São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, concedeu até o dia 25 de julho para o Ministério Público Federal ouvir os empresários Vinicius Veiga Borin, Luiz Augusto França e Marcos Pereira de Sousa Bilinski.

Os três são os novos delatores da Lava Jato.
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Único a prestar depoimento até agora, Vinicius Borin afirmou que a Odebrecht teria adquirido um banco para pagar propina no exterior. Segundo o executivo, o Meinl Bank Antigua, supostamente da empreiteira, movimentou pelo menos US$ 1,6 bilhão.

A Procuradoria havia pedido na sexta-feira, 17, a homologação dos acordos de delação dos três.

Na ocasião, a força-tarefa da Lava Jato anexou aos autos o depoimento de Vinicius Borin e os três termos dos acordos de colaboração premiada, com as cláusulas que os executivos deverão cumprir.

Durante audiência na tarde desta segunda-feira, 20, Sérgio Moro suspendeu os depoimentos dos três empresários que estavam marcados para a quarta-feira, 22.

A suspensão dos depoimentos dos executivos foi pedida pela defesa de Luiz Eduardo da Rocha Soares, ligado à Odebrecht, até que sejam finalizados os depoimentos e homologados os acordos de colaboração.

"Concedo ao Ministério Público Federal prazo até 25 de julho para colheita dos depoimentos no acordo de colaboração dos três e sua apresentação em Juízo, juntamente com gravação dos áudios vídeos pertinentes", determinou o juiz da Lava Jato.