quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Moody's rebaixa Odebrecht e retira grau de investimento


Vanderlei Almeida/AFP
Odebrecht
Odebrecht: a ação acontece após o rebaixamento do rating soberano do Brasil de Baa3 para Ba2


São Paulo - A agência de classificação de risco Moody's rebaixou os ratings em moeda estrangeira de notas seniores não asseguradas da Odebrecht Finance e garantidas pela Odebrecht Engenharia e Construção para Ba2, de Baa3.

O rating de emissor em moeda local Baa3 da empresa foi retirado e, em seu lugar, a Moody's emitiu um rating de crédito corporativo familiar Ba2.

A perspectiva para todas as notas é negativa. Como resultado, a Odebrecht perdeu o grau de investimento.
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Segundo a agência, a ação acontece após o rebaixamento do rating soberano do Brasil de Baa3 para Ba2.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Moody's retira grau de investimento do Brasil


Por Agência Brasil | 24/02/2016 10:16
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Agência de classificação de risco era a única no mercado que ainda mantinha o grau de investimento do Brasil

A agência de classificação de risco Moody's retirou nesta quarta-feira(24) o grau de investimento do Brasil, o que funciona como garantia de que o país não dará calote na dívida pública. Ela rebaixou o Brasil para Ba2, a segunda nota do grau especulativo. Entre as três maiores agências de classificação de risco, a Moody's era a única que ainda não tinha tirado o selo de bom pagador, que estava em Baa3, último nível do grau de investimento.

No último dia 17, a Standard & Poor's voltou a rebaixar a nota brasileira, de BB+ para BBEBC

No último dia 17, a Standard & Poor's voltou a rebaixar a nota brasileira, de BB+ para BB

Além do rebaixamento, a agência colocou o país em perspectiva negativa, o que significa que pode reduzir ainda mais a classificação do país nos próximos meses. Segundo a Moodys, um dos motivos que levou ao rebaixamento foi a perspectiva de maior deterioração dos indicadores de dívida do Brasil, em um ambiente de baixo crescimento, com a dívida do governo provavelmente superior a 80% do Produto Interno Bruto (PIB), em três anos.

A agência também citou as dinâmicas políticas desafiadoras, que devem continuar dificultando esforços de consolidação fiscal e atrasando reformas estruturais.

De acordo com a agência, a perspectiva negativa contempla os riscos de deterioração adicional para o perfil de crédito do Brasil que emanando de choques macroeconômicos e de disfunção política mais profunda.

No último dia 17, a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) voltou a rebaixar o país, cinco meses após retirar o selo de bom pagador do Brasil. A nota foi reduzida de BB+ para BB. 
A agência concedeu ainda perspectiva negativa.

A S&P tinha sido a primeira a retirar o grau de investimento em setembro do ano passado. Em dezembro, a Fitch seguiu a decisão.

Para oposição, novo rebaixamento mostra que Dilma deve sair




Waldemir Barreto/Agência Senado
O senador Aécio Neves
Aécio Neves: a Moody's cortou a nota do País em dois graus, para Ba2, com perspectiva negativa
 
Igor Gadelha e Ricardo Brito, do Estadão Conteúdo

Brasília - Líderes de partidos da oposição na Câmara dos Deputados aproveitaram a perda do grau de investimento do Brasil pela Moody's, anunciada na manhã desta quarta-feira, 24, para criticar o governo.

Para opositores, o rebaixamento do País pela terceira grande agência de classificação de risco reforça a necessidade de afastamento da presidente Dilma Rousseff do cargo.

A Moody's cortou a nota do País em dois graus, para Ba2, com perspectiva negativa.
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No comunicado, a agência diz que a decisão foi motivada, entre outras razões, pela "dinâmica política desafiadora", que continua a complicar os esforços de consolidação fiscal do governo e a atrasar as chamadas reformas estruturantes.

Para o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), a decisão mostra que o Brasil não tem perspectiva.

Para ele, o projeto da presidente Dilma Rousseff é se manter no poder e as agências percebem esse movimento.

"É o pior sinal possível e, ao contrário do que o PT gosta de afirmar, a responsabilidade por mais esse rebaixamento é exclusivo do governo brasileiro, dos inúmeros equívocos do governo do PT", disse Aécio, ao destacar que a decisão não decorre de qualquer crise internacional porque ela "não existe".

Para o tucano, mesmo em um presidencialismo forte como o brasileiro, o Executivo não tem mais perspectiva de apresentar e aprovar no Congresso uma agenda por não conseguir mobilizar sua base em favor de reformas estruturantes.

Ele disse que a oposição continuará na mesma estratégia que vem adotando, ou seja, se a matéria em debate for de interesse do País, contará com seu apoio.

"Enquanto tivermos um governo sem autoridade, sem projeto, sem coragem para enfrentar as questões estruturantes, o Brasil ficará no final da fila como estamos vendo", criticou.

Na mesma linha, o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), afirmou que a presidente Dilma fez o Brasil receber o selo de caloteiro.

"A superação dessa crise só se dará com a saída dela do governo", disse . "Hoje ela não tem mais nenhuma credibilidade para aprovar um ajuste fiscal no Congresso."

Para o parlamentar paranaense, só um novo governo, de aliança nacional, pode promover uma "virada" no País.

Para o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), o rebaixamento reflete a situação "calamitosa" das contas públicas do Brasil, "destroçadas pelos repetidos erros deste governo e pela gastança pré-eleitoral, quando os petistas fizeram de tudo para poder se perpetuar no poder".

"Isso ratifica a percepção de que a situação fiscal do País é dramática. Se Dilma continuar no poder, o País vai continuar ladeira abaixo".

O presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), avaliou que a crise institucional pela qual o Brasil passa é o principal motivo do terceiro rebaixamento do País pela Moody's.

"A agência classifica o governo brasileiro como caloteiro, e é isso que são mesmo. O PT está em crise institucional, com suas principais lideranças políticas na cadeia", disse.

Coca-Cola não consegue patentear nova garrafa





Todd Williamson / AFP
Garrafas lisas de Coca-cola, dia 20/11/2015
Coca-cola: "A garrafa não apresenta as características que permitam distingui-la de outras garrafas no mercado", afirma a sentença
 
 
Da AFP


A nova garrafa da Coca-Cola, de design liso e sem sulcos, é uma variante simples da forma de qualquer garrafa e não pode ser patenteada como marca, sentenciou o tribunal da União Europeia.

A Coca-Cola pediu, em dezembro de 2011, para registrar a marca de suas garrafas de metal, vidro e plástico que utilizam o formato da garrafa de Coca-Cola, mas com o aspecto liso, sem os sulcos que caracterizam a original.

"A garrafa não apresenta as características que permitam distingui-la de outras garrafas no mercado", afirma a sentença.

Azul e grupo HNA serão sócios minoritários da TAP





Mario Proenca/Bloomberg
Airbus A330-223 da TAP chega ao Aeroporto Internacional de Lisboa, em Portugal
Avião TAP: as fatias exatas da Gateway, HNA e Azul na TAP ainda estão em discussão com o governo de Portugal
São Paulo - Com um aporte de 120 milhões de euros, a Azul será sócia minoritária da TAP. O investimento será feito junto com o grupo chinês HNA.

Juntos, a Azul, o grupo chinês e o consórcio Gateway, que venceu a disputa pela privatização da portuguesa, terão 45% da TAP, mas ainda não está claro qual será a fatia de cada uma delas.

David Neeleman, fundador da Azul, afirmou que pretende manter investimentos e compras de aeronaves.
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Quando a TAP foi privatizada, em junho, o consórcio Atlantic Gateway comprou 61% da companhia. O consórcio é formado pelos empresários Humberto Pedrosa, de Portugal, e David Neeleman, fundador da Azul.

O consórcio assumiu 1 bilhão de euros em dívidas e se comprometeu a investir 338 milhões de euros. O governo ficou com 34% da participação e os funcionários, 5%. Na época, Neeleman afirmou que a Azul não teria participação na TAP, mas que poderia buscar parcerias.

Já em fevereiro, o governo português recomprou 50% da companhia portuguesa, retomando seu controle. Os funcionários continuam com 5%.

Hoje, a Azul entrou como uma das sócias da TAP, ao lado do grupo chinês HNA.

O aporte de 120 milhões de euros da Azul faz parte dos 338 milhões de euros que o consórcio Atlantic Gateway se comprometeu a injetar na empresa na ocasião da compra, em junho.

Parte desse valor, 23,7% para ser exato, será pago pelo grupo HNA, dono do quarto maior grupo de aviação da China. É porque ele detém exatamente essa participação na Azul.

Em novembro, o grupo chinês adquiriu 23,7% de participação na brasileira por 450 milhões de dólares, se tornando o maior acionista individual da Azul.

Em nota, a Azul confirmou a transação "em títulos da TAP e esclarece que tal operação foi um requisito da negociação com o HNA Group ocorrida no final de 2015". Esse requisito não havia sido detalhado antes.

Por meio desse aporte, o HNA terá indiretamente de 10% a 13% do capital da TAP.

No entanto, a mudança de controle não alterou os direitos econômicos de cada parte. O governo português ficará com apenas 18,75% dos lucros da TAP.

As fatias exatas das sócias privadas, o Gateway, HNA e Azul, na companhia portuguesa ainda estão em discussão com o governo de Portugal.

A indefinição levou a TAP e a Agência Nacional de Aviação Civil de Portugal a criarem um grupo de trabalho para esclarecer dúvidas.

Ao jornal português Económico, David Neeleman afirmou que o investimento prometido na TAP não está em risco e que todas as decisões são tomadas junto aos sócios portugueses.

“Como tem investimento de fora e eles estão vendo a percentagem dos benefícios econômicos, têm que esclarecer quem está controlando. Quando separarmos a porcentagem que a Azul vai ter, os americanos e os europeus, não tem dúvida nenhuma de quem está controlando são os europeus”.

Juros de cartão de crédito sobem para 439,5% ao ano




ThinkStock/Bet_Noire
Cartões de crédito sobre um notebook
Cartões de crédito: a taxa do cheque especial chegou a 292,3% ao ano, com alta de 5,3 pontos percentuais


As taxas de juros continuam subindo no início deste ano. Segundo dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (24), a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito subiu 8,1 pontos percentuais de dezembro para janeiro, quando atingiu 439,5% ao ano. É a maior taxa já registrada na série histórica do BC, iniciada em março de 2011.

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Essa é a modalidade com taxa de juros mais alta na pesquisa do BC. 

A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados, subiu 8,3 pontos percentuais, de dezembro para janeiro, quando ficou em 144,5% ao ano.
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A taxa do cheque especial chegou a 292,3% ao ano, com alta de 5,3 pontos percentuais.

A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) aumentou 0,3 ponto percentual para 26,8% ao ano. A taxa do crédito pessoal subiu 0,7 ponto percentual para 118,4% ao ano.

A taxa média de juros cobrada das famílias cresceu 2,4 pontos percentuais, de dezembro para janeiro, quando ficou em 66,1% ao ano.

A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, aumentou 0,1 ponto percentual para 6,2%.
 

Inadimplência


No caso das empresas, a taxa de inadimplência ficou em 4,7%, alta de 0,2 ponto percentual. A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas subiu 1,8 ponto percentual para 31,5% ao ano.

Esses dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.

No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa de juros para as pessoas físicas ficou em 9,9%, alta de 0,2 ponto percentual.

A taxa cobrada das empresas subiu 2,3 pontos percentuais para 12,3% ao ano. A inadimplência das famílias ficou em 2,1% e das empresas em 0,9%.

O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos caiu 0,6% em janeiro, quando ficou em R$ 3,199 trilhões. Esse valor correspondeu a 53,7% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB).

Bovespa cai mais de 2% reagindo à Moody's




Paulo Fridman/Bloomberg News
Bolsa de valores de São Paulo, a Bovespa
Bovespa: às 10h47, o Ibovespa recuava 2,01%, aos 41.666,52 pontos
 
Silvana Rocha, do Estadão Conteúdo

São Paulo - A Bovespa perdeu nesta quarta-feira, 24, o patamar de 42 mil pontos em reação ao rebaixamento de rating do Brasil pela Moody's a grau especulativo.

A queda das commodities também pesa negativamente no mercado interno e externo.

A Moody's cortou a nota brasileira em dois níveis, de Baa3 para Ba2, com perspectiva negativa. De acordo com a agência, a dinâmica política doméstica é desafiadora e isso complicará os esforços de consolidação fiscal.
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No exterior, os contratos futuros de petróleo ampliam as perdas nesta manhã após um aumento dos estoques nos EUA.

A fragilidade da commodity contamina as bolsas da Europa e os futuros de Nova York. Com a queda no apetite por risco, os metais básicos também cedem.

Às 10h47, o Ibovespa recuava 2,01%, aos 41.666,52 pontos. As ações da Petrobras perdiam mais de 3%; Vale PNA cedia 5,44% e a ON, -5,41%; e, entre as siderúrgicas, Gerdau PN cedia 2,57%.