Os preços do açúcar dispararam ontem na bolsa de Nova York depois que
a Organização Internacional do Açúcar (OIA) estimou que, embora a
produção deva superar o consumo na próxima safra internacional
(2017/18), os estoques finais da temporada corrente ainda sinalizaram
oferta apertada. Os contratos com vencimento em maio subiram 48 pontos,
para 20,74 centavos de dólar a libra-peso, o maior valor desde o dia 6.
A OIA avaliou que deverá haver um "modesto superávit" na safra
2017/18. Para o ciclo atual, a estimativa foi revisada para baixo, para
5,9 milhões de toneladas. Diante disso, a relação entre estoques e uso
deverá cair para 43,78%, a mais apertada desde 2010/11. Em volume, os
estoques finais desta safra foram projetados em 76,3 milhões de
toneladas. A estimativa para o consumo global foi elevada para 174,2
milhões, superando a previsão para a produção, que ficou em 168,3
milhões.
Para o Brasil, a produção foi estimada em 38,8 milhões de toneladas, e
a exportação, em 27,6 milhões. Quanto à Tailândia, segundo maior
exportador mundial, a estimativa é que os embarques fiquem em 7 milhões
de toneladas e a produção, em 9,5 milhões. Ontem, o governo tailandês,
que responde a um questionamento do Brasil na OMC, disse que vai parar
de subsidiar a produção e deixará de controlar os preços ao consumidor
até o fim do ano. A União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica)
aprovou a decisão, mas disse que há outras medidas a serem alteradas,
como o sistema de cotas e subsídios aos canavieiros.
(Assessoria de
Comunicação, 22/2/17)
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