quinta-feira, 28 de julho de 2016

Zas fundamenta crescimento com vendas para a classe C




Construtora estima receita de R$ 80 milhões com empreendimentos na região metropolitana de Porto Alegre

Por Laura D'Angelo
laura.cauduro@amanha.com.br

 

A ascensão da classe C foi o símbolo da pujança econômica brasileira do início da segunda década dos anos 2000. De 2013 para cá, porém, o desemprego e a escalada dos preços fizeram com que muitas famílias adiassem seus sonhos de consumo – inclusive o de adquirir casa própria. Mesmo em um momento aparentemente pouco promissor, os sócios da Zas Construtora apostam nesse nicho para ganhar corpo nos seus primeiros anos de vida e entrar de forma incisiva no concentrado mercado da construção civil. Todos os projetos da empresa fundada em 2011 estão focados no público atendido pelo programa federal Minha Casa Minha Vida, que auxilia o financiamento de residências de até R$ 160 mil. 

“Todos os setores imobiliários diminuíram as vendas, é verdade. Mas é no Minha Casa Minha Vida onde ainda há mais dinheiro. O segmento foi o que menos sentiu [a crise econômica]. O brasileiro está deixando de comprar carro para sair do aluguel e ter sua casa própria. É a mesma faixa de parcela mensal a pagar”, explica Lorenzo Zaluski (na foto, ao centro), sócio da Zas em conjunto com Nélio Azeredo (à esquerda) e Edgar Schlusen, cujas iniciais dos sobrenomes dão forma ao nome da construtora. O empreendimento mais recente da construtora destinado ao público da classe C é o Bella Vista, primeiro bairro planejado de Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre. 

A cidade não foi escolhida por acaso. A Zas realizou uma pesquisa que detectou o desenvolvimento da capital gaúcha no sentido da vizinha Viamão.  “Todos os lançamentos do Minha Casa Minha Vida em Porto Alegre acontecem na direção de Viamão. E o município está carente de lançamentos imobiliários”, diagnostica Edgar Schlusen. O objetivo é que o novo bairro atraia não somente os moradores locais, mas também de regiões próximas. A Zas é responsável pelo loteamento dos 520 terrenos, a construção de toda a infraestrutura e das áreas conjuntas, como praças e o centro comercial. O investimento será de cerca de R$ 12 milhões, todo realizado com recursos próprios. 

O prazo oficial de entrega é março do próximo ano, mas os sócios da Zas acreditam que as obras devem ser finalizadas entre outubro e novembro de 2016. Na mesma época, a construtora lançará outro empreendimento, o Monte Bello, bairro planejado em Nova Santa Rita. 

Também destinado à classe C, o projeto terá aporte de cerca de R$ 15 milhões e será o maior já realizado pela construtora, com mais de 700 lotes. O município, que fica a 21 quilômetros da capital gaúcha, possui um complexo logístico que tem atraído centros de distribuição de diversas empresas. “Existe um polo potencial de moradores”, projeta Zaluski. 

Os dois bairros, além de três condomínios residenciais em São Leopoldo cujas obras devem iniciar neste ano, devem gerar um VGV [ou Valor Geral de Vendas, índice calculado pela soma do valor potencial de comercialização  de todas as unidades de um empreendimento a ser lançado] de mais de R$ 80 milhões. A Zas quer ainda tirar do papel o loteamento de mais três áreas em Viamão e Novo Hamburgo. 


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