segunda-feira, 12 de setembro de 2016

7 brasileiras integram Índice Dow Jones de Sustentabilidade





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Mão segura um globo terreste, sinal de sustentabilidade
Ecoelite: o IDJS é a principal referência em sustentabilidade do mercado para companhias de capital aberto.
 
 
 
São Paulo -  Sete empresas brasileiras integram a nova composição do Índice Dow Jones de Sustentabilidade (IDJS), que começa a valer no próximo dia 19. Nesta edição, o índice reúne 315 empresas de setores variados da indústria mudial.


Para serem incluídas, elas passam por rigoroso processo seletivo, que analisa dados econômicos, desempenho ambiental e social, governança corporativa, gestão de risco, mitigação da mudança climática e práticas trabalhistas.

A seleção é conduzida pela RobecoSAM AG, empresa especializada em gestão de ativos e na oferta de produtos e serviços no campo de investimentos sustentáveis. 

Como todos os anos, também foram anunciadas as empresas líderes em sustentabilidade em 24 supersetores:

Setor Empresa líder no IDJS País
Automóveis e componentes Bayerische Motoren Werke AG Alemanha
Bancos Westpac Banking Corp Austrália
Bens de capital Koninklijke Philips NV Holanda
Serviços comerciais e profissionais SGS SA Suíça
Bens duráveis e eletrônicos LG Electronics Inc Coréia do Sul
Serviços ao consumidor Sodexo França
Serviços financeiros diversificados UBS Goup AG Suíça
Energia Thai Oil PCL Tailândia
Varejo de alimento e papelaria METRO AG Alemanha
Comida e bebida Nestle SA Suíça
Equipamentos e serviços para a saúde Abbott Laboratories Estados Unidos
Produtos domésticos e de uso pessoal Unilever NV Holanda
Seguros Swiss Re AG Suíça
Materiais Koninklijke DSM NV Holanda
Mídia Telenet Group Holding NV Bélgica
Fármacos e biotecnologia Roche Holding AG Suíça
Imobiliário Stockland Austrália
Varejo Industria de Diseno Textil AS Espanha
Equipamentos semicondutores Advanced Semiconductor Engineering Inc Taiwan
Software e serviços Atos SE França
Tecnologia de hardware e equipamentos Hewlett Packard Enterprise Co Estados Unidos
Telecomunicações Telecom Italia SpA Itália
Transporte PostNL NV Holanda
Utilidades Iberdrola AS Espanha

Lançado em 1999 como primeiro índice global de ações composto por companhias consideradas social e ambientalmente responsáveis, o DJSI tem o objetivo de orientar a alocação de recursos pelos gestores globais, estimulando a responsabilidade ética corporativa e o desenvolvimento sustentável.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

BNDES reduz exigência de conteúdo nacional





Medida evita que fornecedores fiquem desenquadrados por efeitos cambiais
Da Redação, com Agência Brasil


redacao@amanha.com.br

 


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a redução de 60% para 50% do índice mínimo de nacionalização em valor exigido para o credenciamento de máquinas e equipamentos, sistemas industriais e componentes nas operações de crédito do Banco, chamado Credenciamento de Fornecedores Informatizado (CFI). O índice é avaliado em valor e peso. Nesse último, o índice mínimo de nacionalização se mantém inalterado em 60%. A medida anunciada é temporária. Vai vigorar até 30 de junho de 2017. 

Ela atende a demandas feitas ao banco por algumas entidades representativas da indústria, como a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimac), informou o chefe do Departamento de Relações Institucionais da Área de Operações Indiretas do BNDES, Carlos Alberto Viana. Ele declarou que pesaram na decisão as variações na taxa de câmbio que poderiam afetar as planilhas de custo para atingimento dos índices de nacionalização, apresentadas ao BNDES pelas indústrias que possuem itens importados nas suas plantas e na construção de seus produtos. “Acreditamos que essa medida é simples; em termos de processo, é de fácil implementação; ela é simples de compreensão por parte dos atores envolvidos [indústrias e agentes financeiros]; e, obviamente, vem em um contexto de preservação de empregos, possibilidade de revisão de fornecedores por parte da indústria na solução de componentes, peças e outros produtos”, completou Viana.

O chefe do Departamento de Credenciamento de Máquinas e Equipamentos do banco, Sandro Lima, destacou que a medida atinge empresas de todos os portes que já estão credenciadas ou que possam vir a solicitar credenciamento no BNDES. “Ela vai atingir sempre aquelas indústrias em que o componente importado nos produtos tem um peso relevante ou que fique ali na borda do necessário para se credenciar junto ao nosso cadastro, que serve de base para o financiamento”, reiterou Lima. Segundo Viana, a medida é transversal em todos os setores industriais e constitui uma solução para pequenas, médias e grandes indústrias que possuem importações na estruturação dos seus produtos.

Com a medida tomada pelo BNDES, o foco é a questão do dólar, que impactou o preço dos componentes. “É uma maneira de a gente ratificar que a estrutura produtiva foi mantida”, lembrou Lima. Viana esclareceu que não se trata de uma medida de revisão de políticas do BNDES. “Ela é direcionada a uma questão objetiva, de um contexto da variação do câmbio e do impacto disso nas planilhas de custo dos fabricantes”, destacou. A expectativa do banco, ao estender a medida até junho do próximo ano, é que os fabricantes tenham condições de avaliar de que maneira os produtos vão ser elaborados, qual a origem do seu fornecimento, inclusive dar tempo de se desenvolver fornecedores locais. Viana sublinhou que o banco precisava dar um horizonte de médio prazo para que, durante esse período, os fabricantes pudessem descobrir outras alternativas para se ajustarem à questão da medida temporária, cujo objetivo principal é evitar que as indústrias fiquem desenquadradas das regras de financiamento por questões de efeitos cambiais. 

As normas completas para o credenciamento de máquinas, equipamentos, sistemas e componentes estão disponíveis aqui

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Planalto teve nudez artística na noite do impeachment




Ueslei Marcelino/Reuters
A presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto
Dilma: a cena passaria despercebida, se o local não fosse o palácio e o horário da pintura não tivesse sido a noite do afastamento definitivo de Dilma
 
Tânia Monteiro, do Estadão Conteúdo


Brasília - Na noite do impeachment, o Palácio do Planalto viveu uma situação inusitada. Uma mulher se deitou no chão do quarto andar, um acima do pavimento do gabinete do presidente Michel Temer, e teve os seios e os braços pintados.

Era um ensaio da maquiadora Ana Siqueira, que pinta modelos com reproduções de Athos Bulcão. 

No local, há uma parede com azulejos do artista.

A cena passaria despercebida, um mero momento artístico, se o local não fosse o palácio e o horário da pintura, das 22 horas às 2 da madrugada, não tivesse sido a noite de um dia tenso, quando Dilma Rousseff, no início da tarde, foi afastada definitivamente da Presidência da República e Temer inaugurava seu governo efetivo.

O tom de descontração da cena de pintura, apresentado em um clipe divulgado nas redes sociais pelo fotógrafo Kenzo Kazuo, gerou polêmica e despertou a curiosidade de servidores que ainda estavam no palácio, apesar da hora.

A autorização para o ensaio, dada pela Coordenação de Relações Públicas do Planalto, causou preocupação e surpresa à segurança. A servidora que autorizou a entrada do grupo ao Planalto foi demitida.

A Secretaria de Imprensa informou que o trabalho ali desenvolvido "extrapolou qualquer autorização" e "houve uma certa permissividade no ambiente do Planalto".


Glassdoor compra Love Mondays, site de avaliação de empresas





Fabiano Accorsi / Você S/A
 
Luciana Caletti, do Love Mondays
Luciana Caletti, do Love Mondays: lançado em 2014, site ajuda profissionais a conhecer 75.000 empresas e candidatar-se a vagas
 
 
 
 
São Paulo – Em sua primeira aquisição fora dos Estados Unidos, o Glassdoor anunciou hoje a compra do Love Mondays, site brasileiro de avaliações de empresas, salários e vagas de emprego. Os detalhes financeiros da transação não foram divulgados. 

O Love Mondays ajuda profissionais a saber como é trabalhar em mais de 75.000 empresas, conhecer faixas salariais e candidatar-se a vagas de emprego no Brasil.

Lançada em 2014, a empresa recebeu investimento de mais de US$ 2 milhões, liderado por Kaszek Ventures, o principal fundo de venture capital da América Latina.

Com apenas 20 funcionários, ela será incorporada nas próximas semanas, mas continuará operando sob sua própria marca no Brasil.

“A reputação e a liderança do Glassdoor tornam a empresa um parceiro ideal para que o Love Mondays cresça ainda mais”, disse Luciana Caletti, cofundadora e CEO do Love Mondays.

Criado em 2008, o Glassdoor tem anúncios de vagas de emprego e dados sobre mais de 580.000 empregadores em 190 países.

“Estamos muito impressionados com a equipe do Love Mondays, seu rápido crescimento e sua capacidade de atrair profissionais brasileiros e empresas para seus produtos e serviços”, disse Robert Hohman, cofundador e CEO do Glassdoor, Inc. 

A aquisição marca a entrada oficial do Glassdoor na América Latina e será uma porta para que a companhia norte-americana fortaleça sua presença na região.
Com a adição do Love Mondays, além do site Glassdoor.com, a empresa agora tem presença em mais de 12 países, incluindo Reino Unido, Irlanda, Canadá, Austrália, Índia, França, Alemanha, Holanda, Áustria, Suíça, e Bélgica e está disponível em cinco idiomas (inglês, francês, alemão, holandês e português).

AB Inbev compra cervejaria artesanal belga Bosteels





Thinkstock/photologica
Cerveja
Sede de compra: aquisição é mais um passo da belga-brasileira no mercado de cervejas artesanais
 
 
 
 
São Paulo – A sede de compra da belga-brasileira AB Inbev parece não ter fim. Agora foi a vez da centenária cervejaria belga Bosteels ser comprada por um valor não divulgado.

A recém-adquirida é a fabricante das cervejas artesanais Tripel Karmeliet, Kwak e Deus, criadas pela família Bosteels, há sete gerações no controle da empresa.

“Por respeito à tradição das marcas, a fabricação seguirá na cidade de Buggenhout, na Bélgica, onde elas sempre foram produzidas”, informou a AB Inbev em comunicado.

As condições do negócio não foram confirmadas, mas a estimativa é que a AB Inbev tenha desembolsado 200 milhões de euros na transação. Heineken teria perdido a disputa.

A compra é mais da série de aquisições de cervejas artesanais que tem sido feita pela AB Inveb nos últimos anos, avida pelo crescimento do segmento no mundo todo – apenas nos Estados Unidos, as bebidas já representam 17% de todo mercado.

No Brasil, as duas maiores compras foram das marcas Wäls e Colorado, em fevereiro e julho de 2015, respectivamente.

Enquanto investe no aumento de portfólio de artesanais, a AB Inbev aguarda a conclusão do terceiro maior negócio da história do mundo em valor: a compra da SAB Miller por 79 bilhões de libras. 
 

Mastercard é processada em US$ 19 bi na Inglaterra





Andrew Harrer/Bloomberg
Cartões de débito da MasterCard
MasterCard: empresa teria cobrado tarifas ilegais de lojistas, que repassaram os preços para os consumidores
 
Da REUTERS




Londres - Cerca de 46 milhões de pessoas na Inglaterra podem se beneficiar de um processo aberto contra a Mastercard e que demanda o equivalente a 19 bilhões de dólares da empresa, acusada de cobrar tarifas excessivas, segundo documentos judiciais.

O caso aberto por um ex-ombudsman de serviços financeiros alega que a companhia cobrou tarifas ilegais de lojistas sobre vendas e que estas tarifas foram repassadas na forma de preços maiores cobrados dos consumidores.

O processo afirma que a Mastercard fez isso durante 16 anos, entre 1992 e 2008, segundo mais de 600 páginas de documentos encaminhadas à Justiça britânica.

"Isso foi quase como um imposto invisível", dissde Walter Merricks, autor do processo, à BBC. "A Mastercard não teve a sensatez de aceitar que isso estava prejudicando os consumidores do Reino Unido."

A Mastercard negou qualquer ato indevido. "Continuamos a não concordar firmemente sobre as bases desta acusação e pretendemos nos opor vigorosamente", disse a segunda maior rede de pagamentos do mundo.

O processo foi aberto depois que o órgão de defesa da concorrência da União Europeia decidiu em 2014 que as tarifas cobradas dos lojistas pela Mastercard para processar pagamentos internacionais eram excessivas.

O escritório de advocacia Quinn Emanuel disse que o processo é o maior na história da Inglaterra e que foi aberto sob uma legislação que implica que os consumidores automaticamente serão reclamantes a menos que manifestem interesse em contrário.

Qualquer pessoa que mora na Inglaterra e usou um cartão de crédito, dinheiro ou cheque e que tinha mais de 16 anos no período envolvido no processo será automaticamente parte na ação. Se os 14 bilhões de libras cobrados no processo fossem divididos igualmente, cada pessoa vai receberia mais de 300 libras cada, segundo cálculos da Reuters.

Um advogado que trabalha no caso afirmou que a Mastercard cobrava dos lojistas tarifas excessivas de 1 por cento pelo uso do cartão em transações internacionais entre 1992 e 2008.

Apesar da UE ter decidido apenas que as tarifas internacionais da Mastecard eram ilegais, isso impactou consumidores na Inglaterra porque era a taxa padrão cobrada no país.

Dois anos atrás, a UE limitou as tarifas cobradas dos varejistas a 0,2 por cento no caso das transações com cartões de débito e 0,3 por cento nas feitas com cartão de crédito.
Qualquer audiência no caso não é esperada para antes de 2018.

Temer demite advogado-geral da União. Grace Mendonça assume






Gil Ferreira/STF
A nova advogada-geral da União, Grace Mendonça, em sessão do STF em 2009
 
 
 
 
São Paulo - O presidente Michel Temer (PMDB) pôs em prática a reforma ministerial, prometida durante a interinidade de seu governo. O chefe da AGU (Advocacia-Geralda União) Fabio Medina Osório foi dispensado pelo peemedebista na manhã desta sexta-feira (9). Há pouco, Temer convidou Grace Maria Fernandes Mendonça para o cargo. Ela é a primeira mulher a ser nomeada para o alto escalão da equipe ministerial do peemedebista.

Professora de Direito Constitucional da Universidade Católica de Brasília, Grace chefia a Secretaria-Geral de Contencioso da AGU desde 2003. No órgão, já atuou como adjunta do Advogado-Geral da União e como Coordenadora-Geral do Gabinete do Advogado-Geral da União.
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Em 2008, assumiu interinamente o cargo de advogado-geral da União.


Desentendimentos


Os rumores de que Medina Osório sairia do governo ganharam força na noite desta quinta-feira (8), após ele ter se reunido com o ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha (PMDB-RS). O ex-chefe da AGU é o terceiro ministro de Temer a cair desde maio. 

Considerado um dos principais nomes do núcleo duro de Temer, Padilha sinalizou que o chefe da AGU não atuava alinhado com o governo. Vale lembrar que Padilha foi o responsável por indicar Medina Osório para a função, mas não estaria satisfeito com as ações do afilhado.

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fábio Medina Osório, presidente do Instituto Internacional de Estudos de Direito do Estado, durante sessão da Comissão Especial do Impeachment, dia 02/05/2016
Fábio Medina Osório, ex-advogado-geral da União


O pedido de Osório para ter acesso aos inquéritos de políticos envolvidos na Operação Lava Jato sem comunicar Temer não foi bem recebido pelo Palácio do Planalto. A iniciativa gerou uma crise dentro do governo e a situação de Osório ficou complicada, segundo interlocutores da base governista.

Outro fato que gerou desconforto do governo com Osório foi a decisão do chefe da AGU de demitir Luís Carlos Martins Alves Júnior, um de seus adjuntos. Alinhado com Padilha, Alves defendia que a atuação da AGU deveria focar na defesa do patrimônio público e não se debruçar sobre os inquéritos de políticos na Lava Jato.

No início de junho, o chefe da AGU já estava em uma situação delicada. Ao tentar embarcar na Base Aérea em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), teve o pedido negado. Diante da negativa, teria dado uma “carteirada” nos oficiais da Aeronáutica, dizendo ter status de ministro de Estado. A confusão chegou ao gabinete do presidente e gerou desconforto. À época, a assessoria negou que ele tenha tido problemas para viajar. 

Recentemente, Medina Osório se desentendeu com Grace Mendonça, que até então era secretária-geral da área de contencioso da pasta. Essa divergência entre os dois também colocou o chefe da AGU na mira do governo Temer.

Procurado por EXAME.com, Medina Osório não respondeu até o fechamento da matéria. A sucessora Grace Mendonça é técnica e tem bom trânsito no Supremo Tribunal Federal (STF).

A reforma ministerial não deve parar por aí. Auxiliares de Temer admitem que o próximo a passar pela dança das cadeiras será Ricardo Barros, ministro da Saúde, que já se envolveu em uma série de polêmicas desde que chegou ao cargo.


Veja nota do governo: 


"O presidente Michel Temer convidou hoje para ocupar o honroso cargo de Advogado Geral da União, a doutora Grace Maria Fernandes Mendonça, distinta profissional e servidora de carreira daquele órgão.

O presidente agradece os relevantes serviços prestados pelo competente advogado doutor Fábio Medina Osório, que deixa o cargo."