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Caixa: os analistas da Moody's afirmaram que a injeção de capital não deve exceder 0,3% do PIB ou 1% das receitas do governo
Flavia Alemi, do Estadão Conteúdo
São Paulo - A agência de classificação de risco Moody's afirmou em relatório divulgado nesta quarta-feira, 8, que a Caixa Econômica Federal pode precisar de apoio do governo caso não consiga vender ativos ou reduzir dividendos.
E, segundo a agência, é mais provável que esse apoio venha na forma de
tolerância regulatória do que como injeção de capital, já que o governo
convive com um enorme déficit fiscal.
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No entanto, caso uma injeção de capital seja necessária, os analistas da
Moody's afirmaram que o montante requerido não deve exceder 0,3% do PIB
ou 1% das receitas do governo, e que este poderia arcar com tal demanda
apesar de sua situação fiscal.
O panorama montado pela agência sobre a situação da Caixa ressalta o
aumento dos gastos com provisões, decorrente de uma combinação entre
crescente inadimplência e desaceleração do volume de negócios. Segundo a
Moody's, isso resultou no consumo total das receitas antes das
provisões desde 2015.
Além disso, na visão da agência, a Caixa é mais sensível à recessão
econômica que outros grandes bancos brasileiros, uma vez que seu enfoque
está na concessão de crédito para setores em que a capacidade de honrar
a dívida está intimamente ligada ao aumento do desemprego e à inflação.
"Historicamente, o foco da Caixa em classes de empréstimos com garantia
como crédito imobiliário e consignado ajudou a entidade a manter taxas
de inadimplência abaixo da média do sistema, mas a forte expansão em
carteiras não tradicionais para o banco expuseram a instituição a
classes de ativos de maior risco", afirmou Ceres Lisboa, vice-presidente
sênior da Moody's.
"Esperamos que a atual recessão resultará em aumento das provisões para o banco."
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