segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Ministra Cármen Lúcia homologa 77 delações da Odebrecht, diz STF


Presidente do STF homologou as delações da Odebrecht após a morte do relator do caso no STF, ministro Teori Zavascki, em um acidente aéreo este mês

A presidente do STF, Cármen Lúcia durante sessão plenária, para julgar em definitivo a liminar concedida por Marco Aurélio Mello, que afastou o presidente do Senado, Renan Calheiros, dia 07/12/2016

Brasília – A semana que marca o reinício das atividades do Judiciário no ano começa com a confirmação por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a presidente da Corte, Cármen Lúcia, homologou as delações premiadas dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato.

Ao homologar as delações, a ministra não retirou o sigilo do processo e o conteúdo dos depoimentos ainda não pode ser tornado público.

A decisão de Cármen põe fim a uma série de especulações sobre a velocidade da continuidade da tramitação da Lava Jato, geradas com a morte do ministro Teori Zavascki, no último dia 19, em um acidente aéreo em Paraty (RJ).

A presidente do Supremo homologou as delações uma semana após autorizar a equipe de juízes auxiliares de Teori a continuar as audiências necessárias para a confirmação de cada um dos 77 acordos.

Cármen esteve no final de semana trabalhando no STF em contato com o juiz Márcio Schiefler, braço direito de Teori na condução da Lava Jato na Corte.

Para que o conteúdo das delações seja tornado público, é preciso um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).

Lemann vai voltar à caça? Wall Street aposta que sim



Analistas perceberam que o empresário "ataca" de dois em dois anos, nos anos ímpares

 




Chegou a hora de Jorge Paulo Lemann voltar à caça.


Esse é o boato que corre na indústria de alimentos, na qual o bilionário brasileiro vem fechando grandes negócios aproximadamente a cada dois anos.

Em 2013, ele convenceu Warren Buffett a unir-se a ele na H.J. Heinz. Depois, em 2015, a dupla orquestrou a fusão de US$ 55 bilhões entre Heinz e Kraft Foods.

“Pela lógica, este seria o ano”, disse David Palmer, analista do setor de alimentos do RBC Capital.

A especulação deixa os traders nervosos. No mês passado, uma reportagem de uma revista suíça pouco conhecida, que requentou a antiga especulação sobre o plano de Lemann de comprar a Mondelez junto com Buffett, provocou uma alta imediata das ações da gigante americana dos lanches (os papéis subiram 28 por cento em poucos minutos).

Até o momento, nenhum acordo foi anunciado. Independentemente disso, a dúvida sobre se Lemann poderia ir atrás do alvo em 2017 está fazendo com que praticamente todo mundo procure pistas.

Entre os demais nomes além da Mondelez estão General Mills, Kellogg e Campbell Soup.

Existe até mesmo uma especulação de que a adorada Coca-Cola de Buffett poderia entrar no páreo, uma perspectiva que alguns consideram fantasiosa.

Toda essa atenção mostra a que ponto Lemann, de 77 anos, reformulou e influenciou a indústria global de alimentos e bebidas.

Na última década, Lemann e seus sócios brasileiros da 3G Capital ganharam fama com uma série de aquisições chamativas, como Anheuser-Busch e Burger King, e a visão singular de eliminar todos os custos possíveis.

Modus Operandi

 

A equipe dele tem sido tão efetiva para aumentar os lucros que as empresas vêm sendo obrigadas a mudar suas formas de fazer negócios — para não correrem o risco de virar alvo.

Alguns especialistas do setor criticam os métodos da 3G, chamando-os de draconianos e míopes, e sugerem que a constante necessidade de aquisições reflete o fato de que os cortes de custos, por si só, não são capazes de estimular as vendas.

Na Mondelez, a CEO Irene Rosenfeld afirma que uma abordagem mais equilibrada para melhorar as margens acabará gerando retornos maiores para os acionistas.

“Temos tentado assobiar e chupar cana ao mesmo tempo”, disse Rosenfeld. Ela preferiu não comentar se a fabricante das marcas Cadbury e Oreo, há tempos especulada como alvo da 3G, foi abordada para tratar de uma combinação com a Kraft Heinz.

No entanto, Lemann conseguiu conquistar Buffett, amplamente reconhecido como um dos investidores mais inteligentes e bem-sucedidos do mundo.

Com Buffett, que comanda uma fortuna de US$ 85 bilhões, a estratégia é simples. Buffett disponibiliza o dinheiro para ajudar a financiar as aquisições e a equipe de Lemann faz o trabalho sujo.

Invariavelmente, isso significa demitir empregados, fechar fábricas e cortar despesas desnecessárias.

Quando todos os cortes são realizados, a 3G procura o próximo alvo. E não faltam opções no setor de alimentos embalados, em dificuldades no momento porque os consumidores estão evitando produtos tradicionais de supermercados e buscando opções mais saudáveis.

A 3G preferiu não comentar essa reportagem, assim como as empresas Kraft Heinz, General Mills, Kellogg e Campbell. Buffett não respondeu aos pedidos de comentário.



Luxottica compra Óticas Carol em negócio de 110 mi de euros


Óticas Carol opera uma franquia de cerca de 950 lojas, com uma receita anual de cerca de 200 milhões de euros

 




Milão – O grupo italiano Luxottica acertou a compra da rede brasileira Óticas Carol, em um acordo de 110 milhões de euros (117 milhões de dólares), expandindo a sua presença no mercado varejista brasileiro.

A Luxottica, que no início deste mês assinou um acordo de fusão de 50 bilhões de dólares com a fabricante de lentes Essilor, já está presente no Brasil com uma rede de lojas Sunglass Hut, uma fábrica e negócios no setor atacadista.

A Óticas Carol opera uma franquia de cerca de 950 lojas, com uma receita anual de cerca de 200 milhões de euros. Os seus principais acionistas são os fundos de investimento 3i Group, Neuberger Berman e Siguler Guff & Company.


Eike Batista é preso pela Polícia Federal ao desembarcar no Rio


O empresário, que teve prisão preventiva decretada na última quinta-feira (26), era considerado foragido

 





São Paulo – O empresário Eike Batista, que teve prisão preventiva decretada na última quinta-feira (26) já está sob custódia Polícia Federal.  Ele foi detido nesta manhã ao desembarcar no aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.

Eike estava em Nova York, nos Estados Unidos, e era considerado foragido. Ele embarcou para o Brasil nesta segunda-feira (30) às 0h45. O voo estava previsto para chegar às 10h30, mas o avião aterrissou por volta das 10h05.

Segundo a PF, o empresário passou por exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal), no centro do Rio, e depois foi levado diretamente para o presídio Ary Franco, na zona Norte da cidade. O local abriga criminosos que cometeram delitos contra o sistema federal e não têm curso superior.

Em entrevista a jornalistas na porta da penitenciária, o advogado de Eike, Fernando Martins, disse que não sabe dizer se o empresário ficará em uma cela comum, já que ainda não teve acesso ao ambiente. Sem diploma, ele não tem direito a ficar em uma área de detenção especial. Martins afirmou que a prioridade da defesa agora é garantir a integridade física do cliente.

Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, concedida no Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, na noite de domingo (29) Batista declarou que “está na hora de passar as coisas a limpo”. De acordo com o advogado, isso significa que “ele prestará todos os esclarecimentos necessários”. 

Histórico


Eike é investigado na Operação Eficiência, no âmbito da Lava Jato, por corrupção ativa por pagar 16,5 milhões de dólares ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral por meio de uma conta no Panamá.

O político, detido desde novembro, é acusado de comandar uma organização criminosa que já lavou mais de 100 milhões dólares no exterior, segundo o Ministério Público Federal e a Polícia Federal.

O dinheiro teria sido desviado de obras públicas feitas no estado durante a gestão de Cabral.

Os investigadores ainda não sabem dizer qual a contrapartida recebida pelo empresário pela suposta propina, mas defendem que sua prisão se justifica pelo fato de ele usar falsos negócios para forjar a legalidade de dinheiro lavado e, assim, “escamotear a verdade” dos órgãos públicos.

Para maquiar o montante pago a Cabral, ele teria criado um contrato de fachada para a intermediação de compra e venda de uma mina de ouro que nunca aconteceu. Saiba mais: Amigo de Palocci ensinou modelo de contrato de fachada a Cabral.

Quais são as empresas do Sul excluídas pela Bovespa



Três catarinenses e duas gaúchas fazem parte da lista
Da Redação
redacao@amanha.com.br
  BM&FBovespa exclui cinco empresas do Sul do pregão

A BM&FBovespa (foto) anunciou nesta sexta-feira (27) que excluiu 16 empresas do pregão. A medida é justificada, por exemplo, pelo atraso na entrega de demonstrações financeiras, pela falta de escriturador, pelo preço abaixo de R$ 1 e pelo atraso no pagamento de anuidade. Os papéis não serão mais negociados a partir de 2 de março. Das 16 companhias excluídas, pelo menos cinco são da região Sul: DHB (RS), Doca de Imbituba (SC), Schlösser (SC), Sultepa (RS) e Tecblu (SC). 
A LAEP Investments, que fez investimentos em empresas como a Gomes da Costa, que tem operações em Santa Catarina, e a Camil Alimentos, que possui unidades no Rio Grande do Sul, também teve seu registro excluído. No caso específico da Sultepa, a construtora poderá fazer uma nova oferta pública de ações até o início de dezembro. 
“A BM&FBovespa esclarece que não se responsabiliza por quaisquer prejuízos eventualmente sofridos por investidores ou quaisquer terceiros em virtude ou em decorrência do cancelamento de listagem”, revela a Bolsa em comunicado. A Bovespa ressaltou que os acionistas dessas empresas devem endereçar quaisquer dúvidas a respeito dos descumprimentos que levaram ao cancelamento de listagem diretamente às companhias.


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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Comissão Europeia comemora decisão da OMC contra Rússia

 

 

A OMC declarou hoje ilegais os direitos antidumping que variam de 23% a quase 30% e afetam as exportações de veículos italianos e alemães

 




Bruxelas – A Comissão Europeia comemorou nesta sexta-feira que a Organização Mundial do Comércio (OMC) tenha decidido contra a Rússia por sua posição adotada em 2013 para dificultar as exportações de veículos comerciais leves da Itália e da Alemanha.

Um grupo especial da OMC declarou hoje ilegais os direitos antidumping que variam de 23% a quase 30% e afetam as exportações de veículos italianos e alemães.

Segundo afirmou a Comissão Europeia em comunicado, “este não é mais que um exemplo das muitas medidas que a Rússia tomou nos últimos anos contra as exportações da UE”.

No comunicado, a comissária de Comércio, Cecilia Malmström, disse “alegrar-se” ao ver que a OMC adotou uma resolução “muito clara contra uma das medidas injustas, protecionistas e anticompetitivas que observamos hoje em dia na Rússia”.

Moscou baseou suas medidas no prejuízo supostamente causado à indústria nacional em números que não eram reais, segundo a Comissão Europeia.


May e Trump concordam em manter sanções contra a Rússia


May disse que as sanções à Rússia devem continuar e afirmou que essa posição também será mantida dentro da União Europeia

Washington – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que ainda é cedo para falar sobre a possibilidade de o país retirar as sanções impostas à Rússia, enquanto a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, defendeu que as punições ao Kremlin devem continuar.

“É muito cedo para falar sobre isso”, afirmou Trump durante uma entrevista coletiva conjunta com May, a primeira visita oficial que o líder recebe na Casa Branca desde a posse na última semana.

A previsão é Trump converse pela primeira vez com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, amanhã.

“Não o conheço pessoalmente, mas espero que tenhamos uma relação fantástica”, afirmou Trump sobre Putin, garantindo que quer colaborar com Moscou na luta contra o Estado Islâmico (EI).

May disse que as sanções à Rússia devem continuar e afirmou que essa posição também será mantida dentro da União Europeia.

O Reino Unido, porém, deve deixar o bloco antes do fim de 2019 depois da vitória do “Brexit” no referendo do ano passado.

Apesar de concordar com May que as sanções econômicas contra a Rússia devem ser mantidas, Trump ressaltou em várias ocasiões que cogita retirá-las se o Kremlin colaborar com a Casa Branca.

Os EUA e a União Europeia impuseram sanções econômicas em 2014 contra a Rússia, que foram reforçadas em rodadas sucessivas, devido à anexação da península da Crimeia e do apoio do Kremlin aos separatistas do leste da Ucrânia.