quinta-feira, 16 de junho de 2016

Mercado externo é tábua de salvação para a BMW






Na visão de Helder Boavida, exterior é a melhor saída para frear a crise
Por Dirceu Chirivino


dirceu@amanha.com.br

 

O mercado automobilístico brasileiro tem sofrido um revés desde que a atual crise econômica se arvorou no país. Até maio, a retração nas vendas já atinge 32%. Mesmo grifes que têm como principal consumidor clientes de maior poder aquisitivo estão sofrendo. É o caso da BMW, fabricante de automóveis que tem unidade fabril em Araquari (SC). Nos primeiros cinco meses deste ano, a montadora alemã acumulou queda de 30% das vendas no Brasil. “A exportação faz parte de uma reação ao momento de crise. Ano passado foram produzidas no país cerca de 2,5 milhões de unidades. Este ano baixou para 1,8 milhão”, destacou Helder Boavida (foto), presidente do BMW Group Brasil, em palestra no tradicional Tá na Mesa, da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), em Porto Alegre. 

Como o mercado interno tem se mostrado frágil e o câmbio entrou em um valor de faixa competitiva, as empresas passaram a olhar com mais atenção para as exportações. “Nossa estratégia foi iniciar um processo de exportação, pois o [modelo] X1 que produzimos em Araquari tem muita demanda nos Estados Unidos e também ao redor do mundo. A planta catarinense está capacitada a atender parte dessa demanda. A BMW firmou contrato para exportar 10 mil unidades desse modelo para o mercado norte-americano de julho até o primeiro trimestre de 2017“, comemorou. Os veículos serão embarcados no Porto de Paranaguá, no Paraná. 

Mesmo em meio à crise, o BMW Group apresentou três novos modelos de veículos. Além do X1, que está sendo vendido desde janeiro, o BMW Série 7 foi apresentado em maio. Já o BMW M2 começou a ser testado na última semana. A montadora ainda lançará a moto BMW G 310 R, produzida em Manaus (AM), que deve estar disponível nas concessionárias até dezembro.


Carro elétrico

 
Para Boavida, uma das apostas do segmento deve ser o carro elétrico – ainda que o preço e a oferta de estações de recarga sejam as principais barreiras a vencer. “A BMW planeja instalar em Porto Alegre uma estação de recarga. Uma cidade do porte da capital gaúcha deverá ter, no futuro, até 150 estações desse tipo”, projetou.  Boavida ressaltou que a modalidade poderá ser bem aceita pelo brasileiro. O executivo baseia seu diagnóstico no fato de que o consumidor já vive a experiência de poder escolher como principal combustível gasolina ou álcool. O CEO do BMW Group Brasil acredita que a opção pelo automóvel elétrico será mais rápida à medida que o governo incentive a compra oferecendo subsídios. A restrição para a circulação de veículos poluentes também deve fomentar o uso. Oslo, na Noruega, por exemplo, tomará essa iniciativa a partir de 2020. 


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