Michaela Rehle/Reuters
Alemanha: quatro tragédias seguidas geraram nervosismo e preocupação entre a população e o governo alemão
Da AFP
Um atentado suicida perto de um festival de música, um ataque com machado, um tiroteio sangrento em Munique e outra agressão com faca: a Alemanha viveu uma série de tragédias em menos de uma semana, gerando medo e nervosismo entre a população e o governo.
24 de julho: atentado suicida
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Um refugiado sírio de 27 anos, que jurou lealdade ao grupo extremista
Estado Islâmico (EI), que por sua vez o reconheceu como um de seus
"soldados", detonou os explosivos que levava consigo ao cair da noite no
centro de Ansbach, cidade de 40 mil habitantes da Baviera (sul), nos
arredores de um festival de música pop ao ar livre, ao qual assistiam
2.500 pessoas.
O agressor morreu na explosão, enquanto 15 pessoas ficaram feridas, quatro delas com gravidade, mas não correm risco de morrer.
Enquanto isso, as autoridades bávaras privilegiaram desde o princípio a
pista extremista, Berlim tentou relativizar a informação à espera de uma
confirmação.
O solicitante de asilo (rejeitado), que devia ser extraditado para a
Bulgária, esteve internado em uma clínica psiquiátrica após duas
tentativas de suicídio.
Ele tinha tentado entrar em vão no recinto onde era celebrado o festival e pouco depois se fez explodir nas proximidades.
24 de julho: ataque com facão
Um refugiado sírio de 21 anos matou durante uma briga uma polonesa de 45
a golpes de facão em um pequeno restaurante da cidade de Reutlingen
(sudoeste), e fugiu correndo depois, ferindo em sua passagem outras
pessoas, semeando o pânico.
Finalmente, foi detido ao ser deliberadamente atropelado por um automóvel. Segundo a polícia, foi um crime passional.
22 de julho: tiroteio em Munique
David Ali Sonboly, um alemão de origem iraniana de 18 anos, obcecado por
chacinas, matou nove pessoas, adolescentes e adultos jovens em sua
maioria, perto de um centro comercial de Munique.
Ele sofria de problemas psiquiátricos. Sonboly preparou a ação durante
um ano. Um de seus amigos, de 16 anos, foi detido, e a polícia suspeita
que ele tenha sido informado do plano de massacre pelo autor e não deu a
informação a ninguém.
Esta troca de tiros provocou cenas de pânico na cidade, visto que a
polícia acreditou durante horas que se tratava do ato de um comando
terrorista, mobilizando 2.300 efetivos.
18 de julho: atentado com machado
Um jovem solicitante de asilo de 17 anos, que disse ser afegão, agrediu
turistas de Hong Kong que viajavam em um trem a golpes de machado e faca
perto de Wurtzburgo, atacando em seguida uma mulher que passeava com
seu cão na rua. Cinco pessoas ficaram feridas.
Pouco depois, o agressor foi morto pela polícia.
O jovem reivindicou seu ato em um vídeo filmado previamente em nome do grupo Estado Islâmico.
A polícia acredita que possa se tratar de um paquistanês.
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