A energia hidráulica proporciona
indicadores de emissões de CO2 bem menores do que a média mundial
Por Agência Brasil
A participação das energias renováveis na matriz
energética brasileira passou de 39,4% em 2014 para 41,2% no ano passado. O
etanol e o bagaço de cana tiveram a maior participação entre as renováveis, com
41,1%, seguidos da energia gerada por hidrelétricas (27,5%), lenha e carvão
vegetal (19,9%), biodiesel (2,5%) e eólica (1,5%). Os dados estão na Resenha
Energética Brasileira de 2016, divulgada nesta segunda-feira (6) pelo
Ministério de Minas e Energia.
O indicador brasileiro é superior ao dos países
desenvolvidos, que têm 9,4% de renováveis. “A expressiva participação da
energia hidráulica e o uso representativo da biomassa na matriz energética
brasileira proporcionam indicadores de emissões de CO2 bem menores do que a
média mundial e dos países desenvolvidos”, revela o estudo. Entre as fontes
usadas especificamente para gerar energia elétrica, 75,5% são renováveis. No
Brasil, as emissões de CO2 recuaram 4,6% em 2015, em razão da queda de 7,2% no
consumo de derivados de petróleo. Entre as fontes de energia não renováveis
usadas no país, a maioria refere-se a óleo (63,4%) e gás (23,3%), além de
carvão, energia nuclear e gás industrial.
A oferta interna de energia no ano passado ficou
2,1% menor que a de 2014, informa a resenha. De acordo com o documento, a queda
é coerente com o recuo de 3,8% na economia e teve como principais indutores as
taxas negativas de 3% no consumo industrial de energia e de 2,6% no consumo de
energia em transportes. A resenha mostra ainda que 99,3% dos domicílios particulares
do país tinham acesso à eletricidade no fim de 2015. Cerca de 500 mil
domicílios ainda não contam com energia elétrica.
A Resenha Energética é um documento oficial
elaborado pelo Ministério de Minas e Energia para divulgar os principais
indicadores de desempenho do setor energético brasileiro nas áreas de petróleo,
gás, bioenergia, energia elétrica, carvão mineral e setores intensivos. O
levantamento de dados é feito pela Empresa de Pesquisa Energética, com a
participação de agentes do setor e de outros ministérios.
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