quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O mundo encantando da sombra da vida


Criatividade, absurdo e encantamento são pilares nas criações de um 'psicólogo-artista'
Por Tiago Bosco 



Um observador atento do "aspecto emocional dos humanos e das cores da vida". Este é Ciryl Rolando, um psicólogo clínico francês,que faz da mente humana o seu objeto de estudo. Mas ele vai mais longe: dá novo corpo a cada sentimento. E faz através de ilustrações digitais, onde o papel é o monitor de um computador.

Quando este psicólogo francês deixa a veia artística expressar-se, o seu nome passa a ser Aquasixio (http://aquasixio.deviantart.com). É asim que assina as obras em que nos mostra um mundo transcendental com raízes no trabalho de Tim Burton e de Hayao Miyazaki.

"Gosto do movimento surrealista, especialmente do trabalho de Boris Vian", conta o psicólogo-artista. Todas as ilustrações de Aquasixio tem três pilares: a criatividade, o absurdo e o encantamento. Tudo isto cheio de cores, mas não de tons muito fortes.

"A sombra da vida é mais inspiradora que as pessoas felizes e seguras", afirma. 

Confira abaixo algumas ilustrações de Ciryl Rolando.

 
Save. Our. Souls" 
(Salve as nossas almas)


 
"Raw ambition" 
(Ambição bruta)


 
"A Painting As a Door" 
(Um quadro como uma porta)


"The Glimmers of Aurora" 
(O lampejar da aurora)


 
"Rage" 
(Fúria)


Panvel, maior rede de farmácias do Sul, avança e chega a SP





Fernando Scheller, doEstadão Conteúdo

25 - Panvel Farmácias
Panvel: para se diferenciar dos concorrentes, a rede aposta na venda de produtos de higiene e beleza


São Paulo - Criada há 43 anos a partir da união de dois negócios familiares do Rio Grande do Sul - a Panitz e a Velgos -, a rede de farmácias Panvel vai colocar os pés em São Paulo na semana que vem.
O grupo, que fatura R$ 2 bilhões por ano, vai usar a loja - que terá 370 metros quadrados de área - para planejar a expansão no Estado, que deverá ganhar velocidade a partir de 2018.
Apesar de ter mais de quatro décadas de tradição, sem contar a história das empresas que lhe deram origem, a Panvel só começou a crescer de forma expressiva fora de terras gaúchas a partir de 2010.
Hoje, tem 370 lojas na Região Sul, sendo 260 no Rio Grande do Sul, 50 em Santa Catarina e 60 no Paraná. Geralmente, a expansão começa pelas maiores cidades dos Estados e depois se estende aos principais polos regionais.
A Panvel faz parte do grupo Dimed, que é controlado por três famílias - Mottin, Weber e Pizzatto. Do total de receitas, 82% se concentram na rede de varejo, enquanto os 18% restantes são provenientes da distribuição de medicamentos.
O grupo ainda é dono de um laboratório que fabrica itens de higiene e beleza e fornece não só para a Panvel, mas também para terceiros, incluindo a Lojas Renner. A Panvel tem capital aberto na BM&FBovespa desde meados da década de 1980.
Segundo o presidente do grupo Dimed, Julio Ricardo Mottin Neto, a meta para 2017 é colocar o pé no acelerador quando o assunto é a abertura de lojas. Estão previstas 50 novas unidades para o ano que vem, contra as 38 de 2016.
O executivo diz que a empresa evitou investimentos exagerados nos tempos de bonança da economia e, por isso, tem condições agora aproveitar oportunidades trazidas pela crise. Neste ano, segundo ele, o crescimento nas vendas está na ordem de 16,5%, apesar da economia estar em recessão.
A entrada da Panvel no mercado de São Paulo é consequência da longa relação da rede com o Grupo Zaffari, que recentemente abriu um hipermercado no Shopping Morumbi Town, empreendimento recentemente inaugurado na Avenida Giovani Gronchi, na zona sul da capital.
"No Rio Grande do Sul, temos Panvel em todos os shoppings Bourbon. Esse relacionamento de longo prazo ajudou agora na nossa entrada no mercado paulista", diz Mottin. O investimento total na loja do Morumbi Town foi de R$ 1,2 milhão.
Para se diferenciar de concorrentes de maior porte muito bem estabelecidas em São Paulo - só a Raia Drogasil tem quase 800 lojas no Estado -, a Panvel tem a seu favor, segundo Mottin, o bom trabalho na área de higiene e beleza.
Hoje, o segmento responde por 35% das vendas da Panvel, quase o dobro da média do setor. Na líder Raia Drogasil, esse indicador gira entre 26% e 28%.

Consolidação

Embora o executivo da Dimed afirme que a Panvel não tem interesse em participar de um movimento de fusão ou aquisição, analistas que acompanham o mercado de varejo de medicamentos afirmam que as redes médias deverão passar por um processo de consolidação no longo prazo.
"Nós acreditamos que o mercado de varejo de medicamentos no Brasil será mais concentrado e vemos menos oportunidades para as redes de médio porte sobreviverem", aponta relatório do banco Brasil Plural sobre o setor, divulgado em setembro.
O banco ressalta que, embora a fatia de mercado dos dez maiores varejistas de medicamentos não tenha mudado muito nos últimos anos - mantendo-se ao redor de 41% -, a participação das redes independentes caiu de 33,7% para 29,6% somente nos últimos quatro anos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Receita investiga escritórios que prometem trocar títulos por fim de débitos









A Receita Federal anunciou, nesta segunda-feira (3/10), uma operação nacional contra desvios nos cofres públicos, incluindo fraudes com títulos públicos para pagamento de débitos. Segundo o fisco, alguns escritórios de advocacia e contadores têm oferecido créditos para liquidação de débitos, enganando contribuintes interessados em regularizar dívidas.

Esses escritórios — sediados em São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Goiás — afirmam que os créditos têm amparo em Títulos da Dívida Pública ou apresentam documentação falsa com despachos de reconhecimento da Receita Federal sobre supostos créditos de decisões judiciais, créditos de IPI e de outros tributos.

Parte deles apenas vende os supostos benefícios, de acordo com o órgão, enquanto outros oferecem “assessoria completa”: comercializam créditos, retificam as declarações do contribuinte (DCTF/GFIP/PGDAS-D), retiram a certidão negativa e recebem o pagamento no final da operação.

A Receita afirma que já notificava individualmente contribuintes enganados. Como a fraude continua crescendo, montou um grupo nacional de especialistas para identificar todos as suas modalidades, selecionar os contribuintes infratores e preparar uma operação nacional de cobrança dos débitos.

Foram selecionados aproximadamente 10 mil contribuintes, que devem R$ 4 bilhões.

O órgão anunciou ainda ter criado um novo sistema de tecnologia da informação capaz de cruzar dados e mostrar quais ações de cobrança de tributos venceu em tribunais. Essa ferramenta permite ao fisco reativar a cobrança do crédito tributário quando a União vence recursos repetitivos ou com repercussão geral.

Assim, por exemplo, é possível reativar a cobrança do crédito tributário em todas as unidades do país e não em cada caso concreto, além de encontrar processos sem nenhum  provimento suspensivo da cobrança.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Receita Federal.

O exército do ‘fora Temer’

 

 Resultado de imagem para fotos do Arnaldo Jabor

 

Fico com inveja dos manifestantes que berram, orgulhosos, iluminados pela certeza de que lutam pelo bem do Brasil

Eu também quero ser feliz. Fico com inveja dos manifestantes que berram ‘Fora Temer’, orgulhosos, iluminados pela certeza de que lutam pelo bem do Brasil. Tenho inveja deles. Nada é mais cobiçado do que a chamada ‘boa consciência’, a sensação de estar do lado certo da história ou da justiça. Tenho inveja de famosos artistas e intelectuais que aderiram à causa do ‘Fora Temer’, se bem que ainda não consegui entender o labirinto ideológico dentro de suas cabeças que desemboca nesses protestos. Fico inquieto, mas logo me tranquilizo, porque eles, pessoas especiais, têm um fino saber e se tivessem tempo (ou saco) me elucidariam sobre suas profundas razões. Esforço-me, mas ainda não alcanço essa profundidade. Acho que tenho de me rever, fazer uma autocrítica. Talvez eu seja levado por minha cruel personalidade que, como eles dizem, não deseja o progresso do país. Eu sei que, ai de mim, talvez eu não passe mesmo de um fascista neoliberal, mas também sou um ser humano. Por isso, me entendam — eu quero ser salvo, doutrinado, catequizado pelo saber histórico dos manifestantes. Peço, por favor, que me ajudem a entender suas teses, para que eu saia das trevas da ignorância. Eu sou um pobre homem alienado, mas quero me atualizar. Por isso, trago algumas perguntas para me livrar dessas dúvidas pequeno-burguesas.

Por exemplo:

Me expliquem por que a palavra de ordem é “golpe, golpe”. Como assim? — pensei, na minha treva: se a Suprema Corte, o Congresso, o Ministério Publico, a PGR, a Ordem dos Advogados, a Associação dos Magistrados do Brasil levaram nove meses para cumprir o ritual constitucional e legitimaram o impeachment, por que é golpe? A turma do ‘Fora Temer’ deve saber. Talvez, alguém da direita tenha envenenado a mente desses juízes, congressistas, advogados e procuradores. Quem, na calada da noite, se reuniu com eles e juntos planejaram um golpe contra a Dilma? Imagino a cena, tarde da noite num bar de hotel: ministros e juízes bebem e celebram, às gargalhadas, um plano para arrasar o PT. Me expliquem esse mistério, pelo amor de Deus.

Vejo, com assombro de inocente inútil, que ignorei a estratégia bolivariana quando Dilma declarou em campanha que na economia estávamos bem. Frívolo que sou, achei que o Dilma estava mentindo; mas, logo lembrei que era “mentira revolucionária” para ser eleita — hoje, entendo que Dilma fez bem em encobrir um rombo de R$ 170 bilhões com dinheiro dos bancos públicos.

Quebrou-se a Petrobras, mas já posso ouvir nossa “intelligentsia”: “os fins justificam os meios e se a Petrobras era do povo, seu dinheiro podia ser expropriado para o bem do povo”. Na mosca. Espantei-me com a visão de mundo que justificou a compra da refinaria de Pasadena por um preço 30 vezes maior; pagamos por uma lata velha um bilhão e meio de dólares. Mas eu, um idiota da objetividade, tenho a convicção de que vocês me revelarão a límpida verdade: Dilma sabia da venda, mas fez vista grossa em nome de nossa salvação. Afinal, o que são um bilhão de dólares diante do socialismo (ou brizolismo) triunfante que virá?

Às vezes, em minha hesitante mediocridade, temi que os 50 mil petistas empregados no governo estivessem trabalhando para o PT e não para a sociedade, mas já ouço a voz de grandes artistas explicando-me, com doce benevolência, que a sociedade não é confiável e que os petistas não eram infiltrados, mas vigilantes de sua missão no futuro.

Houve um momento em que achei, ingenuamente, que a nova matriz econômica de Dilma e Mantega era o rumo certo para a catástrofe. Ou para o brejo. Mas, sei que os sapientes comunistas dirão que esse será um brejo iluminista que acordará as mentes para a verdade. Assim, respiro aliviado.

Entendi-os: “Mesmo a ruína poderá ser didática”. Eles dirão, imagino, que um poder popular não podia se ater a normas econômicas neoliberais e tinha de estimular o consumo. Isso criou 12 milhões de desempregados? Sim, mas nossos teóricos rebaterão que, mesmo quebrando o país e provocando inflação, esses 12 milhões sentiram o gostinho das geladeiras e TVs e que isso é a criação de um desejo para o socialismo. Na mosca.

Confesso também que fiquei desanimado com o atraso de todas as obras prometidas, que o PAC não andou, que não devíamos financiar portos e pontes em Venezuela, Angola e Cuba, mas eles me ensinarão que a solidariedade internacional bolivariana é fundamental para a vitória de seu projeto.

Quero me penitenciar também por ter me entusiasmado com a Lava-Jato, que considerei uma mutação histórica. Depois, lendo os jornais e as explicações de gente lúcida como a barbie-bolivariana Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias, o homem que salvou Nova Iguaçu, voltei atrás e vejo que Moro e seus homens não passam de fascistas que querem impedir o avanço das forças do progresso. A Lava-Jato, hoje o sei, é de direita.

Às vezes, reacionários criticam o governo Dilma por gastar muito em publicidade, porque desde o início do governo do PT foram gastos R$ 16 bilhões. Eu achava isso errado, mas sábias palavras me provarão que a população é uma grande “massa atrasada” e que há que lhes ensinar a verdade do capitalismo assassino.

Também achei pouco elegante a difusão pelo mundo da tese de que um golpe terrível tinha se passado no Brasil, achei que uma presidenta não podia espalhar uma difamação sobre o próprio país. Mas artistas e intelectuais vão sorrir com superioridade e me ensinar (já os vejo...) que a adesão internacional é mais importante que velhas fronteiras nacionais.

Por isso, creio que estou pronto para minha reforma mental. Estou pronto para renegar minhas dúvidas pequeno-burguesas. E logo poderei fazer parte daqueles que invejo por seus rostos iluminados de certeza, por sua sabedoria acima da história e do óbvio.

Assim, poderei participar desses protestos, me sentir um revolucionário e gritar, de punho erguido e fronte alta: “Fora Temer!!”

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/o-exercito-do-fora-temer-20183672#ixzz4MF6wSvJk
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Empresas brasileiras fracas têm US$ 51 bi em dívida, diz FMI




Bloomberg
Mapa mundi visto dentro do símbolo do FMI
FMI: para instituição, o governo brasileiro precisa lidar com a situação para reduzir o risco para o sistema bancário
 
Altamiro Silva Junior, do Estadão Conteúdo
enviado especial, do Estadão Conteúdo


Washington - O Brasil registrou forte aumento da dívida corporativa nos últimos anos e o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou nesta quarta-feira, 5, que US$ 51 bilhões em dívidas, o equivalente a 11% dos passivos totais das empresas brasileiras, estão em "companhias fracas", com baixa capacidade de pagamento.

O diretor-adjunto do Departamento Monetário e de Mercado de Capitais do FMI, Ali Al-Eyd, explicou em uma entrevista a jornalistas hoje que empresas fracas são aquelas nas quais a geração de lucro não é suficiente para cobrir o pagamento de juros da dívida.
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O FMI também investigou o que aconteceria no Brasil em um cenário adverso, de piora adicional da atividade econômica, em que o lucro das empresas tem nova queda e os custos de captação sobem.

Neste caso, a dívida corporativa detida pelas "companhias fracas" pode subir para US$ 88 bilhões, ou cerca de 19% da dívida corporativa do País.

Por isso, segundo o FMI, é necessário que o governo brasileiro tente lidar com essa situação, o que ajudaria também a reduzir um risco importante para o sistema bancário.

Uma das recomendações é aproveitar o bom momento do cenário externo, com taxas de juros muito baixas ou negativas em vários países desenvolvidos, e busca por retorno dos investidores globais, para tentar melhorar a situação dos passivos.

Outra recomendação do FMI é que o Brasil e outros emergentes melhores as ferramentas das regras de solvência.

"O nível de alavancagem das empresas no Brasil e outros emergentes é bastante alto", disse Al-Eyd na entrevista.


TCU recomenda rejeição das contas de 2015 do governo Dilma





REUTERS/Ueslei Marcelino
Dilma Rousseff no Senado antes de seu impeachment
Dilma Rousseff: segundo Múcio, as contas da ex-presidenta não observaram princípios legais


O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovaram hoje (5), por unanimidade, o parecer do ministro José Múcio Monteiro, relator do processo que analisa as contas de 2015 do governo federal, recomendando ao Congresso Nacional a rejeição das contas da ex-presidenta Dilma Rousseff.

Durante a leitura do seu voto, o ministro relator disse que as auditorias das contas da gestão da ex-presidenta Dilma Rousseff trouxeram à tona um rol de irregularidades graves. Segundo Múcio, as contas da ex-presidenta não observaram princípios legais, em particular a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Em seu relatório preliminar, José Múcio já havia apontado 17 irregularidades, entre elas “graves irregularidades que tiveram como consequência a manutenção ou expansão dos gastos públicos em um cenário onde a legislação orçamentária e fiscal impunha uma maior restrição na execução dos gastos”.

Para o ministro, ao abusar da abertura de créditos suplementares ao longo de 2015, o governo federal se valeu de atos “que afetaram os princípios da transparência” e “dificultaram a atuação dos órgãos de controle”, como o Congresso Nacional.

“A banalização do uso de MPs [medidas provisórias] pelo governo camuflou as despesas e dificultou o controle”, disse José Múcio. Segundo ele, ao examinar os fatos e atos realizados em 2015, o TCU procura “resgatar a dignidade da questão orçamentária no país”.

O advogado de Dilma Rousseff, Ricardo Lodi, disse que o TCU deveria ter feito apenas uma ressalva nas contas do governo do ano passado, e não a rejeição total das contas. Segundo ele, o esforço fiscal que o governo federal fez em 2015 não foi adequadamente considerado pelo Tribunal de Contas.

“Não me parece que se possa admitir que houve uma reiteração daquelas irregularidades apontadas em 2014. O ano de 2015 foi muito diferente, houve o maior contingenciamento fiscal da história do Brasil e isso infelizmente não foi considerado. Mas compreendo que o ambiente político sugere que os fundamentos do impeachment dificilmente seriam revistos pelo Tribunal de Contas da União”, ressaltou Lodi.

*Colaborou Sabrina Craide

“É uma vitória para toda advocacia”, comemora Lamachia sobre manutenção do Supersimples

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Brasília – O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, comemorou com entusiasmo a manutenção da advocacia na tabela IV do Supersimples, cuja permanência estava ameaçada pelo Projeto de Lei Complementar (PLP) 25/07. O texto foi votado na noite desta terça-feira (4) na Câmara dos Deputados com a alteração que preserva a advocacia no Supersimples. Lamachia acompanhou a votação no Plenário da Casa e após a proclamação do resultado final, unanimemente aprovado por 380 votos, destacou a importância da medida e a construção coletiva do sistema OAB que levou a esse resultado.

“É uma vitória expressiva de toda a advocacia brasileira. Esta votação hoje na Câmara dos Deputados sedimenta e fortalece o Simples para a classe. Este foi um movimento que teve a participação de todos os atores da OAB”, disse Lamachia ao deixar o Plenário. Os deputados rejeitaram as emendas apresentadas e mantiveram as micro e pequenas empresas de serviços advocatícios fora de mudança de tabela para alíquotas maiores se a relação folha/receita bruta for inferior a 28%, o chamado critério de capacidade de geração de emprego.

“O que procuramos explicar aos parlamentares e às lideranças com quem estivemos aqui é que a advocacia gera postos de trabalho, mas na maioria das vezes não tem uma contratação formal da mesma maneira que temos qualquer outra empresa ou microempresa, que gera contratação pela CLT. A advocacia trabalha, pela Lei 8.906, o Estatuto da Advocacia, com a figura do advogado associado e por isso afirmamos que geramos postos de trabalho no formato associativo e por isso jamais conseguiríamos comprovar uma despesa de 28% com folha de pagamento CLT. A maioria dos advogados que estão no Simples tem no máximo uma secretária contratada”, explicou o presidente da OAB.

Lamachia fez questão de destacar o caráter coletivo da articulação que levou a aprovação da matéria e agradeceu a todos que colaboraram. “Quero agradecer os presidentes de nossas 27 seccionais, dos conselheiros federais da Ordem, dos nossos diretores, dos membros de comissões, nossa comissão de acompanhamento legislativo. Enfim, todos os dirigentes do sistema OAB se envolveram diretamente nesse processo buscando de fato que fosse feita justiça para a advocacia e ela tivesse a oportunidade de dizer que está no Simples, mas está em sua plenitude, pagando o justo em termos de impostos. Portanto, é um momento de comemoração de todos nós a partir desta articulação que foi feita”, disse ele.

Nos últimos dias, Lamachia esteve com representantes do Executivo e percorreu gabinetes na Câmara dos Deputados para conversar com o líder do governo na Casa e com os líderes das bancadas a respeito da importância da aprovação do texto que contemplasse a advocacia, sobretudo pelos benefícios que o texto traria aos advogados em início de carreira. Lamachia esteve reunido também com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele estendeu os agradecimentos aos parlamentares pela votação.

O Secretário-Geral da OAB, Felipe Sarmento, também destacou o fato de que a decisão desta noite terá importante impacto para os jovens advogados.  “O importante dessa decisão da Câmara é que ela fez justiça à advocacia, em especialmente ao jovem advogado, e ao advogado que está inserido no conceito do Simples, que são aqueles que têm menor faturamento. Essa decisão não beneficia os grandes escritórios”, afirmou Sarmento.

“Somos quase um milhão de advogados e essa decisão beneficia algo em torno de 950 mil advogados que estão nessa faixa de faturamento do Simples e consequentemente beneficia 950 mil famílias. Então acho que a decisão foi extraordinária. O trabalho feito pelo presidente Lamachia, pela diretoria, por toda a equipe do Conselho Federal, foi primordial para que alcançássemos esse resultado positivo”, acrescentou o secretário-geral da OAB.

Para o Secretário-Geral Adjunto da OAB, Ibaneis Rocha, o novo formato de tributação deverá ajudar os pequenos escritórios a se estruturarem de forma mais eficiente e organizada. “Contribuirá não só na geração de empregos, mas na organização desses escritórios com suas pequenas empresas. Dá oportunidade ao advogado em início de carreira e àquele advogado que faz o trabalho manual, artesanal, de ter sua sociedade organizada. Com uma carga tributária justa e que incentive sua qualificação e sua preparação na forma de uma empresa”, afirmou ele.

“É um resultado que deve ser dedicado a todo o sistema OAB, que trabalhou de forma conjunta. A diretoria do Conselho Federal encabeçada pelo presidente Lamachia, todos os conselheiros federais, os presidentes de seccionais que estiveram junto aos deputados em suas bases e o resultado hoje exatamente este, uma votação esmagadora”, comemorou Rocha.
 
Também presente à votação desta noite, o presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento Legislativo, Flávio Zveiter, destacou a atuação de Lamachia e saudou o resultado. "Foi uma grande conquista para a advocacia, não tenho dúvidas, e que só foi possível graças ao grande poder de articulação do presidente Lamachia", resumiu ele.