terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Cade aprova compra da Natural One pela Gávea Investimentos


Aquisição da 49,9% da fabricante de sucos será feita pelo veículo GIF V, que administra 1,1 bilhão de reais


São Paulo – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a compra de participação minoritária da Gávea Investimentos na fabricante de sucos Natural One, segundo despacho publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União.

A Reuters havia publicado na semana passada que o empresário Ricardo Ermírio de Moraes, que fundou a Natural One uma década atrás em Jarinu (SP), acertou o acordo com a Gávea em 28 de dezembro, afirmaram as fontes.

Segundo informações do Cade, a operação foi notificada ao órgão de defesa da concorrência em 29 de dezembro. O valor da transação não foi informado.

A aquisição da participação será feita pelo veículo GIF V, que administra 1,1 bilhão de reais.

O GIF V vai ficar com uma participação de 49,9 por cento na Natural One, segundo descritivo da operação.

Já Moraes ficará com 45,53 por cento da empresa e Zwilin Holdings, acionista original da Natural One, ficará com 4,57 por cento.

Anteriormente, Moraes tinha 90,24 por cento da Natural One e a Zwilin outros 9,76 por cento, segundo o Cade.

Moraes negociou com rivais como Coca-Cola e Britvic, da Inglaterra, mas as conversas não chegaram a termos que fossem do interesse do empresário, afirmaram as fontes da Reuters no início de novembro.

Na época, Moraes estava buscando uma avaliação de 150 milhões de dólares por toda Natural One, mas ele ainda não tinha se decidido se venderia o controle ou uma participação minoritária da empresa.


Petrobras prepara saída da Usina Bambuí


Petrobras prepara saída da Usina Bambuí


Após deixar o capital da São Martinho e da Açúcar Guarani, chegou a vez do bagaço: a Petrobras vai iniciar o processo de venda da participação de 40% na Usina Bambuí, que carrega uma dívida de R$ 450 milhões e convive com o fantasma da recuperação judicial.

Há mais de um ano o acionista controlador, o usineiro José Geraldo Ribeiro, tenta, sem sucesso, se desfazer da sua parte no negócio (Relatório Reservado, 9/1/17)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/petrobras-prepara-saida-da-usina-bambui.html?utm_source=Newsletter&utm_medium=E-mail-MKT&utm_campaign=E-Mkt_RGB/#.WHU1m_Rwto0

Globalização vai ficar mais imprevisível, diz Richard Baldwin


"A raiva está sendo manipulada para sugerir políticas que não são necessariamente do interesse das pessoas que votam por elas"

Richard Baldwin, professor do Graduate Institute em Genebra
São Paulo – O termo “desglobalização” entrou para o vocabulário político-econômico em 2016.

A decisão do Reino Unido de sair da União Europeia e a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos com uma plataforma anti-comércio mostraram que muita gente não acha que integração é sinônimo de prosperidade.

Richard Baldwin não acredita que a globalização será revertida, e sim que ficará cada vez mais “abruta, imprevisível, incontrolável e individual”. E a culpa não é nem da política, e sim da tecnologia.

Professor de economia internacional no Geneva Institute desde 1991 e diretor do Centro para Pesquisa em Política Econômica em Londres desde 2006, Baldwin pesquisa o tema há mais de 30 anos.

No ano passado, lançou pela Harvard University Press o livro “The Great Convergence: Information Technology and the New Globalization” (“A Grande Convergência: Tecnologia da Informação e a Nova Globalização”, em tradução livre).

O livro, por enquanto sem lançamento previsto para o Brasil, entrou na lista de melhores do ano da The Economist e do Financial Times.

Na semana passada, Baldwin conversou com EXAME.com por telefone sobre tecnologia, comércio, política e imigração – e de como o Brasil pode se inserir neste novo mundo. Veja a entrevista:

EXAME.com – Após os grandes choques de 2016, dá para dizer que estamos em meio a uma reversão da globalização?
Richard Baldwin – É uma reação contra a globalização, mas que não fará com que ela seja revertida.
A maioria das pessoas pensa na globalização como bens atravessando fronteiras, e por boa parte do período pós-guerra ela foi realmente liderada pelo comércio.

Mas desde os anos 90, a revolução das comunicações permitiu que a globalização fosse conduzida pela deslocalização do conhecimento.

A tecnologia de informação ficou tão boa que as fábricas puderam ser espalhadas pelos países, e esse desenvolvimento é irreversível.

Estamos vendo uma reação a algumas das implicações sociais disso, mas como ela está fluindo pela internet, não pode ser revertida com um protecionismo antiquado – apesar de que vão tentar.

EXAME.com – Então a tecnologia tem hoje um papel mais importante do que a abertura comercial e de investimento?
Baldwin – Eu acredito que a possibilidade de transferir várias tarefas e coordenar atividades complexas através de grandes distâncias mudou completamente como a manufatura é feita globalmente.

A consequência foi uma nova combinação de alta tecnologia e salários baixos – acima de tudo na China, que juntou trabalho chinês com tecnologia americana, alemã, japonesa. Será difícil desfazer isso porque essa não é uma tecnologia fácil de se conter.

EXAME.com – É interessante porque a produção industrial americana continua crescendo, mas a parcela de trabalhadores nesse setor só cai. E isso é algo que Donald Trump não cita. Proteção comercial pode trazer empregos de volta em mercados desenvolvidos?
Baldwin – Terá um efeito negativo, até onde eu vejo. Os trabalhadores americanos estão competindo com os chineses fora do país e com os robôs dentro do país. Mesmo se tentarem restringir a competição com os chineses, o que não acho ser possível, ainda estariam competindo com os robôs.

A proteção prometida por Trump pode trazer um pouco da manufatura de volta, mas com empregos para robôs, não para trabalhadores – e certamente não para os trabalhadores pouco educados que ele diz proteger.

Um segundo aspecto é que a promessa de colocar tarifas sobre China e México tornará mais caro trazer insumos industriais para a América. Para fazer um carro, Alemanha e Japão, por exemplo, importam partes e componentes dos lugares de baixo custo.

Se você colocar tarifas e isso ficar mais caro, a produção de carros a serem vendidos nos EUA pode até ficar lá, mas a de carros para serem exportados provavelmente irá embora. As tarifas apenas tornarão os EUA uma ilha de alto custo.

EXAME.com – Há um grande debate sobre o efeito da robótica e da alta tecnologia sobre o nível de emprego. Você acha que veremos desemprego em massa ou a economia vai se adaptar e novos cargos serão criados, como a história mostrou até hoje?
Baldwin – Antes era a automação, agora é inteligência artificial. Então acho que é a continuação de uma tendência histórica: pensem em quantos empregos foram substituídos na área de cavalos quando surgiram os carros e caminhões, ou nos portos quando surgiram os contêineres. A automação leva à disrupção, mas não necessariamente à destruição de empregos.

A tendência de semanas mais curtas de trabalho é de certa forma uma resposta a isso, já que mais produção pode ser feita com menos trabalhadores. Todo mundo costumava trabalhar o dia todo no sábado, e isso mudou.

No meu livro estou enfatizando a inteligência remota ao invés da inteligência artificial – e isso pode interessar ao Brasil. Há muita gente bem qualificada em países como o Brasil, em todo tipo de profissão.

Seu salário como jornalista, por exemplo, é provavelmente um décimo do que seu equivalente ganha na Alemanha, e se tivermos software de tradução simultânea – que está sendo desenvolvido rapidamente – você poderia fazer parte desse trabalho e ganhar parte do seu salário.

Duas tecnologias são chave para isso: a telepresença, que é é basicamente um Skype muito bom, e a telerobótica, que são robôs controlados remotamente. Isso permitiria que pessoas no Brasil possam vender serviços nos países ricos sem ir para lá.

Isso será positivo para países em desenvolvimento, que terão uma forma fácil de exportar seus talentos, e disruptivo nos países ricos, onde há muita gente cujos empregos são protegidos hoje apenas pelo fato de que precisam de presença física para executar suas tarefas.

EXAME.com – Você concorda com o diagnóstico de que nos últimos 20 ou 30 anos os grandes vencedores da globalização foram os asiáticos que deixaram a pobreza enquanto as maiores perdedoras foram as classes médias dos países desenvolvidos?
Baldwin – O “gráfico do elefante”, do [economista] Branko Milanovic, é uma visualização exata disso. Ele mostra como a distribuição de renda global mudou de 1988 a 2008, não por país mas de acordo com o status inicial de cada indivíduo.

Os 20% mais pobres não ganharam tanto. Aqueles no meio, basicamente trabalhadores indianos e chineses, foram os que mais ganharam. A classe média dos países ricos não teve qualquer ganho, mas aqueles mais ricos dentro dos países ricos ganharam muito também.

Eu explico isso com a ideia de globalização pelo conhecimento, transferido dos países ricos para uma porção de outros que se industrializavam rapidamente. Isso criou uma classe média global e tirou 600 milhões de pessoas da pobreza.

Os donos dessa tecnologia no G7 ficaram muito ricos porque agora seu know-how estava sendo aplicado em dois lugares. Eles eram valorizados como profissionais, com conhecimento na cabeça, e como donos da tecnologia, através de empresas como Apple e Google.

EXAME.com – Por que isso não foi previsto pelos políticos nos países ricos?
Baldwin – As pessoas estavam pensando na globalização antiga, que cria alguns vencedores e outros perdedores, mas a nova globalização é mais abruta, imprevisível, incontrolável e individual.

Ao quebrar os processos de produção, ela ajuda ou prejudica as pessoas em um nível muito mais fino de resolução, então fica mais difícil de entender o que está acontecendo.

Mas parte da questão é que os conservadores abraçaram políticas benéficas para os ricos dos países ricos, e tinham desculpas para fazer com que as pessoas acreditasse que poderia ser bom para todos, e não foi.

Os salários para trabalhadores nos países ricos estão estagnados há duas décadas e meia e essas pessoas estavam acreditando em livre comércio e cortes de impostos, e votando por gente que defendia isso.

Estão revoltados e atacando tanto a esquerda quanto a direita porque sentem que foram enganados nos últimos 25 anos. Mas vale olhar além.

O Japão não tem qualquer movimento contra a globalização, apesar de ter passado por tantos choques quanto todo mundo, porque a coesão social faz com que os japoneses ainda se sintam parte do “Time Japão”, compartilhando benefícios e dividindo o ônus, um espírito que desapareceu nos EUA e Reino Unido no período.

Penso na globalização no mundo rico entre os anos 60 e 80. A liberalização dos mercados foi acompanhada por seguridade social, taxação progressiva, seguro saúde, universidades… uma série de políticas sociais simultâneas, o que fez muitos americanos acreditarem que tinham uma chance justa de aproveitar as novas oportunidades lidando com a nova competição.

Desde [Ronald] Reagan, a liberalização avançou, mas com corte no bem-estar social, o que deixou as pessoas pressionadas pelos dois lados (mesma coisa no Reino Unido). Em alguns lugares como na Europa, onde o avanço do estado de bem-estar social continuou, há uma reação, mas menor.

O economista e filósofo Karl Polanyi tem uma teoria de que o fascismo e o comunismo foram uma reação contra as rupturas da Revolução Industrial, que romperam o tecido social tradicional. Se você ler [os romancistas Emile] Zola ou [Charles] Dickens, verá que foi uma época terrível para a classe trabalhadora. E parte da reação foi contra isso.

Trump é contra comércio, mas no Reino Unido, eles são pelo comércio, mas contra a União Europeia. Convenceram as pessoas de que a UE era o problema, mas [a primeira-ministra britânica] Thereza May diz que é a favor do livre comércio com vários países – incluindo a China.

O fato deles serem tão diferentes nessa área indica que não estamos vendo uma solução racional. A raiva está sendo manipulada para sugerir políticas que não são necessariamente do interesse das pessoas que votam por elas.

Os fascistas foram horríveis até para quem votou por eles, mas as pessoas estavam tão bravas que ficaram dispostas a abraçar respostas loucas.

EXAME.com – Você não citou a imigração, celebrada pela maioria dos economistas e rejeitada por boa parte da sociedade – como prova seu papel nas campanhas vitoriosas do Trump e Brexit. 
Baldwin – Culpar imigrantes é politicamente potente, mas eles não são os culpados. Veja as áreas do Reino Unido que votaram pelo Brexit: lá não há imigrantes. Agora pense nos lugares que votaram contra, como Londres: cheios de imigrantes.

Imigrantes vão para lugares vibrantes, não para lugares deprimidos sem empregos. Aqueles que ficaram para trás com o declínio da manufatura não perderam emprego para imigrantes, mas para a automação e as importações.

Se você olhar para o impacto dos imigrantes sobre os salários, especialmente na Europa, eles são complementares. Praticamente todo mundo que trabalha em restaurantes ou construção em Londres é estrangeiro; os britânicos não querem mais esses empregos.

É falso dizer que os imigrantes são culpados, mas eles são visíveis e diferentes e é fácil mobilizar as pessoas contra eles.

EXAME.com – O Brasil é uma economia de renda média e ainda muito fechada. Nossa inserção internacional está sendo repensada em um cenário de crise interna e mudança externa. Existe algum mapa?
Baldwin – Uma coisa boa seria recolocar a integração do Cone Sul nos trilhos, já que ele tem um número considerável de pessoas com um nível de renda razoável e que seria útil explorar. Nunca fui contra o Mercosul e acho uma pena que tenha se desmontado um pouco.

Outra coisa: essa ideia de que proteção mantém empregos foi quebrada, e o Brasil precisa pensar em ter bons empregos se integrando nas cadeias de valor globais, ao invés de tentar ter indústrias inteiras. E parcialmente por causa da sua geografia, tentar exportar mais serviços tirando vantagem das telecomunicações.

As pessoas falam na barreira da língua, mas ela está prestes a desaparecer por causa de alguns aplicativos – que ainda não são tão bons, mas apenas precisam de mais processamento, coisa que dobra a cada 6 meses.

Profissionais brasileiros vão poder exportar serviços para outros países, e essa é uma forma de crescimento importante e que exigirá muita tecnologia da informação.

Pense na globalização como algo que permite tirar de onde está abundante e vender onde é escasso, e geralmente o preço mostra onde é abundante ou não. Você tem todo esse talento no Brasil de preço bem baixo por padrões internacionais, e exportação de serviços é onde eu apostaria para o futuro.

Puxada por commodity, Vale dispara 6% na Bolsa


Os papéis da mineradora repercutem o bom desempenho do preço do minério de ferro




São Paulo – As ações da Vale lideravam a alta do Ibovespa na tarde desta terça-feira (10). Os papéis ordinários registravam ganhos de 6,22% na máxima do dia, enquanto os papéis preferencias subiam até 5,40%.

O bom desempenho da mineradora pode estar relacionado diretamente ao preço do minério de ferro, que fechou em alta de 2,19% e era comercializado a 77,73 dólares a tonelada.

A alta da commodity se deve aos indicadores chineses. Entre os divulgados hoje está o índice de preços ao produtor, que registrou aumento de 5,5% em dezembro na comparação com o mesmo período de 2015. É o maior avanço desde setembro de 2011.

Para o mercado, a aceleração dos preços reforça a visão de que a China tem um ritmo estável no novo ano, sustentada por uma atividade industrial e demanda doméstica mais fortes em meio a um boom da construção e dos empréstimos.


Mais prazo 


Na última segunda-feira (09), a Vale, juntamente com a Samarco e BHP Billiton pediram a prorrogação para 19 de janeiro do prazo que vencia nesta data para um depósito de 1,2 bilhão de reais ordenado pela Justiça Federal em Minas Gerais para cobrir futuras medidas reparatórias ao desastre com a barragem em Mariana (MG).

Segundo o comunicado enviado ao mercado, “as partes estão em tratativas e apresentaram hoje petição conjunta para prorrogação do prazo de prestação da garantia.”

Exportações de calçados tem alta de 4% em 2016




O último trimestre do ano alavancou os números do setor
Da Redação
redacao@amanha.com.br
 Exportações de calçados tem alta de 4% em 2016

Se o mercado interno brasileiro não ajudou os calçadistas ao longo de 2016, o mesmo não se pode dizer dos compradores além-fronteiras. Com um câmbio favorável na maior parte do ano, apesar da instabilidade, os calçadistas fecharam 2016 somando 126,1 milhões de pares embarcados que geraram US$ 999 milhões, números superiores tanto em volume (1,7%) quanto em dólares (4%) no comparativo com 2015.
Segundo o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, o último trimestre do ano passado alavancou os números das exportações do setor.

“Vínhamos registrando incremento dos embarques desde agosto, com as vendas das coleções de primavera-verão, mas foi a partir de outubro que registramos os incrementos mais significativos”, explica. O dirigente ressalta que, além do câmbio, foram essenciais para o resultado as participações nas feiras internacionais por meio do programa Brazilian Footwear. “Hoje estamos presentes em mais de 150 países e essa qualificação e pulverização das exportações são devidas à atuação do programa mantido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil)”, avalia Klein, ressaltando que somente em dezembro foram embarcados 18 milhões de pares que geraram US$ 128 milhões, número 62% maior do que o registro de novembro e 7% superior que o mesmo mês de 2015.


Destinos
 


O principal destino de 2016 foram os Estados Unidos, país que importou 13,2 milhões de pares por US$ 221,3 milhões, 15,4% mais do que em 2015. O segundo destino seguiu sendo a Argentina. No ano passado, os hermanos compraram 9,4 milhões de pares por US$ 111,6 milhões, 65,4% mais do que em 2015. O terceiro destino do ano foi a França (9 milhões de pares por US$ 56 milhões, 2,1% mais do que em 2015) e o quarto o Paraguai (14,53 milhões de pares por US$ 47,4 milhões, 4,7% mais do que no período anterior). “O grande revés do ano foi a Bolívia, que perdeu uma posição no ranking, justamente para o Paraguai, após adotar licenças não-automáticas para a importação de calçados brasileiros”, comenta Klein. Para a Bolívia, as exportações caíram 8,3% em 2016.
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IBGE prevê maior safra da história em 2017






Colheita deverá ser 5,8% maior na região Sul 

Por Agência IBGE prevê maior safra da história em 2017Brasil

O Brasil poderá registrar em 2017 a maior safra de sua história: 213,7 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas. As previsões, se confirmadas, indicam que este ano a safra poderá ser 16,1% superior ao total do ano passado: 184 milhões de toneladas – uma queda de 12,2% em relação ao recorde de 2015 (209,7 milhões). Os dados fazem parte do terceiro prognóstico para a safra deste ano e constam do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de dezembro, divulgado nesta terça-feira (10), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o instituto, a queda de 12,2% na safra de 2016 foi a primeira retração da produção agrícola desde os 8,3% da retração da produção de 2009 e a maior desde a contração de 13,3% da safra de 1996 na relação com a de 1995. Sobre o crescimento previsto para a safra deste ano, o IBGE destaca que o aumento da produção deverá se dar em todas as regiões do país, com destaque para a previsão de crescimento de 73% para a safra do Nordeste; 20,5% para o Centro-Oeste; 13,4% do Norte; 11,1% do Sudeste; e 5,8% da região Sul do país.


Números da safra 2016

 
Os últimos prognósticos do IBGE em relação à safra 2016, e que apontam para uma produção de 184 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas – resultado 12,2% menor que o de 2015 – revelam que a área a ser colhida na safra do ano passado é de 57,1 milhões de hectares, representando queda de 0,9% em relação a 2014.O arroz, o milho e a soja, principais produtos deste grupo, representaram 92,2% da estimativa da produção e responderam por 87,8% da área a ser colhida. Em relação a 2015, houve recuos na produção da soja (-1,8%), do arroz (-14%) e do milho (-25,7%).

Para 2016, a distribuição regional esperada da produção de grão é de 75,1 milhões de toneladas no Centro-Oeste; de 73 milhões, no Sul (as duas regiões respondem juntas por 80% de toda a safra brasileira de grãos); 19,6 milhões de toneladas, no Sudeste; 9,5 milhões, no Nordeste; e 6,7 milhões, no Norte.

Em relação à safra de 2015, houve redução de 2,1% no Sudeste, de 12,5% no Norte, de 42% no Nordeste, de 16,3% no Centro-Oeste e de 3,6% no Sul. Na avaliação para 2016, Mato Grosso foi o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 23,9% no total do país, seguido pelo Paraná (19%) e Rio Grande do Sul (17,3%). Somados, esses três estados representaram 60,2 % do total nacional previsto.


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BRF assume a Banvit, maior produtora turca de aves


A Turquia responde por 10% do consumo halal de frangos no mundo

Da Redação

redacao@amanha.com.br
 BRF assumirá operações da Banvit, maior produtora turca de aves


Em mais uma etapa do processo de internacionalização da companhia, a BRF (foto) desembarca na Turquia, o maior consumidor de frango halal do mundo, para assumir as operações da Banvit, maior produtora de aves e líder de mercado no país. A operação será realizada por meio de uma joint venture formada entre a BRF e a Qatar Investment Authority (QIA), fundo soberano do Qatar, que terão 60% e 40% da participação societária, respectivamente. A conclusão da transação, que contempla em uma primeira etapa a compra de 79,5% da Banvit e, posteriormente, uma oferta pública aos 20,5% minoritários restantes, está sujeita ao cumprimento das condições precedentes dos documentos definitivos, incluindo as aprovações concorrenciais. O valor da Banvit foi avaliado em US$ 470 milhões (aproximadamente R$ 1,5 bilhão). 

A Banvit é uma empresa completamente integrada, com instalações que vão do controle da ração ao processamento final do alimento. São cinco fábricas de ração, quatro incubatórios e cinco plantas produtivas. “As unidades estão localizadas na região oeste do país, onde está concentrado o maior número de consumidores, e na região leste, que a posiciona como única empresa capaz de atender tanto o mercado interno quanto o externo”, ressalta Pedro Faria, CEO Global da BRF.

Os ativos da Banvit serão incorporados à OneFoods, subsidiária da BRF liderada por Patricio Rohner e dedicada ao mercado halal. “A aquisição da Banvit é o primeiro passo da agenda de aceleração do crescimento da OneFoods, que tem market share de aproximadamente 45% em produtos de frango na Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Qatar e Omã, mercados nos quais opera com distribuição própria e amplo portfólio de produtos”, explica Rohner. 

A Turquia tem uma população de cerca de 80 milhões de pessoas, que responde por cerca de 10% do consumo halal de aves no mundo. Ainda assim, o consumo local de frango per capita é pequeno, cerca de 20 quilos ao ano, e o mercado de alimentos processados apresenta baixa penetração. Isso significa que o mercado turco oferece um grande potencial de crescimento. “Além das oportunidades de crescimento no mercado turco, principalmente em produtos processados, vemos sinergias comerciais e operacionais importantes na integração das operações da Banvit e da OneFoods, consolidando ainda mais nossa força e liderança no mercado halal de proteína animal”, ressalta Rohner. 


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