quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Após aprovar PEC no Senado, Temer deve mexer em ministérios


Marx Beltrão e Alexandre de Moraes seriam os primeiros a deixar governo; saída de Moreira Franco não está descartada


Brasília – Confiante na aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gastos públicos no Senado, o presidente Michel Temer (PMDB) avalia a possibilidade de fazer algumas mudanças na composição da Esplanada dos Ministérios depois que a matéria for aceita pelos senadores, em dezembro.

Auxiliares do presidente admitem que a atual composição foi estabelecida para garantir êxito na primeira fase do governo. A conclusão do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e a aprovação da proposta que limita os gastos públicos eram os principais pontos dessa etapa.

Por que esperar a aprovação da PEC do teto de gastos no Senado para realizar as mudanças? Temer estaria decidido a substituir o ministro do Turismo, Marx Beltrão (PMDB-AL), afilhado político do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Para evitar desgaste com Renan e garantir que o cronograma da proposta seria mantido, Temer decidiu esperar.

Vale lembrar que, segundo o cronograma entregue pela assessoria da presidência da Casa, o texto-base da PEC do teto de gastos será votado em segundo turno no Senado em 13 de dezembro.

Se por um lado, a mudança deve desagradar Renan, por outro, não lhe faltarão motivos para comemorar. Um de seus mais novos desafetos, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, também estaria na mira desse esboço de reforma ministerial.

Renan e Moraes trocaram alfinetadas nos últimos dias após a Polícia Federal fazer uma operação contra policiais legislativos que estariam atrapalhando investigações da Operação Lava Jato.

Considerado um dos principais alvos de uma eventual delação premiada do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Moreira Franco, secretário-executivo do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) também pode estar na linha de corte. Se acusações contra Moreira se confirmarem, Temer deve trocar um dos principais homem do seu governo para evitar um desgaste maior.


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Com reestruturação cancelada, JBS pode retomar IPO de subdiárias

O frigorífico estava em processo para criar uma holding que concentraria seus negócios internacionais. Mas o projeto foi vetado pelo sócio BNDESPar





São Paulo – Com o cancelamento do processo para concentrar seus negócios internacionais em uma holding, vetado nesta quarta-feira (26) pelo BNDESPar, a JBS pode retomar os planos de abrir o capital de subsidiárias.

Em teleconferência com analistas, o presidente da empresa, Wesley Batista, disse que não vai se comprometer, mas que essa é uma das opções estudadas.

“Não estou dizendo que vamos seguir esse caminho, mas claramente está dentro do rol de alternativas. Mas também tem outras, não quero especular”, disse.

No passado, o frigorífico já tinha cogitado fazer o IPO da unidade que tem nos Estados Unidos, a JBS USA, e da Seara (antiga JBS Foods).

Segundo Batista, a reorganização dos ativos havia sido proposta, principalmente, porque a “soma das partes da companhia dá um valor infinitamente superior ao que está refletido seu valor total hoje”.

Com a abertura de capital, as subsidiárias poderiam ter seus valores individuais melhor definidos para compor a empresa como um todo, afirmou.


Mirando investimentos


Pela reestruturação, a JBS seria criaria uma nova companhia com sede na Irlanda, que abarcaria as operações no exterior e a Seara, chamada JBS Foods International.

Os negócios de carne bovina locais, de biodiesel, colágeno, couro e a transportadora seguiriam na JBS S/A, que passaria a se chamar JBS Brasil.

Um dos objetivos da mudança era conseguir mais acesso a investidores e recursos financeiros.


Proposta rejeitada


O plano foi rejeitado pelo BNDESPar, braço de participações do banco de fomento, que detém 20,36% das ações do frigorífico. A possibilidade de veto está contemplada no acordo de acionistas, vigente até 2019.

Batista evitou detalhar os motivos da decisão, que classificou como “desapontadora”. Ele disse apenas que o banco analisou bastante e entendeu que “a reorganização, como está proposta, não é o melhor movimento para a companhia”.

O executivo deu a entender que as mudanças ocorridas no BNDES, que trocou de comando quando Michel Temer assumiu a presidência, podem ter influenciado o processo de alguma forma.

Ele disse que foram realizadas diversas reuniões para discutir os caminhos que a JBS pode seguir no futuro, mas que o sócio não colocou nenhuma sugestão específica na mesa.

“Tivemos mudanças de conselheiros que representam o banco, o banco teve mudança no time que faz as análises… Fica difícil para o BNDES sugerir [uma nova proposta] porque ele está na curva de entendimento e conhecimento do que a JBS é”, afirmou.

Apesar do desvio nos projetos, Batista acredita que a empresa ainda tem força para crescer.

“A companhia chegou até onde chegou com a estrutura atual. Estávamos confiantes de que [a reestruturação] geraria valor, mas vamos continuar buscando alternativas”, colocou.

Batista mencionou como fatores positivos o aumento do consumo de proteína no mundo, o fato de o frigorífico ter duas plataformas importantes nos Estados Unidos (onde a economia vai bem), e a melhora do cenário brasileiro.

“Acreditamos que a fase mais árdua [no país] está ficando para trás. Estamos assistindo à recuperação da bolsa, da confiança, o que traz um cenário positivo para 2017”.

Procurado para comentar, o BNDES não enviou posicionamento até a publicação desta matéria.


Estas são as décadas em que o Brasil começou a mudar (de fato)

 

 

 

Estudo do IBGE lançado hoje mostra as mudanças pelas quais a população brasileira passou e o que a aguarda no futuro





São Paulo – Em termos populacionais, o futuro do Brasil é quase certo: seremos um país, no mínimo,  mais velho. Segundo as projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 2060, a população brasileira será composta por 218 milhões de pessoas – um número apenas 6% maior do estimado para hoje.

Além do aumento da expectativa de vida, que chegará aos 81 anos nas próximas cinco décadas, o principal fator para essa transição é a redução da taxa de fecundidade entre mulheres na faixa etária dos 15 aos 49 anos.  Segundo estudo do  IBGE lançado hoje, essa mudança começou nas últimas duas décadas, entre os anos 1980 e 2000.

“A partir de meados dos anos 80, o Brasil passa a ver pela primeira vez uma redução no volume de nascimentos”, afirma Márcio Minamiguchi, demógrafo do IBGE e um dos autores do estudo Retroprojeção da População 1980 – 2000.

Isso significa que, no final daquela década, a pirâmide etária brasileira começou a estreitar.

Em 1986, o Brasil abrigava 18,5 milhões de crianças com idade entre 0 e 4 anos. No ano seguinte, esse número caiu para 18,3 milhões – retomando o patamar de 1984. Em 2000, o número de crianças nessa faixa etária era de  17,3 milhões.
Pirâmide etária da população brasileira com divisão por faixa etária e gênero

Perfil da população

 

O Brasil pode ter vivido seu último boom populacional nas décadas de 1980 e 1990, quando o número de habitantes do país cresceu cerca de 44%. Nas duas décadas seguintes – entre 2000 e 2020 -, o crescimento da população brasileira deve  cair para 22%.

Entre os anos 2020 e 2040, o avanço populacional cai para 7,5%. Entre 2040 e 2060, a população brasileira viverá seu primeiro recuo – passará de estimados 228 milhões para 218 milhões de pessoas, uma queda de cerca de 4,3%.

A partir de 1988, a proporção entre os homens e mulheres se inverte na população brasileira. As mulheres passam, então, a ser maioria no país. Naquele ano, o Brasil tinha 71,94 milhões de mulheres e 71,91 milhões de homens.

A vantagem feminina na população passou a aumentar nas décadas seguintes. Em 2000, havia 1,1 milhão de mulheres a mais que homens.

E essa prevalência de mulheres se intensificará no futuro também. Em 2060, a espera-se que haja 5,9 milhões de mulheres a mais que homens na população, com distribuição de 51,4% da população de mulheres e 48,6% de homens.

 

 

Taxa de fecundidade

 

A partir de 1980, as mulheres brasileiras passaram a ter menos filhos. O cenário econômico era de crise e do fim da Ditadura Militar no Brasil. Se a inflação e as taxas de desemprego aumentaram, a participação política e os movimentos sociais também ganharam destaque.

As taxas de fecundidade caíram vertiginosamente dos anos 1980 até os anos 2000 no Brasil, registrando uma queda de 63,59%. O índice saiu de 4,12 filhos por mulher para 2,39 filhos, em média.

Os grupo etários que passaram a ter menos filhos nesse período foram as mulheres entre 25 e 29 anos e de 30 e 34 anos, que, em 2000, tinham  metade dos filhos que as progenitoras de 1980.

Entre as mulheres de 25 a 29 anos, a taxa caiu de 0,21 para 0,12 filhos por mulher entre as duas décadas. Já no grupo entre 30 e 34 anos, passou de 0,16 para 0,08.

Já as mulheres mais novas, entre 15 e 19 anos, são o único grupo que tiveram aumento da taxa de fecundidade. Em 1980 elas tinham, em média, 0,08 filhos por mulher e passaram a ter 0,09 filhos.

Segundo estudos do IBGE, a redução no número de filhos foi um processo que começou a se intensificar na década de 1980 e deve ser ainda mais intenso no futuro.

Projeções apontam que a taxa de fecundidade entre as mulheres brasileiras deve chegar a 1,5 filhos por mulher a partir de 2034, número que deve se manter estável até 2060.
Taxa de fecundidade no Brasil entre 1980 e 2030

Esperança de vida ao nascer

 

Entre essas duas décadas, a expectativa de vida aumentou 7,24 anos e passou de 62,58 anos em 1980 para 69,83 anos em 2000.

O crescimento foi ainda maior entre as mulheres, que viviam 65,69 anos em 1980 e passaram a ter uma expectativa de vida de 73,92 em 2000, um crescimento de 8,23 anos.

A brasileiras já viviam mais que os homens em 1980: a diferença entre os dois gêneros era de cerca de 6 anos. No entanto, duas décadas depois, essa disparidade aumentou ainda mais e elas passaram a ter uma expectativa 7,9 anos maior do que os homens.

O cenário de projeções do IBGE aponta uma expectativa de vida de 81,20 anos entre os brasileiros até 2060, cerca de 18,6 anos a mais do que era esperado na década de 1980.
Esperança de vida ao nascer (1980 - 2030)
Esperança de vida ao nascer (1980 – 2030) (IBGE/Reprodução)
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Estamos Discutindo os Problemas Errados



O problema está nessa manchete



Taxa de juros, gastar demais, controlar gastos, investir em infraestrutura, essas são as discussões diárias que vemos intelectuais e professores sem experiência gastarem o nosso tempo todo dia.

O problema está nessa manchete, e somente pouquíssimos brasileiros percebem, portanto ficaremos para trás.

Mais uma dessas 3.000 sendo formadas, mas não aqui no Brasil.

O mundo será dominado por 3.000 empresas, 10 empresas por setor, 300 setores mais ou menos.

A décima, a nona e a oitava vão perder dinheiro, a sétima empatará.

O Brasil, tendo fechado todas as suas escolas de administração, decreto lei 7988 da ditadura Vargas, ficará com a décima, nona e oitava.

E importaremos tudo das 3.000 que dominarão o mundo e o Brasil.

Isso porque economistas (de esquerda) se uniram com as 50 famílias e suas empresas familiares, dando-lhes proteção aduaneira, subsídios pelo BNDES, estatizando o resto.

Substituição de importações, a política econômica mais nefasta de todos os tempos, e burra, haja vista. 

 http://blog.kanitz.com.br/discutindo-problemas/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+stephen_kanitz+%28Blog+do+Stephen+Kanitz%29


Cocamar adquire rede de concessionárias Solomar


Além da revenda John Deere, cooperativa arrenda um posto

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Cocamar adquire rede de concessionárias Solomar

A Cocamar Cooperativa Agroindustrial (foto) anunciou nesta terça-feira (25) a aquisição da Solomar, concessionárias autorizadas da John Deere nos municípios de Maringá, Paranavaí e São Pedro do Ivaí, no Paraná. As três revendas passam a se chamar Cocamar Máquinas Agrícolas. De acordo com a advogada Cintia Eliane Meyer, do Martinelli Advogados, que assessorou toda a operação, o processo iniciou com um contrato assinado entre as partes no dia 5 de julho deste ano. “A partir de então, o processo foi submetido à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, CADE, que publicou a aprovação sem restrições no dia 13 de setembro”, explica Cintia. O valor do negócio não foi revelado. 

A administração das revendas pela Cocamar iniciou em outubro. O presidente da Cocamar, Divanir Higino, afirmou que com a aquisição, a cooperativa irá oferecer soluções integradas ao produtor rural. “A cooperativa já trabalha com os produtos que o produtor rural precisa, desde fertilizantes até óleo diesel. Agora, com a Cocamar Máquinas, também ampliamos os nossos produtos para a linha de máquinas”, comenta Higino. 

A cooperativa também arrendou um dos maiores e mais tradicionais postos de combustíveis de Maringá, o Matsuda. Esse é o oitavo posto da Cocamar, que já possui outros sete na região de Londrina. A operação é considerada bastante estratégica, pois está localizado na PR-317, perto da cooperativa e via de grande fluxo de carros e caminhões.

 http://www.amanha.com.br/posts/view/3007

Weg adquire negócio de turbinas eólicas da Northern Power Systems


A empresa projeta, desenvolve e fabrica aerogeradores nos Estados Unidos

Da Redação

redacao@amanha.com.br
WEG adquire negócio de turbinas eólicas da Northern Power Systems

A Weg anunciou nesta quarta-feira (26) a aquisição do negócio de turbinas eólicas “utility scale” da Northern Power Systems (NPS). A empresa projeta, desenvolve e fabrica aerogeradores, em Barre, Vermont (EUA). Pelo acordo, a Weg se tornará a única proprietária da carteira de patentes, ativos, know-how e materiais afins, incluindo todos os desenhos, projetos, especificações e software utilizados em conexão com o projeto e manutenção de aerogeradores com mais de 1,5 megawatts de capacidade nominal (“utility-scale”). O valor do negócio não foi revelado.

A WEG e NPS (foto) firmaram uma parceria tecnológica em 2013 para introduzir com sucesso as soluções de turbinas eólicas permanent magnet direct drive no mercado sul-americano. “Decidimos agora avançar e dar este passo fundamental na nossa estratégia de crescimento e internacionalização do negócio de energia eólica", declara Eduardo de Nóbrega, diretor da unidade energia da Weg.  “A aquisição, além de nos trazer uma equipe de engenharia muito experiente, vai também nos permitir acelerar o desenvolvimento de novas gerações de turbinas eólicas, construindo sobre a base do portfólio atual muito bem-sucedido de turbinas eólicas de 2.1 MW a 2.3 MW”, completa. 


Resultados
 

A Weg também anunciou os resultados do terceiro trimestre. A receita líquida entre julho e setembro totalizou R$ 2,2 bilhões, recuo de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. A maior parte do valor (R$ 1,2 bilhão) é por conta das vendas no mercado externo, que caiu 14,5%, principalmente por causa do impacto do câmbio. O lucro líquido caiu 3,2% no terceiro trimestre deste ano em relação a igual intervalo em 2015 fechando em R$ 257 milhões.

“Ficou bastante claro que a tendência de deterioração das condições de negócios no Brasil foi superada, muito embora a recuperação do nível da atividade seja ainda lenta e gradual. A diversificação de produtos, mercados e clientes é característica em nosso modelo de negócios, pois nos permite minimizar os efeitos da queda de demanda. O principal foco neste ano será a preservação da competitividade de longo prazo, diante de um ambiente econômico ainda difícil. Continuamos enfrentando um mercado global ainda difícil, com segmentos importantes com baixo investimento”, relata a empresa no comunicado. 


Klabin compra a paranaense Embalplan Embalagens




Fabricante de papéis também anunciou a aquisição da Hevi, de Manaus. O valor das duas negociações soma R$ 187 milhões

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Klabin compra a paranaense Embalplan Embalagens


A Klabin, maior fabricante de papéis para embalagens do país, anunciou nesta terça-feira (25) que firmou contrato para compra da Embalplan Embalagens (foto), do Paraná. A companhia tem unidade fabril na cidade de Rio Negro. A Klabin, no mesmo comunicado, também afirma que adquiriu as instalações de produção de papelão ondulado da Hevi Embalagens, do Amazonas. O valor das duas negociações soma um total de R$ 187 milhões.

Com as aquisições, a companhia eleva em 10%, ou em 70 mil toneladas anuais, a capacidade de produção de caixas de papelão ondulado. Além disso, a Klabin inicia a atividade de conversão de caixas nos Estados do Paraná e do Amazonas. A aquisição da Embalplan está sujeita à manifestação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Já a negociação com a Hevi já foi concluída. 

A Klabin é líder isolada na expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado, com 552,2 mil toneladas no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO).

 http://www.amanha.com.br/posts/view/3009