Kim Kyung-Hoon/Reuters
Logo do Fundo Monetário Internacional: a dirigente do FMI ressaltou
ainda que as mudanças na política econômica precisam ser bem
comunicadas, sobretudo ao mercado financeiro
Nova York - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, prevê que a China
deve seguir em desaceleração, com um nível menor de crescimento
econômico do que no passado, mas não espera um pouso forçado da segunda
maior economia do mundo, afirmou a jornalistas nesta quinta-feira, 4, em
uma entrevista pela internet.
"A China está passando por uma ampla e multifacetada transição. Não
esperamos um pouso forçado", afirmou Lagarde, destacando que país
asiático precisa aceitar a realidade de que as taxas de crescimento
serão menores e que é preciso continuar com as reformas estruturais.
A dirigente do FMI ressaltou ainda que as mudanças na política econômica
precisam ser bem comunicadas, sobretudo ao mercado financeiro.
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A transição da economia chinesa terá um grau de dificuldade e obstáculos
e deve gerar volatilidade, mas pode ocorrer sem um pouso forçado,
avalia a diretora.
Mais cedo, em seu discurso na Universidade de Maryland, Lagarde
ressaltou que a mudança do modelo de crescimento da China é
"necessária", pois vai levar o país a um nível de crescimento mais
sustentado, beneficiando a própria China e a economia mundial.
"A China embarcou em um ambicioso rebalanceamento de sua economia, da
indústria para serviços, das exportações para o mercado doméstico e do
investimento para o consumo. Além disso, está se movendo em direção a um
sistema financeiro mais orientado ao mercado", afirmou Lagarde.
"No curto prazo, essa mudança vai levar um crescimento menor e essa
desaceleração tem contágios", disse ela, ressaltando que esse efeito
pode se dar pelos fluxos internacionais de comércio, pela queda da
demanda por commodities e pelo mercado financeiro.
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