sexta-feira, 18 de novembro de 2016

A marca vai, a estrutura fica




Agências, centros administrativos e área de tecnologia do HSBC permanecem em Curitiba após venda para o Bradesco


Por Laura D´Angelo
Agências, centros administrativos e área de tecnologia do HSBC permanecem em Curitiba após venda para o Bradesco


As cores são as mesmas, mas os nomes... quanta diferença. As agências espalhadas pelas ruas brasileiras estampam o mesmo vermelho e branco, mas, agora, o logotipo do HSBC dá lugar ao do Bradesco. Os clientes do banco inglês – que se instalou em Curitiba, nos anos 1990, ao comprar o Bamerindus – carregam na carteira um novo cartão de correntista. 

Após um ano da venda, o HSBC começa a deixar o país. Mas, para alívio dos curitibanos, a despedida é somente da grife. Toda a estrutura na capital paranaense deve permanecer: das agências aos centros administrativos. “Nossa preocupação era em relação ao que o HSBC representa do ponto de vista econômico e social à cidade. São quase R$ 80 milhões de ISS por ano, algo em torno de 8% a 10% da arrecadação municipal, além de 7 mil empregos diretos”, detalha Gustavo Fruet, prefeito de Curitiba. 

A manutenção, principalmente, das agências Prime e do centro de tecnologia instalados no Sul é estratégica para o Bradesco. Os executivos do banco não escondem que a aquisição dará um ganho de escala no segmento corporativo e de pessoas físicas de alta renda, além de dobrar a equipe de TI que trabalha para tornar o banco cada vez mais digital. A unidade de Curitiba terá como foco o desenvolvimento de plataformas de atendimento web e mobile.  “A contribuição da aquisição do HSBC nos resultados deve ser discreta este ano. A sinergia trará benefícios e isso deve ser mais perceptível em 2017”, observa Luiz Carlos Angelotti, diretor de relações com investidores. Até junho, o HSBC registrou prejuízo de R$ 738,6 milhões enquanto o Bradesco fechou o mesmo período com lucro de R$ 4,1 bilhões.

O HSBC lidera o setor Financeiro em 500 MAIORES DO SUL, enquanto o Banco Sistema (ex-Bamerindus) é o primeiro colocado em rentabilidade sobre receita (veja tabelas a seguir). 


Maiores por Receita Líquida









Pos. Setor
Classif. Geral
Empresa/Grupo
UF
 Rec. Líquida*
 Var. Rec. (%)
1
5
HSBC Bank Brasil S/A
PR
                              21.351,07
                      23,82
2
7
Banrisul – Banco do Estado do RS
RS
                              10.804,34
                      31,81
3
6
Sicredi – Consolidado
RS
                                8.655,18
                      31,55
4
49
Cia. Créd. Fin. Investimento RCI Brasil
PR
                                1.321,39
                      14,02
5
40
BRDE - Banco Reg. Des. Extr. Sul
RS
                                1.211,19
                      16,99
*Em R$ milhões.










Mais Rentáveis










Pos. Setor
Classif. Geral
Empresa/Grupo
UF
 Rent. Rec. Líquida (%)
 Lucro Líquido*
1
15
Banco Sistema S/A (ex-Bamerindus)
PR
                                   145,02
                 1.215,60
2
189
Credicoamo Créd. Rur. Coop.
PR
                                     48,43
                      93,50
3
71
Fomento Paraná
PR
                                     41,08
                      76,05
4
249
Cabergs
RS
                                     35,30
                      42,08
5
421
Rio Grande Seguros e Previdência S/A
RS
                                     29,03
                      31,81
*Em R$ milhões.






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Construtora Geosonda pede recuperação judicial


Empresa presta serviços a grandes empreiteiras e ao setor público. Com a crise e a Lava Jato, muitos de seus clientes pararam obras e ficaram inadimplentes




São Paulo – A construtora Geosonda, especializada em fundações e rebaixamento de lençol freático, acaba de entrar em processo de recuperação judicial.

O pedido de intervenção da Justiça no negócio foi aprovado no dia 10 de novembro.

A empresa, sediada em Cotia, na Grande São Paulo, viu suas receitas e quadro de funcionários caírem pela metade entre o ano passado e este.

Ela presta serviços a outras grandes empreiteiras e ao setor público. Com a crise econômica e a Operação Lava Jato, muitos de seus clientes paralisaram obras e ficaram inadimplentes.

No ano passado, por exemplo, com dois novos contratos em mãos, a Geosonda se endividou para importar um guindaste. Mas o equipamento ficou parado porque o projeto em que ele seria usado foi suspenso.

Em maio, o presidente da companhia, Clovis Salioni, chegou a dizer que ela já poderia ser considerada “mais uma empresa de renegociação com bancos do que uma construtora”.

Os débitos já somam 57 milhões de reais.

A Geosonda tentou agregar ao pedido de recuperação judicial o grupo Salider Empreendimentos Engenharia e Comércio, que também pertence a seus sócios.

A Justiça, porém, negou o pedido, alegando que, na verdade, a empresa trata-se de um haras e que não faz parte da cadeia produtiva da construtora e nem tem atividade fim.

A Geosonda é assessorada pela Quist Investimentos e pelo escritório DASA Advogados no processo de recuperação judicial. Ambos não quiseram comentar.

EXAME.com entrou em contato com a companhia, que não comentou o caso até a publicação desta matéria.

Brasil tem startups de nível mundial, afirma investidor


Para o presidente da maior aceleradora de empresas de tecnologia do Vale do Silício, os empreendedores brasileiros começam a chamar a atenção do mundo


São Paulo – O investidor americano Sam Altman, de 31 anos, tem uma posição privilegiada no Vale do Silício. Como presidente da Y Combinator, principal empresa aceleradora de startups da região, Altman tem contato com alguns dos negócios mais inovadores do mundo logo que saem do forno. A Y Combinator já investiu em mais de 1.300 startups — dez delas estão avaliadas hoje em mais de 1 bilhão de dólares.

1) A economia brasileira está há dois anos em recessão. Como o setor de tecnologia costuma ser afetado por crises econômicas desse tipo?
Sam Altman – Na maior parte dos países, uma desaceleração econômica estimula o crescimento de startups. As grandes empresas são forçadas a reduzir o número de funcionários para cortar custos. Quem é demitido acaba, com certa frequência, tendo de empreender. Fica mais criativo. Nos Estados Unidos, muitas empresas foram criadas na última recessão. O site de hospedagem Airbnb e o aplicativo de transporte Uber são dois exemplos.

2) Essa mesma crise que serve de catalisadora para o empreendedorismo também provoca o fechamento de empresas iniciantes. O que uma startup deveria fazer em um momento de crise?
Sam Altman – Na crise, as empresas têm de usar o dinheiro de investidores de forma ainda mais cuidadosa, até que consigam criar um produto que os clientes realmente queiram comprar. Para fazer isso, é preciso evitar ao máximo um aumento no quadro de funcionários. Dizemos aos empreendedores que tratem o dinheiro de investimento como se fosse o último que vão receber. Isso serve de lição para as startups do Brasil e de qualquer parte do mundo.

3) Criada em 2005, a Y Combinator investiu neste ano, pela primeira vez, em uma startup brasileira — a Quero Educação, site para encontrar bolsas em faculdades particulares. Por que levou tanto tempo?
Sam Altman – Não tínhamos muitas candidatas do Brasil no programa de aceleração. Até pouco tempo atrás havia uma ideia errada de que não tínhamos interesse em startups estrangeiras ou focadas em mercados fora dos Estados Unidos. Isso nunca foi verdade. Mas os empreendedores estrangeiros só agora perceberam e começaram a se inscrever.

4) Por que o senhor decidiu fazer esse investimento no Brasil justamente neste momento de crise?
Sam Altman – Não nos guiamos pela conjuntura. O que nos atraiu foi o surgimento no Brasil de empreendedores de nível internacional. É isso que buscamos quando investimos. Queremos escolher os melhores fundadores de empresas do mundo.

5) Como se mede a qualidade de um empreendedor?
Sam Altman – Fazemos isso nas entrevistas pessoais, analisando a inteligência e a determinação de cada um. Para mim, o mais importante é o empreendedor saber explicar como o ramo de atuação da empresa se tornará um mercado bilionário.

6) Qual é a pergunta decisiva que o senhor faz?
Sam Altman – Minhas favoritas são: por que vocês estão nesse segmento? Por que, de todas as empresas que poderiam ter criado, escolheram exatamente essa?

7) Por que essas perguntas são decisivas?
Sam Altman – Elas me ajudam a avaliar a paixão dos fundadores pelo negócio. Se não me convencerem, não vão conseguir convencer os consumidores, os funcionários e outros investidores.

“Falta de capacidade instalada do Judiciário compromete a democracia”, diz Lamachia no ES

 
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Divulgação OAB-ES
 
 

Guaçuí (ES) - Em discurso que empolgou a advocacia durante a cerimônia de inauguração da sede da Subseção de Guaçuí, na tarde dessa quarta-feira (16), o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, reprovou a atuação do Poder Judiciário na Comarca e foi incisivo ao afirmar que “se falta juiz, não falta OAB que está inaugurando a sua sede, que é a casa da cidadania. Se está faltando o Poder Judiciário, não está faltando a OAB para abrir suas portas para receber a cidadania. A falta de capacidade instalada do Poder Judiciário compromete a própria democracia e o Estado Democrático de Direito”, disse ele.

Lamachia também aproveitou o momento para informar aos advogados, em primeira mão, sobre algumas vitórias que estão sendo conquistadas na Câmara dos Deputados. Ele lembrou da leitura do relatório das 10 Medidas de Combate à Corrupção com algumas vitórias da OAB como a questão da manutenção do  habeas corpus nos formatos atuais, sem nenhuma alteração, e sobre a rejeição a validação de provas ilícitas, mesmo que obtidas de boa-fé. 

"Além disso, também temos uma das maiores conquistas dos últimos 15 anos da nossa advocacia e acima de tudo da própria democracia, que é a inclusão no relatório da criminalização do desrespeito das prerrogativas dos advogados. Não podemos mais aceitar no Brasil violação a prerrogativas da própria democracia, que é a inclusão no relatório da criminalização do desrespeito das prerrogativas dos advogados. Não podemos mais aceitar no Brasil violação a prerrogativas da advocacia. Não são privilégios, mas sim o direito de cada cidadão de ser representado por um advogado valorizado”, declarou Lamachia.

Lamachia foi recepcionado em Guaçuí por autoridades como a prefeita, Vera Costa, do prefeito eleito de São José do Calçado, José Carlos, o presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Henrique Cousa Rosa, pelo ex-prefeito de Guaçuí e ex-secretário de Estado de Justiça, Luiz Moulin, do presidente da seccional do Espírito Santo da OAB, Homero Mafra, do presidente da Subseção de Guaçuí, Luiz Bernard Sardenberg Moulin, além de toda diretoria da Seccional, Conselheiros Federais, presidentes de Subseções e advocacia da região.

Em seu discurso, Mafra não escondeu a alegria de receber o presidente do Conselho Federal no interior do Espírito Santo. “A vinda do presidente Lamachia a Guaçuí, a presença da diretoria, da advocacia do Caparaó, é um ato de desagravo a Guaçuí, Subseção desrespeitada pela falta de juízes e quando faltam juízes falta cidadania, falta Justiça. Nós não podemos ter juízes apenas uma vez na Comarca”, afirmou ele.

Presidente da Subseção de Guaçuí, Luiz Bernard Sardenberg Moulin fez questão destacar que a OAB não está de olhos fechados para a advocacia do interior. “A OAB nacional está preocupada com a advocacia de todo o Brasil e sua presença aqui é um fato histórico, nunca tivemos um presidente do Conselho Federal em Guaçuí.  Essa nova sede possibilitará um avanço indescritível para a advocacia no Sul do estado, porque pela primeira vez nós vamos ter em Guaçuí um espaço para palestras, para assistir cursos telepresenciais, área de apoio com computadores e impressoras e sala de escritório coletivo, voltada, principalmente, para advogados em início de carreira, tendo um lugar decente para atender seus clientes”, explicou.

Moulin ainda ressaltou o apoio recebido da Seccional e a necessidade de manter a anuidade em dia para que a OAB-ES prossiga avançando. “Precisamos que todos os colegas continuem pagando devidamente a anuidade para fortalecermos o trabalho da Ordem, inclusive no interior. Agradeço a Érica Neves que muito nos atendeu em nossas demandas e o presidente Homero Mafra, que valoriza o advogado do interior”, disse.

A interiorização da gestão também foi o ponto destacado pelo presidente do Colégio de Presidentes de Subseções, Robson Louzada, presidente da Subseção de Cachoeiro de Itapemirim. “Essa bela sede só mostra os avanços que a gestão de Homero Mafra trouxe para o interior”.

 
Cachoeiro de Itapemirim
 
 
Antes de inaugurar a nova sede da Subseção de Guaçuí, Lamachia participou do projeto “Conversando Com”, programa criado pela CEAIC e voltado para a Jovem Advocacia. Ele tirou dúvidas de um auditório lotado sobre os principais posicionamentos do Conselho Federal. "É fundamental que o presidente do Conselho Federal da OAB não fique restrito apenas a Brasília. A comunicação direta, olho no olho com a advocacia é primordial para saber quais são as dificuldades, os anseios, críticas e sugestões", disse o presidente nacional da OAB.

Na ocasião, Lamachia parabenizou o presidente da OAB-ES, Homero Mafra, e o presidente da CAAES, Carlos Augusto Alledi de Carvalho, pelo trabalho de interiorização.  Antes de iniciar o evento, Homero Mafra registrou a importante presença dos conselheiros federais e afirmou: “Claudio Lamachia é a grande liderança da advocacia brasileira, aquele para quem me curvo e de quem recebo as orientações para seguir.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Embraer anuncia venda de US$ 1 bilhão aos EUA



Jato Embraer Foto: Divulgação / Embraer
Segunda maior linha aérea do país norte-americano, United Airlines vai adquirir 24 jatos E175
Redação
São José dos Campos


A Embraer anunciou ontem que assinou um contrato com a United Airlines, segunda maior linha aérea dos Estados Unidos e do mundo, para a venda de 24 jatos E175. O contrato tem valor de US$ 1,08 bilhão, a preço de lista.

A encomenda, segundo a fabricante, representa uma transferência de 24 jatos E175 previamente alocados para a Republic Airways Holdings, atualmente na carteira de pedidos da Embraer, que agora serão cancelados.

Os 24 aviões para a United Airlines estão programados para ser entregues em 2017.
 
De acordo com a Embraer, o movimento estará refletido nos resultados da companhia do quarto trimestre de 2016, mas não terão impacto na atual carteira de pedidos da empresa.

Em 30 de setembro deste ano, no fechamento do terceiro trimestre do ano, a carteira de pedidos firmes a entregar da Embraer alcançou US$ 21,4 bilhões.


Recuperação.

A transferência do contrato da Republic para a United Airlines vem em um momento de recuperação da Embraer diante de questões conturbadas. A empresa fechou o terceiro trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 111,4 milhões, valor 66,97% menor do que o prejuízo reportado no segundo trimestre de 2016, de R$ 337,3 milhões.

A receita líquida da companhia atingiu R$ 4,913 bilhões, entre julho e setembro, aumento de 7,34% em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 4,577 bilhões. Segundo a Embraer, a alta na receita se deu principalmente pelo crescimento de vendas dos segmentos de aviação comercial e na área de defesa e segurança.

Demissão. Desde o começo de outubro, depois de um PDV (Programa de Demissões Voluntárias), a empresa demitiu 1.642 trabalhadores e ainda anunciou, na semana passada, negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos para suspender, por até cinco meses, o contrato de trabalho de 2.000 pessoas em São José.


Reunião hoje pode determinar greve


Negociando em nome da Embraer, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) terá hoje nova reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos para discutir o reajuste salarial dos trabalhadores da companhia.

A categoria ameaça greve caso a entidade não proponha um índice para aumento salarial. Até agora, a Fiesp propôs o pagamento de um abono fixo, que pode chegar a R$ 9 mil, no lugar de um reajuste salarial para os trabalhadores da Embraer e do setor aeronáutico. Em assembleias nas últimas semanas, empregados da companhia rejeitaram a proposta do abono fixo.

O sindicato defende 11% de reajuste e estabilidade no emprego. A data-base da categoria é 1º de novembro. Apenas em São José, a Embraer emprega 13 mil dos seus 17,5 mil funcionários.