quarta-feira, 1 de junho de 2016

Economia brasileira tem retração de 0,3% no primeiro trimestre de 2016





PIB caiu menos que o esperado, mas conjuntura econômica ainda é grave, alerta IBGE

Da Redação, com Agência Brasil 

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Economia brasileira tem retração de 0,3% no primeiro trimestre de 2016


O Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – fechou o primeiro trimestre do ano em queda de 0,3% na série sem ajuste sazonal. No ano passado, o PIB havia fechado em queda de 3,8%, a maior desde o início da série histórica, que começou em 1996. Os dados relativos aos três primeiros meses da economia brasileira foram divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda do PIB no primeiro trimestre reflete retrações em todos os setores da economia, com destaque para Formação Bruta de Capital Fixo (investimento em bens de capital), com queda de 2,7%, na comparação com o trimestre anterior. Em seguida vem a indústria com -1,2%, a agropecuária com -0,3 e serviços com queda de 0,2%. Por sua vez, o consumo das famílias fechou com retração de 1,7% e o do governo em 1,1%.

O resultado do PIB do primeiro trimestre não representa reversão na trajetória de declínio da economia brasileira. A tese é defendida por Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. “O cenário no primeiro trimestre não se modificou muito em relação ao trimestre passado. 

Não houve mudança de conjuntura. O PIB andou de lado”, ressaltou. Rebeca também afirmou que, na prática, a conjuntura da economia piorou de forma rápida ao longo do ano passado e as condições macroeconômicas no primeiro trimestre deste ano continuaram muito ruins, embora não tenham piorado de forma tão significativa como na passagem dos trimestres ao longo de 2015.

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2016 caiu 4,7% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. É a maior queda da série histórica do dado, iniciada em 1996. Nesse período, investimento e consumo das famílias também tiveram baixas recordes. A série mostra a rápida deterioração da economia desde o primeiro trimestre de 2015. Naquele período, a taxa acumulada em 12 meses, de queda de 1,2%, foi o primeiro resultado negativo desde o quarto trimestre de 2009. Depois, no segundo e terceiro trimestres, o PIB voltou a ter contração em 12 meses, de 1,7% e 2,5%, respectivamente, encerrando o calendário com queda de 3,8%.


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