Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
Jerusalém - A IBM anunciou nesta quarta-feira a compra da EZSource, uma companhia israelense de software, em estratégia voltada a ajudar desenvolvedores a modernizar aplicativos de negócios digitais para mainframes.
Os termos financeiros do acordo não foram revelados.
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A IBM, que fez 13 aquisições de companhias israelenses desde 1998,
afirmou que a compra da EZSource deve ser concluída no segundo
trimestre.
A companhia citou que aplicativos podem ser formados por centenas de
milhares de linhas de código e que a atualização desse código pode levar
semanas. A EZSource, segundo a IBM, fornece um quadro visual que mostra
aos desenvolvedores quais aplicativos mudaram, o que facilita o
processo de modernização.
A EZSource foi fundada em 2003 e tem escritórios em Israel, Estados
Unidos, Reino Unido, Suíça, Japão e Romênia. Os clientes incluem ING
Life, Maybank e 7-Eleven.
A aquisição anterior da IBM em Israel foi a Trusteer, em 2013, pela qual pagou mais de 600 milhões de dólares.
Taipé - Autoridades regulatórias de Taiwan autorizaram a compra da japonesa Sharp pela Foxconn,
por 3,5 bilhões de dólares, abrindo caminho para que a maior fabricante
de produtos eletrônicos do mundo e importante fornecedora da Apple
recupere os negócios da produtora de telas.
A Comissão de Comércio Justo de Taiwan afirmou que não há problemas antitruste na aquisição.
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A Foxconn, formalmente conhecida como Hon Hai Precision Industry, está
investindo um total de 388,8 bilhões de ienes (3,54 bilhões de dólares)
para ficar com uma participação de 63,34 por cento na Sharp.
São Paulo – A Coca-Cola, em parceria com a engarrafadora mexicana Coca-Cola Femsa, anunciaram hoje a compra da marca de bebidas Ades, da Unilever, por US$ 575 milhões.
A Ades é a principal marca de bebidas
à base de soja na América Latina. Criada em 1988, na Argentina, é
vendida ainda no México, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chile e Colômbia.
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No Brasil chegou em 1996 e hoje conta com um portfólio de cerca de 30
produtos e fatura estimados R$ 500 milhões com a liderança do mercado de
sucos prontos.
Em 2015, a estimativa é que a marca tenha faturado US$ 284 milhões com a venda de 56,2 milhões de caixas de unidades de bebidas.
A transação aguarda a aprovação dos órgãos reguladores e marca o
primeiro (gigante) passa da Coca-Cola para ampliar a oferta de seus
produtos sem gás.
O motivo está no fato do mercado de refrigerantes estar em queda, em
todo mundo, graças a procura maior das pessoas por bebidas saudáveis - o
que leva as maiores fabricantes a querem beber do mesmo copo.
Há um mês, a Ambev comprou no Brasil a marca carioca de sucos Do Bem por um valor não divulgado. A companhia já assinou um terno de cooperação com o Estado do Rio, onde será sua futura fábrica, para garantir o fornecimento de frutas para a produção.
Por aqui, a Coca também está comprando a Laticínios Verde Campo, de
Minas Gerais, negócio sem para a conclusão. A empresa é dona da linha de
produtos sem lactose Lacfree e tem uma fábrica na cidade mineira de
Lavras.
Novos rumos
Em 16 de maio, a Coca completou 130 anos de operação com uma série de modificações para manter a liderança do setor global.
Entre elas está uma nova estrutura das operações internacionais, mais
simplificada e integrada, em regiões consideradas essenciais pela
empresa.
"Estes movimentos continuará a estabelecer as bases para uma liderança
forte e continuidade de gestão", disse Muhtar Kent, presidente mundial,
sobre a decisão.
Os negócios na Europa foram reorganizados para serem divididos entre
Europa Central e Oriental e a operação na África foi também reajeitada
para poder garantir ações regionais e divisão de custos.
No Brasil, depois de oito anos à frente da Coca-Cola no Brasil, o
mexicano Xiemar Zarazúa deixou o cargo para assumir o posto de
vice-presidente de empreendimentos da The Coca-Cola Company na América
Latina.
Em 1º de setembro, assume o brasileiro Henrique Braun, que estava à frente das operações da marca na China e na Coreia - terceira maior divisão global do grupo.
A geradora Tractebel Energia terá como novo diretor
presidente o atual diretor financeiro e de relações com investidores, Eduardo
Sattamini (foto), que foi eleito por unanimidade de acordo com ata de reunião
do Conselho de Administração divulgada na terça-feira (31). Sattamini, que
acumulará os cargos até a definição de novo executivo para a diretoria
financeira, substitui Manoel Zaroni Torres, que ocupava desde 1999 a
presidência da elétrica, que é controlada pela francesa Engie e lidera o
ranking de geradores privados no Brasil.
Na visão de Sattamini, o setor elétrico brasileiro
está passando por profundas mudanças, com uma tendência mundial de
desenvolvimento de energias renováveis e uma matriz energética mais dinâmica e
próxima do consumidor final. Diante disso, a Tractebel Energia está
acompanhando e se antecipando a estas mudanças. “Temos aumentado a nossa
presença no setor eólico e solar e ingressamos este ano no segmento de geração
distribuída fotovoltaica. Eu me sinto preparado e motivado para liderar a
Tractebel nesta nova fase da companhia”, afirmou Sattamini.
Já Manoel Zaroni, com 18 anos de companhia, dos
quais 17 no cargo de presidente, agradeceu o apoio e destacou o avanço da
companhia no ranking de um dos maiores players do setor energético do país.
“Agradeço a confiança dos acionistas, o apoio do Conselho de Administração, a
parceria dos diretores e o trabalho e dedicação de toda a equipe, que
nesses 17 anos estiveram ao meu lado, construindo essa empresa, que está
no topo do ranking do setor elétrico privado”, declarou Zaroni. A Tractebel tem
8.765 MW de capacidade instalada, sendo 85% provenientes de fontes renováveis.
O portfólio diversificado é composto por 28 usinas espalhadas em todo o Brasil.
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Eduardo Sattamini é o novo CEO da Tractebel Energia
Executivo substituirá Manoel Zaroni Torres
Da Redação
redacao@amanha.com.br
A geradora Tractebel Energia terá como novo diretor
presidente o atual diretor financeiro e de relações com investidores,
Eduardo Sattamini (foto), que foi eleito por unanimidade de acordo com
ata de reunião do Conselho de Administração divulgada na terça-feira
(31). Sattamini, que acumulará os cargos até a definição de novo
executivo para a diretoria financeira, substitui Manoel Zaroni Torres,
que ocupava desde 1999 a presidência da elétrica, que é controlada pela
francesa Engie e lidera o ranking de geradores privados no Brasil.
Na
visão de Sattamini, o setor elétrico brasileiro está passando por
profundas mudanças, com uma tendência mundial de desenvolvimento de
energias renováveis e uma matriz energética mais dinâmica e próxima do
consumidor final. Diante disso, a Tractebel Energia está acompanhando e
se antecipando a estas mudanças. “Temos aumentado a nossa presença no
setor eólico e solar e ingressamos este ano no segmento de geração
distribuída fotovoltaica. Eu me sinto preparado e motivado para liderar a
Tractebel nesta nova fase da companhia”, afirmou Sattamini.
Já
Manoel Zaroni, com 18 anos de companhia, dos quais 17 no cargo de
presidente, agradeceu o apoio e destacou o avanço da companhia no
ranking de um dos maiores players do setor energético do país. “Agradeço
a confiança dos acionistas, o apoio do Conselho de Administração, a
parceria dos diretores e o trabalho e dedicação de toda a equipe, que
nesses 17 anos estiveram ao meu lado, construindo essa empresa, que
está no topo do ranking do setor elétrico privado”, declarou Zaroni. A
Tractebel tem 8.765 MW de capacidade instalada, sendo 85% provenientes
de fontes renováveis. O portfólio diversificado é composto por 28 usinas
espalhadas em todo o Brasil.
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PIB caiu menos que o esperado,
mas conjuntura econômica ainda é grave, alerta IBGE
Da Redação, com Agência Brasil
redacao@amanha.com.br
O Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os
bens e serviços produzidos no país – fechou o primeiro trimestre do ano em
queda de 0,3% na série sem ajuste sazonal. No ano passado, o PIB havia fechado
em queda de 3,8%, a maior desde o início da série histórica, que começou em
1996. Os dados relativos aos três primeiros meses da economia brasileira foram
divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
A queda do PIB no primeiro trimestre reflete
retrações em todos os setores da economia, com destaque para Formação Bruta de
Capital Fixo (investimento em bens de capital), com queda de 2,7%, na
comparação com o trimestre anterior. Em seguida vem a indústria com -1,2%, a
agropecuária com -0,3 e serviços com queda de 0,2%. Por sua vez, o consumo das
famílias fechou com retração de 1,7% e o do governo em 1,1%.
O resultado do PIB do primeiro trimestre não
representa reversão na trajetória de declínio da economia brasileira. A tese é
defendida por Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. “O
cenário no primeiro trimestre não se modificou muito em relação ao trimestre
passado.
Não houve mudança de conjuntura. O PIB andou de lado”, ressaltou.
Rebeca também afirmou que, na prática, a conjuntura da economia piorou de forma
rápida ao longo do ano passado e as condições macroeconômicas no primeiro
trimestre deste ano continuaram muito ruins, embora não tenham piorado de forma
tão significativa como na passagem dos trimestres ao longo de 2015.
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em
março de 2016 caiu 4,7% em relação aos quatro trimestres imediatamente
anteriores. É a maior queda da série histórica do dado, iniciada em 1996. Nesse
período, investimento e consumo das famílias também tiveram baixas recordes. A
série mostra a rápida deterioração da economia desde o primeiro trimestre de
2015. Naquele período, a taxa acumulada em 12 meses, de queda de 1,2%, foi o
primeiro resultado negativo desde o quarto trimestre de 2009. Depois, no
segundo e terceiro trimestres, o PIB voltou a ter contração em 12 meses, de
1,7% e 2,5%, respectivamente, encerrando o calendário com queda de 3,8%.
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O
decano do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, entende que
cabe recurso ao Plenário da corte contra decisão de relator que negou
ingresso de terceiro na ação como amicus curiae, de forma a possibilitar que outros integrantes do STF avaliem se tal parte pode trazer pontos relevantes ao debate.
O
ministro declarou seu entendimento em julgamento iniciado na última
quarta-feira (25/5), cuja conclusão foi adiada. Ele admitiu agravo
contra sua própria decisão de negar a entrada de um procurador da
Fazenda Nacional na Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.396, que
questiona o fato de relação empregatícia de advogados que atuam em
órgãos públicos ser diferente da estabelecida pelo Estatuto da Advocacia
(Lei 8.906/94).
No entanto, Celso de Mello negou provimento ao recurso. A seu ver, apenas entidades podem ingressar como amicus curiae
em ações, e não indivíduos. Isso porque aquelas representam os
interesses de um grupo específico, enquanto uma pessoa luta apenas por
suas necessidades.
O ministro ressaltou que a entrada de terceiros
no processo tem por objetivo “pluralizar o debate constitucional,
permitindo que o Supremo Tribunal Federal venha a dispor de todos os
elementos informativos possíveis e necessários à resolução da
controvérsia”. Por tal razão, o amicus curiae pode fazer sustentações orais, propor requisição de informações adicionais e sugerir pareceres de peritos.
Assim,
são admitidas na ação entidades que “efetivamente representem os
interesses gerais da coletividade ou que expressem os valores essenciais
e relevantes de grupos, classes ou estratos sociais”, apontou o
relator.
Segundo ele, o sistema de controle de constitucionalidade
abstrato não permite que se discutam interesses individuais. Dessa
forma, não se pode admitir que pessoa interessada apenas na sua situação
individual vire amicus curiae em um processo, alegou Celso de Mello.
Julgamento empatado
Quatro ministros seguiram o entendimento do decano da corte e entenderam
que o recurso deve ser conhecido e não provido. Outros cinco concluíram
que o agravo não deve ser conhecido. Como Cármen Lúcia estava ausente, o
Plenário suspendeu o julgamento, o qual será desempatado posteriormente
pelo voto da ministra.
Além de Celso de Mello, os ministros Cezar
Peluso (aposentado), Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio
admitem o agravo regimental ajuizado por quem teve negada sua admissão
como amicus curiae.
Já a corrente contrária é composta
pelos ministros Ayres Britto (aposentado), Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa
Weber e Edson Fachin, e considera o recurso incabível por entender que,
nesses casos, a decisão do relator é “irrecorrível”. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.
Clique aqui para ler a íntegra do voto de Celso de Mello.
ADI 3.396
Em vez de só barulho, o jornalismo tem de mostrar o tamanho da injustiça a ser corrigida.
Fernão Lara Mesquita
Os batedores de bumbo do PT nunca estiveram
tão exultantes, desde Waldir Maranhão, com os últimos golpes para
“provar que é golpe” a operação que se ensaia para deter o livre
despencar da miséria brasileira nas profundezas do caos político e das
finanças públicas destroçadas que seu partido nos legou.
Lá virá a
ladainha de sempre para demonstrar que alhos são bugalhos, mas é tempo
perdido. O que derrubou o PT foi a paralisação da economia, o que
paralisou a economia foi a mentira institucionalizada, Temer está onde
está porque é o sucessor constitucional no posto do qual o Brasil apeou
Dilma, a Operação Lava Jato não vai parar. Só o Brasil tem força para
desencadear ou para suspender processos como esses.
O PT passou 13
anos operando só para si e nas sombras, e deu no que deu. Temer começa
falando só de Brasil, mas ainda hesita em expor-se inteiro ao sol. Vai
em busca de sua legitimação junto à única fonte de onde ela pode vir.
Pede humildemente endosso da opinião pública à lógica das suas soluções;
dispõe-se a adaptá-las para consegui-lo.
Por esse caminho é certo que pode dar certo. Mas se, e somente se, a aposta na transparência for absoluta.
Ninguém
atravessou a “Era PT” impoluto. O País conhece os políticos que tem e
sabe que é com eles que terá de contar. O fato de todos eles estarem
discutindo Lava Jato, como o resto do Brasil, não significa, em si
mesmo, rigorosamente nada. Do presidente em exercício para baixo, na
equipe política e na equipe técnica, são as mesmas pessoas que serviram
ao PT que se dispõem, agora, a servir antes ao Brasil, como poderia ter
sido sempre, se o governo anterior o tivesse desejado. Muda a música que
se toca, muda a dança que se dança.
Gravações?
Haverá outras mil.
Nesse departamento vivemos o clássico dilema do ovo ou da galinha. Se a
imprensa continuar sinalizando que disparará em manchete toda gravação
que qualquer chantagista lhe enfiar na culatra, a política seguirá, como
hoje, sendo movida exclusivamente a gravações de chantagistas. E
mata-se o Brasil. Se passar a investigar e dar manchetes para o maior
problema brasileiro, a política nacional passará a girar em torno do
maior problema brasileiro. E o Brasil ressuscitará.
Explico-me com um
pouco de história. Em 1976, em pleno regime militar e no auge da
censura, este jornal publicou a série “Assim vivem nossos
superfuncionários”, que ficou conhecida como a reportagem “das
mordomias”. Ela expôs em detalhe à miséria nacional o universo obsceno
de fausto e desperdício que ela sustentava sem saber e que drenava todo o
dinheiro público que deveria estar sendo investido em infraestrutura e
serviços essenciais à melhoria continuada do desempenho da economia e,
consequentemente, do valor do trabalho. Dado o sinal à Nação de que
havia quem se dispusesse a publicá-las, choveram denúncias na redação
durante meses a fio revelando as infinitas formas que assumia a ordenha
do Estado, mal disfarçada na soma de salários e benefícios
estratosféricos, no assalto a longo prazo ao erário mediante a
“anabolização” de último minuto em aposentadorias que perdurariam por
décadas e se desdobrariam em pensões vitalícias transmitidas de pai para
filho e nos outros ralos mil abertos por agentes corruptos dos Três
Poderes que viviam de vender esse saque institucionalizado do Estado.
Materializada
na exposição direta dos modos de vida que esses esquemas sustentavam, a
discussão saiu do nível abstrato. Cada brasileiro, lá do seu barraco,
pôde ver com os próprios olhos como e por quem vinha sendo estuprado, e
no que se transformava, na realidade, a estatização da economia que a
esquerda, de armas na mão, de um lado, exigia que fosse total e os
militares da direita, lá pelo deles, concretamente executaram como nunca
antes na história deste país criando mais de 540 estatais. Mas nem a
famigerada ditadura militar resistiu à força dos fatos e imagens
revelados. Muitas outras reportagens semelhantes foram produzidas País
afora e, já em 1979, os generais, pressionados, tinham criado um
ministério inteiro para começar a desmontar a privilegiatura. Quando o
País emergiu para a redemocratização, em 1985, sabia em que direção
tinha de caminhar. A luta para desprivatizar o Estado e devolvê-lo ao
conjunto dos brasileiros veio até o governo FHC e a Lei de
Responsabilidade Fiscal, cujo desmonte – e consequências – pôs um fim à
“Era PT”.
Este continua sendo o maior problema brasileiro. Desde 2003
o PT reelegeu o loteamento do Estado como moeda única do jogo político
e, ao fim de 13 anos de um processo desenfreado de engorda, cada emprego
pendurado no cabide vem desaguando, obeso, na Previdência. O governo
Temer aponta vagamente “a Previdência” como o “xis” do problema
brasileiro, e está certo. Mas, pendurado ainda no ar, sabe que tomar a
iniciativa de pôr esse bode na sala é morte certa. É por isso que nem
Henrique Meirelles nem seu chefe se permitem completar a frase: é a
Previdência do setor público, valendo 33 vezes o que vale a outra, que é
o “xis”do problema brasileiro. E sem mexer profundamente nela o Brasil
não desatola.
Não há um único jornalista, especialmente em Brasília,
onde o despautério é mais visível a olho nu, que não saiba disso. E, no
entanto, persiste a cumplicidade com essa mistificação quando até o PMDB
já está claramente pedindo o empurrão que falta para que esse tema
indigesto suba à mesa.
Para poder voltar a andar, o Brasil não
precisa, exatamente, de uma reforma da Previdência, espremendo um pouco
mais a miserinha que ela distribui depois da festa dos aposentados do
Estado, na qual, diga-se de passagem, os do Judiciário são reis. Mais do
que justiçamentos, o Brasil precisa de justiça, que é uma ideia bem
mais fácil de vender, desde que antes o jornalismo, em vez de só
barulho, faça a sua porca obrigação de mostrar em todos os seus
escandalosos pormenores o tamanho da injustiça que é necessário corrigi