sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Murilo Ferreira diz não saber quem será seu sucessor na Vale


O executivo disse ainda que a decisão de deixar o cargo foi tomada na quinta-feira, de forma antecipada, após especulações na imprensa sobre o tema




Rio de Janeiro – O presidente da mineradora Vale, Murilo Ferreira, afirmou nesta sexta-feira que não desconfia quem será o seu sucessor.

“Que eu saiba eu não tenho sucessor, eu nunca fui informado de ter esse sucessor e para falar a verdade eu nem desconfio quem será esse sucessor”, afirmou ele em teleconferência com a imprensa, após a companhia anunciar pela manhã que ele não renovará o seu contrato em maio.

O executivo disse ainda que a decisão de deixar o cargo foi tomada na quinta-feira, de forma antecipada, após especulações na imprensa sobre o tema.

Afirmou também que houve uma reunião nesta manhã sobre sua saída, mas não deu detalhes dos temas tratados e nem mesmo de quem estava presente.

Café, açúcar e etanol se beneficiam de novo acordo da OMC, diz embaixador




Café, açúcar e etanol se beneficiam de novo acordo da OMC, diz embaixador

Commodities como café, açúcar e etanol, produzidas no Brasil, serão fortemente beneficiadas pela entrada em vigor na quarta-feira, 22, de um novo acordo de facilitação e comércio ratificado pela Organização Mundial do Comércio (OMC). A avaliação é do embaixador da Representação Permanente do Brasil junto a Organizações Internacionais, Hermano Telles Ribeiro, em Londres, centro financeiro da Europa e uma das maiores praças de negociação internacional desses produtos.

"A medida não só pode desonerar o comércio exterior brasileiro como também harmoniza as regras aduaneiras do País. Todas essas commodities que são exportadas passam por aduanas", afirmou o embaixador. O acordo prevê medidas de desburocratização das vendas e compras externas. Para que entrasse em vigor, precisava ser ratificado por dois terços dos membros da OMC, o que envolveu um grande processo diplomático, já que 110 países precisaram dar o aval ao documento assinado em 2013. Ontem, quatro países - Ruanda, Omã, Chad e Jordânia - ratificaram o acordo, totalizando 112.

"O impacto será enorme", disse Telles Ribeiro, que não soube estimar em valores os ganhos para o Brasil. Ele citou a projeção apresentada pelo diretor-geral da OMC, o também brasileiro Roberto Azevêdo, de redução dos custos de exportação e importação de até 14%. Os ganhos para a economia mundial chegariam a US$ 1 trilhão, conforme a entidade.

Telles Ribeiro, que chegou à capital britânica há pouco mais de seis meses, tem feito um trabalho direto com instituições como a Organização Internacional do Açúcar (OIA) e a Organização Internacional do Café (OIC), que atualmente passa por um processo de seleção da diretoria .

 (Agência Estado, 23/2/17)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Cenário favorável para o agronegócio brasileiro





Por José Luiz Tejon Megido

A China é o maior cliente do agro brasileiro. Mas não pense que não se produz na agropecuária, ao contrário, enquanto o Brasil deverá colher neste ano uma safra em torno de 215 milhões de toneladas de grãos, a China registra o seu plano quinquenal para 2020! Sim, projetam passar dos atuais 500 milhões de toneladas de grãos para 550, ou seja, a China produz mais do que o dobro do Brasil. Em contrapartida, consome muito, não tem mais condições para expansão e é por isso que ainda precisa importar.

Esse crescimento projetado de 50 milhões de toneladas precisará ser feito com produtividade, pois a China utiliza hoje 124 milhões de hectares, o que também é o dobro da área agrícola brasileira. O governo chinês tem preocupações seríssimas com a contaminação do solo e da água. O país consome 1/3 da produção mundial de fertilizantes e a estatal chinesa decretou aumento de consumo zero de fertilizantes e defensivos. Ou seja, a China precisará crescer com uma gestão otimizada dentro da mesma área.

Dessa forma, o cenário mundial para o Brasil se revela extraordinário, pois temos um cliente/parceiro econômico que produz o nosso dobro. Devemos cada vez mais incorporar o estado da arte da tecnologia, os fatores ambientais já comprometidos, a educação e a existência de produtoras e produtores rurais cada vez mais chamados de agro urbanos.

Temos total condição de dominar, em um futuro próximo, fatores controláveis essenciais para dobrarmos o volume e agregarmos valor multiplicando as receitas obtidas com o agronegócio por três. Portanto, mãos a obra! (José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável 


(CCAS) e Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM)

Estoques baixos do açúcar sustentam preços em NY












Os preços do açúcar dispararam ontem na bolsa de Nova York depois que a Organização Internacional do Açúcar (OIA) estimou que, embora a produção deva superar o consumo na próxima safra internacional (2017/18), os estoques finais da temporada corrente ainda sinalizaram oferta apertada. Os contratos com vencimento em maio subiram 48 pontos, para 20,74 centavos de dólar a libra-peso, o maior valor desde o dia 6.

A OIA avaliou que deverá haver um "modesto superávit" na safra 2017/18. Para o ciclo atual, a estimativa foi revisada para baixo, para 5,9 milhões de toneladas. Diante disso, a relação entre estoques e uso deverá cair para 43,78%, a mais apertada desde 2010/11. Em volume, os estoques finais desta safra foram projetados em 76,3 milhões de toneladas. A estimativa para o consumo global foi elevada para 174,2 milhões, superando a previsão para a produção, que ficou em 168,3 milhões.

Para o Brasil, a produção foi estimada em 38,8 milhões de toneladas, e a exportação, em 27,6 milhões. Quanto à Tailândia, segundo maior exportador mundial, a estimativa é que os embarques fiquem em 7 milhões de toneladas e a produção, em 9,5 milhões. Ontem, o governo tailandês, que responde a um questionamento do Brasil na OMC, disse que vai parar de subsidiar a produção e deixará de controlar os preços ao consumidor até o fim do ano. A União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica) aprovou a decisão, mas disse que há outras medidas a serem alteradas, como o sistema de cotas e subsídios aos canavieiros.

 (Assessoria de Comunicação, 22/2/17)

Cana: Banco Pine corta previsão de safra 2017/18 no Centro-Sul em 10 mi/t



 O Banco Pine cortou nesta quarta-feira sua projeção para a safra 2017/18 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil em 10 milhões de toneladas, de 585 milhões de toneladas estimadas em novembro para 575 milhões de toneladas agora. Caso se confirme, o volume do próximo ciclo, que se inicia oficialmente em abril, será quase 5% menor se comparado ao de 603,8 milhões de toneladas considerado para a temporada vigente, a 2016/17.

Em relatório, o analista da instituição, Lucas Brunetti, diz que nova projeção leva em conta a idade avançada dos canaviais, que acarreta menor produtividade. Pelos cálculos do banco, a média de idade das plantações passará de 3,4 anos em 2016/17 para 3,6 anos em 2017/18. Outro fator mencionado foram as baixas temperaturas durante a primavera no ano passado, em especial no "Paraná e em partes de Mato Grosso do Sul e de São Paulo".

Segundo Brunetti, o clima mais frio retardou o desenvolvimento das plantações. Já em relação ao clima global, "as previsões das agências indicam que o efeito meteorológico El Niño retornará no segundo semestre deste ano", afirmou o analista. O fenômeno, caso ocorra, provocará mais chuvas no Centro-Sul do Brasil, prejudicando a colheita de cana e, consequentemente, a moagem e fabricação de produtos, explica.

Conforme o Pine, as usinas e destilarias da região produzirão 35,1 milhões de t de açúcar em 2017/18, ligeiramente abaixo dos 35,3 milhões de t de 2016/17. No caso do etanol, a expectativa é de queda de 6,6%, para 23,8 bilhões de litros, dos quais 11,5 bilhões de litros de anidro e 12,3 bilhões de litros de hidratado.

Tal previsão leva em conta um mix de 47,7% da oferta de matéria-prima para açúcar e de 52,3% para etanol, além de uma quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) de 134 kg por tonelada de cana (+0,5%). De acordo com o Pine, também devem ser fabricados 26 milhões de litros de etanol de milho, ante 21 milhões de litros em 2016/17. Apesar dos problemas que podem prejudicar a temporada 2017/18, Brunetti afirma que o principal risco acabou não se concretizando: o La Niña.

"Esse efeito meteorológico, que foi bastante alardeado nos últimos meses, é associado a estiagens no Centro-Sul do Brasil. Isso poderia prejudicar a produtividade agrícola de maneira generalizada. No entanto, o La Niña não chegou a ser sentido, e as chuvas foram muito próximas da média histórica", concluiu

 (Agência Estado, 22/2/17)

Os 31 bilionários brasileiros de 2016, segundo a Forbes


Além de Jorge Paulo Lemann, outros 30 brasileiros também aparecem na lista da Forbes, com fortunas nos setores de bancos, cerveja, construção, mídia e saúde 

 


Natura começa a vender maquiagem para homens e mulheres


No acumulado de 2016, a companhia registrou lucro de R$ 296,7 milhões, valor 42,2% menor em comparação ao ano anterior





São Paulo – Desde que João Paulo Ferreira assumiu o comando da Natura no lugar de Roberto Lima, em outubro, a Natura já sinaliza a revisão de seu mix de produtos e a busca por marcas que atendam consumidores distintos.

Em janeiro, a companhia anunciou o início das vendas da Natura Sou, antes encontrada apenas na rede Raia Drogasil, em outras drogarias, a Panvel e Pacheco e São Paulo.

Hoje, outra novidade: o relançamento da Natura Faces, com o foco em maquiagens para homens e mulheres, “pessoas de espírito livre, ligadas aos movimentos sociais e culturais das grandes cidades”, diz em sua apresentação.

Produtos 2 em 1, combináveis entre si estão no portfólio, com preços sugeridos entre 13,90 reais e 33,90 reais, que serão vendidos pelas revistas, site e nas cinco lojas próprias da marca.

“Muitos homens já usam maquiagem e, com o relançamento de Faces, temos uma linha moderna e descomplicada que conversa com também esse público”, explica Renata Eduardo, diretora de marketing da empresa, em release para a imprensa.

As iniciativas de relançamento de marcas e diversificação de pontos de vendas faz parte da estratégia da companhia em melhorar os números da operação registrados nos últimos anos.


Vendas estagnadas


Ontem, depois do fechamento do mercado, a companhia divulgou os resultados de 2016. No período, a Natura registrou um lucro de 296,7 milhões de reais, valor 42,2% menor em relação ao ano anterior.

Na comparação de vendas entre outubro e dezembro de 2016 com os mesmos três meses de 2015, houve um crescimento de 39%, para 201,8 milhões de reais.

As vendas no ano ficaram quase que estagnadas, cresceram 0,2%, para R$ 7,9 bilhões de reais.

O ebitda no ano, critério que mede a eficiência operacional de um negócio, teve uma queda de 1,6%, comparado a 2015, e ficou em 1,3 bilhão de reais.

No último trimestre, o mesmo indicador apresentou uma melhora de 2%, em relação ao mesmo período do ano anterior, e fechou em 462 milhões de reais.

Reajustes de preços mais modestos fazem parte da estratégia da Natura para recuperar participação de mercado em 2017, afirmaram executivos da fabricante de cosméticos nesta quinta-feira,

Durante teleconferência com analistas sobre o resultado feita ontem, o presidente da empresa afirmou que recuperar as vendas em lares e participação de mercado é prioridade para este ano.

“Se a concorrência escorregar, esperamos estar preparados para aproveitar oportunidades adicionais”, disse ele.