Arquivo/Agência Brasil
Vendas: para agosto, a expectativa é de aumento em torno de 4%, mas a elevação não está associada ao Dias dos Pais
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) refez a projeção de vendas do comércio varejista paulista para este ano, passando da previsão de queda de 5% para uma estabilidade.
Para agosto, a expectativa é de aumento em torno de 4%, mas a elevação não está associada ao Dias dos Pais.
Entre os setores que esperam faturar mais estão supermercados,
farmácias, perfumarias, autopeças e combustíveis. Já as previsões mais
pessimistas incluem segmentos em que, frequentemente, há mais saída
nesta época, por causa do Dia dos Pais.
É o caso das lojas de tecidos, vestuário e calçados, que estimam um
recuo de 5%. Também foi projetada uma queda de faturamento no setor de
eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-4%); concessionárias de veículos
(-2%) e materiais de construção (-4%).
O assessor econômico da entidade, Thiago Santana Carvalho, afirmou que o
desempenho de agosto está projetado sobre uma base muito fraca. Em
agosto do ano passado, as vendas tinham recuado em 9,3% sobre 2014.
Segundo Carvalho, até abril deste ano, houve uma retração de 2,1%, mas a
queda foi menos intensa do que o previsto no acumulado de 12 meses
(-6%) e isso levou a uma revisão de expectativas.
Na opinião do economista, houve melhoria nos indicadores de confiança do
setor, diante das mudanças em andamento no cenário político do país.
Carvalo ressaltou que ainda há uma situação desfavorável na economia,
que inibe o consumo, como o desemprego, juros elevados, maior restrição
na concessão de crédito e maior comprometimento na renda familiar,
devido à elevação de preços de produtos essenciais.
Presente do Dia dos Pais
De acordo com a FecomercioSP , muitos itens das listas de presentes mais
procurados para os pais tiveram reajuste acima da inflação média
acumulada em 12 meses até junho (de 9,64%, segundo o Custo de Vida por
Classe Social (CVCS) calculado pela entidade.
Entre os produtos estão: microcomputador (26,4%), joia (22,4%),
televisor (16,7%), instrumento musical (13,3%), aparelho de som (12,2%),
camisa/camiseta masculina (11,1%), calça comprida masculina (10,1%) e
bicicleta (10,0%). Já entre os que foram reajustados abaixo da inflação
estão: os sapatos masculinos (3,1%), CD e DVD (3,6%), tênis (3,8%),
short e bermuda masculina (5,4%), perfume (8%) e aparelho de DVD (9,3%) .
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