terça-feira, 2 de agosto de 2016

Número de fusões e aquisições desfeitas é o maior em 5 anos






Divulgação
Laboratório da Pfizer
Laboratório Pfizer: a empresa pagou uma multa de 150 milhões de dólares por desistir de uma compra
São Paulo — Passam os anos e uma máxima do mundo empresarial se mostra cada vez mais atual: os melhores negócios são, muitas vezes, aqueles que não são feitos. Quando a economia vai bem, dificilmente alguém se lembra disso. Nesses momentos, o objetivo é comprar, fundir empresas e crescer.

Os compradores, com medo de ser passados para trás por concorrentes igualmente ávidos por crescimento, exigem poucas garantias dos vendedores e pagam preços elevados. Quando os ventos mudam, os problemas ficam evidentes, e o jeito é tentar arrastar todo mundo de volta para a mesa de negociação. É essa a situação no Brasil hoje.

Nos últimos cinco anos, as fusões e aquisições no país somaram cerca de 300 bilhões de dólares, e as brigas entre antigos sócios mostram que parte delas nunca deveria ter saído do papel. Atualmente, algumas das transações estão sendo desfeitas; outras, renegociadas — em determinadas situações, as divergências são tão grandes que os casos foram parar nos tribunais. 

Um levantamento feito, a pedido de EXAME, pela consultoria Dealogic mostra que, nos últimos 12 meses, 16 transações foram desfeitas, somando 12 bilhões de dólares. É o maior volume desde 2011. 

“Quando o negócio tem alguns pecados mas é lucrativo, o investidor releva.

Mas, quando fica frustrado com os resultados, parte para a briga”, diz José Roberto Castro Neves, sócio do escritório FCDG Advogados, envolvido numa dezena de discussões desse tipo. O volume de arbitragens no país também aumentou, e 60% delas são embates societários.

Os principais casos são de compradores que buscam alterar o preço da aquisição ou desfazê-la sem pagar multa — alegando que os resultados estão abaixo do esperado, por exemplo — e de vendedores que exigem indenizações porque os sócios resolveram cancelar o contrato. As discussões em arbitragem incluem operações feitas há até quatro anos.

Quando o fundo de private equity KKR comprou a empresa brasileira de tecnologia Aceco em 2014, estava há pelo menos dois anos buscando um negócio para estrear no país. A Aceco crescia 60% ao ano, com a demanda de bancos e empresas para construção ou ampliação de data centers. O KKR pagou 1,5 bilhão de reais pela empresa em abril de 2014.

Em janeiro, iniciou uma arbitragem para desfazer a operação, alegando que os vendedores — a família Nitzan e o fundo de private equity General Atlantic — fraudaram o balanço para esconder passivos e valorizar a empresa. Segundo EXAME apurou, a General Atlantic diz que o KKR está insatisfeito porque se endividou para fazer a compra.

Como os resultados da empresa pioraram em razão da crise, ficou difícil pagar a dívida e o fundo se arrependeu. Essa não é a única disputa em que o KKR está envolvido no Brasil. O fundo é um dos donos do grupo americano de ensino Laureate, que comprou a universidade FMU no Brasil há três anos, por 1 bilhão de reais.

A Laureate argumenta que o desempenho da faculdade brasileira é inferior ao que os donos da FMU lhe apresentaram e quer rever o preço — o fundador Edvaldo da Silva diz que não. O caso foi parar num tribunal de arbitragem. A pressa de fechar negócios quando a economia estava aquecida levou muitos compradores a abrir mão de fazer auditorias detalhadas — e, por isso, demoraram para descobrir problemas.

Em maio, a varejista Leader entrou com uma ação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para suspender o restante do pagamento pela compra da concorrente Seller, que foi feita em 2013 e custou 500 milhões de reais. A Leader alega que foi notificada recentemente pelo Ministério Público de “inconsistências” fiscais da Seller. A própria Leader foi uma aquisição-problema.

O banco BTG Pactual comprou a empresa em 2012 e, segundo executivos ligados à operação, a pressa foi maior do que a análise da companhia. Com um endividamento que chegou a 1 bilhão de reais em 2015, a Leader acabou sendo revendida por 1 real.

A discussão dos passivos tributários também colocou em pé de guerra a rede americana de farmácias CVS e a família Arede, que vendeu a Drogaria Onofre aos americanos em fevereiro de 2013. A CVS quer um desconto de quase 20% no valor da aquisição, que somou 600 milhões de reais. A alegação é que as dívidas fiscais são maiores do que o que foi informado.

A família Arede diz que a CVS perdeu o prazo para utilizar os créditos tributários gerados pela operação e está querendo diminuir o prejuízo. O caso também foi parar em tribunais de arbitragem. Os advogados contratados para assessorar as empresas em fusões e aquisições costumam antecipar problemas que podem acontecer depois que os negócios são fechados.

Há uma descrição detalhada das situações em que a transação pode ser desfeita e das multas que podem ser cobradas. Isso só não acontece quando os contratos são fechados às pressas — ou quando a situação financeira dos envolvidos muda tão rapidamente que fica difícil saber o que fazer.

É o caso da empresa americana de energia SunEdison, que pediu recuperação judicial menos de um ano depois de ter se comprometido a realizar duas operações com a brasileira Renova, de energias renováveis, em julho de 2015. A SunEdison deveria comprar parques eólicos da Renova e pagá-los com ações de sua subsidiária, a TerraForm.

Depois disso, a Renova venderia centrais hidrelétricas para a TerraForm. A primeira parte do negócio aconteceu, mas a SunEdison desistiu da segunda etapa — e, por isso, pagou à Renova uma multa de 10 milhões de dólares. Agora a Renova quer exercer sua opção de venda das ações na TerraForm por 15 dólares, conforme previsto em contrato, mas a SunEdison alega que não tem como cumprir o combinado.

Mudanças regulatórias têm sido outro foco de problemas. A fusão da corretora Gradual com a administradora de recursos Bridge terminou em briga.

Meses depois do anúncio do negócio, realizado em fevereiro de 2015, Fernanda Lima, dona da Gradual, foi informada pelo Banco Central que a análise da transação levaria meses e dificilmente seria aprovada por causa dos problemas envolvendo Zeca Oliveira, dono da Bridge.

Em julho, Oliveira foi denunciado pelo Ministério Público, acusado de autorizar aplicações irregulares de fundos de pensão quando presidia o banco BNY Mellon no Brasil.

Segundo pessoas próximas às empresas, Fernanda conversou sobre o assunto com Oliveira e, no dia seguinte, recebeu a notificação de que a Bridge enviaria o caso a um tribunal de arbitragem. Para Oliveira, Fernanda estava rompendo o contrato. Nenhuma das empresas citadas nesta reportagem deu entrevista.

 

Capítulo da discórdia


A proliferação das brigas entre antigos sócios está levando os escritórios de advocacia a mudar as cláusulas destinadas a resolver as desavenças. Na maioria dos casos, estão limitando os motivos que podem ser alegados para desfazer negócios — e também o prazo durante o qual compradores e vendedores podem recorrer. Isso exige que os contratos sejam bem mais detalhados.

“O que era resolvido em um parágrafo agora tem páginas de previsões de rompimento”, diz Gabriel Leutewiler, sócio do escritório Santos Neto Advogados. Os novos contratos também têm cláusulas que permitem que o negócio seja desfeito em caso de dano de imagem — um trecho que foi incluído em razão das operações Lava-Jato e Zelotes. Não é apenas no Brasil que as fusões e as aquisições têm dado errado.

Houve um recorde de operações desfeitas nos Estados Unidos em 2016. O grupo farmacêutico Pfizer pretendia comprar a irlandesa Allergan por 150 bilhões de dólares e transferir sua sede para a Irlanda para pagar menos impostos — mas o governo americano mudou as regras fiscais e o negócio deixou de ser viável.

A Pfizer voltou atrás e pagou 150 milhões de dólares de multa por desistir da aquisição. Mais uma vez, não ter feito nada teria sido a melhor opção.

Venda da Fórmula 1 está próxima, diz jornal





braverabbit/Thinkstock
Carro de Fórmula 1
Fórmula 1: franquia tem cerca de 350 funcionários e movimenta 1,7 bilhão de euros em negócios
 
 
 
 
São Paulo - A venda da Fórmula 1 está próxima. Segundo o The Wall Street Journal, possíveis compradores já fizeram ofertas pela franquia de corridas de automobilismo e um ganhador deve ser anunciado nas próximas semanas.

Entre os interessados estão os grupos de televisão britânicos Sky PLC e Liberty Global e o norte-americano Discovery Communications, de acordo com o jornal. Ainda não se sabe a que valor a transação pode chegar.
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Fundado em 1950, o campeonato já promoveu mais de 900 corridas Grand Prix em mais de 30 países.
Além dos contratos com autódromos e equipes, a F1 negocia patrocínios e gordos direitos de transmissão na TV.

A empresa vendeu seu controle ao fundo de private equity CVC Capital Partners em 2006. Desde então, essa participação vem sendo reduzida e hoje está em aproximadamente 35%.

A gestora também comprou em 2007 uma fatia majoritária no circuito de corridas GP2.

Ela estuda se desfazer sua parte na F1 há tempos, mas nunca chegou a fechar acordo.

Um dos entraves para a venda, segundo o WSJ, foi o processo enfrentado pelo fundador e presidente da franquia de corridas, Bernie Ecclestone, acusado de suborno e fraude.

O caso foi arquivado em 2014 mediante um pagamento no valor de 100 milhões de dólares.

A F1 tem cerca de 350 funcionários e movimenta 1,7 bilhão de euros em negócios, de acordo com os números mais recentes divulgados pelo CVC.

Grupo chinês Fosun anuncia aquisição da gestora Rio Bravo





Divulgação
Gestora de investimentos Rio Bravo
Rio Bravo: acordo será assinado nesta terça, mas empresas não divulgaram detalhes
 
Fernanda Guimarães, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O Brasil é geograficamente um canal que liga a América Latina e a Ásia, segundo o presidente do grupo chinês Fosun, Guo Guangchang.

O grupo acaba de anunciar seu primeiro investimento na região, com a aquisição do controle da Rio Bravo Investimentos, que tem entre seus sócios o ex-presidente do Banco Central (BC), Gustavo Franco.
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"Estamos muito satisfeitos em anunciar que a aquisição da Rio Bravo é um marco importante na estratégia da Fosun de estar presente nas maiores economias emergentes, associando oportunidades de investimento com capital em um contexto global, valorizando sempre o conhecimento local de parcerias fortes e bem-sucedidas", disse o executivo, em nota à imprensa.

O fechamento da aquisição, segundo a empresa, deverá acontecer uma vez verificadas certas condições estabelecidas no contrato firmado entre as partes, mas detalhes não foram fornecidos. O acordo entre as partes será assinado nesta terça-feira.
 

Varejo já fechou 166,9 mil lojas em 2015 e 2016, diz CNC






Marcelo Camargo/Agência Brasil
Comércio varejista de São Paulo deve fechar 2014 em queda
Varejo: apesar da melhora dos indicadores de confiança no setor de comércio a partir de maio, a CNC prevê uma queda de 10,6% das vendas do varejo em 2016
 
Adriana Fernandes, do Estadão Conteúdo


Brasília - Com o agravamento da recessão econômica, os empresários brasileiros fecharam 166,9 mil lojas de setor de varejos ao longo de 2015 e primeiro semestre deste ano. 

Levantamento divulgado nesta terça-feira, 2, pela Confederação Nacional de Comércio (CNC), mostra que 67,9 mil lojas foram fechadas somente nos primeiros seis meses de 2016. No ano passado, os dados da CNC apontam para 99 mil lojas fechadas.
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Apesar da melhora dos indicadores de confiança no setor de comércio a partir de maio, a CNC prevê uma queda de 10,6% das vendas do varejo em 2016, resultado pior do que o recuo de 8,6% em 2015.

Na região Sudeste, foram fechados 35.327 estabelecimentos. A pesquisa da CNC leva em consideração apenas lojas de varejo que têm trabalhadores com vínculo empregatício.

Elas somam cerca de 700 mil lojas em todo o País e respondem por aproximadamente 4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo Fábio Bentes da divisão econômica da CNC.

Não há ainda previsões para o segundo semestre, mas a CNC não descarta a possibilidade de o número de lojas fechadas em 2016 ultrapassar o de 2015. Em 2014, o varejo abriu 11,45 mil novas lojas.

O fechamento de lojas é maior no segmento de hipermercados e supermercados. A inflação de alimentos que pressiona as vendas. "O varejo não conseguirá reagir de forma pujante se o setor de supermercados não reagir junto", disse Bentes.

Segundo ele, ainda não está clara se haverá uma reversão do quadro de alta dos preços nos próximos meses. Na sua avaliação, esse reversão será fundamental para acelerar a melhora do varejo no segundo semestre deste ano.

"Estamos dependendo de São Pedro", afirmou. Ele destacou ainda que o setor de comércio deve perder 267,2 mil postos de trabalho em 2016. No ano passado, o fechamento de vagas chegou a 278,5 mil.

A CNC espera piora das vendas no Dia dos Pais e também no Natal, como ocorreu também em outras datas importantes para o comércio, como Páscoa e Dia das Mães.


Justiça dos EUA acata pedido da Petrobras sobre ações






Ueslei Marcelino/Reuters
Petrobras, tanque da Petrobras
Petrobras: com isso, a consequência prática é que o julgamento só vai ocorrer após a corte de apelação se pronunciar
 
Da REUTERS


Rio de Janeiro - A Petrobras informou nesta terça-feira que a Corte Federal de Apelações do Segundo Circuito dos Estados Unidos suspendeu ações coletiva e individuais em curso na Corte Federal de Nova York até o julgamento de recurso da empresa contra uma decisão de certificação de classe.

"Com isso, está suspenso o início do julgamento da ação coletiva e das ações individuais, previamente marcado para iniciar em setembro de 2016", afirmou a empresa em nota, frisando que "continuará a defender firmemente os seus direitos".

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Texto atualizado às 17h00. Mais informações em instantes

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Brazil's scandal-hit former president turns to UN for help as he faces arrest on eve of Olympics


  Brazil's former President Luiz Inacio Lula da Silva
Brazil's former President Luiz Inacio Lula da Silva Credit: AP


The former president of Brazil has filed a petition to the United Nations claiming human rights abuses by his own country as he faces arrest over a corruption scandal threatening to overshadow the Olympics, the Telegraph can disclose.

Luiz Inácio Lula da Silva, credited with orchestrating the nation's successful bid for the games which begin next week, is a key suspect in Operation Car Wash, an investigation into a multi-billion-dollar kickback scheme at state-oil company Petrobras.

Lula, who could be arrested in days despite protesting his innocence, has turned to the help of Geoffrey Roberston QC, the high-profile British human rights barrister who defended Salman Rushdie, Mike Tyson and Julian Assange.

On Thursday morning, Mr Robertson filed a petition in Geneva detailing alleged violations of the International Covenant on Civil and Political Rights and abuses of power by Judge Sergio Moro, who is leading the investigation.

"Lula is bringing his case to the UN because he cannot get justice under the inquisitorial system in Brazil," Mr Robertson told the Telegraph.

"His telephones are being tapped, as are those of his family and his lawyers and the intercept transcripts, even the audio transcripts, are being released for publication by a politically hostile media.

"The judge who has been invading his privacy is having him arrested at any moment and then will become his trial judge deciding his case without a jury."

Moro has painted himself as an "attack judge" willing to court publicity – particularly in the United States – for himself and to use techniques such as public disclosure of telephone taps and indefinite detention to pressuring suspects into “plea bargains”.

Mr Robertson added: "No judge in England could act in this way, in effect both as his prosecutor and his trial judge.

“The judge even has power to detain suspects indefinitely in prison until they confess and plea bargain. This is system that breaches fundamental human rights and has been condemned by UN bodies because several thousand Brazilians are unconvicted but still languish in prison.

“This case will expose the problem of pre-trial detention in Brazil and the problem of wrongful convictions based on confessions by suspects who just want to get out of prison.

“It is very important to fight corruption but only if it is fought fairly.”

Earlier this year, Brazil's Attorney-General, Rodrigo Janot, asked the Supreme Court to open an investigation into Lula's alleged involvement in the multi-billion-dollar scandal that has already seen dozens of lawmakers arrested.
Brazil's former President Luiz Inacio Lula da Silva, centre, speaks during a rally of Social Movements for Democracy
Brazil's former President Luiz Inacio Lula da Silva, centre, speaks during a rally of Social Movements for Democracy Credit: AP
Mr Lula, president from 2003 to 2010, was swept up in the investigation in March as 200 federal police and 30 auditors carry out raids across three states, serving 33 warrants for search and seizure, and 11 for detention for questioning.

 As the ex-president was led out of his home, red-shirted supporters outside jostled with opponents, shouting and scuffling in a sign of how strong a hold the beloved 70-year-old ex-leader retains on the country.

Prosecutors allege that the Workers' Party, of which both Lula and his successor as president, Dilma Rousseff, are members, partly financed its campaigns and expenses through these kickbacks.

Both Lula and Rousseff - suspended from office for allegedly flouting budget regulations - have decided to stay from the games' opening ceremony as they contest the allegations.

Rousseff, who faces an impeachment trial shortly after the Olympics end, has condemned the campaign against her as a political coup by Vice President Michel Temer, who is currently the country’s acting leader and will remain in power until 2018 if she is impeached.

Sao Paulo newspaper Folha quoted Attorney-General Janot as saying that the kickback scheme "could never have functioned for so many years and in such a broad and aggressive form under the federal government without the participation of ex-president Luiz Inacio Lula da Silva".


 http://www.telegraph.co.uk/news/2016/07/28/brazils-scandal-hit-former-president-turns-to-un-for-help-as-he/?utm_content=bufferca232&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer

Varejistas de SP apostam em crescimento, diz Fecomercio





Arquivo/Agência Brasil
Comércio. Vendas
Vendas: para agosto, a expectativa é de aumento em torno de 4%, mas a elevação não está associada ao Dias dos Pais


A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) refez a projeção de vendas do comércio varejista paulista para este ano, passando da previsão de queda de 5% para uma estabilidade. 

Para agosto, a expectativa é de aumento em torno de 4%, mas a elevação não está associada ao Dias dos Pais.

Entre os setores que esperam faturar mais estão supermercados, farmácias, perfumarias, autopeças e combustíveis. Já as previsões mais pessimistas incluem segmentos em que, frequentemente, há mais saída nesta época, por causa do Dia dos Pais.

É o caso das lojas de tecidos, vestuário e calçados, que estimam um recuo de 5%. Também foi projetada uma queda de faturamento no setor de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-4%); concessionárias de veículos (-2%) e materiais de construção (-4%).

O assessor econômico da entidade, Thiago Santana Carvalho, afirmou que o desempenho de agosto está projetado sobre uma base muito fraca. Em agosto do ano passado, as vendas tinham recuado em 9,3% sobre 2014. Segundo Carvalho, até abril deste ano, houve uma retração de 2,1%, mas a queda foi menos intensa do que o previsto no acumulado de 12 meses (-6%) e isso levou a uma revisão de expectativas.

Na opinião do economista, houve melhoria nos indicadores de confiança do setor, diante das mudanças em andamento no cenário político do país. Carvalo ressaltou que ainda há uma situação desfavorável na economia, que inibe o consumo, como o desemprego, juros elevados, maior restrição na concessão de crédito e maior comprometimento na renda familiar, devido à elevação de preços de produtos essenciais.


Presente do Dia dos Pais


De acordo com a FecomercioSP , muitos itens das listas de presentes mais procurados para os pais tiveram reajuste acima da inflação média acumulada em 12 meses até junho (de 9,64%, segundo o Custo de Vida por Classe Social (CVCS) calculado pela entidade.

Entre os produtos estão: microcomputador (26,4%), joia (22,4%), televisor (16,7%), instrumento musical (13,3%), aparelho de som (12,2%), camisa/camiseta masculina (11,1%), calça comprida masculina (10,1%) e bicicleta (10,0%). Já entre os que foram reajustados abaixo da inflação estão: os sapatos masculinos (3,1%), CD e DVD (3,6%), tênis (3,8%), short e bermuda masculina (5,4%), perfume (8%) e aparelho de DVD (9,3%) .