. No entanto, a corte afastou a reparação a título de danos morais coletivos, fixada em R$ 254,3 mil pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP e MS).

O caso diz respeito à Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Sadia pelo controle acionário da concorrente Perdigão, ocorrida em 2006. A união entre as duas empresas não se efetivou na época, vindo a se concretizar somente em 2009, com a Perdigão comprando a Sadia e criando o conglomerado Brasil Foods.

O acusado era o responsável pelo zelo e divulgação dos chamados fatos relevantes ao mercado, informações capazes de influenciar a decisão dos investidores de comprar ou vender ações. De acordo com a regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários, era dele a função de impedir negociações baseadas em informações privilegiadas.

Porém, segundo a CVM apurou, o ex-diretor usou as informações relevantes acerca das negociações sobre a aquisição da Perdigão por duas vezes, a fim de obter vantagem indevida. Na primeira vez, o executivo determinou a compra de 5.100 ADRs de emissão da Perdigão em Nova Iorque, no valor unitário médio de US$ 69,20, totalizando US$ 352.907. Posteriormente, o ex-diretor enviou uma segunda ordem de compra de 30.600 ADRs, totalizando US$ 586.801.

Quase um mês depois da segunda compra do ex-diretor Financeiro e de RI, a Sadia fez a oferta pública de aquisição da totalidade das ações da Perdigão, no valor de R$ 27,88 por ação, preço 21,22% superior à cotação das ações no fechamento de pregão anterior, mediante a aquisição de, no mínimo, 50% mais uma ação. O ex-diretor da Sadia pegou até um empréstimo com uma corretora internacional para ter condições de efetuar a compra.

Após reiteradas recusas dos acionistas integrantes do grupo Perdigão, a Sadia publicou a revogação definitiva da OPA. O acusado foi punido administrativamente nos Estados Unidos pela SEC (Securities and Exchange Comission), bem como no Brasil, pela CVM.


Dever da profissão


A 5ª Turma concordou com os argumentos da Advocacia-Geral da União e reconheceu que a conduta do ex-diretor se submete à norma prevista no artigo 27-D da Lei 6.385/1976, editada justamente para assegurar a todos os investidores o direito à equidade da informação, condição inerente à garantia de confiabilidade do mercado de capitais, sem a qual ele perde a sua essência, notadamente a de atrair recursos para as grandes companhias.

O relator do caso, ministro Gurgel de Faria, ressaltou que o insider participou das discussões e tratativas visando à elaboração da oferta pública de aquisição de ações da Perdigão, obtendo informações relevantes e confidenciais sobre sua companhia, as quais, no exercício de sua profissão, tinha o dever de manter em sigilo, nos termos do disposto no parágrafo 1º do artigo 155 da Lei n. 6.404/1976, bem como no artigo 2º da Instrução 358/2002 da CVM.


Benefício temporal


No entanto, a 5ª Turma do STJ considerou indevida a reparação civil imposta ao executivo. O colegiado aplicou o entendimento da corte no sentido de que a inovação introduzida pela Lei 11.719/08, por inserir no artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, norma de direito mais gravosa (efeito de condenação), não pode retroagir para prejudicar o réu. No caso, as condutas foram praticadas no ano de 2006, portanto, antes da entrada em vigor da referida lei.

“O disposto no artigo 387, inciso IV, do CPP, que cuida da reparação civil dos danos sofridos pelo ofendido, contempla norma de direito material mais rigorosa ao réu, não se aplicando a delitos praticados antes da entrada em vigor da Lei 11.719/08, o que é o caso”, afirmou Gurgel de Faria.  

Com informações das Assessorias de Imprensa do STJ e da AGU.

REsp 1.569.171

Marqueteiro João Santana é levado pela PF para Curitiba



 
Pedro Fonseca, da REUTERS


Rio de Janeiro - O marqueteiro João Santana desembarcou em São Paulo nesta terça-feira de manhã vindo da República Dominicana e foi imediatamente levado de avião pela Polícia Federal para Curitiba, onde ficará preso como parte da operação Lava Jato, disse um assessor do publicitário.

Santana, que trabalhou nas duas campanhas da presidente Dilma Rousseff e na reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve mandado de prisão expedido como parte da 23ª fase da Lava Jato, deflagrada na segunda-feira, por suspeita de ter recebido pagamentos milionários ilegais no exterior provenientes do esquema de corrupção na Petrobras por serviços prestados para campanhas eleitorais do PT no Brasil.

"Ele chegou em Garulhos, desembarcou por volta de 9h25, e já embarcou em um jato da PF para Curitiba", disse por telefone o assessor Paulo Figueiredo. Segundo Figueiredo, a PF não informou se pretende ouvir Santana ainda nesta terça-feira. A mulher do publicitário, Mônica Moura, que também teve mandado de prisão expedido, também foi levada pela PF para o Paraná.
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De acordo com a acusação do Ministério Público Federal, Santana recebeu 7,5 milhões de dólares fora do país por parte da empreiteira Odebrecht e do operador financeiro do esquema de corrupção na Petrobras Zwi Skornicki. Segundo o MPF, há evidências de que a Odebrecht transferiu 3 milhões de dólares entre abril de 2012 e março de 2013 para conta não declarada no exterior de Santana e da mulher, enquanto Skornicki efetuou transferência no exterior de pelo menos 4,5 milhões de dólares entre setembro de 2013 e novembro de 2014 para os publicitários, que à época eram responsáveis pelo marketing de campanhas eleitorais do PT.

A prisão do marqueteiro tem potencial para complicar a situação da presidente Dilma nas ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pedem a cassação de seu mandato.

Além da prisão de Santana, a Justiça também determinou o bloqueio de contas e investimentos bancários dele, de sua esposa, de Skornicki, que foi preso na segunda, e de três empresas.

Em carta divulgada na segunda-feira para anunciar seu desligamento da campanha de reeleição de Daniel Medina à Presidência da República Dominicana após a deflagração da operação da PF, Santana disse que está sendo perseguido e é alvo de acusações infundadas.

"Conhecendo o clima de perseguição que se vive hoje em dia em meu país, não posso dizer que me tomou completamente de surpresa, mas ainda assim é difícil acreditar", escreveu o publicitário.

Também alvo de mandado de prisão expedido na 23ª etapa da Lava Jato, o diretor-presidente da construtora Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Junior, se entregou à Polícia Federal na segunda-feira, informou a empresa nesta terça-feira.