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Briga: enquanto disputa pela Estácio não chega ao fim, valor de mercado de educacionais sobem na Bolsa
São Paulo — Ainda não se sabe qual será o desfecho da novela que envolve
as empresas de educação, mas desde o início do mês, quando surgiram
rumores de que a Estácio seria comprada pela Kroton, o valor de mercado da companhia carioca aumentou mais de 50%.
Do dia 1°de junho até agora, ele passou de 3,33 bilhões de reais para
5,05 bilhões de reais, segundo levantamento da consultoria Economatica feito a pedido de EXAME.com. No período, os papéis ordinários registraram ganhos de 50%.
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A Kroton, líder mundial no setor de educação, também se valorizou. No
início de junho, a companhia valia pouco mais que 17,91 bilhões de
reais. Na última sexta-feira, o valor passou para 22,50 bilhões de reais
— um aumento de 26%. No mês, as ações ordinárias da empresa valorizaram
23%.
No mesmo período, a Ser Educacional — que acabou entrando na disputa
dias depois da oferta da Kroton — ganhou 10% em valor de mercado,
passando de 1,41 para 1,55 bilhão de reais. Desde o começo do mês, os
papéis da companhia registraram ganhos de 8,8%.
O futuro da Estácio ainda é incerto. Se não bastasse o assédio das duas
rivais, a família Zaher — que controla 14% das estações da companhia
carioca — divulgou hoje, em comunicado ao mercado, que tem interesse em manter a Estácio na Bolsa.
Eles estudam lançar uma oferta pública envolvendo um mínimo de 36% do
capital da empresa para ter, assim, o controle da companhia.
Mês agitado
No dia 1° de junho, EXAME noticiou que a Kroton estaria preparando uma oferta pela Estácio. No dia seguinte, a companhia informou publicamente
seu interesse pela rival. A operação, segundo a empresa, seria feita
somente por ações: cada uma ação da Estácio valeria 0,977 ação ordinária
da Kroton.
Não demorou muito para que a Ser Educacional se manifestasse e fizesse
sua oferta: o pagamento de 590 milhões de reais em dinheiro pela fusão
com a Estácio.
No dia 21 de junho, a Kroton melhorou a proposta. Em carta enviada aos acionistas da Estácio, propôs que cada papel da rede de educação carioca fosse trocada por 1,250 ação ordinária sua.
Nesta segunda-feira (27), a família Zaher informou que planeja uma
oferta pública de ações para elevar a participação na Estácio a 51%, um
claro sinal de que tentará impedir a venda da companhia.
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