Por Agência
Brasil | 24/02/2016 10:16
Agência de classificação de risco era a única no
mercado que ainda mantinha o grau de investimento do Brasil
A agência
de classificação de risco Moody's retirou nesta quarta-feira(24) o grau de
investimento do Brasil, o que funciona como garantia de que o país não dará
calote na dívida pública. Ela rebaixou o Brasil para Ba2, a segunda nota do
grau especulativo. Entre as três maiores agências de classificação de risco, a
Moody's era a única que ainda não tinha tirado o selo de bom pagador, que
estava em Baa3, último nível do grau de investimento.
EBC
No último
dia 17, a Standard & Poor's voltou a rebaixar a nota brasileira, de BB+
para BB
Além do
rebaixamento, a agência colocou o país em perspectiva negativa, o que significa
que pode reduzir ainda mais a classificação do país nos próximos meses. Segundo
a Moodys, um dos motivos que levou ao rebaixamento foi a perspectiva de maior
deterioração dos indicadores de dívida do Brasil, em um ambiente de baixo
crescimento, com a dívida do governo provavelmente superior a 80% do Produto
Interno Bruto (PIB), em três anos.
A agência
também citou as dinâmicas políticas desafiadoras, que devem continuar
dificultando esforços de consolidação fiscal e atrasando reformas estruturais.
De acordo
com a agência, a perspectiva negativa contempla os riscos de deterioração
adicional para o perfil de crédito do Brasil que emanando de choques
macroeconômicos e de disfunção política mais profunda.
No último
dia 17, a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P)
voltou a rebaixar o país, cinco meses após retirar o selo de bom pagador do
Brasil. A nota foi reduzida de BB+ para BB.
A agência concedeu ainda
perspectiva negativa.
A S&P
tinha sido a primeira a retirar o grau de investimento em setembro do ano
passado. Em dezembro, a Fitch seguiu a decisão.
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