A Enel Brasil comprou cerca de 94,8% do capital social da Celg D que pertenciam à 'holding' do setor elétrico Eletrobras e ao governo de Goiás
A multinacional italiana Enel formalizou nesta terça-feira (14), em Goiânia, a aquisição do controle acionário da Celg D, distribuidora de energia elétrica do estado de Goiás.
O contrato foi assinado na presença do governador goiano
Marconi Perillo, dos executivos Lívio Gallo e Carlos Zorzolli, da Enel, e
do superintendente da Área de Desestatização do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Rodolfo Torres dos Santos.
O anúncio foi feito no Rio, pelo banco, que assessorou tecnicamente o Ministério de Minas e Energia durante todo o processo.
De acordo com o BNDES, o processo de privatização da Celg D foi iniciado em maio de 2015.
Naquele mês, a companhia foi incluída no Programa Nacional
de Desestatização (PND), tendo o leilão ocorrido na Bolsa de Valores de
São Paulo (BM&F/Bovespa) no dia 30 de novembro do ano passado.
A Enel ofertou R$ 2,187 bilhões pelo controle da Celg D, o
que representou um ágio de 28% sobre o valor mínimo fixado para o
pregão, de R$ 1,708 bilhão.
A operação de privatização foi estruturada pela
International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco
Mundial, contratada pelo BNDES.
Segundo a assessoria de imprensa do BNDES, a Enel Brasil
comprou cerca de 94,8% do capital social da Celg D que pertenciam à
‘holding’ do setor elétrico Eletrobras e ao governo de Goiás.
O processo de privatização da distribuidora será concluído
com a oferta de 5,09% das ações aos funcionários da ativa e aposentados
da empresa.
Eventuais sobras serão adquiridas pelo novo controlador, que
promete investir na melhoria do atendimento e na expansão da cobertura
de distribuição de energia, inclusive aquelas provenientes de fontes
alternativas.
A Enel Brasil já atua nos estados do Rio de Janeiro e Ceará,
atendendo a 250 municípios, e passará agora a atender também a 237
cidades goianas.
A compra da Celg D permitirá à Enel expandir a sua base de clientes de sete milhões para dez milhões.
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