sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Novo CEO da Nestlé revisa metas de vendas após resultado de 2016


Fabricante dass barras de chocolate Kitkat e do café Nescafé está mirando crescimento subjacente de 2 a 4 por cento nas vendas este ano





Vevey – O novo presidente-executivo da Nestlé desistiu das metas de vendas de longa data da empresa de alimentos, após resultados decepcionantes nesta quinta-feira, adotando um tom mais cauteloso em um ambiente incerto.

A fabricante de produtos como as barras de chocolate Kitkat e do café Nescafé está mirando crescimento subjacente de 2 a 4 por cento nas vendas este ano, abaixo das estimativas dos analistas e do “Modelo Nestlé” de alta de 5 a 6 por cento.

Em sua primeira aparição pública desde que se tornou presidente-executivo, no início do ano, o recém-chegado na indústria de alimentos Ulf Mark Schneider disse que a estimativa mais baixa refletiu a incerteza econômica.

“Este é um ambiente volátil e ainda um tanto deflacionário”, disse Schneider a repórteres na sede da empresa em Vevey. “Nós sentimos que isso era sábio e prudente.”

Em 2016, o lucro líquido da Nestlé e as vendas subiram menos do que o esperado, afetado por desaceleração nos mercados emergentes e deflação.

A Nestle divulgou vendas de 89,5 bilhões de francos suíços (89,3 bilhões de dólares), alta de 3,2 por cento em bases orgânicas. O número ficou abaixo da expansão de 4,2 por cento vista em 2015 e marca a quarta vez que a Nestle divulgou um dado abaixo do seu modelo de crescimento de 5 a 6 por cento.

Analistas, em média, estavam esperando um crescimento de 3,4 por cento nas vendas, de acordo com pesquisa Reuters.

O lucro líquido caiu para 8,5 bilhões de francos suíços, bem abaixo da média das estimativas de 9,59 bilhões de francos, conforme a pesquisa, afetado por um ajuste extraordinário e sem efeito caixa de impostos diferidos e um ajuste do nível de estoque na Nestle Skin Health.


Kraft Heinz faz oferta pela Unilever, mas rival recusa


As duas empresas estão entre as maiores companhias de alimentos e bens de consumo do mundo

 





São Paulo – A Kraft Heinz fez uma oferta de compra da Unilever por US$ 143 bilhões, mas a proposta foi recusada, afirmou o Financial Times.

A gigante, que tem por trás o fundo 3G Capital e a Berkshire Hathaway, de Warren Buffet, acredita que poderá chegar a um acordo mesmo com a recusa. Saiba mais: E-book: Minidicionário do mercado financeiro – Patrocinado

A Kraft Heinz informou em comunicado que “fez uma proposta abrangente para a Unilever para combinar os dois grupos para criar uma companhia global de produtos de consumo com uma missão de crescimento a longo prazo e vida sustentável”, de acordo com o jornal.

A oferta é de US$ 50 por ação, preço 18% acima do valor de fechamento.

Juntas, as duas empresas teriam faturamento de US$ 84,8 bilhões, atrás apenas da Nestlé, que faturou US$ 91,2 bilhões no ano passado.

No entanto, o valor não foi o suficiente para a dona de marcas como Hellmann’s, Dove e Omo.

Para a Unilever, o valor “fundamentalmente subvaloriza a Unilever”. Ela ainda disse que “rejeitou a proposta porque não vê qualquer mérito, financeiro ou estratégico, para os acionistas da empresa. A Unilever não vê qualquer base para discussões futuras”.

A operação, caso concretizada, seria uma das maiores da história e a maior do mercado de bebidas e alimento. A fusão da ABInbev com a SAB Miller, fechada em outubro de 2015, foi avaliada em 68 bilhões de libras esterlinas ou US$ 123 bilhões, somando dívidas.

A Kraft e a Heinz formaram uma única empresa em 2015 e se tornaram a 5ª maior companhia de alimentos do mundo. A aquisição chegou a US$ 40 bilhões.

Na empresa criada com a fusão, The Kraft Heinz Company, o fundo de private equity dos empresários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, 3G Capital, e a empresa que controla os investimentos de Warren Buffett detêm 51% das ações da The Kraft Heinz Company. Os acionistas da Kraft ficaram com 49%, tendo recebido US$ 10 bilhões e mais US$ 16,50 por ação.

Grendene tem lucro de R$ 634 milhões em 2016






O resultado foi alcançado apesar de uma queda no volume vendido


Da Redação
redacao@amanha.com.br

 Grendene tem lucro de R$ 634 milhões em 2016


A Grendene obteve uma receita líquida de R$ 2 bilhões no ano passado. No mesmo período, lucrou R$ 634 milhões – valor 15% maior do que o alcançado em 2015. Isso fez com que a companhia atingisse uma margem líquida de 31%. O resultado foi alcançado apesar de uma queda no volume de pares vendidos de 8,1%, no mercado interno e 13% nas exportações, em parte compensada pelo aumento nos preços unitários de 4,1% o que resultou em queda na receita líquida de 7,1%, sempre comparados a igual período do ano anterior. 

“Enfrentamos em 2016 o terceiro ano consecutivo de queda no consumo e na produção de calçados que voltou aos níveis de mercado de 2011”, revela a empresa em seu relatório anual. Porém a Grendene entregou no ano passado um volume de pares um pouco maior que o volume de 2011 (164 milhões de pares em 2016 contra 150 milhões de pares em 2011), mas obteve um lucro mais do que o dobro (R$ 634 milhões em 2016 versus R$ 305 milhões em 2011). 

“O impacto do desemprego que vem afetando a disposição de consumo desde 2015 deve se estabilizar no primeiro semestre e, esperamos começar a esboçar reação no segundo semestre deste ano. De fato, podemos adiantar que o inicio de 2017 está sendo melhor que igual período do ano passado em termos de demanda no mercado, atenuando nossas expectativas para este ano”, prevê a Grendene. 


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Agemed planeja expandir receita com franquias






Operadora de saúde catarinense deve abrir 30 novas agências neste ano


Por Marcos Graciani
graciani@amanha.com.br

 Agemed planeja expandir receita com franquias em 2017


No ano passado, nada menos que 1,4 milhão de brasileiros deixaram de ter plano de assistência médica. Enquanto o setor acumulou retração de 2,8%, a catarinense Agemed (foto) cresceu 67% e ultrapassou a marca de 210 mil beneficiários no Paraná, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso. Criada para atender inicialmente os funcionários da joinvillense Tigre, em 1998, hoje a receita é estimada em cerca de R$ 420 milhões. Em 2017, a meta da companhia é repetir a dose de crescimento. A principal estratégia será o sistema de franquias. A companhia pretende abrir ao menos 30 unidades nesse formato. 

Responsável pela implantação de franquias do sistema comercial da Agemed, a Vanquisher Franchising tem planos de chegar na região Sudeste ainda no primeiro semestre, pois há negociações avançadas em Belo Horizonte (MG), Vitória (ES) e interior de São Paulo. A primeira comercialização foi feita em Alta Floresta (MT). Nesse início de ano, a companhia também concluiu as transações em mais três pontos: Santa Maria (RS), São Bento do Sul (SC) e Canoinhas (SC). No Sul, a Agemed estima que há espaço para mais 10 agências. As cidades mais prováveis estão na Serra e Noroeste do Rio Grande do Sul, além do Norte e Oeste do Paraná.   

O sistema comercial pretende atrair investidores pela remuneração, pois o franqueado recebe uma porcentagem sobre o total da carteira administrada pela Agemed na localidade onde atua. "No modelo tradicional, a cada mês o empreendedor começa os negócios do zero precisando fazer uma nova venda para garantir o faturamento. No nosso caso, as vendas realizadas no mês são somadas àquelas realizadas desde o início do negócio. A participação na receita de cada nova venda é somada a um volume formado pela participação nos contratos anteriores", explica Fábio Nunes, diretor de expansão da Vanquisher. 

O investimento varia de acordo com o porte do município atendido. O cálculo leva em conta o número de moradores da região e a fatia da população que possui plano de saúde. Para uma cidade de 100 mil habitantes onde 30% deles possuísse o benefício, por exemplo, a taxa do franqueado seria de R$ 135 mil. O retorno previsto é de três anos.  


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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

CPI da Lei Rouanet é prorrogada por mais 60 dias


A CPI, instalada em setembro no ano passado, investiga supostas irregularidades na concessão de benefícios fiscais por parte do Ministério da Cultura






Brasília – O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira, 15, o pedido de prorrogação dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lei Rouanet por mais 60 dias. O requerimento foi aprovado por 258 votos a 78.

Na última reunião do colegiado, na terça, a comissão aprovou a convocação do empresário Fábio Porchat, pai e homônimo do humorista Fábio Porchat, além de outros empresários e advogados.

Outros pedidos para convocação de artistas como Cláudia Leitte e José de Abreu ainda devem ser avaliados. Segundo o relator da CPI, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), será necessário mais tempo para ouvir novos depoimentos e concluir o relatório.

“Essa comissão já reuniu provas de ilícitos, mas, ao mesmo tempo, nós estamos trabalhando na busca do aperfeiçoamento da legislação”, justificou.

Durante a votação, o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), se manifestou contrário à prorrogação dos trabalhos da CPI.

“Ela já teve o seu período, não houve nenhum tipo de obstrução, nenhum tipo de impedimento para os trabalhos, então deveria ter sido apresentado o seu relatório”, disse.

A CPI, instalada em setembro no ano passado, investiga supostas irregularidades na concessão de benefícios fiscais por parte do Ministério da Cultura para empreendimentos culturais.

Para a oposição, o objetivo do colegiado é perseguir artistas que foram beneficiados pela lei durante os governos petistas.


Lucro da Bunge supera expectativa com melhora de margens no Brasil


A trading norte-americana Bunge registrou um lucro melhor que o esperado no quarto trimestre de 2016, ajudada por preços mais altos do açúcar e do etanol e por melhora das margens em óleos comestíveis no Brasil.

A companhia também disse esperar que seu maior negócio, a unidade de agronegócio que negocia e processa commodities agrícolas, comece o ano com lentidão e progressivamente melhore às medida que os volumes e margens aumentem na América do Sul.
 
Produtores da América do Sul, como Brasil e Argentina, deverão colher safras recordes de soja e milho neste ano, o que deverá ajudar a Bunge em 2017.
 
O Brasil deverá colher cerca de 104 milhões de toneladas de soja este ano e aproximadamente 90 milhões de toneladas de milho, segundo estimativas de analistas e entidades do setor.
 
No ano passado, problemas climáticos reduziram as colheitas de soja e milho no Brasil para abaixo das expectativas iniciais. Além disso, produtores reduziram o ritmo de vendas devido à retração nos preços em real, em meio ao resfriamento das cotações em Chicago e à queda do dólar. O movimento pesou nas margens de processamento e limitou oportunidades para grandes tradings, como a Bunge.
 
A empresa disse que seu lucro líquido disponível para acionistas subiu para 262 milhões de dólares, ou 1,82 dólar por ação, no trimestre encerrado em 31 de dezembro de 2016, ante 188 milhões de dólares, ou 1,30 dólar por ação, no mesmo período do ano anterior.
 
Excluindo itens extraordinários, a companhia lucrou 1,70 dólar por ação, batendo a expectativa média de analistas de lucro de 1,57 dólar por ação, segundo o Thomson Reuters I/B/E/S.
 
As vendas líquidas subiram 8,6 por cento, para 12,06 bilhões de dólares, superando previsões de 11,41 bilhões (Reuters, 15/2/17)


Projeto do RenovaBio vai a consulta públic


O RenovaBio, programa do governo federal para expansão da produção de biocombustíveis no País, foi colocado em consulta pública nesta quarta-feira, 15, no site do Ministério de Minas e Energia (MME) e estará aberto a "sugestões e críticas motivadas" até 20 de março. Lançado em dezembro, o projeto envolveu discussões dos segmentos produtores de biodiesel, biogás, biometano, bioquerosene e etanol de 1ª e 2ª gerações.

A expectativa era de que a consulta pública ocorresse mesmo no primeiro trimestre de 2017. No documento publicado pelo MME, os valores defendidos são a competitividade dos biocombustíveis, a credibilidade para o desenvolvimento desses produtos e a previsibilidade em relação ao papel deles dentro da matriz energética nacional.

Além disso, sugere-se o estímulo à eficiência da indústria de biocombustíveis, com foco no diálogo com o Estado e na sustentabilidade econômica, social e ambiental. O horizonte do RenovaBio é o ano de 2030. A intenção é permitir ao Brasil cumprir suas metas, acertadas na COP 21, em Paris, de redução de 43% das emissões de gases do efeito estufa até aquele ano, tendo por base 2005.

Entre as premissas consideradas pelo programa estão quatro principais eixos: definição do papel dos biocombustíveis dentro da matriz energética, quais são as regras de comercialização desses produtos, a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento de novos biocombustíveis. No total, a consulta pública coloca 21 "questões de reflexão" para esses eixos estratégicos.

Conforme o documento, "após a consulta pública e a consolidação de suas contribuições, a proposta inicial das diretrizes estratégicas poderá ser aperfeiçoada". "A partir disso, deverá ser buscado o instrumento adequado para a formalização dessas diretrizes, importantes para nortear as políticas públicas de Estado para os biocombustíveis"

 (Agência Estado, 15/2/17)