A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado
em maio de 2016, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira,
29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O
resultado veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que estimavam uma taxa de desemprego entre 11,10% e 11,70%, com mediana de 11,40%.
Em igual período do ano passado, a taxa de desemprego medida pela
Pnad Contínua estava em 8,1%. No trimestre encerrado em abril, o
resultado também foi de 11,2%. Trata-se do pior nível da série histórica
do IBGE.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 1.982,00 no trimestre até
maio de 2016. O resultado representa queda de 2,7% em relação ao mesmo
período do ano anterior.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 175,6
bilhões no trimestre até maio, queda de 3,3% ante igual intervalo do ano
passado.
Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação
em bases trimestrais para todo o território nacional. A nova pesquisa
substitui a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrangia apenas as
seis principais regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes
somente ao mês de setembro de cada ano.
População desempregada
A população desocupada cresceu 40,3% no trimestre móvel até maio,
ante igual período de 2015, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). O contingente somou
11,440 milhões de pessoas, 3,3 milhões a mais do que no trimestre móvel
encerrado em maio de 2015.
O contingente da população desocupada no trimestre encerrado em maio é
parecido com os 11,411 milhões contabilizados no trimestre móvel
encerrado em abril.
Nessa mesma base de comparação, somente a indústria viu sua população
ocupada encolher em 1,415 milhão de pessoas, para 11,752 milhões de
trabalhadores. O contingente verificado no trimestre móvel encerrado em
maio é 10,7% inferior ao registrado em igual trimestre de 2015.
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