quarta-feira, 5 de abril de 2017

STF proíbe greve para todas as categoriais policiais do país


No entendimento do ministro Alexandre de Moraes, "o Estado não faz greve. O Estado em greve é um estado anárquico, e a Constituição não permite isso"



Policiais civis aprovam greve em assembleia no Espírito Santo


O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (5), por 7 votos a 3, que todos os servidores que atuam diretamente na área de segurança pública não podem exercer o direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, por desempenharem atividade essencial à manutenção da ordem pública.

Pela tese aprovada, fica vetado o direito de greve de policiais civis, federais, rodoviários federais e integrantes do Corpo de Bombeiros, entre outras carreiras ligadas diretamente à segurança pública.

Essas carreiras, no entanto, mantêm o direito de se associar a sindicatos.

A decisão, que teve repercussão geral reconhecida e serve para balizar julgamentos em todas as instâncias, foi tomada no julgamento de um recurso extraordinário do estado de Goiás, que questionou a legalidade de uma greve de policiais civis.

No julgamento, prevaleceu o entendimento do ministro Alexandre de Moraes, para quem o interesse público na manutenção da segurança e da paz social deve estar acima do interesse de determinadas categorias de servidores públicos. Para ele, os policiais civis integram o braço armado do Estado, o que impede que façam greve.

“O Estado não faz greve. O Estado em greve é um estado anárquico, e a Constituição não permite isso”, afirmou Moraes.

A maior parte dos ministros considerou ainda ser impraticável, por questões de sua própria segurança e pela obrigação de fazer prisões em flagrante mesmo fora de seu horário de trabalho, que o policial civil deixe de carregar sua arma 24 horas por dia.

“Isso impediria a realização de manifestações por movimentos grevistas de policiais civis, uma vez que a Constituição veda reuniões de pessoas armadas. “Greve de sujeitos armados não é greve”, afirmou Gilmar Mendes.

Também votaram a favor da proibição da greve a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, e os ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Luiz Fux, que destacou o que considerou consequências nefastas de greves anteriores de policiais civis e militares, como o aumento do número de homicídios. “O direito não pode viver apartado da realidade”, afirmou.

A Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestaram pela impossibilidade de greve de policiais civis, contra o Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sindipol-GO).

 

Relator


O relator do caso, ministro Edson Fachin, votou para que fosse garantido o direito de greve dos policiais civis, embora com restrições.

“No confronto entre o interesse público de restringir a paralisação de uma atividade essencial e o direito à manifestação e à liberdade de expressão, deve se reconhecer o peso maior ao direito de greve”, disse.

Para conciliar o direito fundamental à greve e o direito fundamental à segurança pública, Fachin propôs como saída a necessidade de que paralisações de policiais civis fossem autorizadas previamente pelo Judiciário, estabelecendo-se um porcentual mínimo de servidores a serem mantidos em suas funções.

Acompanharam o relator os ministros Rosa Weber e Marco Aurélio Mello, para quem, com a decisão, o STF “se afasta da Constituição cidadã de 1988”.
 

Marelli deve romper marca de R$ 200 milhões com novo nicho de mercado


Divisória piso-teto pode representar um acréscimo de até 15% no faturamento da companhia já no primeiro ano

 

Por Marcos Graciani

 

graciani@amanha.com.br
Marelli projeta faturar R$ 207 milhões neste ano

A Marelli está ingressando em um novo nicho de mercado – o segmento de divisórias piso-teto (foto), através de licença de fabricação com a empresa italiana NeWall.  A novidade está sendo lançada ao mercado nesta semana, durante a 21ª Convenção da Marelli, que acontece em Caxias do Sul (RS).  A Marelli comprou a concessão de fabricação do produto no Brasil, sendo que uma das linhas foi desenvolvida com exclusividade para a marca. A companhia investiu R$ 1 milhão nesse novo segmento. A estratégia consiste em depender menos dos móveis, segmento que tem sofrido com a crise econômica brasileira. 

A projeção é que o novo produto represente um acréscimo de 10% a 15% no faturamento da Marelli já no primeiro ano, devendo chegar a 15% de representatividade no total de vendas da empresa até 2022. Em 2016, o faturamento do Grupo Marelli fechou em R$ 159 milhões. “Os primeiro negócios foram realizados no final do ano passado e estão sendo entregues agora. 

Nos showrooms, o produto está sendo instalado no primeiro semestre de 2017”, antecipa Daniel Castilhos, diretor de marketing da Marelli. O segmento ajudará a fabricante de mobiliário para escritórios a atingir seu principal objetivo: crescer 30% em relação ao ano passado, o que fará com que a empresa atinja o patamar de receita de R$ 207 milhões. Entre as novidades para o ano, a marca também planeja abrir uma loja-conceito, que será uma filial da fábrica, em São Paulo (SP).  O aporte aproximado  na unidade será de R$ 2,5 milhões.

http://www.amanha.com.br/posts/view/3834


Anúncio de cerveja manda indireta para mulher de Sérgio Cabral


A marca brincou com o fato da ex-primeira dama do Rio estar cumprindo prisão domiciliar

 

Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador Sérgio Cabral, em data de depoimento à Polícia Federal no dia 17/11/2016
A estratégia de algumas marcas para interagir como o público (principalmente nas redes sociais) se notabiliza pela capacidade de se envolver nos principais assuntos do cotidiano de uma região, uma cidade ou o país como um todo.

É o que tem feito, por exemplo, a marca de cervejas Rio Carioca, através do trabalho de comunicação da agência 11:21, com criação comandada por Gustavo Bastos.

No anúncio abaixo, a marca pega carona em dos assuntos mais comentados dos últimos dias no Rio de Janeiro: a decisão da justiça em permitir que Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, ambos réus na Operação Lava-Jato, cumpra prisão domiciliar.


Confira:
(Rio Carioca)

Este conteúdo foi publicado originalmente no site da AdNews.
 

KPMG deve informar se identificou corrupção de Lula na Petrobras


A solicitação, feita pelo juiz responsável pela Lava Jato, Sérgio Moro, dá um prazo de 30 dias para a empresa de auditoria responder os questionamentos

 





São Paulo – O juiz federal Sérgio Moro mandou a empresa de auditoria KPMG informar “se, durante a realização de auditoria na Petrobras, foi identificado algum ato de corrupção ou ato ilícito com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”. O magistrado estabeleceu o prazo de 30 dias.

“Solicito a Vossa Senhoria que informe a este Juízo, o prazo de 30 dias, se, durante a realização de auditoria na Petrobras, foi identificado algum ato de corrupção ou ato ilícito com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com, se positivo, o envio de cópia”, determinou Moro.

A solicitação foi feita em 13 de março e anexada no dia 31 aos autos da ação penal na qual o petista é réu por corrupção e lavagem de dinheiro. Lula responde ao processo que o liga a contratos firmados entre a Petrobras e a Construtora Norberto Odebrecht S/A.

Nesta denúncia, a propina, equivalente a porcentuais de 2% a 3% dos oito contratos celebrados entre a Petrobras e a Odebrecht, seria de R$ 75.434.399,44.

Segundo o Ministério Público Federal, o valor teria sido repassado a partidos e políticos que davam sustentação ao Governo Lula – PT, PP e PMDB -, a agentes públicos da Petrobras e aos responsáveis pela distribuição das vantagens ilícitas, “em operações de lavagem de dinheiro que tinham como objetivo dissimular a origem criminosa do dinheiro”.

A acusação aponta que parte do valor das propinas pagas pela construtora foi lavada mediante a aquisição, em benefício do ex-presidente, de um imóvel, em São Paulo, em setembro de 2010, que seria usado para a instalação do Instituto Lula.

O acerto do pagamento da propina destinada ao ex-presidente, afirma a força-tarefa da Lava Jato, foi intermediado pelo ex-ministro Antonio Palocci, com o auxílio de seu assessor parlamentar Branislav Kontic.

Ambos, segundo a Procuradoria da República, mantinham contato direto com Marcelo Odebrecht, a respeito da instalação do espaço institucional pretendido pelo ex-presidente.

O valor total de vantagens ilícitas empregadas na compra e manutenção do imóvel, até setembro de 2012, chegou a R$ 12,422 milhões, de acordo com a força-tarefa da Lava Jato.

Os procuradores afirmam que os valores constam de anotações de Odebrecht, planilhas apreendidas na sede da DAG Construtora Ltda. e dados obtidos em quebra de sigilo bancário.

Além disso, o Ministério Público Federal afirma que parte das propinas que teriam sido destinadas a Glaucos da Costamarques, parente de José Carlos Costa Marques Bumlai – pecuarista amigo de Lula -, por sua atuação na compra do terreno para o Instituto Lula foi repassada para o ex-presidente na forma da aquisição da cobertura contígua à sua residência em São Bernardo de Campo, na Grande São Paulo.

A denúncia aponta que a nova cobertura, que foi utilizada pelo ex-presidente, foi adquirida em nome de Costamarques, “que atuou como testa de ferro de Luiz Inácio Lula da Silva”.

Segundo a Procuradoria, para “dissimular” a propriedade do imóvel, foi assinado “um contrato fictício de locação” com Glaucos da Costamarques, datado de fevereiro de 2011. As investigações indicaram, afirmam os procuradores, “que nunca houve o pagamento do aluguel até pelo menos novembro de 2015”.

 

Defesa


O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, se manifestou à reportagem por meio de nota. “A Petrobras mantinha e mantém um sofisticado sistema de controle interno e externo de suas atividades.

O controle externo era – e é – realizado por renomadas empresas de auditoria, como Ernest&Young, KPMG e Pricewaterhousecoopers, que jamais indicaram em seus relatórios de auditoria qualquer ato ilícito, muito menos envolvendo o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva”, escreveu.

“Em 2010, a Petrobras fez a segunda maior emissão de ações da história, no valor de R$ 115,041 bilhões, precedida de minuciosa auditoria coordenada por renomados bancos, auditores e escritórios de advocacia, que, igualmente, jamais indicaram a prática de qualquer ilícito, muito menos envolvendo o ex-Presidente. Em documento denominado ‘Prospecto Definitivo da Oferta Pública de Distribuição Primária de Ações Preferenciais de Emissão da Petrobras’, realizado com elevado padrão de diligência conforme exigido por atos normativos específicos, existe a afirmação textual que a Petrobras ‘não está envolvida em corrupção'”, continua o advogado.

“Todos esses documentos, emitidos por conceituadas instituições nacionais e internacionais, demonstram que não havia possibilidade de Lula ter conhecimento da prática de eventuais atos ilícitos na Petrobras e muito menos que deles tenha participado.”

“Por isso, fomos nós, advogados de Lula, que requeremos a juntada desses documentos à ação penal nº 506313017.2016.4.04.7000/PR, na certeza de que tornam evidente o caráter frívolo das acusações impostas a Lula, reforçando sua inocência”, finaliza Zanin.

terça-feira, 4 de abril de 2017

Lacker deixa Fed por vazamento de informações sensíveis


Ele admitir que em uma conversa que teve com um analista de Wall Street em 2012 pode ter revelado informações confidenciais sobre a política do Fed

 




Washington – O presidente do Federal Reserve de Richmond, Jeffrey Lacker, deixou abruptamente o banco central norte-americano nesta terça-feira, depois de admitir que em uma conversa que teve com um analista de Wall Street em 2012 pode ter revelado informações confidenciais sobre as opções de política do Fed.

O vazamento de 2012 tinha desencadeado uma investigação criminal e veio no momento em que o Fed estava estabelecendo as bases para o programa de grande compra de títulos que foi implementado mais tarde naquele ano.

A informação foi divulgada pela Medley Global Advisors um dia antes da publicação das minutas do próprio banco central de sua reunião de setembro.

Lacker disse em janeiro que se aposentaria em outubro. Mas na terça-feira ele disse que decidiu sair de imediato porque tinha confirmado informações confidenciais para Medley.

Não ficou claro se Lacker foi expulso de seu cargo, embora o Fed de Richmond disse em uma declaração que tomou “ações apropriadas” depois de saber o resultado das investigações do governo sobre o vazamento.

Lacker disse que não divulgou completamente os detalhes de sua conversa de 2012 com um analista da Medley quando foi entrevistado por um advogado do Fed naquele ano.

Ele, no entanto, disse em uma entrevista de 2015 com o Federal Bureau of Investigation (FBI) que sua discussão com o analista Medley incluiu informações confidenciais.

“Lamento profundamente o papel que eu possa ter desempenhado na confirmação dessas informações confidenciais”, disse Lacker em um comunicado, acrescentando que “nunca” foi sua “intenção revelar informações confidenciais”.

O relatório da Medley desencadeou furor no Congresso dos EUA e se tornou uma fonte de atrito entre o banco central e congressistas, levando a uma investigação criminal.
  
 
 

Irã firma novo contrato com Boeing para adquirir 60 aviões


O contrato foi alcançado após um ano de negociações e a entrega das aeronaves será feita a partir de 2019

 





Teerã – A companhia Aseman Airlines, do Irã, assinou nesta terça-feira um contrato para a compra de 60 aviões comerciais com o fabricante Boeing, dos Estados Unidos, que também tem um acordo com a companhia aérea estatal Iran Air.

O contrato, alcançado após um ano de negociações entre as partes, estipula a aquisição de 60 aviões do modelo Boeing 737 MAX, segundo informou a Aseman em comunicado, sem detalhar o valor do acordo.

Este modelo, com capacidade para 130 passageiros, é adequado para linhas internas e regionais, já que conta com uma autonomia de voo de 4.500 quilômetros.

A entrega das aeronaves será feita a partir de 2019, ano no qual a Aseman receberá entre cinco e dez aviões Boeing 737 MAX, indicou a agência oficial “Irna”.

A maior companhia aérea iraniana, Iran Air, concluiu em dezembro do ano passado um acordo com o fabricante americano para adquirir 80 aviões, dos quais 50 são também do modelo Boeing 737 MAX.

Esses aviões, que tem um valor de mercado de US$ 17,6 bilhões, se unirão à frota da Iran Air a partir de 2018, com o objetivo de renovar e ampliar a companhia aérea.

A Iran Air também chegou a um acordo similar com o fabricante francês Airbus, de quem já recebeu os primeiros três aviões dos 100 adquiridos pelo valor de aproximadamente US$ 10 bilhões.

Devido às limitações impostas pelas sanções internacionais até a entrada em vigor do acordo nuclear em janeiro de 2016, as companhias aéreas iranianas tinham sobrevivido até agora com uma frota antiga e com a compra de aeronaves e peças de segunda mão.


Marcopolo detém 100% da australiana Volgren


Empresa brasileira exerceu opção de compra da fatia de 25% que faltava para assumir o controle da australiana

 






São Paulo – A brasileira Marcopolo exerceu a opção de compra da participação remanescente de 25% da australiana Pologren Australia Holdings Pty, dona da fabricante de carrocerias de ônibus Volgren.

A aquisição foi realizada somou 8,5 milhões de dólares australianos. Em 2016, a Volgren vendeu 471 unidades e teve receita líquida de R$ 367,3 milhões, alta de 10,1% e 11,8%, respectivamente, ante 2015.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.